Russos e brasileiros são investigados pela PF por suspeita de lavagem com criptomoeda no Brasil

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Dois russos e dois brasileiros estão sendo investigados por suspeita de comandar um esquema internacional de lavagem de dinheiro usando criptomoedas. Durante a operação Operação Brianski, deflagrada nesta semana, a Polícia Federal (PF) cumpriu 10 mandados de busca e apreensão em três Estados diferentes. A suspeita é que o dinheiro lavado tinha origem em crimes cometidos em outros países.

Mais de 20 pessoas estão sob a mira da PF, mas os supostos líderes do esquema são dois russos que vivem em Florianópolis, onde foram cumpridos seis mandados. Os dois brasileiros suspeitos de envolvimento vivem em Goiânia, onde foram cumpridos dois mandados, e mais dois na cidade de Eusébio, no Ceará.

O comando da operação criminosa seria feito por um dos russo, que vivia em Santa Catarina, e um brasileiro residente de Goiânia. Ao todo, 29 pessoas foram investigadas, sendo que quatro tiveram os bens bloqueados. Os suspeitos não foram identificados e a reportagem não conseguiu localizar o responsável pela defesa deles.

As suspeitas

Delegado responsável pelas investigações, Cleo Matusiak Mazzotti diz que os dois russos despertaram suspeitas pouco tempo após sua chegada na cidade.

"Aproximadamente há um ano e meio a Polícia Federal detectou que alguns estrangeiros de origem russa chegaram a Florianópolis sem nenhuma comprovação robusta de renda e começaram a adquirir um número significativo de imóveis, automóveis de luxo, joias e ostentar um padrão de vida alto", relata o delegado.

Para conseguir lavar o dinheiro, o grupo utilizava diferentes contas no exterior. Esse tipo de conta é utilizada para gerir criptomoedas. Esse valor então era enviado aos brasileiros em Goiânia, que transformavam as criptomoedas em real.

"Eles faziam um processo que era chamado de mix, ou mixagem, que é a junção de valores de criptomoedas de diversas pessoas antes de passar para um indivíduo. Nas contas das exchanges, elas eram repassadas pra operadores do sistema radicados em Goiânia. Transformavam o valor em real e daí faziam o depósito em contas vinculadas tanto aos alvos quanto a empresas dos alvos ou adquiriam imóveis de luxo. Compravam muitos, por pagamento em espécie e também por fragmentação dos pagamentos, em pequenas parcelas", explica o delegado Mazzotti, que aponta o esquema como bastante complexo e de difícil rastreamento.

A forma de lavagem por meio da compra de imóveis, carros e joias com dinheiro em espécie ou mesmo através de pagamentos de parcelas baixas era feito para não levantar suspeitas do Banco Central (BC). Além das compras por pessoas físicas, eles também faziam aquisições por empresas.

Ninguém foi preso na operação, mas os quatro principais suspeitos estão com bens bloqueados e não poderão sair das cidades onde vivem sem autorização judicial. Também não houve apreensão de documentos.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".