Por que precisamos de anos bissextos? Entenda a função do dia a mais em fevereiro

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Os anos bissextos existem para "compensar", a cada quatro anos, as seis horas a mais que se acumulam no formato do calendário de 365 dias. Isso porque o período de translação da Terra em torno do Sol não ocorre precisamente nos 365 dias, restando uma sobra de horas que, somada, chegam a 24 horas a cada ciclo de quatro anos.

O formato bissexto foi incorporado ao calendário pela primeira vez com o imperador romano Júlio César em cerca de 45 a.C. "O calendário romano antigo era muito irregular, estava completamente desconectado do ciclo das estações do ano, por isso a mudança", explica Roberto Dell'Aglio Dias da Costa, doutor em Astronomia e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP). Em homenagem ao imperador, este calendário ficou conhecido como calendário juliano.

As incoerências entre o calendário e as estações aconteceram naquele período graças ao movimento de translação da Terra, tempo em que o planeta demora para completar uma volta completa ao redor do sol. Este período, definido como ano, não tem um tempo exato de conclusão; os 365 dias comumente falados, na verdade são cerca de 365 dias e 6 horas de duração.

"Para nos adequarmos ao fenômeno natural da translação nós pegamos as 6 horas que restam e vamos guardando. No primeiro ano então teremos um saldo de 6 horas, no segundo um saldo de 12 horas, no terceiro 18 horas e finalmente no quarto ano, já com saldo de 24 horas, adicionamos um dia ao calendário anual", explica Sebastian Alvarado, geógrafo pela Unicamp e professor do Curso Anglo.

"Se a gente não fizesse a inclusão desse dia adicional não seguiríamos as estações do ano de forma correta", segundo Dell'Aglio.

Leticia Trombeta, geógrafa e professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) explica que seguir as estações de maneira correta é fundamental para diversas atividades humanas podendo afetar, por exemplo, a agricultura e consequentemente a economia.

"Isso evita que a gente tenha um descompasso entre colheitas, plantio e ciclos sazonais de alimentos. Se o plantio de uma determinada cultura não for realizada no período adequado a produção será severamente afetada podendo causar redução de produtividade ou até a perda total da área plantada", afirma.

Após Júlio César, o calendário passou novamente por reformas em 1582, uma iniciativa do Papa Gregório XIII. O calendário gregoriano, em homenagem ao pontífice, é o modelo seguido até hoje, ele foi implementado para, novamente, acompanhar corretamente o ciclo das estações.

Dell'Aglio explica que após séculos utilizando o calendário juliano, algumas diferenças em comparação a translação da Terra já eram significativas e por isso foi preciso uma nova reforma.

A partir do novo calendário ficou estipulado que o ano tem cerca de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Agora, o próximo ano a ter 29 dias em fevereiro será 2028.

Aniversário em ano bissexto

2024 é um ano especial para Daniela Londero Lazzari, a publicitária vai finalmente poder comemorar mais um aniversário no dia 29 de fevereiro. O evento só acontece a cada quatro anos, já que os anos bissextos, aqueles que adicionam um dia à fevereiro só acontecem nesse intervalo. "Esse ano completo 7 anos", brinca a mulher que nasceu no dia 29 de fevereiro do ano bissexto 1996, dessa forma, completará 28 anos.

Aniversariantes do dia 29 de fevereiro não envelhecem mais devagar que as outras pessoas, eles geralmente definem o dia 28 de fevereiro ou 1º de março como data para comemorações. No caso de Daniela, os parabéns ficam para o dia 1º, data registrada nos documentos. "Sempre adorei ter essa particularidade. Todos os anos bissextos comemoro duas vezes, sempre adorei ter essa data tão única", diz.

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Marcelo Rubens Paiva, autor de Ainda Estou Aqui, irá lançar um novo livro, chamado o novo agora. A obra será publicada pela editora Alfaguara, selo da Companhia das Letras, em 22 de abril, e já está em pré-venda.

O novo livro aborda os anos mais recentes da vida de Marcelo, falando sobre o nascimento de seus filhos, crise em seu casamento, a pandemia e alguns de seus projetos profissionais.

Esse será o terceiro volume da saga autobiográfica de Marcelo Rubens Paiva. O primeiro livro é Feliz Ano Velho, lançado em 1982, em que o autor relata como se tornou tetraplégico ainda jovem. Em 2015, ele publicou Ainda Estou Aqui, que conta a história de sua mãe, Eunice Paiva, e como ela lidou com o desaparecimento de Rubens Paiva, seu marido, durante a ditadura militar.

