Nos 90 anos de nascimento de James Dean, confira a sua contribuição para o cinema

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Foram apenas três filmes, o suficiente para torná-lo um ícone. James Byron Dean nasceu em Indiana, em 8 de fevereiro de 1931, e morreu numa estrada da Califórnia, em 1955, aos 24 anos. Virou mito para todas as gerações e, a partir dos anos 1950, tornou-se a personificação do jovem desajustado e rebelde.

Sua forma original de interpretar foi impulsionada pelo diretor Elia Kazan que, depois de ouvir uma reclamação sobre o jeito de atuar de Dean, chamou-o a um canto durante a filmagem de Vidas Amargas e lhe disse: "Continue assim". Foi o suficiente para Dean tornar clássica uma maneira especial de interpretar, acalorada, como se assumisse de fato a pele do personagem, o que incluía muita improvisação. Tornou-se o arquétipo de rebelde para muitas gerações, especialmente depois de sua morte precoce.

Dean morreu em 30 de setembro de 1955. Naquele dia, ele iria participar de uma corrida em Salinas, cidade da Califórnia. O astro dirigia seu Porsche recém comprado, com o mecânico Rolf Wütheric no carona, que o encorajou a dirigir o carro para amaciá-lo para a corrida. "Tudo certo?", perguntou Dean, ao perceber que o mecânico estava sonolento. "Tudo certo", respondeu Rolf, já quase dormindo, embalado pelo ruído monótono do motor.

Eles dirigiam pela Rota 466 quando, às 17h45, um Ford Tudor 1955 vinha no sentido contrário e começou a dobrar à esquerda, indicando que cruzaria a pista, no cruzamento com a 41. "Aquele carro lá tem que parar, ele tem que nos ver", disse o ator. Não foi o que aconteceu e o Ford passou na frente do carro de Dean, que não conseguiu frear a tempo. A batida fez com que Rolf fosse arremessado para fora do Porsche - havia cinto de segurança apenas para o motorista, já que se tratava de um veículo de corrida. O condutor do Ford ficou com ferimentos leves, mas Dean teve morte instantânea devido a seu pescoço quebrado.

Sua morte foi amplamente divulgada e provocou comoção internacional. Foi aberto um inquérito, que concluiu ser Dean o culpado pelo acidente, por conta de direção irresponsável. Tal versão ganha reforço como o fato de o ator, duas horas antes, ter sido multado por excesso de velocidade.

Em uma reportagem publicada pelo jornal Los Angeles Times em 2005, no entanto, um ex-oficial da Polícia Rodoviária da Califórnia, Ron Nelson, que esteve no local do acidente, disse que os destroços do carro e a posição do corpo de Dean indicavam que sua velocidade no momento do acidente não era alta, algo como 88 km/h.

James Dean participou de muitas séries de TV, além de pontas não creditadas em alguns filmes e peças na Broadway. Deixou como herança apenas três filmes, dois dos quais lhe renderam indicações póstumas ao Oscar - ele foi o primeiro ator de Hollywood a receber tal homenagem: por Vidas Amargas, na premiação ocorrida em 1956, e Assim Caminha a Humanidade, na de 1957.

Vidas Amargas (East of Eden)

EUA, 1955. Direção de Elia Kazan, com Julie Harris, James Dean, Raymond Massey

Trata-se justamente do primeiro dos três grandes filmes que criaram o legado de James Dean no cinema. Dirigido por Elia Kazan e inspirado na obra de John Steinbeck, o filme conta a história de um jovem desajustado do Vale Salinas (Dean) que sofre por não ter o mesmo afeto que seu rigoroso pai (Raymond Massey) dedica a seu favorecido irmão (Richard Davalos). Na época (1955), Dean estava com 24 anos e se destacou nessa parábola que faz lembrar a história de Caim e Abel. Muito da atuação de Dean no filme foi improvisada, incluindo sua dança na plantação de feijão, e sua postura fetal enquanto caminha em cima do vagão de trem (depois de procurar sua mãe na cidade vizinha Monterey). A cena em que agride o irmão, levando-o para conhecer a mãe prostituta, é de uma intensidade rara.

