Incêndio se alastra no Pantanal durante festa de São João em Corumbá

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Enquanto a cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, celebrava no último fim de semana o tradicional Arraial do Banho de São João, uma larga trilha de fogo se alastrava na margem oposta do Rio Paraguai, a poucos quilômetros de distância. A cena do incêndio no Pantanal foi registrada em vídeo por uma moradora no sábado, 22, e motivou críticas à realização do evento nas redes sociais.

Com 1.291 focos de incêndio, Corumbá é o município mais atingido pelas queimadas no bioma em 2024. Como mostrou o Estadão, as áreas incendiadas do Pantanal aumentaram 1.500% na comparação com o ano passado, considerando período de janeiro a 17 de junho.

As 2.246 queimadas registradas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no bioma até meados deste mês se aproximam do patamar de 2020 na mesma época. Naquele ano, 26% da extensão do bioma pantaneiro pegou fogo, com 2.315 focos até junho. Foi até hoje a maior devastação já registrada no Pantanal.

Como resposta, o governo estadual determinou a proibição do uso do fogo controlado nas propriedades e investimentos de R$ 50 milhões na estrutura de combate a incêndios florestais.

Na semana retrasada, a gestão Eduardo Riedel (PSDB) solicitou apoio federal. O Estado receberá quatro aeronaves de grande porte do Exército, e 50 agentes da Força Nacional serão enviados ao Mato Grosso do Sul. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também cedeu três aeronaves para uso no combate às chamas.

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As tendências da moda de rua japonesa, em um painel que vai dos anos 1950 até os dias de hoje, são tema da exposição fotográfica Sutorito Fashion, em cartaz na Japan House, na Avenida Paulista.

As fotos, escolhidas com curadoria de Souta Yamaguchi, mostram como a juventude incorpora as tendências internacionais "em looks cotidianos, gerando uma identidade muito particular, criativa e inovadora", como explica Natasha Barzaghi Geenena, diretora cultural da Japan House. "A exposição tem como foco o cotidiano e como as mudanças culturais afetaram a moda de rua dos jovens", diz ela.

Além das influências recebidas de outros países, as fotos evidenciam também a disseminação da contracultura japonesa - a exposição mostra como, desde 1950, na reconstrução do país após a Segunda Guerra, o universo da moda gerou respostas da juventude tanto quanto no cinema como na música.

Sutorito Fashion

Japan House. Av. Paulista, 52.

3ª a 6ª, 10h/18h; sábados,

domingos e feriados, 10h/19h.

Gratuito. Até 20/10

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público de São Paulo deu o prazo até sexta, 28, para a prefeitura de São José dos Campos prestar esclarecimentos acerca do episódio envolvendo a retirada do livro infantojuvenil Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas foi retirado das escolas municipais de São José dos Campos, em São Paulo.

A informação foi confirmada pela prefeitura do município ao Estadão por meio de nota. O Ministério Público de São Paulo explicou ao Estadão na sexta, 21, que o caso está sendo apurado. Segundo a nota, a prefeitura tem até o dia 28 de junho, esta sexta-feira, para prestar esclarecimentos.

O que aconteceu

No dia 11 de junho, o vereador Thomaz Henrique (PL) criticou a obra nas redes sociais por considerar que ela fazia "apologia ao aborto" e por definir a antropóloga Débora Diniz e a vereadora Marielle Franco como inspiradoras. O parlamentar ainda pedia aos seguidores que pressionassem a prefeitura do município a "recolher todas as unidades do livro".

Na mesma semana, a prefeitura anunciou que recolheria os livros das salas de leitura para ser "reavaliado pela equipe técnica da Secretaria de Educação e Cidadania". Ao Estadão, reforçou que obra não chegou a circular nas salas de aula ou bibliotecas municipais, "apenas em salas de leitura das escolas".

Questionada se a obra foi recolhida após pedido do vereador, a prefeitura não respondeu.

Pelas redes sociais, a professora Jéssica Marques, pré-candidata à vereadora do município pelo PSOL, afirmou que acionou o Ministério Público para avaliar o caso, que chamou de censura.

O que o livro aborda?

O obra infantojuvenil tem autoria de Flávia Martins de Carvalho, primeira juíza-ouvidora do STF. Composto por dois livros, divididos em linguagens/ciências humanas e ciências da natureza e matemática, o projeto retrata o trabalho de 20 mulheres influentes nesses campos, como Sueli Carneiro e Lélia Gonzalez, além das próprias Débora Diniz e Marielle Franco.

"Assim como [a autora] Flávia, a maioria das mulheres elencadas é negra e brasileira, mas há destaque também para mulheres indígenas, brancas e estrangeiras. Elas atuam em diversas áreas, mas todas unem suas atividades profissionais com ações afirmativas e sociais", diz o site da editora.

A obra é escrita em versos e conta com ilustrações de cada homenageada.

Polêmica nas redes

Em postagem nas redes sociais na terça, 14, o vereador Thomaz Henrique (PL) comemorou a decisão da prefeitura de São José dos Campos, e atribuiu a decisão da prefeitura à denúncia feita por ele.

"Após a minha denúncia na última terça-feira, a prefeitura informou oficialmente que retirou de todas as escolas municipais o livro que define a maior defensora do aborto no Brasil, Débora Diniz, como mulher inspiradora. O livro defende os 'direitos reprodutivos' da mulher e o direito da mulher 'escolher ser mãe ou não', além de chamar os contrários ao aborto de 'gente chata'. O livro ainda trazia a ex-vereadora do PSOL, Marielle Franco, também como mulher inspiradora para alunas do 5º ano", lia-se na postagem.

Alegação de censura

A editora responsável pelo livro e as Entidades do setor de Livros condenaram a ação, que chamaram de censura.

A editora Mostarda disse ter recebido a decisão com "surpresa", em nota divulgada nas redes sociais no dia 14: "Acreditamos que criar pontes para o diálogo nos processos educativos é fundamental para a construção de uma sociedade mais consciente e tolerante. Assim, repudiamos qualquer tipo de censura e defendemos que obras que promovem o pensamento crítico e o exercício da cidadania devem permanecer nas escolas, sem quaisquer impedimentos de ordem autoritária".

Já as Entidades do setor de Livros apontam ataque à liberdade de expressão: "Censurar livros é atacar a democracia, a liberdade de expressão e a formação de cidadãos e cidadãs. O futuro do Brasil e o combate às desigualdades sociais dependem do crescimento intelectual de sua população, no qual o livro desempenha um papel imprescindível", diz, em nota oficial.

A nota ainda destaca a importância do livro Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas para "promover a igualdade de gênero e incentivar meninas a perseguirem carreiras na ciência. A censura desta obra impede que jovens leitoras tenham acesso a histórias inspiradoras que podem influenciar positivamente suas vidas e escolhas profissionais", diz o texto.

Nesta terça, 25, o vereador voltou a falar sobre o livro nas redes sociais.

O prazo para a prefeitura se posicionar termina nesta sexta, 28.

Entre 2021 e 2022, o Google lançou o recurso de rolagem infinita nos resultados de sua busca, o que significava que a página de pesquisa não teria mais fim, eliminando-se os botões para as páginas seguintes. Assim, bastava deslizar ou descer a página para ver mais resultados. Agora, porém, o mecanismo de busca começou a encerrar esse recurso, retomando os botões ao fim de cada página.

A notícia é do site Search Engine Land, que diz ter como fonte um porta-voz do Google. Embora a função ainda esteja disponível no Brasil, a informação é de que a rolagem infinita começou a ser aposentada nesta terça-feira, 25, na versão web. Dessa forma, o retorno das páginas numeradas já pode ser notada no desktop. Já nos celulares e tablets, a função será desativada nos próximos meses.

A partir de então, retornará o botão de "Mais resultados" aos dispositivos móveis e "Próximo" aos computadores, ao final de cada página de pesquisa.

De acordo com o porta-voz, a mudança dará mais rapidez ao mecanismo de busca, em vez de simplesmente mostrar resultados em que, muitas vezes, o usuário não está interessado. "O Google também nos contou que descobriu que carregar mais resultados automaticamente não levava a uma satisfação significativamente maior", declara o Search Engine Land.

Ainda segundo o portal, a informação é importante para quem possui sites próprios. Isso porque, se o seu website for jogado para a página dois, ele possivelmente receberá menos cliques - e, portanto, menos tráfego - do que com a opção de rolagem contínua, já que nem todo mundo visitará a página dois do Google.

Afinal, na época em que o recurso foi lançado para dispositivos móveis, o mecanismo de busca afirmou que "a maioria das pessoas que desejam informações adicionais tende a navegar em até quatro páginas de resultados de pesquisa". Depois disso, muitos dos sites resultantes de pesquisas ficam para trás.