Número de casos de dengue grave mais do que dobra no País; saiba quais são os sinais de alarme

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O primeiro bimestre deste ano teve 2,5 vezes mais casos de dengue grave ou dengue com sinais de alarme do que o mesmo período do ano passado. Em janeiro e fevereiro de 2023, 3.058 pacientes encararam um agravamento da doença; em 2024, foram 7.771. Os dados são referentes ao acumulado de notificações até a semana epidemiológica oito, encerrada no sábado, 24, que foram divulgados na terça-feira, 27.

"Tivemos neste ano uma necessidade de internação hospitalar muito superior ao ano passado", afirmou Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, nesta quarta-feira, 28, durante reunião com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Especialistas e as autoridades de saúde destacam que o volume de casos graves é preocupante. As causas disso, considerando que tradicionalmente a maioria das pessoas não enfrenta o agravamento, ainda não estão completamente claras. Até certa medida, é uma questão de proporcionalidade: até esta quarta, o Brasil já ultrapassou 991 mil notificações de infecção provável - mais da metade de todos os casos de 2023, o segundo ano com mais registros desde 2000.

Há uma hipótese, porém, que considera uma mudança na prevalência entre os sorotipos. "No ano passado, o principal sorotipo circulante foi o 1. Agora, temos o 2. Muitas pessoas que tiveram dengue pelo tipo 1 podem ficar doentes pelo sorotipo 2." No momento, os quatro vírus da dengue circulam, mas, de fato, o DENV-1 e o DENV-2 dominam o cenário - o segundo parece ter ganhado mais tração neste ano.

A reinfecção por dengue está associada a uma maior chance de desenvolver o quadro grave - isso não significa que pessoas que se infectam pela primeira vez não enfrentem agravamento. Por quê?

Vamos do começo: quando alguém é infectado por um dos tipos, adquire imunidade apenas contra aquela variação do vírus. Ou seja, fica suscetível à reinfecção pelas demais. No entanto, o que se descobriu é que nosso sistema imunológico fica confuso quando nos infectamos por outro tipo.

Ele entende que aquele vírus é o mesmo, e não um diferente, gerando uma resposta exacerbada. Produz anticorpos para a infecção do passado, que estão "desatualizados", e ainda favorecem a replicação viral, internalização do vírus e, portanto, uma maior gravidade da doença.

Com mais casos, mais mortes. Nos primeiros dois meses deste ano, 207 pessoas evoluíram para o óbito. Em 2023, nas oito primeiras semanas do ano, foram 148 - lembrando que o número de casos naquele bimestre foi três vezes menor.

A letalidade, que é a razão entre o número de mortes e dos casos prováveis de dengue, por ora, está menor do que no ano passado, de acordo com os dados da pasta. Comparando as oito primeiras semanas epidemiológicas de cada ano, a taxa de letalidade era de 0,07 em 2023, e, agora, está em 0,02.

Importante ressaltar, no entanto, que os dados de 2024, mesmo os referentes às semanas epidemiológicas já computadas, são preliminares e provavelmente serão atualizados para cima. Isso ocorre tanto pelo atraso no lançamento de registros nos sistemas informatizados do ministério quanto pelo alto número de óbitos ainda em investigação - são 674 mortes ainda em análise, segundo o ministério.

Há variações entre as unidades federativas. No Distrito Federal, onde há a maior incidência de casos e hospitais colapsaram - como disse o governador, Ibaneis Rocha (MDB) - ela é de 0,05.

"Importante ficarmos atentos. Porque esse não é (tradicionalmente) o momento de pico da doença. E quando estamos no início de uma curva epidêmica, que não atingimos o pico, a letalidade da doença tende a ser menor", fala Julio Croda, infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). "Mas já observamos um número bastante elevado de casos graves hospitalizados, um aumento substancial em relação ao ano passado", continua.

Picos da dengue costumam ocorrer entre abril e maio. "Essa letalidade pode aumentar com o passar do ano, porque o impacto sobre os serviços de saúde tende a ser maior com a evolução da epidemia."