Juventude Transviada (Rebel without a Cause)

EUA, 1955. Direção de Nicholas Ray, com James Dean, Natalie Wood, Sal Mineo, Jim Backus e Dennis Hopper.

Recém-chegado com a família a uma cidade do interior americano, jovem vai parar na cadeia por embriaguez e lá conhece uma garota, que tinha brigado com os pais e tentado fugir de casa. Ao tentar se aproximar da moça, ele é hostilizado pelo grupo do qual ela faz parte. Até que o líder da turma o desafia para uma prova de coragem com carros roubados: saltar do veículo antes que ele caia num abismo. Clássico de Nicholas Ray, que transformou James Dean em mito de uma geração. Ele transmite tensão e virou o retrato definitivo da juventude rebelde no cinema. O curioso é que, antes do início das filmagens, Dean simplesmente desapareceu, desconfiado da capacidade de Ray. Isso quase fez os produtores da Warner o demitirem do filme, o que não aconteceu por interferência do diretor. Decisão que, involuntariamente, tornou o ator em mito. Um filme que ainda hoje merece ser visto.

Assim Caminha a Humanidade (Giant)

EUA, 1956. Direção de George Stevens, com James Dean, Elizabeth Taylor, Rock Hudson.

O filme acompanha 20 anos de história do Texas, focalizando principalmente os conflitos entre a aristocracia rural, mais arraigada, e o dinheiro novo que chegava aos bolsos de quem descobria petróleo. São três os personagens principais, Jordan Benedict (Rock Hudson), Leslie Lynnton (Elizabeth Taylor) e Jeff Rink (Dean). Eles encenam os conflitos básicos - tradição versus arrivismo, dramas sexuais e intolerância racial. Stevens tornou-se conhecido por dirigir dramas em que os personagens têm a chance de se redimirem. Assim, Hudson recupera a mulher, que parecia perdida depois de tantos desentendimentos. Sobretudo, recupera-se aos olhos dela quando supera seu preconceito racial numa cena antológica. O único que se perde é Dean, o arrivista consumido pela própria ambição. Para interpretar o papel, ele tingiu o cabelo de grisalho e fez cortes nas laterais, para reforçar a velhice.

No final do filme, Dean deveria fazer um discurso, bêbado, em um banquete - foi sua última cena gravada, antes do acidente. Desejoso de tornar a cena mais realista, Dean embriagou-se de verdade, e balbuciou tanto as palavras que o diretor, George Stevens, pediu ao ator Nick Adams, que fez uma pequena participação no filme, para dublar as falas de Dean, pois ele morreria antes de o filme ser editado.

Em outra categoria

Artistas como Ben Stiller, Paul McCartney e Aubrey Plaza estão pressionando a administração do presidente Donald Trump a se opor às propostas da OpenAI e do Google que permitiriam que as gigantes da tecnologia usassem mais facilmente material protegido por direitos autorais para treinar inteligência artificial.

Segundo o portal TheWrap, mais de 400 estrelas e executivos do entretenimento assinaram uma carta aberta enviada à Casa Branca no último fim de semana contra o movimento.

A carta, que não está disponível publicamente, disse que não há "nenhuma razão" para enfraquecer ou eliminar as proteções de direitos autorais em prol da IA.

O documento surge depois que a OpenAI e o Google compartilharam seus planos com a Casa Branca na semana passada sobre como fortalecer a indústria de IA nos EUA. A OpenAI, em sua proposta, afirmou que permitir que modelos de IA utilizassem materiais protegidos por direitos autorais "fortaleceria a liderança dos EUA" contra o governo comunista da China quando se trata de desenvolvimento de IA.

Essa razão, no entanto, não foi bem recebida pelos artistas, que entraram em contato com o governo. "Acreditamos firmemente que a liderança global dos EUA em IA não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais", disse a carta, acrescentando ainda que trata-se de uma questão que ameaça não apenas a indústria do entretenimento, mas "impacta todas as indústrias do conhecimento dos EUA."

