PF apreende R$ 1,5 milhão em Congonhas

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A Polícia Federal apreendeu nesta terça, 2, mais de R$ 1,5 milhão em dinheiro e cheques com um passageiro chinês no aeroporto de Congonhas. Ele se identificou como empresário em Santa Catarina, mas não explicou a origem do dinheiro.

Os federais contaram exatamente R$ 1.507.696,06 na posse do passageiro que iria embarcar com destino a Navegantes (SC).

Segundo a PF, ao passar pela inspeção, de passageiros e bagagens, foi verificado que havia na bagagem de mão do passageiro 'material orgânico em forma de maços, aparentando dinheiro'.

Na Delegacia da PF em Congonhas, os agentes verificaram que o passageiro, além de quantia em dinheiro, levava alguns maços de cheques com datas futuras.

O dinheiro e os cheques foram apreendidos. A PF abriu inquérito para apurar a origem do valor 'uma vez que o portador não tinha documentação que o respaldasse'.

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Clery Cunha, cineasta renomado por obras como Joelma 23º Andar e O Rei da Boca, morreu nesta quinta-feira aos 85 anos em sua residência em São Paulo, após uma batalha contra o câncer. Nascido em Leopoldo de Bulhões, Goiás, Cunha foi um dos grandes nomes da Boca do Lixo, área central paulistana conhecida pela produção de filmes de apelo popular.

Seu filme mais famoso, Joelma 23º Andar (1980), é uma reconstituição do trágico incêndio no edifício Joelma em 1974, baseado em Somos Seis, obra psicografada por Chico Xavier, no qual o espírita transcreveu uma carta de digitadora Volquimar Carvalho dos Santos. O filme combinou cenas ficcionais com imagens reais da tragédia, destacando-se pelo seu tom documental e espiritual. Cunha se tornou um pioneiro do cinema espírita ao adaptar a história da jovem.

Mas sua carreira teve início como operador de cabo na TV Tupi em 1956, mas rapidamente expandiu seus talentos para atuação e direção no teatro e rádio. Atuou em peças como Sorocaba Senhor e O Amor Venceu, além de dirigir Pluft, o Fantasminha e Entre Quatro Paredes. No entanto, foi no cinema que Cunha encontrou sua verdadeira vocação.

Cunha também dirigiu outros filmes marcantes da Boca do Lixo, como Os Desclassificados (1972), um suspense inspirado em um crime real, e A Pequena Órfã (1973), um melodrama baseado em uma telenovela da TV Excelsior. Sua carreira foi marcada por uma forte influência dos quadrinhos, seriados policiais e faroestes, refletida em suas produções de apelo popular.

Clery Cunha deixou um legado no cinema brasileiro e no gênero espírita, com a representação das classes populares. Seu trabalho na Boca do Lixo contribuiu para a diversificação e popularização do cinema nacional.

O reality show Casamento às Cegas, da Netflix, está se aproximando do seu grand finale, com o último episódio, O Reencontro, marcado para o dia 10 de julho, que revelará os casais que ficaram juntos. Mas um casal, em especial, tem gerado questionamento nas redes sociais: Muriel e Kaled.

Desde o início foi mostrado uma conexão forte entre eles, que chegaram a noivar ainda na fase das cabines, mas o casal não participou da lua de mel com os outros casais e não ganhou o casamento.

Muriel esclareceu a situação em um comentário no Instagram, explicando que apenas cinco casais são selecionados para a lua de mel e outras atividades, com base no potencial de gerar mais conteúdo para o programa.

Apesar de não estarem tão presentes na edição, a festa na piscina contou com a presença do Kaled, e o programa exibiu alguns momentos de Muriel e o noivo, confirmando que continuam juntos.

O casal faz planos concretos para o futuro, incluindo "pagar os boletos" para a festa de casamento, como contou Muriel. Para satisfazer a curiosidade dos fãs, eles têm compartilhado em suas redes sociais que não foi apresentado no programa. Kaled postou o vídeo do encontro da noiva e seus pais e escreveu na legenda: "Para matar a curiosidade de como foi o encontro da Muriel com meus pais".

Muriel também compartilhou momentos especiais sobre o encontro com a família de Kaled em Magé, município do Rio de Janeiro. Em uma postagem divertida, ela escreveu: "Será que eu fui mimada em Magé? Sim ou com certeza?".

Com a aproximação do final do reality, o público está ansioso para ver se a história deles será apresentada no programa, ao menos no reencontro.

