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Parte do muro do Cemitério do Araçá cai após forte chuva em SP

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A forte tempestade que atingiu a cidade de São Paulo na noite desta terça-feira, 13, derrubou parte do muro do Cemitério Araçá, localizado no Pacaembu, zona oeste da capital. Segundo a concessionária Cortel São Paulo, administradora do local, não houve feridos nem danos às sepulturas do cemitério.

"A concessionária já isolou o local e está tomando as devidas providências para a reconstrução do muro", disse a empresa. A Rua Monsenhor Alberto Pequeno permanece interditada para o tráfego de carros. Equipes de limpeza da Prefeitura de São Paulo também estão no local para realizar a limpeza na via pública.

Ainda de acordo com a concessionária, a mesma estrutura passou por uma reforma ainda em 2021, durante a gestão da Prefeitura de São Paulo, que já enviou engenheiros para avaliação da área.

A Defesa Civil do Estado de São Paulo informou que nas últimas 12 horas foram registrados acumulados de chuva em todo o território paulista, que variaram entre 50mm e 165mm.

Na cidade de São Paulo, foram registrados 91mm. Uma forte chuva, acompanhada de rajadas de ventos, ocasionou pontos de alagamentos, transbordamento de córrego e quedas de árvores na região.

Conforme balanço do Corpo de Bombeiros, houve 48 chamados para quedas de árvores, 22 chamados para alagamentos e oito chamados para desabamentos na terça-feira. Todos sem vítimas.

Além do desabamento de parte do muro do Cemitério Araçá, houve transbordamento do Córrego Mooca, na altura da Avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello com a Avenida Salim Farah Maluf. "Equipes da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil permanecem em campo monitorando as áreas atingidas", disse o órgão estadual

Os municípios da região metropolitana de São Paulo também registraram pontos de alagamento, mas sem ocorrências graves.

Medidas devem ser adotadas para amenizar os efeitos dos alagamentos:

- Evite transitar em ruas alagadas;

- Se a chuva causou inundações, não se aventure a enfrentar correntezas;

- Fique em lugar seguro. Se precisar, peça ajuda;

- Mantenha-se longe da rede elétrica e não pare debaixo de árvores;

- Abrigue-se em casas e prédios;

- Planeje suas viagens, para que haja menor possibilidade de enfrentar engarrafamentos causados por ruas bloqueadas;

- Em caso de dúvida sobre vias bloqueadas, ligue para a central de atendimento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) por meio do número 156 ou entre no site da CET para saber como está o trânsito nas principais vias.

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Quando a irmã Marie Henriqueta Ferreira Cavalcante assistiu pela primeira vez ao filme Manas, da diretora Marianna Brennand, segurou a mão do delegado Rodrigo Amorim, que se sentava ao seu lado naquela sessão especial em Belém. E precisou secar as lágrimas. Para os dois, o que viam era um retrato fidedigno de situações presenciadas por eles em muitos anos de combate à violência e à exploração sexual na Ilha do Marajó, no Pará.

Manas chega neste final de semana aos cinemas brasileiros depois de uma trajetória bem-sucedida em festivais no exterior, desde a primeira exibição, no Festival de Cinema de Veneza, em setembro de 2024, do qual Marianna saiu com o prêmio GDA Director's Award.

O longa é o resultado de um trabalho de dez anos que nasceu durante um encontro entre a diretora e a cantora Fafá de Belém. "Ela me contou sobre os casos de exploração sexual de crianças e mulheres no Rio Tajapuru. Fiquei tocada, revoltada, e entendi a conversa como um chamado", lembra.

Marianna havia acabado de lançar seu primeiro filme, um documentário sobre seu tio-avô, o artista plástico Francisco Brennand. O seu impulso era de realizar outro documentário. Mas ela percebeu que isso não funcionaria: "Eu precisaria colocar essas mulheres e crianças, que haviam sofrido essas violências tão terríveis, na frente das câmeras. E isso seria fazê-las viverem uma nova violência."

A ficção permitiu que ela ampliasse seus horizontes - a protagonista de Manas é Marcielle (a estreante Jamilli Correa), uma jovem de 13 anos que vive na Ilha do Marajó com o pai, Marcílio (Rômulo Braga), a mãe, Danielle (Fátima Macedo), e três irmãos. Ela cultua a imagem da irmã mais velha, que teria partido após conhecer um homem nas balsas que passam pelo Tajapuru. Conforme amadurece, Marcielle se vê em um beco sem saída - o abuso vem de sua própria casa, mas também está nas balsas que ela idealizava como forma de escapar da violência e da miséria.

"Eu entendi que a ficção me permitiria contar essa história de uma maneira que ela tivesse um alcance muito abrangente, e que eu poderia fazer isso com ética, respeito e delicadeza", diz Marianna.

