Reitor da USP quer mudar análise de candidatos de cotas raciais; saiba como

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O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Carlotti Junior, pretende alterar o sistema de heteroidentificação de candidatos às vagas de cotas raciais da instituição. Nas últimas semanas, casos de candidatos autodeclarados pardos que tiveram a matrícula negada colocaram luz no debate - a Justiça já ordenou a universidade a restabelecer a matrícula de um deles.

Carlotti Junior prevê que todas as entrevistas com os candidatos às vagas de cotas raciais passem a ocorrer de forma presencial, e não mais virtual. A USP, inclusive, estaria disposta a pagar as passagens dos estudantes que moram longe da universidade. "É mais barato arcar com o custo das viagens do que deixar qualquer dúvida no ar e expor a instituição", disse Carlotti Junior em entrevista à Folha de S.Paulo.

Hoje, candidatos que conquistam a vaga na USP via Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou Provão Paulista fazem a segunda fase da banca de heteroidentificação por videochamada - é o caso dos dois estudantes que alegam terem sido injustiçados este ano - enquanto os candidatos que passam pela Fuvest, o vestibular próprio da instituição, realizam entrevista presencial. A universidade alegava que a diferença no processo tem razões logísticas.

Para ser implementada, a mudança no formato das entrevistas precisa ser aprovada pelos conselhos da Pró-Reitoria de Graduação e da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento.

Em artigo publicado nesta terça-feira, 5, no Jornal da USP, Ana Lúcia Duarte Lanna, pró-reitora de Inclusão e Pertencimento, e Aluísio Augusto Cotrim Segurado, pró-reitor de Graduação, defenderam as comissões de heteroidentificação e a política de cotas na universidade. Entre os 60 mil estudantes de graduação da USP, 45,1% cursaram o ensino médio exclusivamente em escolas públicas, sendo 23,2% autodeclarados pretos, pardos e indígenas.

"Estamos convencidos que as comissões de heteroidentificação e as políticas afirmativas, lados de uma mesma moeda, têm garantido o processo de inclusão social e de construção de uma universidade pública mais diversa e socialmente plural, mantendo seu nível de excelência", escreveram Ana Lúcia Duarte Lanna e Aluísio Augusto Cotrim Segurado.

Os dois, no entanto, admitem que o sistema de cotas raciais da instituição pode sofrer alterações. "Necessário também destacar que o processo de heteroidentificação integra uma política pública em permanente avaliação. Ajustes e aperfeiçoamentos serão debatidos e implementados a partir da experiência acumulada e aprovação dos órgãos colegiados da USP."

O grupo de advogados Recursos Heteroidentificação, especialista em orientação jurídica para a apresentação de recursos em bancas avaliadoras de cotas, é crítico à análise racial realizada virtualmente. Alega que qualidade da câmera do candidato, assim como a luz e as cores do monitor dos avaliadores, podem influenciar a avaliação.

Esse fator também foi levado em consideração pelo juiz que ordenou que a USP rematricule o estudante Glauco Dalalio do Livramento, aprovado pelo sistema de cotas em Direito. "Imagens geradas por equipamentos eletrônicos não são necessariamente fiéis à realidade", afirmou o magistrado.

Como funciona a Lei de cotas e as bancas de heteroidentificação?

A Lei de Cotas, vigente desde 2012, estabelece que 50% das vagas de cada curso, em cada turno, deve ser reservada a alunos de escola pública. Dentro destas vagas reservadas, uma parte deve ser destinada para estudantes de escola pública que sejam autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI), conforme a distribuição demográfica de cada região medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As comissões de heteroidentificação ganharam força para o acesso ao ensino superior, com apoio de parte do movimento negro, a partir de 2016 - antes, apenas a autodeclaração do candidato já era suficiente para a matrícula. A proposta visa evitar fraudes e garantir que as pessoas pretas, pardas e indígenas entrem, de fato, na universidade.

Apesar de não serem obrigatórias, a maioria das instituições adotam este método. De modo geral, as comissões de heteroidentificação de univerdidades são compostas por docentes e servidores técnico-administrativos selecionados com critérios de diversidade racial e de gênero.

Na USP, o programa começou em 2022 e, além dos docentes e servidores, também participam alunos da graduação e da pós-graduação indicados pela Coligação dos Coletivos Negros da universidade, e um representante da sociedade civil.

