Mourão estima em 70% queda de desmatamento na Amazônia em janeiro

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Em meio a críticas sobre a política ambiental do governo, especialmente com relação à Amazônia, o vice-presidente Hamilton Mourão anunciou nesta terça-feira (2) uma previsão otimista; segundo ele, os números coletados pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal devem confirmar uma queda de 70% do desmatamento ilegal no último mês de janeiro, se comparado ao mesmo período de 2020. A declaração do vice-presidente foi dada durante a sua participação na segunda reunião do Observatório do Meio Ambiente do Poder Judiciário, realizada no plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Mourão também informou que a Operação Verde Brasil, que levou agentes das Forças Armadas para região da Amazônia Legal para combater os crimes ambientais, tem previsão de ser encerrada no próximo 30 de abril. Ele garantiu que já há uma estratégia articulada para a substituição dos militares na região, que deve contar com a colaboração das agências de fiscalização dos ministérios da Justiça, Meio Ambiente, Agricultura e Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

De acordo com Mourão, a nova tática será adotada logo na sequência da retirada das Forças Armadas, no dia 1º de maio. Ele admitiu que o contingente de profissionais dos órgãos ministeriais, bem como seus orçamentos, são menores do que o dos militares. Sendo assim, ele afirmou que foi realizado um levantamento de 11 municípios, onde ocorrem a maior parte dos crimes ambientais, que devem concentrar os esforços do governo para manter 'a tendência de reduzir o desmatamento ilegal, as queimadas e a exploração mineral ilegal'.

O vice-presidente disse ainda que vai buscar soluções para fortalecer as atividades de vigilância ambiental. "Queremos o reforço da capacidade de fiscalização dos órgãos ambientais. Estamos buscando soluções com apoio da iniciativa privada de modo que os recursos cheguem às nossas agências e elas possam executar os seus trabalhos", declarou na reunião. Ele destacou que o objetivo é garantir a ação preventiva e evitar que os ilícitos ocorram. "Não adianta eu chegar dois meses depois em uma área desmatada e prender um 'arigó' que estava ali perdido".

Mourão reconheceu que foi observado um aumento dos crimes ambientais no princípio do governo de Jair Bolsonaro, mas defendeu a atuação do Conselho Nacional da Amazônia Legal e apresentou dados que valorizam o trabalho desempenhado até aqui. "O que fez o presidente Bolsonaro? O presidente decidiu recriar o Conselho Nacional da Amazônia Legal, criado no governo Fernando Henrique em 1995, mas nunca tinha decolado. E decidiu, caracterizando a sua importância para as políticas de seu governo, colocar o seu vice na cabeça do projeto", argumentou. Ele ainda destacou que foram apreendidos mais de 154 milhões de toneladas de minério ilegal, aplicados R$4 bilhões em multas e disse que restabeleceu o diálogo com países da União Europeia.

O desenvolvimento sustentável também ganhou grande destaque na fala do vice-presidente. Ele defendeu que o desenvolvimento da região, com o fortalecimento da infraestrutura e do ambiente de negócios, é a principal meta da política pública direcionada à Amazônia Legal, que compreende os estados do Amazonas, Pará, Acre, Rondônia, Roraima, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso. "Se o custo Brasil come cerca de 30% de nosso PIB, na Amazônia é muito pior", disse.

Em 2020, o País viveu uma das crises ambientais mais graves de sua história, com recordes nos números de desmatamento e queimadas na Amazônia, Pantanal e Cerrado. O governo federal, no entanto, foi reticente em admitir a existência do problema e acusou os países ricos de interferir na soberania nacional. Atualmente, com a posse do presidente Joe Biden na Casa Branca, aumentou a pressão para que o Brasil adote medidas efetivas no combate aos crimes ambientais. Anteriormente, o presidente Jair Bolsonaro contava com o apoio internacional de Donald Trump, que retirou os EUA do acordo de Paris.

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Madonna relembrou seu show histórico na Praia de Copacabana com a divulgação de um vídeo dos bastidores. O evento aconteceu há um ano, em 4 de maio, e marcou o encerramento da Celebration Tour. "Obrigado, Brasil, por uma experiência inesquecível. E muito obrigado à minha comunidade pelo apoio infinito", escreveu a artista no Instagram.

O vídeo mostra cenas dos ensaios dos dançarinos e da prova do figurino com as cores da bandeira brasileira, concebido especialmente para a apresentação. Há também entrevistas com ritmistas cariocas e com Pabllo Vittar, que participaram do show. Assista aqui.

Com o impressionante público de 1,6 milhão de pessoas, o show de Madonna em Copacabana inaugurou a programação anual de megashows internacionais e gratuitos prometida pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

No próximo sábado, 3 de maio, será a vez de Lady Gaga comandar um espetáculo na capital fluminense. Gaga desembarcou no País na madrugada desta terça-feira, 29, para dar início aos preparativos do show.

Um dos ternos usados por Cillian Murphy como Thomas Shelby na série Peaky Blinders irá a leilão no Reino Unido pela Omega Auctions. O valor estimado está entre £ 1 mil e £ 2 mil (cerca de R$ 7,5 mil e R$ 15 mil, na cotação atual).

Um evento beneficente será realizado no dia 20 de maio, on-line e presencialmente, no Peaky Blinders Bar, em Manchester. O objetivo é arrecadar fundos para a The Christie Charity, instituição de caridade britânica que auxilia pacientes com câncer e financia pesquisas.

As três peças do terno foram feitas sob medida para o ator, e o figurino foi usado nas cenas finais da 6ª e última temporada. Outros objetos relacionados à série também serão leiloados, como um casaco e um vestido usados por Polly Gray (interpretada pela atriz Helen McCory, já falecida) e um chapéu de Oswald Mosley (Sam Claflin). Veja aqui.

Peaky Blinders foi finalizada em 2022, mas um filme está a caminho para dar continuação aos eventos da série. Intitulado The Immortal Man, o longa conta com os atores Rebecca Ferguson, Stephen Graham, Tim Roth, Sophie Rundle e Barry Keoghan, além de Murphy. As filmagens já foram encerradas, mas ainda não há previsão de estreia.

A ex-panicat Ana Paula Leme, de 47 anos, foi detida por desacato na noite desta segunda-feira, 28, em Campinas, no interior paulista. Segundo a Polícia Militar, os agentes foram acionados após a influencer causar tumulto em um estabelecimento comercial no bairro Parque Taquaral.

A defesa de Ana Paula ressalta que a cliente estava visivelmente embriagada no momento da abordagem, "o que compromete sua capacidade de discernimento e reação adequada" e questiona "a inadequação da abordagem policial, que, ao invés de preservar a segurança da cliente, insiste no confronto, agravando a situação".

"A abordagem policial deve sempre observar o princípio da razoabilidade e proporcionalidade, especialmente em situações nas quais o agente abordado não possui plena capacidade de discernimento. A inadequação na condução da abordagem pode descaracterizar eventual resistência ou desacato, em razão da ausência de dolo e da provocação desnecessária", afirma a advogada.

Ainda de acordo com a PM, ao ser questionada sobre sua identidade, a ex-panicat ficou alterada e passou a ofender os policiais. O ocorrido foi filmado por ela e divulgado em suas redes sociais.

Nas imagens, é possível ver que a ex-panicat está em uma loja de conveniência, ao lado de quatro policiais. Com voz pastosa, ela questiona qual crime teria cometido.

"Estão querendo me prender: qual o crime?". Um dos agentes afirma que ela havia xingado policiais e que tinha a cena gravada na câmera corporal.

Ana Paula também faz ameaças: "você vai se ferrar".

Ela foi levada ao 1º DP de Campinas, assinou um termo circunstanciado e foi liberada.

A defesa da ex-panicat diz que não houve prática de infração penal e que, "na ocasião, a cliente encontrava-se visivelmente embriagada, fato que, por si só, não configura qualquer tipo penal".

"A cliente, embora exaltada em razão do estado etílico e da abordagem, não ofereceu resistência física, tampouco foi flagrada em situação que justifique juridicamente sua detenção", afirma a advogada Caroliny Chang Rodrigues

"A presença da Polícia Militar foi acionada por terceiros que, equivocadamente, presumiram que ela estaria conduzindo veículo automotor - o que não é verdade, já que a mesma estava a pé", completa.

A advogada diz ainda que o histórico anterior da cliente, relacionado a outros episódios de embriaguez ao volante, já foram resolvidos judicialmente e "não podem servir como estigma social nem justificar perseguições ou abordagens desproporcionais, sob pena de grave violação aos direitos fundamentais".

Reincidente

Ana Paula já foi presa três vezes, já tendo sido condenada por embriaguez ao volante e desacato, e cumpre pena em regime aberto.

Em julho do ano passado, ela foi presa após ofender funcionários de uma loja de conveniência e agredir um policial. O caso também ocorreu em Campinas.

Na ocasião, ela teria tentado sair sem pagar uma conta de R$ 110, após consumir lanches, cervejas e salgados, segundo relatado pela polícia.

Ao ser abordada pelos agentes, agrediu um deles com um chute na genitália e resistiu à prisão. Ela foi autuada em flagrante, chegou a ser presa, mas foi liberada após pagar fiança no valor de um salário mínimo.

Em uma segunda ocasião, em janeiro deste ano, foi presa novamente por desacato dentro de um supermercado.

Quem é Ana Paula Leme?

Ana Paula ficou conhecida pela sua participação no programa humorístico Pânico na TV e no reality Casa Bonita 1, do Multishow.

Ela também se apresenta como Miss Reef Brasil e ring girl (a mulher que entra no ringue após as rodadas de combate), tendo ainda posado para a revista Playboy. No Instagram, ela soma 184 mil seguidores.