Toffoli abre divergência e desfecho de julgamento sobre porte de maconha é adiado

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
O Supremo Tribunal Federal (STF) segue a um voto de reconhecer que o porte de maconha para consumo próprio não é crime. Os ministros também debatem critérios objetivos para diferenciar usuários e traficantes. O julgamento será retomado na próxima terça.

A Lei de Drogas não pune o porte com pena de prisão. Por isso, cinco ministros consideram que esse não é um delito criminal, mas um ilícito administrativo. Votaram a favor da descriminalização os ministros Gilmar Mendes, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes (leia mais sobre os votos abaixo).

Até o momento, prevalece posição de que a dependência é um problema de saúde pública e que os usuários não devem ser tratados como criminosos.

A pena para os usuários deve permanecer a mesma prevista na legislação - advertência sobre os efeitos das drogas e participação em programas ou cursos educativos. Os ministros ainda vão decidir se mantém ou não a prestação de serviços comunitários.

O ministro Dias Toffoli foi o único a se manifestar nesta quinta-feira, 20, e abriu uma divergência parcial. O voto foi para manter a legislação como está, com a ressalva de que, na avaliação dele, ela já não criminaliza o usuário.

Cármen Lúcia e Luiz Fux vão definir o placar. Eles são os únicos que ainda não votaram.

Critérios para diferenciar usuários de traficantes

A segunda etapa do julgamento gira em torno da quantidade de droga que deve ser usada como parâmetro para distinguir o consumidor do traficante. As propostas apresentadas até o momento vão de 25 a 60 gramas. Uma terceira corrente no STF defende a abertura de prazo para o Congresso e o Executivo estabelecerem um limite.

Esse é um ponto central porque, na avaliação dos ministros, vai ajudar a uniformizar sentenças e a evitar abordagens preconceituosas. Estudos citados no plenário mostram que negros são condenados como traficantes com quantidades menores do que brancos. O grau de escolaridade também gera distorções nas condenações - a tolerância é maior com os mais escolarizados.

"A quantidade vem sendo utilizada, lamentavelmente, como uma forma de discriminação social", criticou Alexandre de Moraes.

Crise com o Congresso

O julgamento aprofundou a animosidade entre o STF e o Congresso. A bancada evangélica reagiu em peso. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também chegou a se manifestar publicamente contra a interferência do Judiciário. Ele defende que a regulação das drogas cabe ao Legislativo e não deveria estar sendo discutida pelo Supremo.

Deputados e senadores debatem uma proposta de Rodrigo Pacheco para driblar o STF e incluir na Constituição a criminalização do porte de drogas, independente da quantidade. Uma comissão especial será criada para debater o texto.

Veja como votou cada ministro:

A favor da descriminalização

Gilmar Mendes (relator)

"Despenalizar sim, mas mais do que isso: emprestar o tratamento da questão no âmbito da saúde pública e não no âmbito da segurança pública."

Rosa Weber (aposentada)

"A dependência química e o uso de drogas são questões que se inserem no âmbito das políticas públicas de saúde e de reinserção social. Delimitada a questão como problema de saúde pública, tenho por desproporcional e utilização do aparato penal do Estado para a prevenção do consumo dos entorpecentes."

Alexandre de Moraes

"Quem conhece o Direito Penal, sabe que só é crime o que é apenado com reclusão e detenção e só é contravenção o que é apenado com prisão simples."

Luís Roberto Barroso

"O que nós queremos é evitar a discriminação entre ricos e pobres, entre brancos e negros. Nós queremos uma regra que seja a mesma para todos. E fixar uma qualidade impede esse tipo de tratamento discriminatório. Ninguém está legalizando droga."

Edson Fachin

"O dependente é vitima e não criminoso germinal. O usuário em situação de dependência deve ser tratado como doente."

Contra a descriminalização

Cristiano Zanin

"Não tenho dúvida de que os usuários de drogas são vítimas do tráfico e das organizações criminosas, mas se o Estado tem o dever de zelar pela saúde de todos, tal como previsto na Constituição, a descriminalização, ainda que parcial das drogas, poderá contribuir ainda mais para o agravamento desse problema de saúde."

