Enfermeira que sumiu após contrair dívida por 'Jogo do Tigrinho' admite vício

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A enfermeira Gabriely Sabino, de 23 anos, admitiu que desapareceu para fugir de dívidas que contraiu por conta do "Jogo do Tigrinho" e definiu como "vício" a sua relação com o caça-níquel online. Em entrevista ao SBT, ela disse que joga há cerca de dois anos e decidiu fugir por medo das dívidas que contraiu - como já mostrou o Estadão, o valor chegou a R$ 20 mil.

Formada em enfermagem desde o ano passado, a jovem mora com os pais em Piracicaba, no interior de São Paulo, e procurava emprego na área enquanto trabalhava em uma padaria. Ela conheceu o jogo por meio de influenciadores digitais.

"Você vê os influenciadores jogando, ganhando, e você quer ganhar também. E falam que eles não tinham nada, mas começam a ter uma qualidade de vida melhor. E você quer ter isso também para você. E aí comecei a jogar", disse Gabriely à emissora.

"É um vício. Quanto mais (dinheiro) você coloca (na plataforma do jogo), mais você quer pôr para ver se tem um retorno maior", afirmou. De acordo com a enfermeira, ela chegou a ganhar dinheiro algumas vezes na plataforma, o que a motivou a sempre tentar novos ganhos, mesmo quando perdia.

"Quando você vê, está perdendo, mas aí você quer pôr de volta. Vai virando uma bola de neve. Na hora que você se vê, está perdendo tudo e continua jogando." De acordo com o advogado de Gabriely, ela teve quadros de ansiedade e depressão.

"Você pensa 'eu tenho aquela conta para pagar, mas se eu jogar, vou ganhar para pagar e ainda vai sobrar' (...) Você joga e perde. Quando vê, foi o seu pagamento todo."

A família não sabia sobre suas dívidas e ela se sentia envergonhada em revelar a situação para seus pais. Segundo a sua mãe, com quem o Estadão conversou, eles sabiam que Gabriely já tinha usado o "Jogo do Tigrinho" e ganhado algumas vezes, mas não sabiam que ela estava viciada.

Ela diz que chegou a pegar dinheiro com agiotas e pediu o cartão de crédito emprestado à cunhada. Quando viu que a situação era grave, ao chegar ao montante de cerca de R$ 20 mil em dívidas, ficou com medo e decidiu fugir para a casa de uma conhecida - uma idosa, em Campo Grande. Foi lá que ela ficou durante os sete dias em que permaneceu desaparecida.

A enfermeira não revelou a identidade da mulher que a abrigou, mas disse que ela a ajudou e a incentivou a procurar os seus pais após a repercussão do seu desaparecimento na mídia. "Fiquei assustada", disse ela, ao comentar a exposição que o seu caso ganhou.

Também à emissora, o pai de Gabriely disse que enviou dinheiro para que a filha comprasse uma passagem aérea para São Paulo e a buscou em Guarulhos, na região metropolitana da capital paulista. Ele disse que está conversando com os credores da filha e pagando, aos poucos, o que ela deve.

"Estou correndo atrás para ter paz, ter minha filha de volta e eliminar isso (o jogo) da vida", afirmou Luiz Henrique Sabino. "Todo mundo que joga, que vê isso aí, isso é ilusão", alertou o pai.

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Marcelo Rubens Paiva reprovou um comentário de Ana Furtado durante entrevista com Selton Mello no tapete vermelho do Oscar 2025. O escritor classificou como "sem noção" uma comparação incitada por ela entre os cinemas brasileiro e argentino.

Ana falou sobre a Argentina enquanto Selton declarava que Ainda Estou Aqui já era um filme vitorioso independentemente do resultado que viria no decorrer da noite - mais tarde, o longa conquistaria o Oscar de Melhor Filme Internacional. Na hora da entrevista, ela recordou algo que Selton havia dito no dia anterior, durante uma rodada de entrevistas com a imprensa brasileira em Los Angeles.

