Lula usa gravata em homenagem ao cachorro 'Joca' e cobra providências da Anac e da Gol

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou uma gravata especial para homenagear o cachorro "Joca", um golden retriever de cinco anos que morreu durante um transporte aéreo realizado pela Gollog, empresa da companhia aérea Gol, na segunda-feira, 22. O petista também cobrou providências da companhia aérea e uma fiscalização mais ostensiva por parte da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac).

Durante uma cerimônia de assinatura de projetos voltados ao Ministério da Cultura, Lula afirmou que o uso da gravata, que é ilustrada com um desenho de cachorro, era uma forma de protesto ao que ocorreu com o golden retriever.

"A minha gravata tem no desenho um cachorrinho. Eu coloquei ela hoje de manhã em protesto ao que aconteceu com o cachorro de um cidadão, que mandou o seu cachorro para Sinop, no Mato Grosso. Esse cachorro, ao invés de ser embarcado para Sinop, ele foi embarcado para o Ceará. Quando chegou no Ceará, descobriram que não era para lá, mandaram de volta e o cachorro morreu, porque ficou oito horas sem tomar água, preso dentro do avião", afirmou o petista.

"Eu acho que a Gol tem que prestar contas, acho que a Anac tem que fiscalizar isso e acho que a gente permitir que isso continue acontecendo no Brasil. Então, essa gravata é uma homenagem e a nossa solidadariedade", completou o petista.

A primeira-dama, Janja da Silva, também se posicionou sobre a morte do golden retriever e disse que a Gol agiu com "irresponsabilidade". Segundo ela, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, acionou a Anac, que instaurou um processo administrativo contra a companhia aérea. Segundo o ministro, a empresa terá três dias para explicar os motivos que levaram à morte de Joca durante o transporte.

"Ontem todo mundo ficou sabendo do caso do Joca que, infelizmente, por irresponsabilidade da companhia aérea Gol, o cachorro veio a morrer no transporte. Ele foi tratado como carga, e não como ser vivo", afirmou Janja em um vídeo publicado no X, nesta quarta-feira, 24.

Entenda o caso da morte do cachorro durante transporte da Gol

Nesta segunda, o tutor de Joca, João Fantazzini, deixou o cachorro no Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O destino do golden retriever era para Sinop, no Mato Grosso, mas ele acabou sendo transportado para Fortaleza, no Ceará.

"Assim que o tutor chegou em Sinop, foi notificado sobre o ocorrido e sua escolha foi voltar para Guarulhos para reencontrar o Joca. A Gol lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com a dor do seu tutor", disse a companhia aérea.

Pelas redes sociais, Fantazinni responsabilizou a Gol pela fatalidade. "Você é o amor da minha vida, desculpe por qualquer coisa. Eles precisam pagar. Mataram meu filho (...) Você me ensinou o que é um amor verdadeiro, o que é empatia e o verdadeiro significado de parceira e amor! Minha saudade vai ser diária!", afirmou o tutor do golden retriever.

Após o incidente, a Gol suspendeu o serviço de transporte de cães e gatos por 30 dias. A companhia aérea informou que está fazendo uma sindicância interna para apurar a morte do cachorro. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), os tutores de Joca prestaram depoimento na tarde desta terça-feira, 23.

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A derrota do Oscar de Melhor Atriz e Melhor Filme por Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui para a americana Mikey Madison e Anora, filme independente dirigido pelo norte-americano Sean Baker, ainda tem abalado os ânimos dos brasileiros e é tema central do carnaval de rua em 2025. Ainda Estou Aqui ganhou na categoria "Filme Internacional".

Nesta terça, 4, os foliões adaptaram a marchinha Aurora, escrita por Mário Lago e Roberto Roberti em 1941, para calibrar o clima de rivalidade. (Veja o vídeo abaixo)

"Se você fosse sincera, ô ô ô ô, Anora. Devolvia o nosso Oscar, ô ô ô ô, agora", canta um grupo de pessoas em um bloco de rua não identificado. O vídeo viralizou nas redes sociais.

Na adaptação, é pedido que Anora entregue os prêmios aos brasileiros. Boa parte do público ficou revoltada com a escolha da Academia pelo filme independente e pela jovem atriz Mikey Madison, de 25 anos.

A torcida do Brasil era para que, principalmente, Fernanda Torres levasse o título de "Melhor Atriz" na maior premiação do cinema. A própria atriz se pronunciou dizendo que o resultado foi justo e pedindo para que fãs não enviem mensagens de ódio a Mikey Madsona.

A vitória do filme Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 foi um momento de grande emoção para Ana Lúcia Paiva. Presente na cerimônia em Los Angeles, Nalu revelou que usou um colar que pertenceu à sua mãe, Eunice Paiva, durante o anúncio da categoria de Melhor Filme Internacional, vencida pelo longa brasileiro.

"Na hora do anúncio, eu estava com a mão no peito, porque estava com o colar da minha mãe antes e não consegui tirar, porque deu um nó. Então pensei: 'Vou ficar com esse colar, porque mamãe não quer me deixar, quer ir comigo para o Oscar'", contou Nalu ao Gshow. No momento da vitória, ela segurou o colar, beijou a pedra e chorou de emoção.

Filha de Eunice e Rubens Paiva, Nalu Paiva ainda destacou a importância do discurso do diretor Walter Salles, que homenageou sua mãe ao receber o prêmio. "Foi um momento maior do que eu, que representa nossa história. Walter, meu amigo de sempre, homenageando minha mãe na frente do mundo, isso é muito lindo", celebrou.

O escritor e poeta brasileiro Affonso Romano de Sant'Anna morreu na manhã desta terça-feira, 4, aos 87 anos. O autor, que morava no Rio de Janeiro, foi diagnosticado com Alzheimer em 2017.

O escritor, que estava acamado havia quatro anos, era casado com a também escritora Marina Colasanti. Ela morreu em janeiro deste ano, também aos 87 anos. Affonso deixa uma filha, a atriz e cineasta Alessandra Colasanti, além de um neto.

Nascido em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, o autor escreveu mais de 60 livros ao longo de seis décadas de carreira. Entre suas obras de destaque, estão os três volumes de poesias e crônicas reunidas - além de Como Andar no Labirinto (2012), Tempo de Delicadeza (2007) e Intervalo Amoroso (1998).

Affonso também teve forte atuação na academia, atuando como professor e dirigindo o departamento de Letras da PUC-Rio entre 1973 a 1976. Também lecionou no exterior, em faculdades dos Estados Unidos, Alemanha, Portugal e França.

Na área da educação, presidiu a Biblioteca Nacional durante a década de 1990, sendo um dos responsáveis pelo Programa Nacional de Incentivo à Leitura, que está ativo até hoje.

Na imprensa, atuou como cronista do Jornal do Brasil, de O Globo, Estado de Minas e Correio Braziliense. Também foi crítico literário.

O velório do escritor será realizado nesta quarta-feira, 5, das 11h às 14h. O evento ocorre na Capela Histórica do Cemitério da Penitência, na cidade do Rio de Janeiro.