RS: especialistas recomendam vacinação da população e alertam para possíveis surtos em abrigos

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No último sábado, dia 11, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a Sociedade Gaúcha de Infectologia (SGI) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiram uma nota técnica enfatizando a importância da vacinação para o Estado do Rio Grande do Sul (RS), além de fornecer recomendações sobre a administração dos imunizantes. Há duas semanas, o Estado vivencia uma de suas piores tragédias climáticas, com cerca de 447 municípios atingidos pelas inundações, segundo último boletim divulgado pelo governo do Estado do RS.

Em comunicado, o Ministério da Saúde afirmou que mais de 105 mil doses emergenciais de vacinas deverão ser enviadas à população gaúcha até esta segunda-feira, 13. No dia 5 deste mês, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a pasta também enviou 200 mil doses das vacinas contra tétano, difteria, hepatites A e B, coqueluche, meningite, rotavírus, sarampo, caxumba, rubéola e raiva. Além dessas, o Estado também deve receber as 926 mil doses já previstas na rotina de entrega. Até o momento, não há registro de desabastecimento de vacinas no RS, segundo a pasta.

Conforme as diretrizes estabelecidas pelas entidades médicas, a vacinação deve ser direcionada tanto à população afetada pelas enchentes quanto às equipes de socorro e resgate. Para indivíduos com registro de vacinação, sugere-se apenas a conclusão das doses necessárias para sua faixa etária ou condição de saúde. Por outro lado, aqueles que estão sem carteira vacinal disponível devem ser tratados como não vacinados para os imunizantes particularmente recomendados na nota técnica.

Vale ressaltar que a administração das vacinas não apenas evita o surgimento de doenças, mas desempenha um papel importante na prevenção de surtos, especialmente em locais como abrigos. Isso é particularmente relevante para doenças transmissíveis de pessoa para pessoa, como é o caso da gripe e covid-19.

Vacinas recomendadas para situações de enchente:

- Influenza (gripe) e covid-19: indicada para todas as pessoas com 6 meses de idade ou mais (exceto aquelas com contraindicações). Importante destacar que ambas passam a ter eficácia cerca de duas semanas após a aplicação e, portanto, outros cuidados para mitigar a transmissão desses vírus respiratórios devem ser adotados.

- Tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba): indicada para todas as pessoas entre 12 meses e 59 anos de idade, exceto aquelas com contraindicações para essa vacina.

- Hepatite A: desde 2014, a vacina hepatite A é recomendada pelo PNI para todas as crianças aos 12 meses de idade (até os 5 anos, se ainda não vacinadas). Nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIEs), a vacina está disponível para pacientes imunodeprimidos, seja por doença ou tratamento, e para portadores de doenças crônicas específicas.

Considerando o alto risco de hepatite A no atual cenário do RS, as entidades recomendam, se possível, a vacinação prioritária para os seguintes grupos, suscetíveis ao risco de complicações:

1. Pacientes especiais (hepatotopatas, imunossuprimidos, com doença renal crônica e homens que fazem sexo com outros homens) de qualquer idade, sem registro da vacina hepatite A, ou sem a carteira de vacinação).

2. Adultos com idade entre 18 e 40 anos de idade sem registro da vacina de hepatite A ou sem a carteira de vacinação.

3. Gestantes.

"Pessoas afetadas por desastres naturais e residentes em abrigos onde prevaleçam más condições sanitárias, ou que têm contato sistemático com águas insalubres e potencialmente contaminadas por esgoto, enfrentam um maior risco de contrair hepatite A. Essa doença é transmitida principalmente através do contato com fezes, alimentos e água contaminada. Com um período de incubação longo, que pode variar de 15 a 40 dias, é possível que pessoas mesmo já infectadas pelo vírus sejam protegidas pela primeira dose da vacina", destacaram as entidades por meio da nota.

- Tétano: adolescentes, adultos e idosos devem receber uma dose de reforço antitetânico se não tiverem sido vacinados contra o tétano nos últimos 5 anos. As vacinas dT (tétano/difteria) ou dTpa (tétano/difteria/coqueluche acelular) podem ser usadas de acordo com as recomendações do PNI.