Para entender com profundidade o tema, Marianna ouviu Fafá de Belém, que sugeriu a ela o contato com a irmã Marie Henriqueta. Aos 64 anos, a freira da Congregação de Nossa Senhora Menina é referência no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes e está há mais de uma década no programa de proteção aos defensores dos direitos humanos.

A relação entre Marianna, a produtora Carolina Benevides e Henriqueta cresceu, e a religiosa teve um papel fundamental como consultora do filme. Por intermédio dela, Marianna conheceu o delegado Rodrigo Amorim, de 39 anos, superintendente da Região do Marajó Oriental, que passou a colaborar com o filme. "A preocupação que eu e a irmã temos é não contribuir com algo que vai desfocar da realidade. Moro no Marajó há 11 anos, sei o que acontece lá."

ÍNDICE

O Estado do Pará tem um dos piores índices de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes do Brasil, com uma taxa de 3.648 casos, bem acima da média nacional de 2.449, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A situação se agrava no Marajó. Em 2023, o governo federal lançou o programa Cidadania Marajó como enfrentamento à exploração de crianças e adolescentes, substituindo o Abrace Marajó, criado pela então ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro, Damares Alves. Hoje senadora, ela foi acusada pela Procuradoria da República do Pará em 2023 de proferir falas sensacionalistas sobre os crimes contra menores na Ilha do Marajó.

As polêmicas que cercaram o arquipélago nos últimos anos fizeram com que Marianna, Rodrigo e a irmã Henriqueta precisassem desenvolver uma relação de confiança e escuta atenta. A diretora lembra que a dupla esteve presente em uma primeira leitura do roteiro. "Nós nos preocupamos em trazer humanidade para os personagens, e eles eram nossos balizadores", diz.

A colaboração dos dois inspirou uma personagem de Manas, a delegada Aretha, vivida por Dira Paes. Na trama, ela conhece Marcielle quando a jovem tenta fazer um documento de identidade com nome da irmã, e ajuda a menina a entender que está passando por uma situação de abuso. "Tudo que o filme traz me reporta para o que eu faço hoje. Quando vieram as imagens, as cenas na balsa... Eu vivi tudo aquilo", diz Henriqueta.

ESCOLHA

Uma das escolhas de Marianna foi a de não mostrar a violência em tela. "É uma violência que não deveria acontecer, então como vou filmá-la? Resolvi usar o meu lugar como diretora e a oportunidade de dirigir um filme sobre o feminino, sobre violência, sem trazer ainda mais violência."

Para a cineasta, isso não tira a força do filme. "Como que você não sai transformado depois de viver uma experiência ao lado dessa menina, enquanto ela está vivendo uma das maiores violências que uma pessoa pode passar?"

Na divulgação do prêmio em Veneza, o júri disse que Manas conquistou corações ao "abordar com cuidado o tema extremamente sensível e difícil do abuso". "Embora o cenário da Ilha do Marajó ainda não fosse conhecido, a diretora retratou algo tão universal, que cada um de nós poderia se conectar profundamente."

A cineasta vai receber agora o prêmio Women in Motion Emerging Talent, do Festival de Cinema de Cannes, que ocorre até o dia 24 de maio. A premiação é dedicada a talentos femininos emergentes. "Quando escuto uma pessoa agradecer pela delicadeza e sensibilidade de não mostrar a violência, sinto que é o maior reconhecimento", diz a diretora.

Para a irmã Henriqueta, o reconhecimento desse trabalho é uma das coisas mais especiais de ver o filme no mundo. "Eu vim com a gratidão porque finalmente alguém teve a coragem de colocar e estender isso para que todas as pessoas saibam que existem também mulheres e homens corajosos. Enfrentar a violência na nossa região amazônica é também ter a capacidade de dizer diariamente para si: a vida pertence a quem se atreve."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ator Joaquin Phoenix se emocionou com a recepção de Eddington no Festival de Cannes. O filme, que fez sua estreia no evento francês nesta sexta-feira, 16, foi ovacionado por cinco minutos.

Veja um vídeo divulgado pela revista americana Variety

Novo trabalho do cineasta Ari Aster, de Hereditário, Midsommar e Beau Tem Medo, a trama é ambientada numa pequena cidade interiorana dos Estados Unidos durante a pandemia. Phoenix interpreta o xerife da cidade, em conflito com o prefeito, personagem de Pedro Pascal.

Lidando com desinformação e protestos que viram notícia nacional, a cidade de Eddington se torna um cenário caótico enquanto seus cidadãos tentam sobreviver. O elenco conta ainda com Emma Stone, Austin Butler, Luke Grimes, Deirdre O'Connell, Micheal Ward e Clifton Collins Jr.