A sinopse de O novo agora revela que o livro começa em 2014, quando ele se tornou pai pela primeira vez e sua vida mudou rapidamente. Com escrita alternando entre o presente e o passado, ele tenta resgatar lições e registros deixados por seus pais para educar seus filhos.

Após alguns anos, ele se sente boicotado pelo governo de direita no Brasil e tem que lidar com seus projetos sendo cancelados. Em 2020, o escritor se encontra em isolamento social, com duas crianças para cuidar e uma família em crise para administrar.

Leia a sinopse

Escritor, pai depois dos cinquenta anos, cadeirante e considerado inimigo pelo governo vigente: assim Marcelo Rubens Paiva se descreve, neste livro franco e emocional, sequência autobiográfica de Feliz Ano Velho e Ainda Estou Aqui -- cujo filme, dirigido por Walter Salles e com Fernanda Torres no papel principal, foi vencedor do prêmio de melhor roteiro do Festival de Veneza e candidato ao Oscar de melhor filme.

Nas obras anteriores, ele fala sobre o acidente que o deixou numa cadeira de rodas aos vinte anos, o desaparecimento do pai, Rubens, durante a ditadura militar, e a luta da mãe, Eunice, para cuidar sozinha dos cinco filhos, se tornar uma defensora dos direitos indígenas e, por fim, enfrentar o Alzheimer. Desta vez, em O novo agora, é o próprio Marcelo quem está no papel de pai.

Às vezes bem-humorado, em outras melancólico, Marcelo mergulha nas agruras da paternidade, ao mesmo tempo em que recorda períodos especialmente duros do país: primeiro, a guinada política que atinge em cheio sua família e artistas. Depois, a pandemia. E, em meio a isso, a lenta fragmentação do casamento.

A escrita avança e recua no tempo, retoma memórias de infância e relatos de seus pais e, aos poucos, constrói um retrato complexo de uma família atravessada por crises em diferentes níveis, incerta quanto ao futuro, mas que, aos poucos, aprende a sobreviver. E a sair do outro lado refeita.

Ficha técnica

Título: o novo agora

Autor: Marcelo Rubens Paiva

Editora: Alfaguara

Número de páginas: 272

Preço: R$ 79,90 (livro físico) - R$ 39,90 (e-book)

Data de lançamento: 22 de abril

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Mari Palma usou suas redes sociais nesta quarta-feira, 5, para expor um episódio desconfortável que passou enquanto estava em um hotel no Rio de Janeiro.

A jornalista explicou que estava relaxando na piscina do local quando um homem a reconheceu e a abordou, fazendo um comentário sobre sua aparência.

"Do nada, chegou um cara perto de mim e perguntou: 'Você é a Mari?'. E respondi como sempre faço, com um sorriso, esperando que ele fosse falar algo sobre meu trabalho. Aí falei: 'Sim, sou eu'. Ele olhou para mim na piscina, sentada de biquíni e disse: 'Nossa, na televisão você parece muito mais magrinha'. E saiu", explicou.

A comunicadora relatou ter ficado sem reação após o comentário do homem, julgando a atitude como "inesperada e absurda".

"Custei a acreditar que aquele era o único comentário dele. Ele não falou em nenhum momento sobre o meu trabalho, apenas sobre o meu corpo. O meu trabalho é público, o meu corpo não."

Mari afirmou que mulheres não podem aceitar isso e finalizou seu discurso pedindo para que pessoas parem de comentar sobre a aparência dos outros sem serem solicitadas.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Deborah Secco falou sobre sua relação com Hugo Moura após um ano do divórcio. Os dois foram casados por nove anos, de 2015 a 2024, e são pais de Maria Flor, de nove anos.

Em entrevista à Quem, a atriz revelou que mantém uma boa relação com o diretor de cinema, que se mantém afastado dos holofotes.

"O Hugo é uma pessoa que cada vez mais escolhe viver de forma discreta, então eu tenho respeitado muito isso. Mas ele é um grande pai, eu acho que é o melhor pai que ela [Maria Flor] poderia ter. É muito incrível ver a relação dos dois e a cumplicidade dos dois", disse.

Ela também afirmou que pai e filha sempre estarão juntos e manterão contato por conta do laço familiar.

"Ela é a coisa mais importante da minha vida e tenho certeza que é a coisa mais importante da vida dele também [...] Só prefiro não falar muito, porque sei que ele está querendo ficar cada vez mais discreto", finalizou.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais