Pesquisa mostra forma de estudar o cérebro usando imagem de bioluminescência

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Uma pesquisa publicada na revista científica Nature Chemical Biology demonstra uma nova ferramenta para cientistas que estudam condições como autismo e doença de Alzheimer. Os cientistas da Promega R&D, empresa do ramo de ciências biológicas, localizada em Madison, nos Estados Unidos, juntamente com pesquisadores da Stanford University School Medicine, publicaram na quinta-feira, 9, um artigo descrevendo o desenvolvimento da cefalofurimazina, um novo substrato para NanoLuc Luciferase, que permite aos pesquisadores estudar o cérebro usando imagem de bioluminescência.

A imagem de bioluminescência permite visualizar, de forma não invasiva, células e eventos bioquímicos in vivo e, portanto, tornou-se uma técnica indispensável na pesquisa biomédica. No entanto, o BLI no sistema nervoso central continua sendo um desafio porque as luciferases - enzimas que catalisam reações biológicas transformando energia química em energia luminosa - apresentam desempenho relativamente ruim no cérebro com os substratos existentes.

Desta forma, o novo estudo marca um grande avanço tecnológico para pesquisas sobre doenças neurológicas complexas e possíveis tratamentos. "Esta será uma ferramenta muito importante para os cientistas que estudam condições de desenvolvimento e condições degenerativas no cérebro", disse nesta terça-feira, 14, Thomas Kirkland, investigador científico sênior da Promega. "A cefalofurimazina nos permitirá preencher a lacuna entre modelos celulares e modelos animais."

Além disso, em contraste com a imagem de fluorescência, o BLI não requer luz de excitação e, portanto, é livre de autofluorescência e fototoxicidade. As comparações diretas também verificaram a superioridade da bioluminescência sobre a fluorescência para detectar as células.

Imagem de bioluminescência do cérebro

A imagem de bioluminescência permite que os cientistas estudem de forma não invasiva a expressão genética, a localização celular e eventos moleculares em animais vivos. Um único espécime pode ser continuamente estudado ao longo de sua vida, com o mínimo de perturbação em sua anatomia e fisiologia naturais.

Com a técnica, é possível estudar a progressão de doenças degenerativas e de desenvolvimento e caracterizar os efeitos de tratamentos potenciais dentro do corpo. Conforme o próprio estudo, o cérebro, no entanto, apresenta desafios únicos devido às barreiras físicas e fisiológicas formadas pelo crânio e pela barreira hematoencefálica, que dificulta a passagem de substâncias do sangue para o sistema nervoso central.

Aplicações de bioluminescência em neurociência permanecem incomuns. Segundo a pesquisa, uma das principais razões é que a barreira hematoencefálica restringe o acesso dos substratos tradicionais da luciferase ao sistema nervoso central.

"Para as luciferases de insetos dependentes de molécula ATP, como a comumente usada em luciferase de vaga-lume, seu substrato natural D-luciferina já foi considerado permeável à barreira hematoencefálica com base em seu pequeno tamanho e capacidade de gerar alguns sinais cerebrais", afirma o estudo.

A cefalofurimazina, o novo substrato descrito na revista científica, não apenas supera esses desafios, mas também aumenta a sensibilidade em pelo menos 2,5 vezes em comparação com substratos NanoLuc anteriores usados em imagens neurológicas. "Isso permitirá que os cientistas visualizem melhor os eventos moleculares em modelos de camundongos que representam condições como autismo, mal de Alzheimer e câncer cerebral", conclui a pesquisa. E, futuramente, poder ser aplicada também em seres humanos.

Especialmente na ciência e na saúde, a bioluminescência, ou o processo biológico pelo qual animais, como o vaga-lume e a água-viva, emitem luz a partir de suas células, tem provocado revoluções importantes nas áreas. As proteínas da bioluminescência foram usadas como ferramentas na descoberta de novos medicamentos e já foram aplicadas amplamente em pesquisas biomédicas.(Com informações da AP)

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".