Idosos

A mensagem que fica é a necessidade de preparação do sistema de saúde e das pessoas estarem atentas aos sinais de alerta da dengue. É importante saber que a doença é bifásica (tem duas fases). Após a queda da febre, em geral entre o terceiro e o sétimo dia do seu aparecimento súbito, os sinais de alarme podem aparecer, de acordo com o Ministério da Saúde.

Na reunião desta quarta, 28, Ethel pediu atenção especial aos idosos. Conforme mostrou o Estadão, o risco de morte por dengue é 8 vezes maior entre quem tem 60 anos ou mais. Isso se deve, principalmente, ao fato de, nesta faixa etária, serem mais comuns a presença - e o acúmulo - de comorbidades, como diabetes e hipertensão.

"Essa população idosa precisa de uma entrada diferenciada no serviço de saúde. Temos que fazer uma dupla porta de entrada para aqueles que estão chegando para o diagnóstico inicial, aqueles que estão chegando para monitoramento - ou seja, que já tem o diagnóstico, foram para casa e pioraram. Esse último não pode competir com todo o mundo", defendeu.

Dengue clássica

A dengue clássica é a forma da doença que varia de um quadro assintomático até a apresentação de um leque de sintomas que causam um desconforto significativo ao paciente:

- Febre alta (39°C a 40°C): É uma febre repentina e abrupta.

- Dor de cabeça

- Prostração

- Dores musculares e/ou articulares

- Dor atrás dos olhos (retroorbital)

- Manchas vermelhas: É o que os médicos, cientificamente, chamam de rash cutâneo ou eritema na pele. Visualmente, é, de fato, uma mancha vermelha que, às vezes, pode coçar.

- Náuseas e vômitos: Aqui, é importante prestar atenção para ter certeza de que não se trata, na verdade, de um sinal de alerta de gravidade. É preciso observar, por exemplo, a frequência desses sintomas. Caso não possam ser controlados e sejam frequentes (o paciente, em geral, reclama que "nada para nada na barriga"), indicam que algo não vai bem.

Dengue com sinais de alarme

Após a fase febril da doença, é preciso ficar de olho em sintomas que podem indicar um agravamento do caso. A atenção deve permanecer pelo menos até duas semanas após o início da febre. É válido salientar que a maioria das pessoas não evoluí ao caso grave.

Dor na barriga intensa e contínua: Ela é diferente do que popularmente conhecemos por "dor de barriga", que, em geral, trata-se de uma cólica. Já na dengue com sinais de alarme, essa dor abdominal ocorre devido a um inchaço no fígado, e é contínua e pode vir acompanhada dos seguintes sintomas:

- Vômitos persistentes

- Acúmulo de líquidos em cavidades corporais

- Pressão baixa (hipotensão)

- Pele pálida e fria

- Inquietação/irritabilidade

- Respiração rápida

- Aumento do tamanho do fígado

- Sangramento de mucosas: Esses sangramentos podem ser percebidos pela presença de sangue nas gengivas na hora da escovação dos dentes, no nariz, na evacuação ou em um fluxo menstrual mais intenso.

- Aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de volume dos glóbulos vermelhos no sangue); isso só pode ser constatado por meio de exame de sangue.

Grupos de risco

Qualquer pessoa pode evoluir mal e enfrentar a fase crítica da doença. No entanto, de acordo com os especialistas ouvidos pela reportagem, alguns grupos precisam ficar mais atentos, com maior suscetibilidade ao agravamento:

- Crianças: A preocupação reside principalmente nas mais novas, com menos de 2 anos. Isso porque, nos primeiros anos de vida, convivem com uma "imaturidade" do sistema imunológico e, também, dificilmente têm a capacidade de comunicar com clareza os sintomas que podem ser sinais de alerta. Há possibilidade de o bebê herdar anticorpos antidengue da mãe e que, quando infectado pela primeira vez, na verdade, é como se estivesse vivendo a doença pela segunda vez - situação que tende a ser mais perigosa.

