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Víbora azul resgatada no Butantan é batizada em homenagem a Rita Lee

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Sob os cuidados do Instituto Butantan está uma espécie de cobra rara que veio da Indonésia, a víbora-dos-lábios-brancos. O animal foi apelidado em homenagem à estrela do rock Rita Lee. Com apenas 65 centímetros e 60 gramas, o réptil tem uma coloração azul brilhante e seu veneno pode causar hemorragia e necrose do tecido.

O exemplar da espécie pode ser visitado no Museu Biológico, localizado no Parque da Ciência do Butantan. O canal da Prefeitura publicou neste mês uma apresentação do animal.

A cobra, cujo nome cientifico é Trimeresurus insularis, foi resgatada na Bahia com outros 59 animais pela Polícia Rodoviária Federal. Ela estava sendo transportada de forma ilegal em um ônibus que vinha São Paulo. Alguns dos animais transportados foram para o Butantan, como a víbora azul que chegou no dia 9 de fevereiro de 2023.

A equipe do instituto montou um espaço com galhos de árvores e vegetação semelhantes ao habitat natural da espécie para ajudá-la na adaptação. Eles pretendiam receber um casal de víboras azuis. Entretanto, a fêmea, que havia chegado em situação mais precária, morreu dois dias depois.

"A serpente (macho) ficou uns dias sem querer se alimentar e praticamente não se locomovia até se sentir segura. Mas agora já está se alimentando normalmente", conta a pesquisadora científica e coordenadora de manutenção animal do museu, Silvia Cardoso.

As víboras azuis preferem ficar em topo de árvores, onde se camuflam, e quase nunca descem até o chão. "Fizemos a ambientação de um recinto com galhos de diferentes espessuras, cipós, rochas, abrigos e aquecimento, para ela escolher os locais de sua preferência para repouso, locomoção e alimentação", explica a bióloga.

Na natureza, essas cobras se alimentam de pássaros, pequenos mamíferos, anfíbios e lagartos. A cauda preênsil serve para se pendurar em galhos e agarrar as presas.

A maior parte da espécie tem cor verde, e as escamas azuis são, na verdade, incomuns. Esse padrão é encontrado em algumas ilhas da Indonésia por conta do polimorfismo, quando espécies sofrem mudanças em suas características para se adaptar a determinado ambiente.

O veneno da víbora azul

O Trimeresurus insularis tem um veneno que ataca as hemácias do sangue, causando hemorragia. Essas células são responsáveis por transportar oxigênio dos pulmões para todas as partes do corpo. O veneno também pode necrosar os tecidos e, assim, corroer a pele.

O veneno tem atuação local e parece com o das jararacas, já que não afeta o sistema nervoso.

Por ser uma espécie exótica, soros contra o veneno da víbora azul não estão disponíveis no Brasil. O Butantan, no entanto, tem ampolas por manter um exemplar da espécie no museu.

"É uma grande irresponsabilidade trazer estas serpentes dessa forma, sem qualquer cuidado com o animal e com risco de ocorrer acidentes sem o devido antiveneno disponível", diz Silvia Cardoso.

Homenagem à Rita Lee

O macho de víbora azul chegou ao Museu Biológico do Butantan em 14 de junho de 2023, pouco mais de um mês depois da morte da cantora Rita Lee.

"Essa serpente é a nossa 'ovelha azul', por que ela é muito diferente, assim como a Rita, que foi inovadora nas ideias, na música e na conservação do meio ambiente através de seus livros", diz a diretora do Museu Biológico do Butantan, Erika Hingst-Zaher.

De acordo com a diretora, homenagear a cantora na cobra também foi uma forma de incentivar as meninas a se interessarem por ciência.

Em sua carreira, a ligação de Rita Lee com as cobras rendeu momentos icônicos. Em 1947, por exemplo, a cantora resgatou duas jiboias de um show do rockeiro Alice Cooper, em São Paulo. Ela também já se vestiu de naja para cantar um de seus maiores hits, Erva Venenosa.

Em outra categoria

O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".