- Raiva: indicada para pessoas que foram expostas ao risco (após mordida de animal mamífero, inclusive cavalos e gado). Além da vacina, a prevenção pós-exposição pode incluir uso de soro antirrábico heterólogo ou homólogo.

Vacinas especialmente recomendadas a pessoas envolvidas em resgates, profissionais da saúde e socorristas:

Além de todas as vacinas citadas acima, há dois outros tipos de imunizantes que são especificamente indicados para esses voluntários. São elas:

- Hepatite B: a imunização contra a hepatite B é crucial para os profissionais da saúde, bem como para aqueles que podem estar expostos ao contato com fluidos corporais, como bombeiros e militares. É provável que a maioria desses profissionais já tenha recebido essa vacina, pois é uma exigência em muitas áreas. O esquema de vacinação consiste em três doses da vacina administradas em intervalos de 0, 2 e 6 meses.

- Febre tifoide: a vacinação contra febre tifóide é recomendada para socorristas, se disponível, e deve ser aplicada uma dose.

- Leptospirose: na segunda-feira passada, dia 5, a Sociedade Brasileira de Infectologia já havia emitido recomendações para o Rio Grande do Sul. Em colaboração com a Sociedade Gaúcha de Infectologia e a Secretaria da Saúde do Estado, a entidade divulgou nota técnica alertando para a possibilidade de aumento no número de casos de leptospirose na região, destacando as melhores formas de realizar a profilaxia.

A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria do gênero Leptospira, comumente adquirida por meio do contato com água ou solo contaminados pela urina de animais infectados, principalmente ratos. As enchentes, portanto, criam um ambiente propício para a disseminação da doença, aumentando o risco para aqueles expostos às águas contaminadas.

Embora o uso de antimicrobianos não seja recomendado como prática habitual, devendo ser administrado somente após a confirmação da doença, a nota destaca que em situações de alto risco, como exposição contínua a alagamentos e águas contaminadas, com ou sem lesões na pele, o uso desses medicamentos pode ser considerado como medida preventiva.

A principal recomendação das entidades responsáveis pelo documento é o uso de doxiciclina, administrada em dose única para adultos em pós-exposição de alto risco. Para crianças, a dose é calculada com base no peso corporal, com dose máxima estabelecida. Como alternativa, a azitromicina pode ser utilizada nas mesmas condições.

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Assim como Celso Portiolli, Ticiane Pinheiro decidiu entrar na brincadeira e recriou o vídeo de Eliana anunciando sua contratação na Globo.

A esposa de Cesar Tralli refez o clipe, mas do seu jeito. Ao invés de se mostrar saindo de casa, ela mostrou a sua chegada na TV Record, passando o crachá na catraca e subindo as escadas para o seu camarim, para mais um dia de trabalho.

"Bom dia! Nossos sonhos 'têm a sua cara.' Entrando na trend, mas do meu jeitinho", escreveu a apresentadora na legenda.

Veja o vídeo aqui

O vídeo logo viralizou nas redes, gerando comentários positivos e negativos: "Como sempre bem humorada", disse um. "Amei, o símbolo da Record", escreveu um segundo. "Eita que a inveja tá correndo solta da Eliana", criticou um terceiro.

Recentemente, a Meta, empresa dona do Instagram, Facebook e WhatsApp, atualizou seus termos de uso para permitir o aperfeiçoamento e treinamento de sua inteligência artificial (IA) por meio de posts feitos por usuários das redes sociais.

A Meta já utiliza IA há anos em suas plataformas, como na moderação de posts que tenham nudez ou discurso de ódio. A diferença agora é que as informações dos usuários nas redes sociais da Meta serão usadas também para treinar um sistema de IA generativa da companhia. Ou seja, as informações vão alimentar modelos capazes de produzir textos e imagens, uma tecnologia parecida com a do ChatGPT.

O objetivo da empresa é lançar num futuro próximo uma assistente para conversar com os usuários. Para isso, a Meta quer aperfeiçoar essa tecnologia com dados dos usuários.

Quando a Meta vai coletar os dados?

A Meta tinha planos de lançar sua nova política de privacidade na União Europeia na quarta, 26. No entanto, os planos foram atrasados, em uma resposta às críticas que a companhia de Mark Zuckerberg recebeu ao anunciar que os novos termos permitiriam o uso de conteúdo público para treinar sua inteligência artificial, relata o TechMonitor.

