São Paulo terá mais 3,3 mil táxis e duas novas categorias; entenda

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A cidade de São Paulo vai ganhar mais 3,3 mil licenças para taxistas, segundo decreto assinado neste sábado, 20, pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). O prefeito anunciou também duas novas categorias de táxi: "executivo" e "acessível". Elas terão a mesma tabela tarifária da categoria comum.

O serviço executivo será destinado ao público corporativo e a eventos da categoria. Para isso, os carros devem ter no máximo cinco anos de fabricação, quatro portas, cor preta e capacidade máxima para sete passageiros.

Os motoristas precisam estar registrados no Cadastro Municipal de Condutores de Táxi (Condutax) e ter pelo menos dois anos de experiência na cidade. Os táxis pretos podem compartilhar pontos com os táxis comuns, mas podem também criar pontos exclusivos. Os táxis comuns podem ter até dez anos e são da cor branca.

Já o serviço acessível é formado por carros adaptados para o transporte de pessoas com deficiência, de acordo com as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas e as exigências dos órgãos do município. Os motoristas devem ter o Condutax, além de um curso especial para o transporte de pessoas com deficiência.

"Estamos adequando a realidade da cidade à necessidade dos taxistas para que a gente possa ter um sistema de táxi cada vez mais utilizado e fluido", destacou Nunes em nota.

A Prefeitura também liberou o uso de caminhonetes de cabine dupla, de até três toneladas e meia, para o serviço da capital. Mas os taxistas não poderão cobrar valor adicional pelo transporte de itens na caçamba da caminhonete.

O prefeito anunciou também o sorteio de 3,3 mil novos alvarás de estacionamento de táxis (novas licenças para taxistas) e 3,7 mil vagas em 1,2 mil pontos de táxis na cidade, entre eles o do Aeroporto de Congonhas. As datas dos sorteios e as regras ainda não foram anunciadas.

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A derrota do Oscar de Melhor Atriz e Melhor Filme por Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui para a americana Mikey Madison e Anora, filme independente dirigido pelo norte-americano Sean Baker, ainda tem abalado os ânimos dos brasileiros e é tema central do carnaval de rua em 2025. Ainda Estou Aqui ganhou na categoria "Filme Internacional".

Nesta terça, 4, os foliões adaptaram a marchinha Aurora, escrita por Mário Lago e Roberto Roberti em 1941, para calibrar o clima de rivalidade. (Veja o vídeo abaixo)

"Se você fosse sincera, ô ô ô ô, Anora. Devolvia o nosso Oscar, ô ô ô ô, agora", canta um grupo de pessoas em um bloco de rua não identificado. O vídeo viralizou nas redes sociais.

Na adaptação, é pedido que Anora entregue os prêmios aos brasileiros. Boa parte do público ficou revoltada com a escolha da Academia pelo filme independente e pela jovem atriz Mikey Madison, de 25 anos.

A torcida do Brasil era para que, principalmente, Fernanda Torres levasse o título de "Melhor Atriz" na maior premiação do cinema. A própria atriz se pronunciou dizendo que o resultado foi justo e pedindo para que fãs não enviem mensagens de ódio a Mikey Madsona.

A vitória do filme Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 foi um momento de grande emoção para Ana Lúcia Paiva. Presente na cerimônia em Los Angeles, Nalu revelou que usou um colar que pertenceu à sua mãe, Eunice Paiva, durante o anúncio da categoria de Melhor Filme Internacional, vencida pelo longa brasileiro.

"Na hora do anúncio, eu estava com a mão no peito, porque estava com o colar da minha mãe antes e não consegui tirar, porque deu um nó. Então pensei: 'Vou ficar com esse colar, porque mamãe não quer me deixar, quer ir comigo para o Oscar'", contou Nalu ao Gshow. No momento da vitória, ela segurou o colar, beijou a pedra e chorou de emoção.

Filha de Eunice e Rubens Paiva, Nalu Paiva ainda destacou a importância do discurso do diretor Walter Salles, que homenageou sua mãe ao receber o prêmio. "Foi um momento maior do que eu, que representa nossa história. Walter, meu amigo de sempre, homenageando minha mãe na frente do mundo, isso é muito lindo", celebrou.

O escritor e poeta brasileiro Affonso Romano de Sant'Anna morreu na manhã desta terça-feira, 4, aos 87 anos. O autor, que morava no Rio de Janeiro, foi diagnosticado com Alzheimer em 2017.

O escritor, que estava acamado havia quatro anos, era casado com a também escritora Marina Colasanti. Ela morreu em janeiro deste ano, também aos 87 anos. Affonso deixa uma filha, a atriz e cineasta Alessandra Colasanti, além de um neto.

Nascido em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, o autor escreveu mais de 60 livros ao longo de seis décadas de carreira. Entre suas obras de destaque, estão os três volumes de poesias e crônicas reunidas - além de Como Andar no Labirinto (2012), Tempo de Delicadeza (2007) e Intervalo Amoroso (1998).

Affonso também teve forte atuação na academia, atuando como professor e dirigindo o departamento de Letras da PUC-Rio entre 1973 a 1976. Também lecionou no exterior, em faculdades dos Estados Unidos, Alemanha, Portugal e França.

Na área da educação, presidiu a Biblioteca Nacional durante a década de 1990, sendo um dos responsáveis pelo Programa Nacional de Incentivo à Leitura, que está ativo até hoje.

Na imprensa, atuou como cronista do Jornal do Brasil, de O Globo, Estado de Minas e Correio Braziliense. Também foi crítico literário.

O velório do escritor será realizado nesta quarta-feira, 5, das 11h às 14h. O evento ocorre na Capela Histórica do Cemitério da Penitência, na cidade do Rio de Janeiro.