'Um fenômeno só se sustenta se for sincero', diz Sônia Jardim

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Sônia Machado Jardim nasceu em uma casa cheia de livros e escritores, e escolheu a Engenharia. Com 10 anos de experiência na construção civil e achando que já tinha aprendido tudo o que podia naquele emprego, com a primeira filha a caminho e a crise dos 30 batendo, pediu demissão. Era 1988 e ela fez, aqui e ali, consultorias. Nesse momento o pai adoece, depois morre, e ela ouve do irmão mais velho, Sérgio, que não fazia sentido ela não trabalhar na empresa da família. Assim, em 1991, ela começa a chegar à Editora Record (só em 1995 ela ficaria em tempo integral).

"Isso nunca tinha me passado pela cabeça", ela comenta hoje, no aniversário de 80 anos da empresa fundada por seu pai, Alfredo Machado. Ela aceitou, mas disse que antes precisava se preparar, e fez mestrado em Administração. Ao longo desses anos, foi diretora financeira e vice-presidente. Com a morte de Sérgio Machado em 2016, ela assumiu a presidência do Grupo Editorial Record - o maior de capital nacional, dono de 14 selos e do livro mais vendido de 2022: É Assim Que Acaba, de Colleen Hoover.

Ela divide a história da empresa em três fases. "A primeira vai até 1991, com a morte do papai, e é a fase da fundação, quando ele cria os valores que seguimos até hoje. A segunda, de 1991 a 2016, é a da criação do grupo editorial com a aquisição de editoras. Foi uma fase de muito crescimento e precisamos dar uma parada para organizar as coisas", ela explica.

A terceira fase, então, é a da arrumação - e ela incluiu a contratação recente de Cassiano Elek Machado, ex-Cosac Naify e ex-Planeta, como diretor editorial - cargo que não existia. Rodrigo Lacerda, ex-Zahar, também chegou recentemente, mas antes, como editor executivo. Uma de suas tarefas é cuidar do catálogo de ficção nacional. Nos últimos anos, a Record perdeu importantes autores para a concorrência. Em 2022, ela recuperou um deles: Carlos Drummond de Andrade.

Com essa reorganização em andamento desde 2016, e algumas coisas mais claras, a Record passou a investir, a partir de 2019, ainda mais em marketing. Ela entende hoje que seu maior patrimônio são os autores e... os leitores. Somadas todas as redes sociais, o grupo tem 1,2 milhão de seguidores.

"As regras do jogo mudaram e é importante nos mantermos atualizados. Se hoje essa diferença se faz no TikTok, amanhã pode ser no TokTiK. Precisamos acompanhar tudo. Essa foi a grande revolução dos últimos anos, e nosso investimento em marketing é enorme."

FIDELIDADE

Mas ela sabe que um livro não se faz apenas com a indicação de um influencer ou com uma forte presença da editora nas redes sociais. "Um fenômeno só se sustenta se ele for sincero", ela diz. Se o livro tiver qualidade - para o seu leitor. E entender esse leitor, dialogar com públicos com interesses tão diversos quanto os livros de seu catálogo - de autores como Graciliano Ramos, Paulo Freire, Ana Maria Gonçalves, Carla Madeira, Anne Frank, Carina Rissi e Colleen Hoover - é o desafio da editora. O outro é acompanhar esse leitor em sua jornada literária, apresentar novos livros e estilos, mantê-lo fiel. Ou melhor, mantê-lo leitor.

Sônia Jardim acha ótimo que grande parte de seu público seja de jovens leitores. É Rafaela, sua sobrinha, filha de Sérgio, que toca a Galera (a irmã dela, Roberta, cuida do comercial do grupo).

"É muito bom ver o livro juvenil vendendo muito. Isso significa uma nova geração de leitores vindo aí e vislumbramos a perpetuidade do negócio do livro", comenta. "Precisamos acompanhar essa pessoa enquanto ela cresce, levá-la para outro selo. Da mesma forma, precisamos apresentar outros autores para os jovens adultos. Por isso essa tentativa de uma segmentação mais correta e organizada."

Sônia Jardim comemora que a Record esteja vivendo seu melhor momento. O prejuízo de R$ 18 milhões causado pela Livraria Saraiva, hoje em recuperação judicial, ainda causa revolta, mas ficou no passado. Outro trauma, maior, o sequestro que ela sofreu em 1997 e que durou 27 dias, deixou suas marcas - e a fortaleceu.

Hoje, aos 66, enquanto volta no tempo e se vê, menina, ajudando o pai a montar as fotonovelas italianas que ele distribuiria ou lendo Luluzinha, Sônia vive plenamente o presente. E, mesmo se dizendo conservadora, dando um passo de cada vez, ela acredita que ainda dá para crescer mais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Mais Você desta quarta, 5, contou com a última eliminada do Big Brother Brasil 25, Camilla. A trancista falou de sua trajetória no programa e mencionou seus aliados e seu embate com Vitória Strada.

"É chata. Eu falei que era chata. Inclusive, eu falava para ela isso. Só que eu tinha um pensamento: era um embate que eu queria ter naquele momento?", disse, sobre a atriz.

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Entretanto, após admitir o equívoco, Camilla complementou que sua maior aliada era a irmã, Thamiris, que havia levado o monstro em um dos momentos de discussão com Vitória: "Não era o momento para ela, era o momento em que eu queria dar atenção para a minha irmã."