A telenovela mora no imaginário brasileiro. Um grande exemplo é Vale Tudo, que vai ganhar um remake da Rede Globo, mas, a bem da verdade, nunca deixou de ser assunto. Mesmo quem não acompanhou a trama já ouviu falar da frase "Quem matou Odete Roitman?" ou sabe de uma ou outra tramoia de Maria de Fátima, a vilã vivida por Gloria Pires antes de ela se desdobrar como Ruth e Raquel em Mulheres de Areia.

O remake está em fase de pré-produção, e muito vem sendo cogitado sobre quem vai interpretar as personagens eternizadas na memória da TV. Enquanto isso, relembre a história do clássico de Gilberto Braga - ao lado de Aguinaldo Silva e Leonor Bassères - que conquistou o coração dos brasileiros.

Trama

A novela estreou no dia 16 de maio de 1988, e girava em torno da empresa TCA (Transcapital Aerolinhas). A corrupção era a temática que amarrava a trama, o que talvez explique sua atemporalidade.

A história tem início com Raquel, vivida por Regina Duarte. Após a separação, ela se muda com a filha, Maria de Fátima (Gloria Pires) para uma casa em Foz do Iguaçu, o único bem da família.

Ambiciosa, Maria de Fátima vende a casa da mãe escondido e vai para o Rio de Janeiro. Lá, começa a se envolver com César Ribeiro (Carlos Alberto Ricceli), um ex-modelo e garoto de programa.

Para encontrar a filha, Raquel também se muda para o Rio, e acaba se apaixonando por Ivan (Antônio Fagundes). Para ganhar a vida de forma honesta, começa a vender sanduíches na praia, enquanto a filha se torna uma alpinista social e tenta a carreira de modelo.

A meta de Maria de Fátima é seduzir Afonso Roitman (Cássio Gabus Mendes), um rico herdeiro da empresa de aviação liderada pela mãe, Odete Roitman.

Logo, as duas passam a ser aliadas. Odete quer que Ivan se separe de Raquel para se casar com sua filha, Heleninha (Renata Sorrah), artista plástica que sofre de alcoolismo. Maria de Fátima não se opõe em trair a própria mãe mais uma vez para atingir seus objetivos.

Odete conta com seus aliados, que se envolvem em um escândalo de corrupção na empresa, como é o caso de Marco Aurélio, vivido por Reginaldo Faria e ex de Heleninha.

Marco era casado com Leila (Cassia Kis), que acaba se tornando peça fundamental da trama quando procura se vingar de Maria de Fátima, mas acaba atingindo outra vilã, Odete.

Odete e Maria de Fátima rompem a aliança após a diretora da TCA descobrir que a nora tem um caso com seu amante. É quando acontece a grande reviravolta da trama: Maria de Fátima, sem o apoio de Odete, perde a vida de luxos e pede ajuda para a mãe, que acabara se tornando proprietária de uma bem-sucedida rede de restaurantes.

A partir daí, uma trama que envolve mistérios e trapaças se forma, culminando na morte da grande vilã da novela, Odete, e no mistério que ronda seu assassinato. O segredo foi guardado até para os atores da novela, que recebiam os roteiros horas antes da gravação.

A cena final do último capítulo, histórica, mostra um Marco Aurélio fugindo do País dando uma "banana" para o Cristo Redentor, enquanto toca a música Brasil, de Cazuza, interpretada por Gal Costa.

Vale Tudo é considerada uma obra-prima de Gilberto Braga, que se tornou expert em retratar a hipocrisia e a dinâmica das relações de poder.

Censura

A novela foi exibida durante a Ditadura Militar e estreou antes da Constituição democrática de 1988, fazendo com que ela sofresse censura, ainda que com menos impacto que produções mais antigas. Um exemplo é o casal vivido por Laís (Cristina Prochaska) e Cecília (Lala Deheinzelin) - o primeiro casal homossexual das telenovelas, vale considerar. Diversas cenas das duas precisaram ser reescritas.

Apesar da época, Gilberto Braga garantiu que o casal não sofreu preconceito por parte dos telespectadores. "O tema era herança num casamento gay, inspirado no caso do Jorge Guinle Filho. As personagens foram muito bem aceitas", explicou o ator ao Estadão.

Especulações

O elenco para o remake de Vale Tudo vem sendo escalado, o que gera diversas especulações. O jornal Extra deu conta que Fernanda Torres pode viver Odete Roitman, enquanto Heleninha pode ser vivida por Carolina Dieckmann ou Grazi Massafera. Mas ainda não há nada confirmado.