Nova central de câmeras inteligentes de SP poderá ter integração com condomínios e lojas; entenda

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A Prefeitura de São Paulo inaugurou nesta quinta-feira, 4, o centro de comando do projeto Smart Sampa, que integra dados públicos e câmeras com inteligência artificial com o intuito de otimizar a gestão pública - em especial, na área de segurança, um dos maiores desafios da gestão municipal atualmente.

- Hoje, já são cerca de 14 mil câmeras operando nas ruas da cidade, com previsão de chegar a 20 mil até o fim deste ano e a 40 mil no longo prazo com a participação de câmeras privadas.

A Prefeitura prevê conquistar cerca de 20 mil pontos de captura de imagens na cidade com um convênio que permitirá que condomínios e empresas forneçam as imagens de suas câmeras de segurança à central.

De acordo com o secretário de segurança municipal, Alcides Fagotti Junior, nos próximos dias serão divulgadas informações sobre como participar.

Tanto pessoas físicas, quanto jurídicas poderão inscrever suas câmeras de vigilância (somente as que ficam em vias públicas) ao programa de monitoramento público.

A gestão também anunciou a nomeação de mais 500 guardas-civis metropolitanos (GCMs) aprovados no concurso de 2023. Cerca de 45 guardas trabalharão na central de comando, acompanhando as imagens junto a agentes da defesa civil, entre outras pastas - futuramente, a companhia de controle de tráfego (CET) também deve ser integrada à rede de monitoramento inteligente.

"É uma etapa de combate à criminalidade com o uso da tecnologia, com o comprometimento do Estado, da Prefeitura e a participação da sociedade civil", afirmou o prefeito Ricardo Nunes (PMDB) durante a inauguração.

"Será uma política colaborativa de segurança. Quando você tem essas câmeras (privadas) integradas, facilita o atendimento, a gente tem o olho técnico da guarda civil, da Polícia Militar, da Polícia Civil para aquela área (da casa, condomínio ou empresa)", disse Fagotti Junior.

De acordo com a Prefeitura, mais de 80 prisões já foram feitas por atendimento a partir da identificação de crimes em tempo real por meio das câmeras e sete pessoas desaparecidas foram encontradas - as câmeras também contam com sistema de reconhecimento facial - desde fevereiro deste ano, quando elas começaram a funcionar.

Como já mostrou o Estadão, essas câmeras inteligentes fazem reconhecimento facial, identificam suspeitos pela cor da roupa e alertam sobre movimentações suspeitas, como pular um muro.

A partir do banco de dados configurado e dos padrões de comportamento que elas foram treinadas para identificar, emitem alertas para o agente público fazer a tomada de decisão, como enviar uma viatura.

Futuramente, a Prefeitura pretende integrar também o banco de procurados pela Justiça, para que as câmeras reconheçam fugitivos.

A medida é considerada controversa, pois há preocupação com casos de vieses racistas na identificação facial de procurados pela polícia por meio deste tipo de câmera. A gestão diz, no entanto, que serão seguidos protocolos rígidos de identificação e checagem para evitar injustiças.

Prédio funcionará 24 horas e será aberto à população

O prédio alugado pela Prefeitura para a atuação da central fica na Rua XV de Novembro, número 268, no centro histórico da cidade. Ele funcionará 24h, com guardas municipais, agentes da defesa civil, entre outros, fazendo o controle das imagens da cidade. Parte da operação será aberta ao público, que já pode ver logo na entrada do prédio painéis com dados e informações da Prefeitura. "Nosso foco é a transparência", afirmou Nunes.

O edifício também abrigará um posto do Descomplica SP, que oferece serviços municipais à população, como realização de cadastro único (para acesso a medidas assistenciais), mediação de conflitos, emissão e regularização dos cartões do idoso e da pessoa com deficiência, entre outros. Será a primeira unidade a funcionar 24h, atendendo a população a qualquer horário.

Do controle de ambulâncias à zeladoria pública

Além da área de segurança pública, as câmeras serão utilizadas para orientar outros tipos de serviços municipais, ajudando a aprimorar a gestão. Elas podem identificar e monitorar as ambulâncias públicas da cidade, por exemplo, e emitir relatórios sobre tempo que elas levam para deslocamento e atendimento, em quais regiões da cidade mais atuam, entre outras informações.

Também são capazes de identificar congestionamentos de trânsito e indicar se ele foi causado por acidente ou não. Assim, é possível acionar os órgãos competentes com aquela ocorrência: CET em caso de congestionamento simples, SAMU em caso de acidente.

Em relação à zeladoria, as câmeras conseguem identificar se há excesso de lixo em determinada região, danos ao patrimônio, entre outras situações que exigem atuação das subprefeituras. Hoje, a maioria das câmeras instaladas está no centro expandido da cidade e em vias de grande movimento, como as marginais Pinheiros e Tietê.

Desde que as câmeras foram instaladas, o índice de roubos no centro caiu. Nas regiões da Sé e de Campos Elíseos, os roubos diminuíram 56,81% e 46,6% nos cinco primeiros meses de 2024.

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Simone e Simaria voltaram a cantar no mesmo palco quase dois anos após terem anunciado a separação da dupla. O momento aconteceu durante show em Goiânia na noite deste sábado, 6.