Nos Estados Unidos, que têm regras de privacidade de dados mais frouxas, a empresa já vem incorporando dados públicos de contas de usuários em sua inteligência artificial desde o ano passado. De acordo com o Wall Street Journal, não há forma de se opor, embora haja meios de limitar o acesso da empresa aos seus dados.

Embora o Brasil tenha a Lei Geral de Proteção de Dados, não está claro se a Meta já começou a coletar esses dados de brasileiros. No entanto, em 22 de maio, foi publicado o formulário de oposição ao uso de dados públicos pela companhia para treinar suas IAs. Neste dia, foi publicado um comunicado informando a novidade na política de uso de informações dos usuários. Ou seja, em tese, os dados de brasileiros já estão sendo utilizados.

O que será usado para treinar a IA

Os tipos de mídia que serão utilizados no treinamento da inteligência artificial foram explicitados pela Meta.

"Essas informações podem abranger publicações ou fotos e legendas. Não usamos o conteúdo das suas mensagens privadas com amigos e familiares para treinar nossas IA", diz a companhia em sua Central de Privacidade, acessível pelo Facebook ou pelo Instagram. "Por exemplo, se coletarmos uma publicação aberta de blog, ela pode incluir o nome e as informações de contato do autor."

Ainda segundo o Wall Street Journal, a companhia usa os dados de usuários norte-americanos para identificar padrões de linguagem e geografia, entre outros. Conforme afirmou um porta-voz ao veículo, não se trata de construir um banco de dados a partir dos posts individuais e da identidade pessoal do usuário.

Isso porque o tipo de análise feita pela IA não será necessariamente vinculada ao perfil de determinada pessoa. De acordo com a apuração do Estadão, trata-se mais da identificação de padrões - por exemplo, ensinar a IA que as palavras "cão" e "gato" costumam aparecer no mesmo contexto ou que a expressão "X" vem antes da expressão "Y" - do que associar uma foto ou vídeo a um indivíduo em específico.

Dessa maneira, para quem vive nos Estados Unidos e no Brasil, a opção que restou é não postar nada de forma pública, já que a IA não tem acesso às publicações privadas e tampouco às mensagens enviadas pelos aplicativos.

Como recusar o uso de seus dados

Ainda na Central de Privacidade, a empresa deixa claro que os usuários dessas redes sociais têm direitos ligados à maneira como seus dados são usados para o treinamento de inteligências artificiais. Assim, será possível recusar o uso de suas informações para esse fim.

Para quem desejar fazê-lo, basta entrar no Instagram, clicar nos três traços horizontais no canto superior direito e selecionar Configurações e privacidade. Depois, opte por Sobre e Política de privacidade.

Então, clique nos três traços horizontais novamente, selecione Outras políticas e artigos e Como a Meta usa informações para recursos e modelos de IA generativa. Será aberta uma página chamada Posição quanto ao uso das suas informações para IA na Meta. No final da página, haverá um link em azul denominado Direito de se opor.

Nesse ponto, será oferecido um formulário, que deve ser preenchido para que as suas informações possam não ser utilizadas para treinar a IA da Meta. Com a aprovação do formulário, os dados do usuário em questão serão extraídos da base de treinamento da inteligência artificial e não serão utilizados pela IA no futuro.

Também é possível acessar o formulário via Facebook, clicando neste link e selecionando Direito de se opor, em azul.

A canção Something, de George Harrison, foi uma das mais regravadas e conhecidas do repertório dos Beatles. A música teve diversas regravações, entre elas uma feita por Frank Sinatra, que chegou a dizer que era "uma das melhores músicas de amor já escritas".

Apesar de muito famosa, a versão de Sinatra não foi eleita a favorita de Harrison. Em uma entrevista do guitarrista, cedida em 1988 ao Much Music e relembrada por Rafael Polcaro no Rock and Roll Garage, a melhor versão da música foi a de James Brown.

"A melhor versão de Something que já ouvi foi a de James Brown, que ele fez em 1972. Foi apenas o lado B de uma regravação de Think, que é uma música muito antiga dele. Enviei um cartão postal a ele e disse: 'Você deveria colocá-la no lado A. É matadora! Ficou muito boa'", declarou o músico a época.

Confira a versão aqui