Fugitivos de Mossoró: 'comboio do crime' teve trajeto de barco, 3 carros e emboscada em ponte

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Os foragidos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) foram presos nesta quinta-feira, 4. A dupla formou o que ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, classificou como "comboio do crime" para tentar escapar do país. Os criminosos ligados ao Comando Vermelho usaram até um barco para se deslocar do Ceará para o Pará.

Deibson Cabral e Rogério Mendonça, que haviam escapado da unidade de segurança máxima em 14 de fevereiro, foram presos em uma rodovia em Marabá, no Pará, em uma operação da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal após 51 dias de busca.

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Os criminosos foram encontrados a uma distância de cerca de 1,6 mil quilômetros da penitenciária onde estavam presos e, segundo a Polícia Federal, tiveram ajuda de diversas pessoas ao longo do caminho, que forneceram comida, dinheiro e até carros para os foragidos. Até o momento, 14 pessoas foram presas por envolvimento no caso.

Na operação desta quinta-feira, outros quatro comparsas foram presos. O bando tentava escapar do país em três carros, no "comboio do crime". Há indícios de que os comparsas sejam membros de facções criminosas, mas as investigações ainda não foram concluídas.

Dinâmica da fuga

Para conseguir sair da penitenciária, Mendonça e Cabral escalaram uma luminária de suas respectivas celas. Na ocasião, os prisioneiros utilizaram uma barra de ferro para alargar o buraco da luminária, passaram, conseguiram acessar um local utilizado pela estrutura interna da penitenciária, chegaram ao teto e, depois, ao pátio do presídio. No local, pegaram um alicate e cortaram o alambrado de proteção, fugindo em seguida.

Durante um mês, os criminosos permaneceram nas redondezas de Mossoró. Na época, o governo mobilizou cerca de 500 policiais para atuar nas buscas, que utilizavam equipamentos avançados como drones de monitoramento da temperatura corporal.

Apesar do aparato, o governo fracassou na tentativa de recapturar os fugitivos na região. De acordo com Lewandowski, os investigadores resolveram mudar de estratégia ao perder o rastro dos foragidos.

Para ir do Ceará ao Pará, os criminosos viajaram um barco durante dias.

"Estávamos os seguindo de perto, tínhamos a convicção de que se encontravam na região. Eles estavam num raio de 193 km², mas o que nos dava certeza que estavam ainda no local e nos autorizava a manter uma força de quase 500 homens é que tínhamos vestígios da presença deles, restos de alimentação, rastros e os cães que os farejavam", disse Lewandowski.

Depois de certo tempo, perdemos esses rastros e a inteligência os monitorou permanentemente e permitiu que fossem encontrados a 1,6 mil km de distância", acrescentou o ministro.

As buscas reuniram forças policiais no Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Pernambuco e Paraíba.

Reação armada

Em solo paraense, os criminosos seguiam em um comboio de três carros pela Rodovia BR-222, quando foram presos em um cerco a uma ponte. Antes da abordagem bem sucedida, a PF chegou a iniciar outra tentativa, que acabou sendo abortada, por entender que seria melhor esperar um ponto melhor para efetuar a prisão.

No cerco realizado na ponte, os criminosos chegaram a apontar um fuzil para os policiais, mas acabaram desistindo do confronto, segundo o delegado geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues.

"Houve inicialmente um esboço de reação com fuzil ostensivamente apontado aos policiais, mas frente à ação das nossas equipes, e lá estava nosso grupo de pronta intervenção, que é um grupo tático preparado para esse tipo de circunstância, permitiu que a ação (da polícia) fosse sem reação", afirmou Rodrigues.

De volta a Mossoró

Segundo Lewandowski, os fugitivos voltarão para o Presídio Federal de Mossoró. Questionado sobre a segurança da unidade, o ministro afirmou que todos as providências foram tomadas para garantir que a penitenciária não esteja suscetível a novas fugas.

ecretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia afirmou que o governo reforçou a segurança da penitenciária, com aquisição de novos equipamentos, reforço nos protocolos de segurança, melhoria na iluminação, entre outras medidas.

"O sistema penitenciário federal não é mais o mesmo desde o evento que ocorreu em Mossoró", garantiu.

