Greve de ônibus em SP: SPUrbanuss apresentou nova proposta de reajuste, mas ainda não há acordo

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Motoristas de ônibus de São Paulo decidiram, na última sexta-feira, 28, entrar em greve e paralisar as atividades da categoria a partir da meia-noite da quarta-feira, 3 de julho, na capital paulista. O movimento é liderado pelo SindMotoristas, entidade que representa a categoria, que inclui os motoristas, cobradores e demais funcionários do setor de manutenção e fiscalização.

Nesta terça-feira, 2, ocorreram duas reuniões entre as partes - trabalhadores e categoria patronal. Na última delas, o SPUrbanuss, sindicato que representa as empresas, apresentou uma nova proposta de reajuste salarial (de 3,60%), mas ainda não há acordo.

O SindMotoristas, que está em campanha salarial há mais de um mês, deve fazer uma audiência nesta terça para discutir a manutenção da grave. Enquanto ainda não há consenso, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) concedeu uma liminar para que, se a paralisação ocorrer, haja 100% do efetivo de ônibus em horário de pico e 50% nos demais períodos.

O primeiro encontro ocorrido nesta terça, marcado para às 10h, foi uma reunião técnica mediada pelo Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP), que teve como objetivo buscar informações técnicas a partir de uma análise dos contratos de Concessão do Transporte Coletivo de Passageiro frente às demandas dos trabalhadores.

O encontro, que se estendeu até 11h30, foi um pedido da SPTrans, e reuniu também representantes da Câmara Municipal, do Tribunal Regional do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho.

Pouco depois, houve uma audiência de conciliação convocada pela Justiça do Trabalho, esta a pedido dos trabalhadores. O encontro reuniu representantes do SindMotoristas e SPUrbanuss.

Segundo a ata da audiência, finalizada às 12h22, o representante do SPUrbanuss apresentou uma "proposta de reajuste salarial de 3,60%, índice este acima do INPC do período (3,23%), o que poderá ser ainda elevado a depender do índice que for definido pela FIPE no salariômetro, podendo este chegar a 4%, segundo previsões iniciai".

O SindMotoristas afirmou, na audiência, que está de acordo com a proposta salarial, mas afirmou que outros pleitos precisam ser resolvidos para o fechamento do acordo total. Ainda não houve acordo, portanto. Além do reajuste salarial, os pedidos do sindicato são os seguintes:

jornada de trabalho de 6h30 trabalhadas e 30 minutos de intervalo remunerado;

ticket refeição mensal no valor diário de R$ 38;

participação nos lucros e resultados;

cesta básica sem a palavra "similar";

seguro de vida de 10 salários mínimos para o motorista e de 5% sobre o valor vigente para os demais trabalhadores.

Conforme o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, como não houve acordo entre as partes, foi concedida uma liminar determinando que, caso haja greve, 100% do efetivo dos ônibus estejam em funcionamento em horário de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e 50% nos demais períodos. Se descumprido, o sindicato deverá pagar uma multa de R$ 100.000.

O tribunal determinou ainda que o SindMotorista não impossibilite ou crie obstáculos ao acesso dos trabalhadores e passageiros, saídas dos ônibus das garagens das empresas de transporte coletivo urbano de passageiros, bem como que impeça o livre trânsito dos ônibus nas vias públicas e nos terminais de passageiros.

O que é preciso para cancelar a greve?

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo, entidade que representa parte das empresas responsáveis pelo serviço na capital, disse em nota que "está incrédulo com a decisão do Sindicato dos Motorista" de fazer uma greve para a próxima quarta.

"O Sindicato dos Motoristas está afrontando o TRT e o que o poderá ser decido na audiência. É um desrespeito à Justiça ou uma forma descabida de pressionar o TRT", disse o SPUrbanuss, antes do encontro desta terça.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo diz que a administração municipal e a SPTrans pleitearam na Justiça do Trabalho tutela liminar cautelar para que a operação da frota de ônibus funcione no porcentual de 100% no horário de pico e 80% nos demais horários e aguarda resposta da Justiça.

"A SPTrans reforça a necessidade de atendimento aos 7 milhões de passageiros dos ônibus para que não sejam prejudicados e tomou as medidas judiciais necessárias em favor da população", diz o comunicado.

"Em relação às motivações dos trabalhadores, a Prefeitura esclarece que apenas acompanha a negociação entre as partes e espera que os representantes da categoria e dos empresários encontrem um ponto em comum na campanha salarial sem prejuízo aos passageiro", completou a nota.