- Segunda infecção: A segunda vez com a infecção está associada a uma maior possibilidade de agravamento do quadro. Isso porque o sistema imunológico entende que aquele vírus é o mesmo, e não um sorotipo diferente. Dessa maneira, ele produz anticorpos para a infecção do passado. Além de não serem efetivos, esses anticorpos "desatualizados" favorecem a replicação viral, internalização do vírus e, portanto, uma maior gravidade da doença.

- Pessoas com comorbidades: A exemplo de hipertensos e diabéticos.

- Gestantes: Nelas, o metabolismo, os hormônios e a resposta imune são diferentes.

- Idosos (60 anos ou mais): De acordo com especialistas, indivíduos nos extremos de idades - crianças muito pequenas e idosos - têm sistemas imunológicos mais frágeis. Além disso, nessa fase da vida, é comum a pessoa conviver com comorbidades.

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Augusto Nascimento, filho e empresário de Milton Nascimento, falou pela primeira vez sobre o diagnóstico do pai. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, ele deu detalhes sobre o estado de saúde de Bituca, e explicou que o artista foi diagnosticado com Parkinson há dois anos.

"Isso vem trazendo limitações junto com a idade, junto com a questão da diabetes", explicou. "Só que, em paralelo, ele está super feliz com a vida. Está super empenhado com o lance da Portela, com todas as homenagens e honrarias que ele vem recebendo."

Milton Bituca Nascimento se aposentou dos palcos em novembro de 2022, após uma grande e concorrida turnê nacional. Desde então, embora não tenha abandonado a música, ele tem aproveitado o tempo em família e com amigos, e já declarou que a atividade preferida é assistir a vídeos antigos. Mesmo assim, o cantor segue na ativa. Em fevereiro deste ano, por exemplo, compareceu ao tapete vermelho do Grammy Awards, e concorria à categoria de Melhor Álbum Vocal de Jazz, com Esperanza Spalding.

Neste carnaval, Milton experimentou algo novo e foi tema do samba-enredo da Portela, chamado Cantar Será Buscar o Caminho Que Vai Dar no Sol - Uma Homenagem a Milton Nascimento, criado por André Rodrigues e Antônio Gonzaga.

Carioca de nascimento e mineiro de coração, Bituca passou pela Marquês de Sapucaí na madrugada desta quarta, 5, como destaque do último carro alegórico da última escola a desfilar no sambódromo. "Hoje é o dia mais feliz da minha vida! Obrigado, Portela. Obrigado todo mundo. Um beijão", escreveu Milton Nascimento, no Instagram, após a homenagem.

A Portela conquistou o 5º lugar após a apuração dos desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro, atrás de Beija-Flor, Grande Rio, Imperatriz Leopoldinense e Viradouro. A Escola volta para o Desfile das Campeãs no sábado, 8.

Francisco Gil passou alguns dias do carnaval ao lado da mãe, Preta Gil, e falou sobre os próximos planos da cantora. Ela luta contra um câncer no intestino e ficou quase dois meses internada para retirada de tumores.

A declaração foi dada em uma entrevista à Quem. "Ela está bem. Agora está neste momento de recuperação após a cirurgia, se preparando para a próxima etapa do tratamento. Mas estaremos juntos, enfrentando tudo lado a lado", disse.

A filha de Gilberto Gil passou o carnaval em Salvador, na Bahia, e Francisco explicou que ela deve permanecer na cidade por pelo menos 10 dias. "Por enquanto, ela vai ficar um tempo lá [...] Está com o pai, com a família e muito feliz por isso", disse Francisco sobre a mãe. Ele deixou a filha, Sol de Maria, com a avó.

Entenda o caso de Preta Gil

A cantora foi diagnosticada com câncer de intestino no início de 2023. Entre os sintomas que a fizeram suspeitar de um problema de saúde, estavam uma intensa constipação intestinal e fezes achatadas, com muco e sangue.