A comissão avalia aspectos fenotípicos próprios das pessoas pretas, pardas e indígenas nos candidatos. O Supremo Tribunal Federal (STF), em Ação Declaratória de Constitucionalidade de 2017, definiu que as características para esse tipo de avaliação devem ser físicas, visto que o preconceito no Brasil tende acontecer a partir de julgamento de fenótipos.

No caso de pretos e pardos as características que devem ser consideradas por bancas avaliadoras em concursos e processos seletivos como vestibulares, segundo recomendação do Supremo, são:

Textura do cabelo (crespo ou enrolado);

Nariz largo;

Cor da pele (parda ou preta);

Lábios grossos e amarronzados.

Especialistas em sistema de cotas reclamam, no entanto, que as características analisadas muitas vezes não consideram pessoas indígenas - geralmente têm cabelos lisos e nariz não tão largo - e a ambiguidade característica de pessoas pardas, definidas pelo IBGE como aquelas que têm miscigenação e uma ou mais raças, considerando a branca, preta e a indígena.

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O ator David Harbour passou pelo Brasil em novembro do ano passado, quando participou da conferência D23, da Disney, e falou ao Estadão sobre o que os fãs podiam esperar de Thunderbolts*, novo filme da Marvel que acaba de estrear nos cinemas brasileiros.

Contido e com medo de spoilers, o ator bateu na tecla de que o longa mudaria o rumo da Casa das Ideias - uma conversa que, no final das contas, acaba surgindo sempre em entrevistas com atores da Marvel. Mas, algo chamou a atenção: a devoção de Harbour a Florence Pugh.

Espontaneamente, o Jim Hopper de Stranger Things falou sobre a colega de elenco. Vale ressaltar que, até aquele momento, não estava claro quem seria o protagonista do filme.

"Acho que uma das coisas de que mais gosto em Thunderbolts* é que a Florence Pugh é a líder do filme. Acho que ela tem uma força e uma presença. É provavelmente a melhor atriz entre nós", afirmou Harbour, de maneira muito franca. "Fico feliz em ser ator coadjuvante para uma mulher como ela. É menos sobre diversidade e mais sobre capacidade".

Agora, com Thunderbolts* finalmente nas telonas, dá para notar duas coisas: Florence Pugh é realmente uma atriz extraordinária, elevando a qualidade do filme para outro patamar, e Harbour parece realmente uma pessoa feliz em ser a "escada" do elenco.

O papel de Guardião Vermelho

No novo longa-metragem da Marvel, ele interpreta novamente o Guardião Vermelho, herói da época da União Soviética e que também é o emocionado pai da personagem de Pugh. Aqui, ele passa a fazer parte desse time de anti-heróis ao lado de Yelena (Pugh), Soldado Invernal (Sebastian Stan), John Walker (Wyatt Russell) e Fantasma (Hannah John-Kamen).

Nessa equação toda, Harbour é o mais coadjuvante de todos. Pugh é a protagonista absoluta, Stan tem o peso de já fazer parte do universo há bons anos, Wyatt ganha pontos pelo arco dramático em Falcão e o Soldado Invernal e John-Kamen também sai um pouco à frente por já ter aparecido como vilã de Homem-Formiga e a Vespa. Já Harbour apareceu em Viúva Negra, mas nunca assumindo um posto de peso.

Ainda assim, Harbour é uma das almas de Thunderbolts* - e ajuda o filme a ser realmente bom, livrando um peso das costas da Disney. No novo filme, o norte-americano é o alívio cômico da coisa toda, interpretando esse russo exagerado e histriônico que tenta ter mais proximidade com a filha. Não há grande dramaticidade ou momentos importantes do astro.

"Não quero dar nenhum detalhe a mais. Acho que vocês deveriam ver o filme com uma mente aberta, sem expectativas, e então vão perceber que ele realmente se encaixa no universo, mas o leva para uma direção diferente, o que é divertido", explicou o ator ao Estadão, também em novembro, sem dar pistas exatas sobre seu papel de fato no filme.

Especialista em papéis secundários memoráveis

Harbour construiu uma carreira sólida aparecendo em papéis secundários que, invariavelmente, roubam a cena. Antes de seu grande momento como Jim Hopper, ele já havia demonstrado esse talento em obras como O Segredo de Brokeback Mountain (2005), onde interpretou um personagem pequeno mas marcante.

