Defensoria pede a Barroso que obrigue Tarcísio a adotar câmeras corporais sem 'liga-desliga'

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Às vésperas do pregão para a compra de câmeras corporais para policiais militares de São Paulo, a Defensoria Pública do Estado voltou a pedir ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que intervenha no edital do governo Tarcísio de Freitas e garanta que os equipamentos gravem de forma automática e ininterrupta.

Em manifestação protocolada na Corte máxima na noite deste domingo, 9, o órgão pede, junto de entidades da sociedade civil, que o presidente do STF determine a retificação do edital das câmeras operacionais portáteis da PM de São Paulo. O grupo ainda contesta parte das informações apresentadas pelo governo do Estado ao Supremo.

Um dos pontos principais da nova manifestação da Defensoria está relacionado à portaria da PM, sobre as diretrizes de uso das câmeras corporais publicada na quinta-feira, 6. Segundo o órgão, o texto repete a indicação de portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública e deve ser interpretada para que "todas as atividades da polícia militar devam ser gravadas de forma automática e ininterrupta".

"Não há outro modelo de acionamento compatível com a Polícia Militar que não o automático e ininterrupto de todo o seu torno de serviço", registra a petição.

A Defensoria afirma que, ao prever que é obrigatório o uso das câmeras durante 'patrulhamento preventivo e ostensivo', assim como em 'diligências de rotina em situações que se presuma necessidade do uso da força', a portaria da PM estabelece que, quando o policial sai de sua unidade ele precisa iniciar a gravação e todo seu turno de trabalho deve ser gravado'.

A Defensoria também solicitou a retificação do edital para que as novas câmeras sejam destinadas, preferencialmente, a unidades e batalhões que realizam operações policiais. Também é solicitado que o prazo de armazenamento das imagens siga o parecer da Procuradoria-Geral da República - 60 dias para gravações de rotina e 365 dispara gravações intencionais.

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O rapper Oruam foi preso em flagrante nesta quarta-feira, 26, após a polícia encontrar um foragido da Justiça em sua mansão, localizada no Joá, na zona oeste do Rio de Janeiro. A reportagem entrou em contato com a equipe do rapper e aguarda retorno.

Durante a operação, os agentes identificaram e prenderam o traficante Yuri Pereira Gonçalves, que estava sendo procurado por envolvimento com organização criminosa. Com ele, foi apreendida uma pistola 9 mm equipada com kit-rajada e munição.

A ação policial tinha como objetivo cumprir mandados de busca e apreensão contra Oruam e sua mãe, Márcia Nepomuceno, expedidos pela Justiça de Santa Isabel (São Paulo). O rapper é investigado por ter realizado disparos de arma de fogo em um condomínio em Igaratá (interior de São Paulo) em dezembro de 2024.

Pela presença de Yuri em sua residência, Oruam foi autuado por favorecimento pessoal, crime que ocorre quando alguém auxilia um foragido da Justiça a escapar das autoridades. Durante a operação, foram apreendidos simulacros e armamento de airsoft na mansão do rapper, além de celulares na casa de sua mãe.

Essa não é a primeira vez que Oruam se envolve em problemas com a Justiça. Na semana passada, ele foi preso em flagrante após realizar manobras perigosas com um carro na Barra da Tijuca, na zona oeste, sendo liberado após pagar fiança de R$ 60 mil.

Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, é filho do traficante Marcinho VP, apontado pelo Ministério Público como um dos chefes do Comando Vermelho (CV).

Os cães Ozzy e Suri, que deram vida a Pimpão no filme Ainda Estou Aqui, foram reconhecidos no Fido Awards, premiação britânica dedicada a homenagear os melhores desempenhos caninos no cinema. O anúncio foi feito na segunda-feira, 24, com os pets levando o prêmio na categoria de melhor cão histórico.

No longa, Pimpão desempenha um papel simbólico ao ilustrar a passagem do tempo e a relação de afeto entre Marcelo Paiva (Guilherme Silveira) e seu pai, Rubens Paiva (Selton Mello). O cachorro está presente em momentos marcantes da família protagonista da produção, que concorre a três categorias no Oscar.

Além da premiação dos cãezinhos, Ainda Estou Aqui segue conquistando espaço internacional. O filme ultrapassou a marca de US$ 4 milhões nas bilheteiras dos Estados Unidos, tornando-se o primeiro título brasileiro em 22 anos a atingir esse patamar. Até então, apenas Cidade de Deus (2002) e Central do Brasil (1998) haviam alcançado números semelhantes.

Desde sua estreia, em 17 de janeiro, o longa tem lotado salas de cinema nos EUA e ampliado seu circuito. Inicialmente exibido em 93 salas, agora já está presente em 762, um feito expressivo para uma produção brasileira no mercado norte-americano.

O jantar oficial do Oscar que reúne as indicações da premiação ocorreu na noite desta terça, 25. Ainda Estou Aqui, filme brasileiro que concorre em três categorias (Melhor Filme, Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz, com Fernanda Torres), definiu os produtores que representarão a obra de Walter Salles. São eles: Maria Carlota Bruno e Rodrigo Teixeira. Fernanda Torres, também presente na foto, esteve ao lado dos produtores.

O evento contou com indicados de diversas categorias, como Demi Moore e Mikey Madison, que competem com Fernanda Torres na categoria da atuação, e alguns representantes de Conclave e O Brutalista, que concorrem com Ainda Estou Aqui.

Quem irá representar 'Ainda Estou Aqui' no Oscar caso o filme ganhe?

Maria Carlota Bruno e Rodrigo Teixeira são os produtores responsáveis por representar Ainda Estou Aqui caso o longa ganhe tanto na categoria de Melhor Filme quanto na de Melhor Filme Internacional. Eles fazem parte do elenco técnico da obra que é inspirada em livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva.

Maria Carlota é uma das produtoras da VideoFilmes, empresa criada por Walter Salles e João Moreira Salles. Rodrigo Teixeira também é um produtor brasileiro que ficou conhecido por seus trabalhos internacionais em dois filmes: Me Chame Pelo Seu Nome (2017) e A Bruxa (2015).

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais