'Não existe clareza sobre regras das companhias aéreas para transporte de pets', reclama tutora

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Em novembro do ano passado, a jornalista Gabriela Longman, de 40 anos, enfrentou transtornos para trazer sua cachorra de João Pessoa, na Paraíba, para São Paulo. Ela cita a complicação para conseguir incluir a sua pet no mesmo voo, assim como divergências com relação ao modelo de caixa para transporte do animal de estimação. A viagem de ida para visitar os familiares do marido no Nordeste foi tranquila, mas na volta as dificuldades foram diversas.

O assunto ganhou destaque após a morte de Joca, um Golden Retriever de 5 anos, que morreu durante um transporte aéreo realizado pela Gollog, empresa da companhia aérea Gol, após uma falha operacional durante o embarque do animal de estimação.

Ele foi transportado em um avião para Fortaleza, no Ceará, quando deveria ir para Sinop, em Mato Grosso. Após a ocorrência, a Gol decidiu suspender por 30 dias a partir desta quarta-feira, 24, o transporte de pets no porão.

No caso de Gabriela, em tentativas com duas companhias aéreas, ela disse que não conseguiu embarcar a Beluga, sua vira-lata de 6 anos, que pesa pouco mais de 20 quilos. Ou seja, até ter a sua pet em segurança em casa, várias foram as dificuldades enfrentadas com a Latam e com a Gol.

"Existe um problema que é você somente ter a possibilidade de acrescentar o cachorro depois de efetuada a compra da passagem e isso gera uma série de problemas. Não dá para incluir o cachorro na hora da compra do voo e checar a viabilidade de transporte antes. Somente depois", afirma ela, que tinha passagem de volta com a Latam.

"Após comprar a passagem, liguei para a Latam para fazer a inclusão da minha pet. Aí, a pessoa que me atendeu disse que no voo que eu havia comprado não havia oxigênio no porão suficiente para levar a minha cachorra. O problema é que essa informação eu não tinha como saber no momento da compra da passagem. A Beluga viajou na ida com a Latam, mas não conseguiu retornar com a mesma companhia. Eu perdi a passagem e fui atrás de outra companhia aérea", reclamou.

Gabriela entrou em contato com a Gol. Com relação ao sistema para a inclusão da sua cachorra, ela disse que funcionou melhor, mas enfrentou transtorno com relação a caixa de transporte.

"Eu tive um problema com as especificações da caixa de transporte. Um problema gravíssimo. Eu segui todas as especificações que estavam no site, mas no aeroporto fui informada que a minha caixa não servia para transportar a minha cachorra. Ao questionar, apenas tive como resposta que não era a mesma da foto que está no site. Mas em nenhum local consta esta informação. Fiquei refém e minha cachorra também não embarcou", lamenta Gabriela.

Sem alternativa, ela e o marido retornaram para São Paulo, enquanto a Beluga ficou por dez dias em um hotel para animais, aguardando a tutora providenciar o seu retorno para casa.

"Fiz várias pesquisas, até para ela vir de caminhão, mas seria uma viagem longa. Meu marido conseguiu falar com a Gol Cargo e, desta forma, ela retornou em um voo de carga", afirmou Gabriela, que no aeroporto também aguardou em uma sala específica até reencontrar sua pet. "A gente fica apreensiva. Mas fiquei feliz que ela chegou bem", disse a jornalista.

Ela acrescenta que o procedimento poderia ser mais simples, mantendo a segurança no serviço de transporte de animais.

"As companhias aéreas não estão sabendo lidar com a situação dentro do seu modo de operar. O consumidor está sendo bem lesado. É um serviço caro e muitas vezes a gente não consegue usar. O preço por trecho saiu R$ 800 para levar minha pet. As instruções são controversas em uma mesma companhia aérea. Algumas também falam que tem que ter um pote com água amarrado dentro da jaula, outras não. Não existe uma clareza sobre as regras, o que deve ser realmente feito."

Anteriormente, Gabriela já tinha viajado com a Beluga em 2020, durante a pandemia, também para João Pessoa, mas na ocasião, a viagem foi tranquila.

Procuradas, ambas as companhias não se manifestaram até o fechamento da reportagem.

Entenda o caso

Joca deveria ter seguido para Sinop, em Mato Grosso, no voo 1480 de segunda-feira - o mesmo destino do seu tutor -, a partir do Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Mas o animal foi embarcado em um voo para Fortaleza, no Ceará.