André Mendonça

"O legislador definiu que portar drogas é crime. Transformar isso em ilícito administrativo é ultrapassar a vontade do legislador. Nenhum país do mundo fez isso por decisão judicial."

Kassio Nunes Marques

"A grande preocupação da maioria das famílias brasileiras não é se o filho vai preso ou não. A preocupação é que a droga não entre na sua residência. Para isso, a lei tem hoje um fator inibitório. A sociedade brasileira precisa de instrumentos para se defender."

Voto médio

Dias Toffoli

"Estou convicto de que tratar o usuário como um tóxico delinquente não é a melhor política pública."

Em outra categoria

Leão Lobo, apresentador da Rede TV!, se tornou um dos assuntos mais comentados das redes sociais na última semana após comentar que a saída de Eliana do SBT, aconteceu devido a contratação de Virgínia Fonseca na emissora.

Em entrevista ao podcast Elementar Show, ele explicou que Eliana ficou incomodada com o tratamento que a mais nova contratada da emissora estava recebendo. Antes da pandemia, os dois trabalharam juntos no SBT.

"Na pandemia, abaixaram os salários da Eliana e de todos nós. Nós, quando ia voltar ao salário normal, fomos mandando embora, eu, Lívia [Andrade], a Mamma. A Eliana continuou, mas não subiu o salário dela de volta. Já é uma agressão à profissional."

Lobo ainda explicou que a apresentadora requisitou algumas mudanças em seu programa e não foi atendida. "Ela (Virgínia) chegou com se fosse uma rainha, com cenário maravilho, com toda pompa, toda divulgação. E a Eliana, com 15 anos de casa, estava reivindicando um cenário novo, uma série de coisas. Então é isso, bem claro."

Durante a entrevista ele também alegou que apesar de Virgínia ser uma grande influenciadora digital, ela "não é nada".

A atriz Bárbara Reis escorregou e caiu durante a semifinal da Dança dos Famosos deste domingo, 30. Após o tombo, a nota da participante foi diminuída por parte dos jurados e ela foi eliminada da atração. Assista ao momento aqui

"Não me incomoda a queda, mas a recuperação. Cair a gente cai, mas não se recuperar foi o problema", justificou o jurado técnico e bailarino José Carlos Arandiba, o "Zebrinha".

As notas dos participantes do Dança, exibido no Caldeirão com Huck, são divididas entre o júri técnico e o de convidados, formado por artistas da Globo e personalidades.

Bárbara disputava uma vaga na final com a canção Someone You Loved, de Lewis Capaldi, e se abalou com a queda durante a tentativa de uma pirueta. Com o tombo, a atriz e o companheiro de dupla, Vinicius Melo, foram eliminados.

A atriz interpretou a Aline na novela Terra e Paixão, encerrada no início deste ano.

Os convidados tentaram animá-la. "Aquele passinho ali que você caiu me tocou, porque o erro se transforma. A fragilidade é o que nos torna humanos", disse Reynaldo Gianecchini, que anunciou uma nota dez para Barbara.

A partir do próximo domingo, a competição estará entre Lucy Alves, Tati Machado e Amaury Lorenzo.

jurado especial: o ator espanhol Antonio Banderas, que vai ao programa na segunda quinzena de julho.

Classificação da semifinal da 'Dança dos Famosos' (30/06):

1 - 177,8 pontos - Lucy Alves e Fernando Perrotti

2 - 177,5 pontos - Amaury Lorenzo e Camila Lobo

3 - 177,5 pontos - Tati Machado e Diego Maia

4 - 176,4 pontos - Bárbara Reis e Vinicius Mello

Enquanto os fãs de ação poderão conferir a volta de Eddie Murphy à franquia Um Tira da Pesada, assim como os primeiros episódios da temporada final de Cobra Kai, quem curte um bom drama, terá a chance de ver a nova produção nacional do streaming, Pedaço de Mim.

