Operação da PF mira em tráfico de cocaína para a Europa em cargas de granito

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira, 14, integrantes de uma organização criminosa que tentava usar os portos do Espírito Santo para enviar cocaína para a Europa. O esquema era operado por um traficante conhecido como o "Escobar brasileiro", em referência ao famoso traficante colombiano Pablo Escobar, morto em 1993. Quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos nos Estados do Espírito Santo, Paraná, São Paulo e Pernambuco. Um quinto mandado foi expedido contra um membro da quadrilha na Hungria.

Na Operação Chapa Branca, a PF cumpriu também 14 mandados de busca e apreensão em endereços de cinco Estados, sendo sete no Paraná, três em São Paulo, dois em Santa Catarina e os outros dois em Pernambuco e Espírito Santo. Além de armas, munições e documentos, foram apreendidos vários automóveis e motos de alto valor.

Conforme a PF, a investigação começou em outubro de 2021, quando a Polícia Civil do Espírito Santo apreendeu 350 quilos de cocaína que eram descarregados de um caminhão e estavam sendo escondidos em uma carga de chapas de granito branco - daí o nome da operação - que seria exportada para a Europa.

Naquela ocasião, foram presos em flagrante um empresário e um ex-policial. O motorista do caminhão conseguiu fugir, mas foi capturado em São Paulo. Como se tratava de tráfico internacional, a investigação passou a ser feita pela PF.

A apuração apontou que a droga foi adquirida na Bolívia e seguiria para o porto de Le Havre, na França, de onde seria distribuída para outros países europeus. Em parceria com a Receita Federal brasileira, a PF mobilizou agências policiais dos Estados Unidos e da Europa para identificar os envolvidos na rede de tráfico que utilizava a estrutura portuária do Espírito Santo.

Em território nacional, a rota estava sob o controle do chamado "Escobar brasileiro", considerado então um dos maiores narcotraficantes do mundo. Preso em 2022 na Hungria pela PF do Brasil em parceria com a polícia de Portugal, ele é investigado em vários países pelo envio de toneladas de cocaína a partir de portos brasileiros, especialmente os de Santos (SP) e de Paranaguá (PR).

Com o aumento da repressão ao tráfico nesses portos, segundo a PF, ele tentava colocar o Espírito Santo como alternativa para os embarques.

A Polícia Federal disse que, com as medidas cumpridas nesta terça, todos os envolvidos no envio da cocaína apreendida em Cachoeiro de Itapemirim (ES) foram identificados e agora ficarão à disposição da Justiça Federal.

Os investigados poderão responder pela prática do crime de associação para o tráfico, tráfico internacional e interestadual de drogas e, eventualmente, pela lavagem de capitais. Se condenados, as penas aplicadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Prisão na Hungria

O homem que a Polícia Federal considera o "Escobar brasileiro" é o ex-major da Polícia Militar do Mato Grosso Sérgio Roberto de Carvalho. Só no ano passado a quadrilha organizada por ele teria enviado 16 toneladas de cocaína para a Europa.

No fim de junho de 2022, Carvalho foi preso em um restaurante, na Hungria. Ele estava com um passaporte mexicano falso e tentou se passar por outra pessoa, mas seus dados e fotos já estavam na Interpol, a polícia internacional. A prisão do chefe ajudou a PF a fechar o cerco à quadrilha e ao esquema de remessas de cocaína do Brasil para a Europa.

Em outra categoria

Arlindo Cruz está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital Barra D'Or, no Rio de Janeiro. O cantor, de 66 anos, foi diagnosticado com pneumonia. A informação foi confirmada por meio de nota oficial publicada no perfil do artista e também compartilhada por sua mulher, Babi Cruz, nesta terça-feira, 29.

Segundo o comunicado, Arlindo permanece clinicamente estável, com sinais vitais preservados, mas recebe cuidados intensivos em razão de sua condição de saúde já considerada delicada. O cantor enfrenta sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico desde 2017, vive com traqueostomia e é alimentado por gastrostomia.

"O caso inspira cuidados redobrados, sendo acompanhado de perto por sua equipe médica", diz a nota. "Agradecemos o carinho, as orações e o respeito de todos os fãs, amigos e da imprensa neste momento."

A última internação de Arlindo havia ocorrido em julho de 2024, quando ele foi hospitalizado para tratar um quadro de bradicardia. Na época, Babi Cruz relatou que o sambista estava em casa e reagia bem à recuperação: "Ele quer viver, ele tem força para viver, ele quer ficar por aqui", disse.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) vai eleger hoje, 30, a partir das 16h, o novo ocupante para a cadeira 7, que era ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro, aos 84 anos.

Ao todo, são 13 concorrentes, incluindo Míriam Leitão, Cristovam Buarque, Tom Farias e Marcia Camargos. O novo ocupante da cadeira deve ser revelado em 30 minutos.

A ABL divulgou também os nomes dos concorrentes às vagas que pertenceram aos imortais Heloisa Teixeira e Marcos Vilaça. Heloisa ocupava a cadeira 30 da Academia. Em abril de 2023, tomou posse como a 10ª mulher eleita imortal. Escritora, crítica cultural e importante nome do feminismo brasileiro, ela morreu dia 28 de março, aos 85 anos.

O advogado, jornalista e escritor Marcos Vilaça morreu no dia seguinte, 29 de março, também aos 85 anos. Ele ocupava a cadeira 26 desde 1985. As eleições para as vagas dos acadêmicos serão nos dias 22 e 29 de maio, respectivamente.

CONCORRENTES

Disputam a vaga que pertenceu a Heloisa o poeta, professor e tradutor Paulo Henriques Britto, e o poeta e compositor Salgado Maranhão. Também estão inscritos Arlindo Miguel, Paulo Roberto Ceratti, Spencer Hartmann Júnior e Eduardo Baccarin Costa.

Entre os inscritos para a sucessão da cadeira 26, que era de Vilaça, estão o advogado, escritor e professor universitário José Roberto de Castro Neves e o escritor, editor, tradutor e historiador Rodrigo Lacerda. Completam a lista Diego Mendes Sousa, Sivaldo Venerando do Nascimento e Evandro Aléssio Rodrigues Pereira.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.