Como irão funcionar as escolas cívico-militares em São Paulo? Entenda

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Entre 50 e 100 escolas estaduais ou municipais no Estado de São Paulo devem ser transformadas em escolas cívico-militares ainda neste ano. O projeto é uma aposta do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que começa a ganhar forma após ser aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) nesta terça-feira, 21. O governador tem 15 dias para sancionar o projeto de lei.

O Programa Escola Cívico-Militar irá direcionar pelo menos um policial militar da reserva para cada escola selecionada. Serão priorizadas as escolas com:

- índices de rendimento escolar inferiores à média estadual;

- índices de vulnerabilidade social;

- índice de fluxo escolar (aprovação, reprovação e abandono).

O programa poderá ser implementado em unidades escolares já existentes ou em novas. Além das escolas estaduais, municípios também poderão aderir à iniciativa do governo paulista.

O militar da reserva irá atuar como monitor da escola, desenvolvendo atividades extracurriculares para além das disciplinas tradicionais. Essas atividades têm como objetivo o "enfrentamento à violência e a promoção da cultura de paz no ambiente escolar", além da melhoria da qualidade de ensino, de acordo com o governo.

"O objetivo do modelo é o desenvolvimento de um ambiente escolar que promova avanço no processo de ensino-aprendizagem, a gestão de excelência dos processos educacionais, pedagógicos e administrativos e o fortalecimento de valores humanos e cívicos", afirma a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

O modelo é de responsabilidade conjunta das secretarias estaduais da Educação e da Segurança Pública:

- Secretaria de Educação: seleciona as instituições de ensino que participarão do programa;

- Secretaria da Segurança Pública: indicação dos policiais militares da reserva.

A gestão pedagógica, o currículo e a formação de professores das escolas do Programa das Escolas Cívico-Militares continuarão sob responsabilidade da Secretaria de Educação, que assegura que o modelo não exclui nenhum programa já em andamento nas escolas.

Para ser implantado, a maioria absoluta dos integrantes da comunidade escolar precisa aprovar o projeto por meio de consultas públicas.

Não podem participar as instituições de ensino que:

- sejam a única da rede pública na zona urbana do município;

- ofertam ensino noturno;

- instituição rural, indígena, quilombola ou conveniada;

- com gestão compartilhada entre Estado e Municípios; ou

- oferecem exclusivamente a modalidade de ensino de educação de jovens e adultos.

O investimento para o pagamento dos militares está previsto em R$ 7,2 milhões por ano. Os profissionais passarão por processo seletivo e atuarão pelo período máximo de cinco anos.

No ano passado, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a interrupção do programa de escolas cívico-militares (Pecim), criado em 2019 pela gestão Jair Bolsonaro (PL). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse à época, então, que iria criar "seu próprio programa de escolas cívico-militares", o que está prestes a se concretizar agora.

Repercussão

A criação de escolas cívico-militares é alvo de críticas entre especialistas da educação e segurança pública. Olavo Nogueira Filho, diretor-executivo da organização não-governamental Todos Pela Educação, avalia que a tese de que o modelo gera melhores resultados acadêmicos não se sustenta, por não haver evidências, na literatura e em pesquisas, que comprovem desempenho superior.

"Normalmente, as escolas militares que são utilizadas como parâmetro têm processo de seleção e custo per capita muito mais alto do que a média das escolas regulares. Além disso, dizer que uma boa gestão escolar, do ponto de vista de disciplina e organização, só pode ser feita por militares é sugerir, de certo modo, a falência do profissional da Educação. Um bom profissional de Educação garante, sim, entre outras coisas, disciplina, organização e valores", argumenta.

Na visão de Nogueira Filho, a medida não deveria ser política prioritária. "Esse é um exemplo de pauta que drena recursos públicos e drena ainda muita energia do debate público, tirando o foco daquilo que é absolutamente essencial discutir, como a reforma do Ensino Médio, ensino em tempo integral, alfabetização, formação e valorização dos profissionais da educação, entre outras agendas prioritárias", diz o especialista em gestão e políticas públicas.

Alan Fernandes, especialista em segurança pública e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), compartilha da mesma preocupação com a criação de escolas cívico-militares na rede estadual de ensino. "Desconheço estudo que mostre que essas escolas favorecem um quadro de segurança pública onde se instalam", afirma.

Por outro lado, é possível que haja um favorecimento da segurança interna da escola, mas isso seria possível apenas com a presença de policiais nas escolas, sem a implementação do modelo de ensino cívico militar, ele diz. "Até isso, os ganhos internos (de segurança) no ambiente escolar, é um pouco controverso", pondera.

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O Big Brother Brasil 25 ganha um novo elemento de entretenimento nesta segunda-feira, 3, com a estreia oficial do RoBBB Seu Fifi. O robô fofoqueiro, que já vinha agitando as redes sociais, finalmente irá revelar as fofocas que ouviu ao longo dos últimos dias.

Os escolhidos pelo público para ouvirem as revelações de Seu Fifi foram: Vitória Strada, Diego Hypolito, Renata, Eva, Aline e Guilherme.

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A ausência da homenagem causou revolta entre os fãs e internautas. Apesar de algumas pessoas justificarem que a organização do evento pode não ter tido tempo de incluir a homenagem, outros apontaram que Gene Hackman, que teve o corpo encontrado no mesmo dia em que a morte de Michelle foi divulgada, foi mencionado.

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*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais