MPF pede que Rio seja condenado em R$ 800 mil por falta de professores em aldeias indígenas

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O Ministério Público Federal (MPF) apresentou, nesta segunda-feira, 29, uma ação civil à Justiça Federal contra o Estado do Rio de Janeiro para a contratação imediata de professores do ensino fundamental para as escolas indígenas de quatro aldeias Guarani de Angra dos Reis e Paraty. O MPF também requer que o Estado seja condenado em danos morais coletivos no valor de R$ 200 mil para cada uma das aldeias prejudicadas, totalizando R$ 800 mil. De acordo com a ação, as crianças e adolescentes estão sem aulas há cerca de quatro meses.

Segundo órgão, os valores da condenação em danos morais deverão ser depositados em conta judicial e liberados com a apresentação de projetos propensos ao benefício comum das comunidades afetadas. O documento relata que os professores das aldeias Sapukai, Itaxi, Araponga e Rio Pequeno tiveram seus contratos encerrados no final do ano letivo de 2023 e ainda não foram recontratados.

Na ação, é informado que o MPF encaminhou ofícios à Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEDUC-RJ) e à Procuradoria do Estado do Rio de Janeiro para que prestassem as informações e comprovassem as providências imediatas adotadas para garantir que os alunos da educação indígena das aldeias tivessem aulas em 2024. Porém, não houve resposta aos ofícios na época.

Em nota, a secretaria afirmou que não foi notificada e que um processo já está em andamento para a contratação dos professores indígenas. "O processo seletivo simplificado deve ser iniciado ainda em maio. Haverá reposição de aulas para alunos do primeiro segmento do Ensino Fundamental (1° ao 5° anos) do colégio indígena será feita. É importante esclarecer que as aulas do 6º ao 9° anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio estão acontecendo normalmente", afirma o órgão estadual.

O MPF ainda explica que foi realizada uma inspeção judicial nas aldeias, no dia 15 e 16 deste mês, onde foi possível verificar que, de fato, não havia aulas nas escolas por ausência de professores. Além disso, em pesquisa pública nos diários oficiais do Estado, foi constatado que o último decreto que autorizou a contratação de professores foi em março de 2023. Já a última resolução que prorrogou os contratos foi até 31 de dezembro do mesmo ano.

Na ação, MPF requer que o Estado do Rio apresente, tanto para as comunidades indígenas como para o órgão, o cronograma para recomposição das aulas com inicio imediato. Além disso, Estado do Rio, por meio da Procuradoria, deve se pronunciar no prazo de 72 horas sobre o pedido de urgência.

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A pianista Betsy Arakawa, mulher do ator Gene Hackman, morreu em decorrência da síndrome pulmonar por hantavírus, segundo aponta o laudo da autópsia divulgado nesta terça-feira, 29, pela Associated Press. O documento revela que os pulmões de Betsy estavam "pesados e congestionados", e que ela apresentava acúmulo de líquido na cavidade torácica.

Aos 65 anos, Arakawa testou negativo para covid-19 e gripe, e não havia sinais de trauma. O exame toxicológico também não apontou presença de álcool ou drogas intoxicantes no organismo, apenas traços de cafeína. A autópsia também indicou leve enrijecimento dos vasos sanguíneos que irrigam o coração e o corpo.

A doença que causou a morte de Betsy é rara e potencialmente fatal, sendo transmitida por fezes de roedores infectados. Ela foi encontrada morta em 11 de fevereiro na casa que dividia com Hackman, no Estado do Novo México, nos Estados Unidos.

Dois dias antes da divulgação do laudo de Arakawa, autoridades já haviam liberado os resultados da autópsia de Gene Hackman. O ator, vencedor de dois Oscars, morreu aos 95 anos por complicações cardíacas, agravadas por um quadro avançado de Alzheimer. O relatório também apontou que Hackman provavelmente estava em jejum prolongado, mas testou negativo para hantavírus.

Durante a investigação, registros revelaram que Arakawa havia feito buscas na internet e ligações em busca de informações sobre covid-19, sintomas gripais e técnicas de respiração. A polícia chegou a retornar à casa do casal em março para buscar o laptop de Betsy e outros itens que pudessem ajudar na apuração.

Linn da Quebrada anunciou no Instagram, nesta terça-feira, 29, seu retorno aos palcos após uma pausa na carreira para cuidar da saúde mental. A cantora se apresenta nos dias 10 e 11 de maio, no Sesc 14 Bis, em São Paulo.

"É com grande alegria e com um friozinho na barriga que eu boto a mão no coração, tomo fôlego, sonho e vou cantar! Sim, mulher, sou eu. Lina, a cantora! Acordei e vou cantar", escreveu, empolgada.

Aproveitando a data comemorativa de Dia das Mães, celebrada no domingo de sua apresentação, Linn convocou seu público: "Quero todas minhas filhas lá cantando comigo".

Os ingressos para o show de Linn da Quebrada já estão à venda no aplicativo Credencial Sesc SP, pelo site da instituição e presencialmente nas bilheterias da rede Sesc SP.

Arlindo Cruz está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro. O cantor, de 66 anos, foi diagnosticado com pneumonia. A informação foi confirmada por meio de nota oficial publicada no perfil do artista e também compartilhada por sua mulher, Babi Cruz, nesta terça-feira, 29.

Segundo o comunicado, Arlindo permanece clinicamente estável, com sinais vitais preservados, mas recebe cuidados intensivos em razão de sua condição de saúde já considerada delicada. O cantor enfrenta sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico desde 2017, vive com traqueostomia e é alimentado por gastrostomia.

"O caso inspira cuidados redobrados, sendo acompanhado de perto por sua equipe médica", diz a nota. "Agradecemos o carinho, as orações e o respeito de todos os fãs, amigos e da imprensa neste momento."

A última internação de Arlindo havia ocorrido em julho de 2024, quando ele foi hospitalizado para tratar um quadro de bradicardia. Na época, Babi Cruz relatou que o sambista estava em casa e reagia bem à recuperação: "Ele quer viver, ele tem força para viver, ele quer ficar por aqui", disse.