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A vitória de Ainda Estou Aqui no Oscar como Melhor Filme Internacional e a indicação de Fernanda Torres como Melhor Atriz vieram acompanhados de uma rotina extensiva de entrevistas e viagens. A atriz foi convidada pelo prefeito Eduardo Paes para ser destaque no Desfile das Campeãs no Carnaval do Rio de Janeiro, na Sapucaí, mas negou o convite nesta quarta, 5.

A intérprete de Eunice Paiva no longa de Walter Salles, em uma nota enviada ao UOL, explicou que agora pretende descansar : "Minha vida não para desde setembro. Assim que passar isso tudo, vou precisar descansar."

A premiação do cinema, que ocorreu neste domingo, dia 2, exigiu diversas idas de Fernanda Torres, Selton Mello e da equipe técnica e de produção do longa aos Estados Unidos. A intenção era promover o filme aos votantes da Academia.

Sobre o convite para o desfile, ela agradeceu pela oportunidade e completou: "As homenagens são bem-vindas, mas sem a minha presença, porque estou muito cansada, trabalhando sem parar há 6 meses e precisando parar. Muito obrigada pelo carinho."

O Estadão entrou em contato com a equipe da artista para confirmar a recusa, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

Após uma confusão que envolveu o seu e o trio elétrico de Daniela Mercury no carnaval de Salvador, o cantor Tony Salles pediu desculpas à artista nesta segunda-feira, 4. Na ocasião, o artista se apresentava em mais um bloco da capital baiana.

Tony afirmou "ter um carinho muito grande" por Daniela. "Me perdoe pelo que aconteceu ontem, porque não foi intencional. Estávamos atrasados, com toda a correria do carnaval, tínhamos outro show para fazer... Infelizmente, aconteceu aquele fato", descreveu.

O cantor disse que "nunca na vida" quis criar problemas com a artista. "Uma referência da nossa música baiana, uma referência do axé, em pleno ano de comemoração dos 40 anos do axé", disse sobre Daniela.

Tony comentou que "em momento algum" citou o nome da cantora durante o desentendimento. "Existe uma coisa que eu aprendi com a minha mãe que se chama respeito. Eu respeito, principalmente quando se tem uma coisa chamada hierarquia. Hierarquia é para isso: é para você respeitar quem está lá na frente, quem chegou primeiro."

Entenda o que aconteceu

Daniela Mercury e Tony Salles se desentenderam na madrugada desta terça-feira no circuito Dodô (Barra-Ondina). A cantora reclamou publicamente da proximidade do trio elétrico do cantor, que interferiu na qualidade do som de sua apresentação.

A situação aconteceu por volta da 1h, quando Daniela interrompeu a música Maimbê Dandá e encarou o trio de Tony Salles antes de se manifestar. "Muito feio encostar na gente assim, viu? Carnaval não pode ser assim não, viu, Tony? Respeite que não sou moleque, rapaz. Ficou feio, viu bicho", reclamou a cantora.

O marido de Scheila Carvalho, por sua vez, respondeu sem citar o nome da artista. Ele explicou que seu trio precisou acelerar o percurso por causa de atrasos na programação.

"Estamos um pouco corridos hoje. Eu peço mil desculpas a vocês, porque atrasou muito a saída lá e vocês precisam de uma explicação. O percurso é para ser feito dentro de um tempo e as pessoas, às vezes, acabam segurando o percurso e atrasa", disse ao público.

O cantor também criticou a retenção dos trios ao longo do circuito e mencionou que ainda tinha um show para realizar em um camarote na mesma noite. "O trio precisa andar. Foi feito para andar. Não é porque sou uma banda de pagode, que sou periférico, suburbano, que é para me desrespeitar", afirmou.

O que disse Daniela Mercury

Procurada pelo Estadão, a equipe da cantora informou que o posicionamento da cantora está no depoimento escrito por sua esposa, Malu Verçosa. Leia na íntegra:

"Sou da época do encontro de trios, da festa da música no Carnaval de Salvador, da magia da percussão e da nossa cultura. Mas a cena que vi no desfile dessa segunda no circuito Barra Ondina foi de desrespeito, principalmente com o público, mas também com a minha artista.

O cantor Tony Salles chegou atrasadíssimo no Farol da Barra e o fiscal nos pediu para passar na frente, já que estávamos prontos. Passou o artista Guga Meira e, em seguida, Daniela, tamanho o atraso dele. Aliás, é assim que tem que ser para o carnaval não parar e não atrasar o desfile. Registre-se que seguimos o fluxo do desfile respeitando a distância do trio da nossa frente.

O trio do cantor Tony Salles veio colado no nosso trio a partir do Cristo da Barra até Ondina, atrapalhando o desfile ao ponto de fazer Daniela parar de cantar em alguns momentos. Ao ponto da Band noticiar isso (que vergonha). E ele justifica dizendo que estava atrasado para o show no camarote. Chegasse no horário então. Quem tem compromisso, não atrasa. Coisa feia. E sabe o que é pior? Encerramos o desfile e ele, que estava atrasado, ainda ficou mais meia hora cantando. Respeite a rainha, Tony Salles."