Negociações se arrastam há meses

No mês passado, os trabalhadores do setor rodoviários votaram e aprovaram uma greve para o começo de junho, mas voltaram atrás após entrarem em um acordo com o SPUrbanuss, em audiência de conciliação na Justiça do Trabalho.

Naquela ocasião, o SindMotoristas aceitaram recuar do protesto com algumas condições. Uma delas, a criação de um corpo técnico para fiscalizar os contratos firmados entre as concessionárias e a Prefeitura de São Paulo.

Após o acordo, os trabalhadores decidiram suspender o estado de greve até o dia 30 junho, data considerada o prazo limite para os o Sindmotoristas e o SpUrbanuss entrarem em um consenso sobre as demandas dos funcionários.

Visto que nada seria apresentada por parte da categoria patronal, o SindMotoristas mobilizou a categoria, que decidiu votar novamente pela greve na última sexta.

A principal reivindicação dos trabalhadores é uma redução da jornada de trabalho para 6,5 horas trabalhadas com mais 30 minutos remunerados. "Este é o carro-chefe das demandas da categoria", disse a assessoria do SindMotoristas.

Na lista de demandas, também estão um reajuste salarial de 3,69% pelo IPCA-IBGE mais 5% de aumento real; cesta básica de qualidade; correção do Programa de Participação nos Resultados (PPR) de R$ 1.200 para R$ 2.000; e melhorias no vale-refeição, no seguro de vida, nos convênios médico e odontológico, além de revisão dos valores do auxílio funeral.

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O reality show Casamento às Cegas, da Netflix, está se aproximando do seu grand finale, com o último episódio, O Reencontro, marcado para o dia 10 de julho, que revelará os casais que ficaram juntos. Mas um casal, em especial, tem gerado questionamento nas redes sociais: Muriel e Kaled.

Desde o início foi mostrado uma conexão forte entre eles, que chegaram a noivar ainda na fase das cabines, mas o casal não participou da lua de mel com os outros casais e não ganhou o casamento.

Muriel esclareceu a situação em um comentário no Instagram, explicando que apenas cinco casais são selecionados para a lua de mel e outras atividades, com base no potencial de gerar mais conteúdo para o programa.

Apesar de não estarem tão presentes na edição, a festa na piscina contou com a presença do Kaled, e o programa exibiu alguns momentos de Muriel e o noivo, confirmando que continuam juntos.

O casal faz planos concretos para o futuro, incluindo "pagar os boletos" para a festa de casamento, como contou Muriel. Para satisfazer a curiosidade dos fãs, eles têm compartilhado em suas redes sociais que não foi apresentado no programa. Kaled postou o vídeo do encontro da noiva e seus pais e escreveu na legenda: "Para matar a curiosidade de como foi o encontro da Muriel com meus pais".

Muriel também compartilhou momentos especiais sobre o encontro com a família de Kaled em Magé, município do Rio de Janeiro. Em uma postagem divertida, ela escreveu: "Será que eu fui mimada em Magé? Sim ou com certeza?".

Com a aproximação do final do reality, o público está ansioso para ver se a história deles será apresentada no programa, ao menos no reencontro.

A vocalista da banda Heart, Ann Wilson, adiou uma turnê pela América da Norte após revelar um tratamento contra um câncer nesta quinta, 4. Segundo Wilson, a cirurgia para a retirada de um tumor maligno foi bem sucedida, mas as apresentações foram canceladas por recomendações médicas.

"Estou me sentindo ótima, mas meus médicos me aconselharam a passar por sessões de quimioterapia preventiva", anunciou a artista de 74 anos em um comunicado nas redes sociais.

Em maio, a banda já havia adiado uma turnê europeia com a justificativa de um "procedimento urgente". O Heart tinha mais de 50 shows agendados entre Estados Unidos e Canadá. "Eu planejo retornar em 2025", prometeu Wilson aos fãs.

Formada em Vancouver, Canadá, nos anos 70, a Heart é dona de hits como Barracuda, Crazy On You e Alone, que possui uma versão em português interpretada pelo grupo Calcinha Preta. Wilson lidera a banda com a irmã e guitarrista Nancy Wilson.