Na TV, Harbour apareceu em séries aclamadas como The Newsroom, onde interpretou Elliot Hirsch, e Manhattan, como Dr. Reed Akley. Em ambos os casos, mesmo sem ser o protagonista, conseguiu entregar performances que ficaram na memória dos espectadores.

Em Hellboy, de 2019, finalmente ganhou um papel protagonista, mas ironicamente não conseguiu o mesmo brilho que tem em papéis menores. Foi em Viúva Negra que ele realmente mostrou sua vocação para ser o complemento perfeito em grandes produções, roubando as cenas como o Guardião - mesmo dividindo tela com Scarlett Johansson.

"Eu acho que há algo no DNA de alguns atores que os torna especialmente bons em papéis de apoio. É preciso ter capacidade de criar algo memorável em pouco tempo", disse o ator em entrevista à Entertainment Weekly em 2023, questionado sobre ser coadjuvante. "Não é sobre quanto tempo você está na tela, mas o que você faz com esse tempo."

Vale lembrar que, recentemente, Harbour também deixou sua marca em filmes como Sem Remorso, ao lado de Michael B. Jordan, e em Agente Oculto, da Netflix - todos como coadjuvante. Neste ano, também está em um pequeno papel em Resgate Implacável, filme com Jason Statham - ele interpreta um colega da época do exército com problemas de visão.

"Acho que posso não ser a estrela principal em muitos projetos, mas sou aquela peça do quebra-cabeça que ajuda a dar forma ao todo", confessou o ator ao The Hollywood Reporter em uma entrevista de 2022. "E, honestamente, isso me agrada muito. Há uma liberdade criativa em papéis coadjuvantes que nem sempre se tem como protagonista."

Reconhecimento além das câmeras

Mesmo com esse destaque como coadjuvante, porém, Harbour se consagrou e fez seu nome. É querido, reconhecido e tietado. Ao Estadão, falou sobre essa relação com os fãs e a relação com a fama.

"Há dias bons e ruins. É bonito quando seu trabalho toca tanto as pessoas que elas sentem no coração e te amam por isso", reflete o ator, que provocou grande euforia ao aparecer em eventos recentes. Mas ele pondera: "Às vezes pode ser difícil, porque uma das coisas que eu realmente gosto é a sensação de anonimato. No fim, esse é um preço que estou disposto a pagar".

Sabrina Sato publicou um texto em homenagem ao marido, Nicolas Prattes, por conta de seu aniversário de 28 anos de idade, comemorado neste domingo, 4. A postagem foi feita junto a um vídeo com diversos momentos do casal em família.

"Viva você! Viva essa sua alma cheia de luz, propósito e uma vontade quase teimosa de viver tudo intensamente. Como eu admiro tudo isso. Estar ao seu lado é como estar num filme que mistura romance, comédia e aventura e você, claro, é o protagonista gato, forte, sensível, inteligente", escreveu.

Em seguida, Sabrina Sato prosseguiu: "Você me faz sair da minha realidade. Quando estou com você, esqueço dos problemas, das crises existenciais e que eu já tinha 16 anos e estava entrando na faculdade quando você nasceu. Porque você transforma tudo em leveza".

"Obrigada por compartilhar essa vida comigo. Você me faz viver algo único. Surreal. Quase um sonho. Só que com beijo bom, risada boba e amor de verdade. Te amo com tudo o que sou e com tudo o que você é e vem. Feliz aniversário, amor da minha vida."

Confira a publicação de Sabrina Sato em homenagem a Nicolas Prattes aqui.

O Dia do Star Wars - também conhecido como Star Wars Day - é comemorado pelos fãs da série neste domingo, 4 de maio. Em homenagem à data anual, um vídeo foi lançado.

Divulgado pelo canal oficial da franquia no YouTube, o material mostra trechos de personagens clássicos dos filmes originais, como Luke Skywalker, C3PO e Chewbacca, alguns da safra dos anos 2000, como Darth Maul, até os mais recentes, como o 'Baby Yoda'. Algumas frases marcantes de personagens também aparecem ao fundo.

Por que 4 de Maio é o Dia do Star Wars?

Para entender o motivo da escolha do Star Wars Day, é necessário observar que na versão original, em inglês, uma das frases mais marcantes do filme: "May the force be with you" ("Que a força esteja com você"). A pronúncia é muito semelhante à do dia 4 de maio, que é "May the fourth". Daí surgiu a referência, feita por fãs até hoje.

Assista aqui