Professores e técnicos da Educação Básica aceitam proposta do governo para encerrar greve

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Professores e servidores técnico-administrativos da Educação Básica, Profissional e Tecnológica aceitaram, no sábado, 22, a proposta do governo federal para encerramento da greve nas escolas, que começou há mais de 2 meses. A paralisação será suspensa após as assinaturas dos termos de acordo entre o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e o governo.

Já os servidores da educação das universidades federais ainda não decidiram, de forma unânime, pela suspensão da greve, mas há indicativos de que pode haver um acordo com o governo nos próximos dias.

Para os docentes da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, o governo propôs a reestruturação da remuneração com dois reajustes salariais - um em 2025, outro em 2026.

Haverá também a liberação do controle de frequência dos magistrados e a revogação da ampliação da carga horária semanal dos professores em sala de aula, que havia sido feita em 2020. A categoria alega que tal medida impedia a dedicação dos docentes para atividades de pesquisa e extensão.

Dentre outros pontos, ficou acordado ainda que o MEC irá articular, junto ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, posição favorável para o fim dos recursos nas demandas judiciais em processos para concessão de reconhecimentos de saberes e competências (RSC) aos aposentados e pensionistas, além de regras padronizadas nacionalmente para a progressão docente.

Por sua vez, para os técnico-administrativos em educação, o governo propôs a recomposição salarial de 9% em 2025 e 5% em 2026.

Outros pleitos da categoria também foram propostos pelo governo, como: a redução do intervalo de tempo para avanço na carreira, de 18 para 12 meses; a implantação do RSC; a aceleração da progressão do servidor por capacitação, que se dará a cada 5 anos; e a mudança do parâmetro do piso salarial.

Outro gesto do governo para o setor da educação foi feito no início do mês, quando o MEC anunciou investimento de R$ 5,5 bilhões de recursos federais, como parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), com a melhoria da infraestrutura dos campus e hospitais universitários, incluindo 10 novos campis e 8 novos hospitais.

A greve das universidades federais já se arrasta há mais de dois meses e tem gerado desgaste para o governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem feito queixas e pediu a reitores que revejam as motivações para a paralisação continuar.

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Em um dia tão diverso quanto uma tarde do programa Cassino do Cacrinha nos anos 1980, o primeiro dia da terceira edição do Festival Turá, neste sábado, 29, criou grande expectativa para a estreia da dupla Chitãozinho & Xororó em um festival de brasilidades.

Foi a primeira vez em 54 anos de carreira que os irmãos se apresentaram dentro do Parque Ibirapuera.

Com um line-up mal amarrado, parte do público deixou o festival logo após a apresentação da banda Fresno, show que precedeu o dos sertanejos.

Mas quem ficou correspondeu à importância da dupla, cantando sucessos como 60 Dias Apaixonado, música que levou a dupla ao sucesso, nos anos 1980, e De Coração Pra Coração. Foi ver interessante os leques, tão comuns agora nos festivais, marcando o ritmo das canções Página Virada e Baile de Peão. Na segunda, uma névoa de poeira subiu do castigado gramado do parque. Era o povo dançando. A metrópole não está de costas ao interior.

Lucas Fresno voltou ao palco para cantar com a dupla Brincar de Ser Feliz, em participação não anunciada. Delírio na plateia.

O público também acompanhou os floreios vocais da dupla em Galopeira e Vá Pro Inferno Com Seu Amor, tocadas em estilo modão.

Por fim, a catarse em Evidências, o grande hit da música sertaneja - chamada de segundo Hino Nacional, sem exagero.

Salvo o já sabido sucesso da dupla, chama a atenção a qualidade vocal que Chitão e Xororó conservaram até aqui, ao contrário de outras duplas até com menos tempo de estrada que eles.

Se a produção do Rock in Rio ainda tem receio do que será o show da dupla no festival em setembro - a apresentação dos irmãos foi alocada em um ainda não bem explicado show chamado Pra Sempre Sertanejo - a passagem deles pelo Turá pode dar uma boa pista, guardadas as diferenças de cidade e as características do público de cada festival.

Sábado teve aclamação para Fresno e reclamação de Zeca Baleiro

Antes da dupla, quem subiu ao palco foi a banda Fresno, novamente em alta com o ressurgimento do movimento emo - como bem demonstrou o acolhimento da plateia -, do qual eles são os principais representantes no Brasil.

A banda tocou músicas como Porto Alegre, Diga e Agora Deixa. Do recém-lançado álbum Eu Nunca Fui Embora, a banda tocou Me and You e Camadas, que já estavam na boca dos fãs - ou dos "asdombradrinhos", como Lucas Fresno, o vocalista, os chama. Tudo muito fofo.

