Falha no sistema facilitava saques, diz ex-gerente do BB condenado por desvio de R$ 2,1 mi

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O ex-gerente do Banco do Brasil Paulo Cézar Zucchi Kosmack, condenado a três anos e quatro meses de reclusão - pena convertida em prestação de serviço à comunidade - e ao pagamento de 10 salários mínimos por ter desviado um total de R$ 2,1 milhões entre 2007 e 2013, afirmou em depoimento à Justiça não ter fraudado o sistema bancário para conseguir sacar quantias da instituição financeira.

Ele disse que "falhas no sistema" permitiam os saques. É o que consta na sentença do juiz Guilherme Eduardo Martins Kellner, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa, Lavagem de Bens e Valores da Capital. "Não precisava adulterar dados. Por falha no sistema, havia saques em duplicidade. Dinheiros eram de bloqueios judiciais, mas os saques eram em uma conta interna do banco", afirmou o ex-gerente em juízo.

Procurado, o Banco do Brasil informou que "as investigações iniciaram a partir de apuração interna que detectou irregularidades as quais foram comunicadas às autoridades policiais na época, com a devida abertura de processo administrativo. Ao longo do tempo, o BB sempre permaneceu à disposição das autoridades competentes para prestar todas as informações necessárias que culminaram na resolução do caso".

Kosmack admitiu os desvios por problemas de saúde, dificuldades financeiras e pressão no ambiente de trabalho. Afirmou ainda ter se arrependido dos saques irregulares e, caso pudesse, devolveria os valores.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou recurso nesta quinta-feira, 25, na tentativa de conseguir ampliar a condenação do ex-gerente do BB. O promotor Roberto Marcio Ragonezi Francisco tentará junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a condenação por lavagem de dinheiro. A pena para o crime vai de três anos a 10 anos de reclusão.

Para o representante da Promotoria, o fato de Kosmack ter depositado R$ 1,1 milhão na própria conta e ter investido R$ 600 mil em uma empresa "são atos de lavagem de dinheiro pela intenção de ocultar a origem dos valores por meio da conversão de ativos ilícitos em lícitos".

"Isso porque não se está diante do mero exaurimento do crime patrimonial antecedente, do aproveitamento do dinheiro desviado para despesas pessoais corriqueiras, já que a expressividade dos valores investidos é de fato relevante, sendo possível extrair daí a real intenção de branqueamento para posterior reinclusão na economia formal", citou Francisco.

Nos autos, a defesa de Kosmack sustentou que a ação não deveria ser procedente. "A confissão do réu não exime o Ministério Público do ônus probatório. No caso dos autos, o Ministério Público não produziu provas das datas dos desfalques e se limitou a mencionar vagamente o período de 28 de dezembro de 2007 a 13 março de 2013. Não houve indicação dos dias na denúncia, razão pela qual é inepta, e também não houve nas alegações finais, razão pela qual a absolvição se impõe. Sob contraditório, não houve produção de provas que indicassem as datas e confirmasse com exatidão o período", afirmaram João Carlos Navarro de Almeida Prado e José Nabuco Galvão de Barros Filho.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".