Simaria surpreendeu o público surgindo na apresentação ao lado de sua sobrinha, Zaya, filha de Simone. A dupla cantou as músicas Nosso Cachorro e Meu Violão.

Ela chegou a compartilhar registros em vídeo das situações em que canta com a irmã e interage com o público em seu perfil no Instagram.

Tony Ramos falou sobre o momento em que passou mal no Rio de Janeiro, antes de ser internado para se submeter a duas cirurgias no cérebro, em entrevista para a jornalista Mônica Bergamo publicada no sábado, 6.

O ator, que estava em casa, se preparando para as gravações do filme A Lista, conta que sentiu dores na cabeça "bem no meio da testa" na noite anterior, tomou um remédio e foi dormir. No dia seguinte, a mulher do ator, Lidiane, já o encontrou desacordado no quarto: "Quando comecei a me demorar para sair para a filmagem, ela subiu até o quarto e me encontrou desfalecido, entregue, desmaiado".

Quem contou o momento para o ator foi a própria mulher, já que ele não se lembra do que aconteceu. "Quando acordei, já no hospital, depois das duas cirurgias, levei um susto e pedi para ler as notícias que tinham saído sobre o meu caso".

Tony Ramos foi internado no dia 16 de junho e se submeteu a duas cirurgias no cérebro apresentar distúrbios de coagulação.

Na quarta-feira, 26, o artista retornou ao set para finalizar as gravações. No longa, Tony interpreta Antenor, par romântico de Laurita, personagem de Lilia Cabral.

Em nota, o ator chamou o retorno à atuação de "recomeço". "Eu estou muito feliz de estar voltando ao trabalho. Nada melhor do que isso", disse. Ele também detalhou a forma como foi recebido nos estúdios. "A equipe inteira aplaudiu, veio me abraçar. É claro que isso me deixou bastante emocionado. Isso mostra que existe muito afeto e respeito entre nós", afirmou.

A Netflix está encerrando o plano gratuito sem anúncios nos Estados Unidos, segundo notificações recebidas por usuários americanos. A informação foi confirmada pelo site de tecnologia The Verge na terça-feira, 2.

Atuais assinantes desse pacote nos EUA vão ter até o dia 13 de julho para mudar de opção ou perder totalmente acesso à Netflix. As opções restantes são o plano com anúncios (e resolução de 1080p), de US$ 6,99 ao mês; o plano padrão (com resolução de 1080 pixels e sem publicidade), de US$ 15,49 ao mês; e o plano premium (resolução de 4K), de US$ 22,99 mensais.

No Brasil, assinantes têm três planos à disposição: o padrão com anúncios (R$ 20,90/mês), padrão (R$ 44,90) e premium (R$ 59,90/mês). A diferença entre os planos está na qualidade da imagem e áudio, possibilidade de downloads e na quantidade de usuários por conta. Não há diferença no catálogo de filmes e séries de televisão exibidos.

A retirada do plano já havia sido antecipada pela Netflix em janeiro deste ano. Em relatório para investidores, após apresentação do balanço financeiro positivo da companhia, a gigante do streaming ressaltou que o plano básico com anúncios responde por cerca de 40% das assinaturas da empresa, motivo pelo qual decidiu começar a encerrar o plano básico sem publicidade na América do Norte.

A Netflix não oferece mais o plano básico sem anúncios no Brasil. Mas, ao contrário dos Estados Unidos, assinantes brasileiros ainda podem manter a assinatura mensal do modelo, que custa R$ 30,90 ao mês, com resolução de 720 pixels - a mais baixa entre os modelos oferecidos no País.

No mundo, a Netflix possui mais de 260 milhões de assinantes, dos quais 46 milhões estão na América Latina e México.

Foco no plano com anúncios

O foco na modalidade de plano com anúncios é uma novidade para a Netflix.

Tradicionalmente, a gigante do streaming sempre se gabou de não oferecer assinaturas com publicidade. Esse posicionamento era reforçado publicamente pelo fundador e antigo presidente executivo da empresa, Reed Hastings, hoje conselheiro na empresa.

O mantra da Netflix mudou em 2022, quando a companhia sofreu uma queda trimestral recorde no número de novos assinantes, de 1,2 milhão, totalizando ganho de 8 milhões de novos assinantes no ano, pior resultado desde 2011. Nesse período, o crescimento foi afetado sobretudo pelo cenário pós-pandemia, que tirou as pessoas de casa (onde o streaming era uma opção natural, na ausência de cinemas e outras opções de lazer); e pela alta global dos juros, forçando empresas de tecnologia deficitárias a se tornarem mais eficientes e lucrativas.

A Netflix realizou uma série de ajustes nos meses seguintes. Demitiu centenas de pessoas no mundo, criou a "taxa do ponto extra" (com acréscimo de R$ 12,90 por usuário que não mora no mesmo lar do titular da conta) e começou a focar em planos com anúncios, contrariando a política "sem publicidade" da gigante do streaming.

O movimento, que se provou acertado, inspirou as companhias rivais, e pressionadas da mesma maneira por uma busca por rentabilidade, a adotarem medidas semelhantes. Amazon, Warner, Disney são algumas das empresas que criaram soluções para seus serviços de streaming nos meses seguintes.