Confira Alone, de Heart aqui

A telenovela mora no imaginário brasileiro. Um grande exemplo é Vale Tudo, que vai ganhar um remake da Rede Globo, mas, a bem da verdade, nunca deixou de ser assunto. Mesmo quem não acompanhou a trama já ouviu falar da frase "Quem matou Odete Roitman?" ou sabe de uma ou outra tramoia de Maria de Fátima, a vilã vivida por Gloria Pires antes de ela se desdobrar como Ruth e Raquel em Mulheres de Areia.

O remake está em fase de pré-produção, e muito vem sendo cogitado sobre quem vai interpretar as personagens eternizadas na memória da TV. Enquanto isso, relembre a história do clássico de Gilberto Braga - ao lado de Aguinaldo Silva e Leonor Bassères - que conquistou o coração dos brasileiros.

Trama

A novela estreou no dia 16 de maio de 1988, e girava em torno da empresa TCA (Transcapital Aerolinhas). A corrupção era a temática que amarrava a trama, o que talvez explique sua atemporalidade.

A história tem início com Raquel, vivida por Regina Duarte. Após a separação, ela se muda com a filha, Maria de Fátima (Gloria Pires) para uma casa em Foz do Iguaçu, o único bem da família.

Ambiciosa, Maria de Fátima vende a casa da mãe escondido e vai para o Rio de Janeiro. Lá, começa a se envolver com César Ribeiro (Carlos Alberto Ricceli), um ex-modelo e garoto de programa.

Para encontrar a filha, Raquel também se muda para o Rio, e acaba se apaixonando por Ivan (Antônio Fagundes). Para ganhar a vida de forma honesta, começa a vender sanduíches na praia, enquanto a filha se torna uma alpinista social e tenta a carreira de modelo.

A meta de Maria de Fátima é seduzir Afonso Roitman (Cássio Gabus Mendes), um rico herdeiro da empresa de aviação liderada pela mãe, Odete Roitman.

Logo, as duas passam a ser aliadas. Odete quer que Ivan se separe de Raquel para se casar com sua filha, Heleninha (Renata Sorrah), artista plástica que sofre de alcoolismo. Maria de Fátima não se opõe em trair a própria mãe mais uma vez para atingir seus objetivos.

Odete conta com seus aliados, que se envolvem em um escândalo de corrupção na empresa, como é o caso de Marco Aurélio, vivido por Reginaldo Faria e ex de Heleninha.

Marco era casado com Leila (Cassia Kis), que acaba se tornando peça fundamental da trama quando procura se vingar de Maria de Fátima, mas acaba atingindo outra vilã, Odete.

Odete e Maria de Fátima rompem a aliança após a diretora da TCA descobrir que a nora tem um caso com seu amante. É quando acontece a grande reviravolta da trama: Maria de Fátima, sem o apoio de Odete, perde a vida de luxos e pede ajuda para a mãe, que acabara se tornando proprietária de uma bem-sucedida rede de restaurantes.

A partir daí, uma trama que envolve mistérios e trapaças se forma, culminando na morte da grande vilã da novela, Odete, e no mistério que ronda seu assassinato. O segredo foi guardado até para os atores da novela, que recebiam os roteiros horas antes da gravação.

A cena final do último capítulo, histórica, mostra um Marco Aurélio fugindo do País dando uma "banana" para o Cristo Redentor, enquanto toca a música Brasil, de Cazuza, interpretada por Gal Costa.

Vale Tudo é considerada uma obra-prima de Gilberto Braga, que se tornou expert em retratar a hipocrisia e a dinâmica das relações de poder.

Censura

A novela foi exibida durante a Ditadura Militar e estreou antes da Constituição democrática de 1988, fazendo com que ela sofresse censura, ainda que com menos impacto que produções mais antigas. Um exemplo é o casal vivido por Laís (Cristina Prochaska) e Cecília (Lala Deheinzelin) - o primeiro casal homossexual das telenovelas, vale considerar. Diversas cenas das duas precisaram ser reescritas.

Apesar da época, Gilberto Braga garantiu que o casal não sofreu preconceito por parte dos telespectadores. "O tema era herança num casamento gay, inspirado no caso do Jorge Guinle Filho. As personagens foram muito bem aceitas", explicou o ator ao Estadão.

Especulações

O elenco para o remake de Vale Tudo vem sendo escalado, o que gera diversas especulações. O jornal Extra deu conta que Fernanda Torres pode viver Odete Roitman, enquanto Heleninha pode ser vivida por Carolina Dieckmann ou Grazi Massafera. Mas ainda não há nada confirmado.