A seguir, confira 10 grandes lançamentos da Netflix para julho:

Sprint - Os Mais Velozes do Mundo

Destaque entre os novos documentários do streaming, Sprint acompanha o dia a dia de velocistas de elite, desde os treinamentos e o ambiente competitivo à cobertura midiática do esporte. Estreia: 2 de julho.

Um Tira da Pesada 4: Axel Foley

Eddie Murphy está de volta como o detetive Axel Foley em mais uma aventura da adorada franquia de ação. Além da volta de John Ashton e Judge Reinhold, o novo filme traz Joseph Gordon-Levitt no papel de um novo aliado do protagonista. Juntos, eles terão que desvendar uma grande conspiração, que ameaça até a filha de Foley. Estreia: 3 de julho.

Pedaço de Mim

Juliana Paes protagoniza a mais nova série nacional da Netflix, interpretando Liana, uma mulher que vê sua vida virar de ponta-cabeça ao descobrir uma gravidez. Mas detalhe: esta não é qualquer gravidez. Liana carrega gêmeos, filhos de homens diferentes. De repente, o que era um sonho vira um grande dilema, e ela precisará decidir o que fazer com tantos segredos. Estreia: 5 de julho.

Vikings: Valhalla

Ambientada sete anos após a temporada anterior, Vikings: Valhalla promete acompanhar dessa vez o desejo de Harald (Leo Suter) de ser rei, a busca de Leif (Sam Corlett) à Terra Dourada e as tentativas de Freydis (Frida Gustavsson) de garantir uma boa vida ao seu povo. Ou seja, um final épico para a série derivada de Vikings. Estreia: 11 de julho.

Cobra Kai

A despedida à Cobra Kai começa neste mês, com o lançamento dos primeiros cinco episódios da temporada final. Juntos, Johnny Lawrence (William Zabka) e Daniel LaRusso (Ralph Macchio) precisam treinar seus alunos para competir no Sekai Taikai, o torneio mundial de caratê. Mas nem os próprios senseis sabem os desafios que os esperam. Estreia: 18 de julho.

Brincando com Fogo

Queridinho dos fãs de reality show, Brincando com Fogo volta para a sexta temporada cheia de novidades: um novo prêmio, uma nova companhia para Lana e, claro, muitas novas reviravoltas aguardando os solteirões da vez. Estreia: primeiros episódios em 19 de julho e episódios finais em 26 de julho.

Sweet Home

A série sul-coreana de terror também chega ao final neste mês com sua terceira temporada. Novamente, não vão faltar dilemas humanos para os protagonistas diante deste mundo que dividem com monstros aterrorizantes - a ponto de desejos conflitantes darem o pontapé para uma luta desesperada. Estreia: 19 de julho.

20 Dias em Mariupol

Vencedor do Oscar de Melhor Documentário em Longa-Metragem deste ano, 20 Dias em Mariupol acompanha os esforços de uma equipe de fotojornalistas que, cobrindo a invasão russa à Ucrânia, se vê presa em um cerco à cidade de Mariupol. A narrativa mescla o arquivo pessoal do diretor Mstyslav Chernov, bastante experiente na cobertura de zonas de guerra, e informes jornalísticos. Estreia: 20 de julho.

Bastidores do Pop: O Esquema das Boy Bands

Responsável por lançar as carreiras de grupos como Backstreet Boys e *NSYNC, Lou Pearlman poderia ser lembrado apenas por sua influência no pop dos anos 1990. No entanto, a história do magnata da música é um pouco mais complexa do que isso. Com imagens de arquivo inéditas, a série documental promete revelar os segredos de Pearlman, assim como duras verdades sobre a fama e a ganância. Estreia: 24 de julho.

Elite

Julho também marca o fim de Elite e, como já virou tradição na série espanhola, um novo mistério promete ameaçar velhas amizades e levar desafetos ao limite. Mas não seria Elite também sem a promessa de romances entre os alunos da famosa escola Las Encinas. Com a volta de Mina El Hammani como Nadia, Elite ainda conta com André Lamoglia e Omar Ayuso na sua oitava e última temporada. Estreia: 26 de julho.