Filme indiano 'Pebbles' vence em Roterdã

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O filme indiano Pebbles, de Vinothraj P.S., foi o grande vencedor do Festival de Roterdã, encerrado neste domingo, 7, com uma cerimônia virtual. A história de um homem alcoólatra que obriga o filho a acompanhá-lo numa jornada para trazer de volta a mulher que o deixou por sofrer com a violência doméstica levou o prêmio Tigre.

Dois outros longas da competição principal ganharam Prêmios Especiais do Júri: o francês I Comete - A Corsican Summer, de Pascal Tagnati, e Looking for Venera, de Norika Sefa, de Kosovo.

Os vencedores apontaram para uma tendência nessa edição de privilegiar longas-metragens que, mais do que estudos de personagens, são panorâmicas de lugares, em especial de comunidades insulares e conservadoras. I Comete, especialmente, é formado por fatias de vida numa vila na Córsega, com moradores e veranistas falando da França, de futebol, de sexo oral. Looking for Venera pode mostrar o amadurecimento da jovem do título, mas é mais sobre o ambiente opressor e machista em que vive.

É também o caso do brasileiro Madalena, de Madiano Marcheti, que não foi premiado. Nele, os personagens servem como guias de exploração do Centro-Oeste brasileiro dominado pelo agronegócio e por uma cultura sexista, de indiferença à violência em geral e contra pessoas trans em particular.

A Venera do título vencedor não foi a única mulher a lutar contra a tradição conservadora. A competição Tigre deu destaque a produções sobre mulheres reagindo e resistindo ao assédio, ao machismo, à maledicência, ao estupro e até ao fascismo. No americano Mayday, de Karen Cinorre, a jovem Ana cai num mundo paralelo, à la Alice no País das Maravilhas, em que um destacamento feminino luta contra invasores masculinos, numa guerra dos sexos real. No tunisiano Black Medusa, de ismaël e Youssef Chebbi, uma espécie de noir, uma jovem paga com violência a violência que sofreu. Em Bebia, à Mon Seul Désir, da Geórgia, a cineasta Juja Dobrachkous mostra a luta da modelo Ariadna contra as tradições e as memórias dolorosas do seu passado numa pequena vila rural.

Na competição paralela Big Screen, o grande vencedor foi o argentino El Perro que No Calla, de Ana Katz, sobre Sebastián (Daniel Katz, irmão da diretora), que deseja levar seu cachorro para o trabalho, porque o bicho chora sem parar em sua ausência. "Este é um filme emotivo sobre como sobreviver à realidade da adaptação", disse a cineasta em seu discurso de agradecimento virtual. O brasileiro Carro Rei, de Renata Pinheiro, era um dos concorrentes desta mostra.

O júri da competição de curtas Ammodo Tiger escolheu três obras: Sunsets, Everyday, do paquistanês Basir Mahmood, Terra Nova, dos cubanos Alejandro Pérez Serrano e Alejandro Alonso Estrella, e Maat Means Land, da cineasta indígena baseada na Califórnia Fox Maxy. O curta Manifesto, de Ane Hjort Guttu, da Noruega, venceu o prêmio KNF.

O prêmio da FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema) foi para o tailandês The Edge of Daybreak, de Taiki Sakpisit. O júri jovem escolheu La Nuit des Rois, de Philippe Lacôte, candidato da Costa do Marfim a uma vaga no Oscar de produção internacional.

Já o público votou em Quo Vadis, Aida?, dirigido por Jasmila Zbanic e candidato da Bósnia ao Oscar, como seu favorito. "Espero que o prêmio ajude a conscientizar que existem ainda 1.700 corpos desaparecidos, com mães como Aida à procura de seus filhos", disse a diretora em seu agradecimento, referindo-se ao massacre de Srebrenica, em que 7 mil muçulmanos foram executados.

VENCEDORES

Prêmio Tigre

Pebbles (Índia), de Vinothraj P.S.

Prêmio Especial do Júri

Comete - A Corsican Summer (França), de Pascal Tagnati

Looking fo Venera (Kosovo),

de Norika Sefa

Prêmio Big Screen

El Perro que No Calla

(Argentina), Ana Katz

Prêmio Ammodo Tiger

Sunsets, Everyday (Paquistão), de Basir Mahmood

Terranova (Cuba), de Alejandro Pérez Serrano e Alejandro

Alonso Estrella

Maat Means Land (Estados

Unidos), de Fox Maxy

Prêmio do Júri Jovem

La Nuit des Rois (Costa do

Marfim), de Phillipe Lacôet

Prêmio do Público

Quo Vadis, Aida? (Bósnia), de Jasmila Zbanic

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A escritora alemã Alexandra Fröhlich, de 58 anos, foi encontrada sem vida na casa flutuante em que morava em Hamburgo, na Alemanha. Segundo informações da polícia local, o corpo foi descoberto na última terça-feira, 22, por um dos filhos da autora. Até o momento, não há informações sobre suspeitos; a polícia investiga o caso.

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Em 2012, Alexandra publicou seu livro de estreia, Minha Sogra Russa e outras Catástrofes (em tradução livre). A obra é inspirada em suas próprias experiências com a sogra e vendeu mais de 50 mil cópias, figurando na lista dos mais vendidos da revista semanal Der Spiegel.

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A imprensa alemã descreve o texto de Fröhlich como bem-humorado e ao mesmo tempo profundo, mesclando temas como romance policial e suspense psicológico dentro da ficção. Ela deixa três filhos.