Gracyanne criticou a postura de Guilherme após a Formação do Paredão no BBB 25. Em conversa com Maike na tarde desta segunda-feira, 17, a musa fitness analisou a estratégia do Líder e demonstrou surpresa com sua indicação.

"Eu estava doida para o Guilherme pensar: 'Não vou nela porque ela é mais fraca'. Achei que no final ele ia mudar porque eu acho que ele é um jogador muito inteligente", comentou.

Pouco depois, João Gabriel se juntou à conversa e relatou como foi o confronto do brother com os integrantes do Quarto Fantástico. "Nós estávamos descendo a escada e ele batendo no peito: 'Porque tem que sustentar no peito'. Ele ficou: 'Quer conversar?', 'Se você quiser, a gente pode conversar'", contou.

Gracyanne também criticou o momento em que Guilherme pediu para Eva falar mais baixo. "Eu achei ruim ele falar para a Eva falar baixo porque ele já é uma pessoa que fala alto. Não faz sentido, uma coisa é eu falar: 'Fala mais baixo'. Ele quis constranger a Eva", afirmou.

A música Mãe Solteira é, no momento, a mais ouvida do Brasil no Spotify, com mais de 20 milhões de reproduções. No último domingo, 16, a faixa motivou uma polêmica nas redes sociais, quando MC Davi, um dos autores da canção, acusou de má-fé o cantor e ex-BBB Fiuk, um dos nomes também creditados na faixa.

O sucesso veio no embalo de Resenha do Arrocha, do cantor baiano J. Eskine, considerado um dos hits do carnaval. Mãe Solteira conta com as vozes de Eskine, MC Davi e MC G15, com produção da dupla DG e Batidão Stronda. Fiuk não é uma das vozes envolvidas, mas assina como um dos compositores (com seu nome real, Filipe Kartalian Ayrosa Galvão).

A participação passou a ser comentada nas redes sociais, e o filho de Fábio Jr. comemorou o alcance do hit em seu perfil. Confira o vídeo aqui.

Incomodado, MC Davi publicou no Instagram alguns stories, agora excluídos, em que acusa Fiuk de se promover com a música, supostamente pagando perfis de fofoca para divulgarem sua autoria. De acordo com ele, a contribuição de Fiuk na música teria sido mínima.

"Fiuk quer pagar de malucão, dizendo que fez a música, mas não está certo, não. Eu nem tinha conversado com esse cara antes, nem convidei ele pro estúdio. Ele apareceu, fez uma melodia, os caras abraçaram a ideia, mas agora ele quer levar todo o crédito. Que loucura!", começou MC Davi.

Em seguida, o funkeiro deu mais detalhes sobre a produção da faixa. "Mãe Solteira foi escrita por mim, Eskine e MC G15. A música estava 98% pronta, Fiuk só agregou uma melodia no final e está pagando umas páginas de fofoca para falar que ele fez a música inteira", continuou.

"Fiuk está agindo de má-fé e isso não é justo. A gente tem que agir o certo pelo certo. Tem que dar mérito para quem merece o mérito. Agora, o cara querer levar o mérito todinho só para ele, eu acho que isso está errado", completou Davi. MC G15 também usou o Instagram para apoiar o relato do amigo.

O que Fiuk disse

Em resposta, Fiuk publicou uma cena gravada no estúdio, da ocasião mencionada por Davi. "Uma imagem fala mais que mil palavras. Só gratidão por todas as coisas boas", escreveu. Na sequência, publicou um vídeo nos stories dizendo que preferia aproveitar o momento de sucesso da música e prometeu que, mais tarde, esclarecia os detalhes do seu lado da história. "Contra fatos não há argumentos. Hoje eu não vou cair energia", disse.

Pouco depois, MC Davi apagou do perfil os stories em que criticava Fiuk. "Apaguei porque é hora de comemorar. Não é mérito meu, nem de ninguém. A real é que Deus quis que acontecesse, gratidão", escreveu o funkeiro em uma nova publicação.