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David Johansen, vocalista e último membro sobrevivente do New York Dolls, morreu nesta sexta-feira, 28, aos 75 anos. A informação foi confirmada pela enteada do cantor, Leah Hennessey à agência AP.

No último mês foi revelado que Johansen lutava há mais de uma década contra um "câncer em estágio 4". Em 2020, a família descobriu que o quadro havia avançado e que ele desenvolveu um tumor no cérebro.

Apesar de até então não ter declarado o diagnóstico publicamente, a família pedia doações para ajudar a custear o tratamento.

David Johansen

Nascido como David Roger Johansen em 9 de janeiro de 1950, em Nova York, o astro foi criado em uma família católica, e cresceu fã de poemas, blues, Janis Joplin e Otis Redding. Começou a carreira como cantor no final dos anos 1960, e fundou o New York Dolls em 1971. O grupo lançou somente dois discos de estúdio: o primeiro, com o nome do grupo, em 1973, e o segundo, Too Much Too Soon, no ano seguinte.

Ao lado de outras bandas como The Velvet Underground e The Stooges, o New York Dolls foi um dos precursores do punk. O estilo da banda - cabelos despenteados, roupas 'femininas' e muita maquiagem - inspirou o movimento glam, que montou residência no heavy metal uma década mais tarde, com bandas como Faster Pussycat e Mötley Crüe.

"Quando você é um artista, a principal coisa que você quer fazer é inspirar as pessoas. Então, se você consegue fazer isso, é muito gratificante", disse Johansen ao The Knoxville News-Sentinel em 2011.

"Simplesmente entramos em um estúdio e gravamos", recordou David sobre o primeiro álbum em entrevista à revista Esquire em 2013. "Não é como essas pessoas que conceitualizam as coisas. Era simplesmente um documento do que estava acontecendo na época."

Apesar da importância do New York Dolls tanto para o cenário musical quanto para o rompimento de estereótipos, o grupo jamais atingiu grande sucesso comercial. O auge de Johansen neste sentido veio nos anos de 1980 e 1990, com seu alter ego Buster Poindexter - com ele, veio o hit Hot, Hot, Hot. Ao longo de toda a sua carreira, David e os Dolls inspiraram muitos outros artistas, dos Smiths aos Sex Pistols.

David também fez cinema, atuando em filmes como Os Fantasmas Contra-Atacam, A Grande Barbada e De Caso com a Máfia. Em 2023, foi tema do documentário musical Personality Crisis: One Night Only, de Martin Scorsese e David Tedeschi, que mesclava filmagens de sua residência de duas noite no Café Carlyle, em 2020, com flashbacks de sua carreira e entrevistas antigas.

"Eu costumava pensar sobre minha voz: 'Como vai soar? Como vai ser quando eu fizer essa música?' E eu ficava em um nó sobre isso", disse à Associated Press em 2023, sobre sua voz rouca e característica. "Em algum momento da minha vida, eu decidi: 'Apenas cante a maldita música, com o que você tiver.' Para mim, eu subo no palco e, seja qual for o meu humor, eu simplesmente me arrasto para sair."

David Johansen deixa a esposa, Mara Hennessey, e a enteada, Leah. /Com informações da agência AP

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Vilma e Maike foram escolhidos pelo novo anjo para o Castigo do Monstro. No domingo, Vinícius terá que indicar um deles direto para o paredão.

Vinícius faz tempo recorde

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Ao compartilhar outro vídeo do bonecão de Olinda da atriz, o perfil PE no Carnaval foi além: "No fuso de Olinda, Fernanda Torres já é ganhadora do Oscar", diz a legenda.

Fernanda Torres concorre à estatueta de Melhor Atriz no Oscar por seu trabalho em Ainda Estou Aqui. Ela disputa com Demi Moore (A Substância), Mickey Madison (Anora), Cynthia Erivo (Wicked), e Karla Sofía Gascón (Emilia Pérez).

O Oscar acontece neste domingo, 2, em Los Angeles, a partir das 21h, e será transmitido pelo canal pago TNT e pelo streaming da Max. A transmissão da TV Globo começa às 21h55.