Com a convidada, Pabllo Vittar, a Fresno tocou Disk Me e K.O. do repertório dela, e Eu Te Amo/Eu Te Odeio, que eles gravaram juntos. A liga foi total.

O primeiro grande show do dia foi o que juntou Zeca Baleiro e Chico César em torno do repertório do álbum, que eles fizeram juntos.

Baleiro reclamou do horário em que eles foram alocados no line-up, às 14h. "Isso é horário de comer", disse. Depois, afirmou que não ficaria para o show da dupla Chitãozinho & Xororó. "Vou para casa assistir Renascer".

Em seguida, a Banda Uó fez sua volta aos palcos com seu pop dance que empolgou a plateia.

Show também esperado pelo público, a Nação Zumbi escolheu o festival para dar início à turnê 30 Anos de Da Lama Ao Caos.

A apresentação agradou a um público nostálgico e carente de um show mais "pesado" nesse primeiro dia do festival.

Representantes fiéis da cultura pernambucana, mesmo com as antenas voltadas para o mundo - a essência da Nação Zumbi e do movimento manguebeat - a banda levou ao palco um caboclo de lança do maracatu rural de Pernambuco. "Procurem conhecer", disse o vocalista Jorge Du Peixe.

O Turá prossegue neste domingo, 30, com shows de Adriana Calcanhoto, que convida o cantor Rubel, Alcione e Djavan.

Chitãozinho e Xororó afirmaram que Zeca Baleiro iria "se surpreender" se tivesse ficado para assisti-los durante um festival de música que aconteceu em São Paulo neste sábado, 30. Mais cedo, Baleiro disse no palco que iria para casa assistir novela em vez de acompanhar o show da dupla sertaneja, que aconteceria à noite.

Durante uma coletiva de imprensa, Chitãozinho afirmou que era brincadeira de Baleiro e que também assiste à novela, mas Xororó cutucou. "Acho que ele se enganou: é na novela das oito passada que tocava música nossa", afirmou.

"Se ele tivesse ficado, ia talvez se surpreender e ver que a gente começou lá na infância em 70, mas a gente foi atravessando gerações porque a gente sempre se preocupou com qualidade musical, sonoridade, inovação. Sempre procuramos inovar", acrescentou o sertanejo.

Como exemplo, Xororó citou parceria da dupla com artistas de diferentes gêneros musicais, como Andreas Kisser, guitarrista e líder do Sepultura. Durante o festival, os dois se apresentaram com Lucas, vocalista da banda de rock Fresno. "A gente admira o Zeca", afirmou Chitãozinho.

Baleiro se irrita com horário

Zeca Baleiro e Chico César foram uma das primeiras atrações do primeiro dia do Festival Turá neste sábado, 29. Eles entraram no palco por volta das 14 horas para apresentar o show do álbum Ao Arrepio da Lei, projeto que gravaram juntos.

Para falar com o público que ainda chegava ao Parque do Ibirapuera, Zeca agradeceu a presença: "Eu sei que vocês vieram mais cedo para o show do Chitãozinho & Xororó, mas agradeço mesmo assim". O show dos sertanejos estava marcado para às 20h25.

"Eu não vou ficar. Vou para casa assistir Renascer. Estou viciado na novela. Mas só por isso não vou ficar", afirmou Zeca. Em seguida, ele anunciou a canção Ao Arrepio da Lei, que tem versos contra o sistema. "Essa música é meio country. Tem tudo a ver com Chitãozinho & Xororó".

"Eu não sou o curador do festival. Se fosse, não escalaria nosso show para as duas da tarde. Isso é hora de comer", continuou Zeca. Chico César, por outro lado, respondeu que ficaria para assistir ao show da dupla sertaneja.

Sophie Charlotte arrancou aplausos com uma apresentação durante uma festa no Rio de Janeiro na sexta-feira, 28. "Ela canta docemente, é afinada e linda", descreveu uma fotógrafa que registrou a performance nas redes sociais.

Na plateia, nomes famosos como Caetano Veloso e Marisa Monte a aplaudiram enquanto ela interpretava a canção Mande um Sinal, de Djavan, acompanhada pelos músicos Cézar Mendes, Tomás Improta e Tom Veloso, filho de Caetano Veloso.

A festa é parte do encerramento do papel de Sophie como a Eliana na novela Renascer. A atriz, que viveu Gal Costa nos cinemas, também já foi registrada neste ano cantando Palpite, canção famosa na voz de Vanessa Rangel, no programa Altas Horas.