À época, ela realizou sessões de radioterapia e tratamento cirúrgico. A artista também teve de passar por uma histerectomia total abdominal, procedimento que consiste na remoção do útero.

Após o tratamento primário, Preta entrou em uma fase sem manifestação da doença, comumente chamada de "remissão", segundo médicos ouvidos pelo Estadão. Em outras palavras, o câncer não era mais detectável por exames físicos, de imagem, tomografia e/ou sangue.

Em agosto de 2024, porém, a artista informou que o câncer havia voltado e foi detectado em dois linfonodos, no peritônio - membrana na cavidade abdominal que envolve órgãos como estômago e intestino - e no ureter.

A cantora então passou por uma nova cirurgia no final de janeiro. O procedimento, que durou em torno de 20 horas, também implicou na colocação de uma bolsa de colostomia definitiva. Entenda o que é o procedimento.

A cantora recebeu alta hospitalar em 11 de fevereiro.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Guilherme e Joselma, a dona Delma, conversavam com Thamiris na área externa da casa do Big Brother Brasil 25 na tarde desta quarta-feira, 5, e o fisioterapeuta deu conselhos à sogra, que ainda está desconfortável com sua fofoca sobre Renata, revelada por RoBBB Seu Fifi na última segunda.

Joselma, ao refletir sobre suas interações, admitiu que às vezes sua forma de expressar sentimentos pode não ser a mais adequada, mas que ela observa muito o que acontece ao seu redor. Guilherme a encorajou a ser autêntica e a comunicar seus sentimentos de forma direta: "Fica estranho você falar sobre a pessoa e daqui a pouco a pessoa chegar aqui e dar um beijo, um abraço. Aí soa de outra forma, sabe? Então é melhor às vezes deixar claro a situação", disse, refletindo sobre a surpresa de Renata ao ver revelada a fofoca de Joselma sobre ela.

Dona Delma então relembrou momentos em que Guilherme a alertou. "Ele dizia: 'É bom a senhora dizer para as pessoas que tem carinho pela senhora, as suas maiores afinidades, para depois não se surpreender e não tomar um choque.' Quando eu chamei ela (Vilma) para botar no Sincerão ali, era o que naquela semana tinha me incomodado. Foram coisas que eu fui observando, porque eu fico caladinha, mas observo muita coisa. Só que às vezes a minha forma de expressar não seja correta, sei lá", desabafou.

Guilherme tentou confortá-la e observou que, apesar das dificuldades, é importante não se deixar abater por erros ou inseguranças. "Acho que dentro do seu coração, a senhora está sentindo que teve um erro aqui dentro. E isso está lhe fazendo mal. Só que todo mundo vai errar aqui dentro", disse ele.

E continuou: "A todo momento a senhora pede para te botarem logo no paredão, toda vez que acontece alguma situação e não pode. Eu percebo que, às vezes, quando está tudo bem, a senhora está feliz da vida. Depois do Sincerão, a senhora começou 'Ah, Gui, é bom que tu chegue na final mesmo e que eu vá me embora logo, e que me bote no paredão, e que isso e aquilo', não pode. Na nossa vida, lá fora, quando a gente tem um erro, não entrega as cartas assim. Como Tadeu disse, é melhor cair atirando mesmo, como a Camilla."

Inspirado, o brother falou mais e afirmou que tudo que aconteceu de difícil dentro da casa não é nem metade das coisas que passou do lado de fora: "Às vezes eu não me dou nem o direito de ficar triste aqui dentro. Porque eu sei que isso aqui, lógico, é a grande oportunidade da minha vida. E eu sei que eu já passei, principalmente a senhora (Delma), já passou por coisas muito, mas muito, muito piores do que é isso aqui. Então, qualquer dificuldade que acontece aqui, eu penso que não é nada perto das coisas que eu já vivi lá fora."