De acordo com a Variety, apesar dos aplausos, o longa não impressionou parte do público internacional, e pelo menos 20 pessoas saíram aos poucos durante a exibição.

É a primeira vez que Ari Aster exibe uma produção no Festival de Cannes, que começou na terça-feira, 13, e vai até o próximo dia 24. "Sinto-me muito privilegiado por estar aqui. É um sonho realizado. Muito obrigado por me receber", disse o diretor depois da exibição.

A primeira edição da Virada Cultural Literária de São Paulo - Virada Lusófona acontece no fim de semana dos dias 24 e 25 de maio, como parte da programação da Virada Cultural 2025.

Realizado integralmente na Biblioteca Mário de Andrade (R. da Consolação, 94, República), o evento é aberto ao público e busca "celebrar a literatura em língua portuguesa como um território de encontros, resistência e transformação", descreve o comunicado da Secretaria de Cultura.

Com curadoria de José Manuel Diogo e Tom Farias, a programação conta com autores como Itamar Vieira Junior, Leandro Karnal, Paulo Lins, Bruna Lombardi, Luciany Aparecida, Andréa Del Fuego, João Silvério Trevisan, Antônio Prata, Giovanna Madalosso e mais.

São quatro mesas de conversa no sábado, 24, e uma com início à meia-noite de domingo, 25. Durante a madrugada, acontecem slams e recitais com vozes poéticas emergentes. O dia amanhece com a exibição do documentário O Avô na Sala de Estar: A Prosa Leve de Antonio Candido, e um café da manhã literário.

Ao longo do domingo, 25, acontecem mais sete mesas. A programação encerra com uma entrevista da jornalista Joyce Ribeiro com o escritor Itamar Vieira Junior, conversa que abordará memória, território, resistência e o lugar da literatura na reinvenção do Brasil profundo.

O evento também terá atividades paralelas como sessões de autógrafos, feira de troca de livros, instalações sensoriais e projeções de vídeo na fachada da Biblioteca. Para mais informações e detalhes da programação acesse o site oficial.

A Virada Cultural 2025 marca a 20ª edição do megaevento paulistano. Mais de mil atrações serão distribuída em todas as regiões da cidade. Entre os shows, realizados em 21 palcos, estão artistas como Iza, Alceu Valença, Sepultura, João Gomes, Vanessa da Mata e vários outros.

Virada Cultural Literária 2025: veja a programação completa

Sábado, 24 de maio

18h - Mesa 1: São Paulo começa a girar, com José Manuel Diogo, Guilherme Borba, Tom Farias e Flávio Hélder

19h30 - Mesa 2: A Cidade que Vive, com Eugênio Bucci, João Paulo Cuenca e José Manuel Diogo

21h - Mesa 3: As Estações do Corpo, com Leandro Karnal, Simone Az e Rosane Borges

22h30 - Mesa 4: A Cidade que Escreve, com Andréa Del Fuego, Paulo Lins e Antoune Nakkhle

Domingo, 25 de maio

00h - Mesa 5: O Tempo nos Olhos dos Outros, com Xico Sá, Lucianny Aparecida e Semayat de Oliveira

1h30 - Madrugada Poética, com Sérgio Vaz, Elizandra Souza, Ryane Leão, Akins Kintê, Luz Ribeiro, Binho, Alice Ruiz e Esmeralda Ribeiro (coordenação de Mel Duarte)

3h30 às 6h - Slam do 13, com Caio Feitoza, Jéssica Campos, Maitê Costa, Santos Drummond e Thiago Peixoto

6h - Exibição de documentário: O Avô na Sala de Estar: a Prosa Leve de Antonio Candido

7h - Pão Nosso Literário, instalação comestível inspirada na obra de Mário de Andrade (curadoria de Ricardo Magalhães)

8h - Mesa 6: Pequenas Galáxias do Cotidiano, com Amora Moira, Marco Haurélio e Rodrigo Casarin

9h30 - Mesa 7: Livros que andam nas mãos do povo, com Bruna Lombardi, João Silvério Trevisan e Francis Manzoni

11h - Mesa 8: O Fim da Noite Não Existe, com Trudruá Dorrico, José Manuel Diogo e André Diasz

12h30 - Mesa 9: E se a Terra parasse?, com Antônio Prata, Ilana Trombka e Angélica Ferrarez

14h00 - Mesa 10: A Palavra é o Sol, com Calila da Mercês, Renato Janine Ribeiro e Giovanna Madalosso

15h30 - Mesa 11: Uma Orquestra Literária, com Flavio Flu Santos, Marcelo Fornasier e Mauro Dahmer (mediação visual); direção de Paulo Scott

17h - Mesa 12: Última Volta do Sol, Joyce Ribeiro entrevista Itamar Vieira Junior; apresentação de Tom Farias