"Assim que o tutor chegou em Sinop, foi notificado sobre o ocorrido e sua escolha foi voltar para Guarulhos para reencontrar o Joca. A Gol lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com a dor do seu tutor", disse a companhia.

Por meio das redes sociais, o tutor de Joca, João Fantazzini, lamenta a perda, assim como responsabiliza a Gol pela fatalidade. "Você é o amor da minha vida, desculpe por qualquer coisa. Eles precisam pagar. Mataram meu filho", publicou nos stories do Instagram.

Anac instaura processo administrativo

Na manhã desta quarta-feira, 24, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também disse que instaurou processo administrativo para apurar os motivos que levaram à morte do cachorro Joca no voo G3 1527 entre os aeroportos de Fortaleza e de Guarulhos.

"A abertura do processo ocorreu após pedido de informações à empresa aérea pela agência e realização de reunião entre o diretor-presidente da agência, Tiago Pereira, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho", disse a Anac, ao lamentar a morte do cachorro Joca.

A agência também solicitou à Gol, entre outras informações, detalhes sobre as condições de transporte do animal, o seu envio para localidade diversa da contratada e as condições para a prestação desse tipo de serviço. O objetivo é abrir processo de fiscalização conforme as constatações apuradas.

Em resposta, a Gol disse que recebeu a notificação da Anac e do ministério e responderá aos órgãos oficiais dentro do prazo estipulado.

Outro inquérito instaurado pela Delegacia do Meio Ambiente (Dicma) de Guarulhos também investiga todas as circunstâncias dos fatos. A mãe do tutor do animal compareceu à unidade policial e prestou depoimento na tarde de terça-feira, 23.

O cachorro foi encaminhado ao hospital veterinário, onde foi submetido a exames de necropsia. "Os laudos estão em elaboração e, assim que finalizados, serão analisados pela autoridade policial, que seguirá com as demais diligências para a elucidação do caso", acrescentou a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP).

Regras para transporte de animais

A Anac esclarece que o transporte de animais de estimação e animais de assistência emocional, quando ofertado pelas empresas aéreas, implica a responsabilidade destas pelos animais transportados desde o embarque até o recebimento, aplicando-se as disposições constantes do contrato firmado entre as partes.

"Adicionalmente, às disposições da portaria nº 12.307/2023, que aborda as condições gerais do transporte aéreo de animais no contexto de voos de passageiros, destacam que, nos casos de dano causado ao animal de estimação ou de assistência emocional no decorrer do transporte, o transportador aéreo deverá indenizar o passageiro nas formas elencadas pela resolução número 400 sobre reparações e indenizações pelos danos causados?, acrescenta a Anac.

Em outra categoria

Lexa relembrou as dificuldades de sua gravidez que levaram à morte da filha Sofia, do relacionamento com o ator Ricardo Vianna. Durante participação no Conversa com Bial, a cantora detalhou o quadro de pré-eclâmpsia precoce - a forma mais grave da doença - que levou à falência progressiva de seus órgãos.

"O processo final da UTI, quando fui ter o parto da minha filha, os meus órgãos começaram a entrar em falência. Porque eu estava chegando no meu limite para tentar tê-la na minha barriga", relatou.

Segundo ela, os médicos insistiram em priorizar sua vida: "Temos que salvar a árvore. Óbvio que vamos tentar salvar o fruto, mas a gente precisa salvar a árvore". Mesmo em meio ao risco, a maior preocupação de Lexa era Sofia. "Ficava em pânico porque eu queria que salvassem a minha filha, mas não tinha muito o que fazer."

O diagnóstico da pré-eclâmpsia precoce foi descoberto inesperadamente, durante um exame de rotina. Ao notar alterações no biomarcador, a médica recomendou internação imediata. "Eu disse: 'Só estou sentindo a minha mão dormente'. Entendi que, de uma hora para outra, acabou, o neném entra em sofrimento. Eu e o bebê estávamos em risco de vida altíssimo", relembrou.

Lexa foi internada com 23 semanas e sabia que não sairia do hospital sem passar pelo parto. A bebê nasceu prematura, com 25 semanas, e morreu três dias depois.