"Chupa, Argentina!", exclamou Ana, explicando: "Ele ontem estava falando da rivalidade entre Brasil e Argentina". No mesmo instante, o ator contextualizou: "Argentina tem dois [Oscars] de melhor filme internacional, a gente não tem nenhum. Como assim?"

O comentário de Ana repercutiu mal nas redes sociais, e o autor do livro que inspirou o filme foi um dos críticos. Vale lembrar que Ainda Estou Aqui foi o quinto longa latino-americano a conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional. Os demais são:

- A História Oficial (1985), da Argentina

- Uma Mulher Fantástica (2007), do Chile

- O Segredo dos Seus Olhos (2009), da Argentina

- Roma (2018), do México

Procurada pelo Estadão para comentar sobre o episódio, a equipe da apresentadora Ana Furtado não se manifestou até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

A cerimônia do Oscar 2025 obteve a maior audiência dos últimos cinco anos, com um total de 19,7 milhões de espectadores, de acordo com os números finais de audiência ao vivo no Estados Unidos fornecidos pela Nielsen. Este número, que inclui visualizações de dispositivos digitais como celulares, PCs e tablets, é um pequeno aumento de 1% em relação ao ano passado, quando o evento teve 19,5 milhões de telespectadores.

Embora os números iniciais apontassem uma queda de 7% em comparação com a cerimônia de 2024, que teve 19,5 milhões de espectadores, as atualizações nas medições indicaram um significativo aumento de público. Além disso, o Oscar 2025 marcou um crescimento notável na faixa etária de 18 a 49 anos, alcançando uma avaliação de 4,54 nesta demografia, o que representa um aumento de 19% em relação ao ano anterior.

Em termos de desempenho entre os jovens de 18 a 34 anos, a cerimônia também teve um destaque, marcando 3,05 de avaliação - um crescimento de 28% em relação ao ano passado, o que coloca este Oscar como o mais assistido neste público desde 2019.

As redes sociais também foram uma parte significativa do sucesso da noite, com 104,2 milhões de interações durante a transmissão, superando outros grandes eventos como o Super Bowl, que registrou 62,4 milhões de interações, e o Grammy, com 102,2 milhões de interações.

Brasileiros reagem nas redes sociais

Nas redes sociais brasileiras, os internautas se dividiram entre a comemoração pela vitória de Ainda Estou Aqui na categoria de Melhor Filme Internacional e a derrota de Fernanda Torres na disputa por Melhor Atriz. No X (antigo Twitter), memes e mensagens exaltando a conquista do País e o talento da atriz brasileira tomaram conta da plataforma.

O cantor Klaus Hee, ex-integrante da famosa boy band brasileira Dominó, morreu aos 50 anos após enfrentar um tratamento contra um câncer agressivo. A notícia foi compartilhada pelo produtor musical Ricky Colavitto, que se despediu do artista nas redes sociais, lembrando de eventos que realizaram juntos e desejando condolências à família e amigos.

Klaus Hee começou sua carreira artística ainda jovem, trabalhando como modelo e assistente de palco em programas de TV, como o Passa ou Repassa, do SBT, na mesma época em que a atriz Paolla Oliveira também estava na atração. O cantor ingressou na boy band Dominó em 1999, para substituir Rodrigo Phavanello. Ele permaneceu no grupo até 2005, quando formou a banda Kilométrico Cubo, que deixou cinco anos depois.

O velório de Klaus foi realizado nesta quarta-feira, 5, às 11h, no Cemitério Getsemani, no Morumbi, em São Paulo.

Alex Gil, ex-integrante do grupo Polegar, também fez uma homenagem emocionada ao amigo, dizendo: "Hoje, perdemos o nosso querido amigo Klaus Hee que estava lutando contra um câncer agressivo. Estávamos torcendo por sua recuperação, mas infelizmente Deus o levou para descansar do sofrimento. Que Jesus o receba em seus braços e conforte sua família e amigos mais próximos. A vida é realmente um sopro, não temos como prever até quando estaremos por aqui, portanto aproveite a sua vida da melhor maneira possível."