Ao falar sobre o luto, a cantora destacou o papel do companheiro no processo e como muitas mulheres lidam com essa dor sozinhas. "Não tem como superar um filho, é insuperável. Você aprende a conviver com essa dor. E é muito importante ter um parceiro do nosso lado. O Ricardo foi um grande parceiro, mas têm mulheres que não tem um grande parceiro do seu lado e tem que lidar com isso sozinhas."

Ela também contou que, ao saber da morte da filha, quis apagar todas as fotos de Sofia das redes sociais. A decisão veio depois pegá-la no colo pela primeira vez, após a bebê ter tido duas paradas cardíacas. "Ali eu já sabia: 'Pega a Sofia agora porque ela não vai resistir mais'. Peguei minha filha pela primeira vez, peguei para sentir o pesinho dela, e olhei para cada detalhe dela. Virei as costas, deixei minha filha para trás, e disse: 'Eu não quero ver mais nada!' Nesse momento que você perde, você não quer ver ninguém", relatou.

Mas foi a mãe da cantora, Darling, quem insistiu em guardar algumas lembranças de Sofia. Mais tarde, Lexa reconheceu a importância de preservar as memórias: "Dou graças a Deus por minha mãe ter guardado a touquinha. Isso hoje me aquece o coração."

Para lidar com o luto, ela escreveu a canção Você e Eu, que considera um abraço na filha. A música também a ajudou a encontrar forças para retomar a carreira aos poucos. "Que seja o início de um novo recomeço, agora com uma mulher mais forte, mais certa da vida", concluiu.

Lady Gaga deixou um último recado sobre sua estadia no Brasil, no Livro de Ouro do Copacabana Palace, hotel em que ficou hospedada para o show do último sábado, 3, realizado no Rio de Janeiro.

"Copacabana, obrigada por esse momento que nunca esqueceremos. Apreciamos sua gentileza e sentiremos sua falta e a de todas as pessoas do Brasil. Com amor, Lady Gaga", diz a mensagem.

O noivo da cantora, Michael Polansky, também assinou o livro, segundo a postagem das redes sociais do hotel.

Essa não foi a primeira dedicatória da "Mother Monster" para os fãs: Lady Gaga postou uma série de fotos em seu Instagram sobre a apresentação histórica para o público de 2,1 milhões de pessoas.

O Livro de Ouro é considerado um documento histórico, e existe desde 1923. Com assinaturas de Bob Marley, Orson Welles, Walt Disney e Santos Dumont, ele celebra a importância do Copacabana Palace para a cidade do Rio de Janeiro.

Madonna, que integrou o Todo Mundo no Rio em 2024, também deixou um recado no Livro de Ouro. Ela agradeceu pela hospedagem e também comentou sobre a vista para o mar.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais

Pela segunda vez em dois anos, a inteligência artificial levou Katy Perry ao MET Gala. Durante a edição de 2025 do evento, que aconteceu em Nova York na última segunda-feira, 5, fotos da cantora com um look preto começaram a circular nas redes, apesar de ela não estar nem no mesmo estado da noite de gala.

Em seu Instagram, Perry confirmou que não foi ao MET Gala e que as fotos foram produzidas por IA. "Estou na turnê de Lifetimes (vejo vocês em Houston amanhã na vida real!)", escreveu ela na legenda. "P.S.: este ano eu estava com a minha mãe, então ela está a salvo dos robôs, mas estou rezando por vocês", concluiu a cantora, fazendo referência à vez em que fotos produzidas por computador enganaram sua mãe, Mary Perry, durante a edição de 2024 do MET Gala.

Além de suas "fotos" no tapete vermelho, Perry também compartilhou alguns comentários de fãs que acreditaram nas imagens. "Quem cria os visuais de IA da Katy Perry arrasa toda vez", escreveu um usuário do X, antigo Twitter. "Se eu tivesse um centavo para cada vez que um look da Katy Perry no MET Gala criado por IA viralizasse, eu teria dois centavos, o que não é muito, mas é estranho que tenha acontecido duas vezes", postou outro.

"Estou tão brava que caí nessa", disse uma usuária do TikTok. "IA é perigosa demais, cara. Essa é a segunda vez que eu caí nessa."

Mesmo sem Perry, o MET Gala 2025 contou com a presença de várias estrelas. Zendaya, Demi Moore, Sabrina Carpenter, Serena Williams, Cynthia Erivo, Lewis Hamilton e mais famosos compareceram ao evento, trajando looks elegantes e posando para fotos no tapete vermelho.