Reforma do ensino médio é sancionada por Lula, mas com veto sobre Enem; veja o que muda

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou com vetos nesta quinta-feira, dia 1º, a lei que altera a reforma do ensino médio. Lula vetou trecho da lei que determinava que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) avaliasse os chamados itinerários formativos (a carga horária optativa que prevê aprofundamento de estudos em uma área ou formação técnico-profissional). A mudança deveria entrar em vigor em 2027, mas o prazo também foi derrubado pelo presidente.

As alterações no ensino médio foram aprovadas no Congresso em julho após meses de debate. Havia críticas ao modelo em vigor, como falta de estrutura e aumento das desigualdades entre as escolas. Também houve queixas sobre a carga horária para as disciplinas obrigatórias e cobradas no vestibular (como Matemática, Química e História), considerada insuficiente.

A reforma do ensino médio havia sido aprovada em 2017 na gestão Michel Temer (MDB), sob o argumento de tornar o currículo menos engessado, além de mais atrativo para os jovens e conectado com o mercado de trabalho. Mas no ano passado, após pressão de entidades de professores e parte dos especialistas, Lula decidiu enviar um novo desenho da reforma ao Congresso.

Ao justificar o veto em mensagem enviada ao Congresso o presidente afirmou que avaliar os estudantes no Enem também a partir dos itinerários informativos "contraria o interesse público" e "poderia comprometer a equivalência das provas, afetar as condições de isonomia na participação dos processos seletivos e aprofundar as desigualdades de acesso ao ensino superior."

O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), vinha defendendo que o exame - principal meio de acesso a universidades públicas do País - cobrasse apenas o conteúdo obrigatório.

Após vetar o dispositivo principal, o presidente explicou que o prazo para implementá-lo perde automaticamente o efeito.

Como era e como fica a carga horária de aulas?

A carga horária total mínima do ensino médio regular hoje é de três mil horas (considerando os três anos de estudos) e isso não muda com a reformulação. Ou seja, os alunos continuarão no modelo mínimo de cinco horas de aula por dia, com 200 dias letivos anuais.

O que muda, no entanto, é que o tempo de formação básica (para disciplinas tradicionais, como Português, Matemática e História) passará de 1,8 mil horas no ensino médio atual para 2,4 mil horas no reformulado.

Consequentemente, a carga horária de disciplinas novas, as dos chamados itinerários normativos, que mesclam temas de interesse do aluno com atualidades e necessidades do mercado de trabalho, diminuirá. Ela passará de 1,2 mil horas para 600 horas.

Nos casos em que o ensino médio for feito junto com curso técnico, a formação básica poderá ser menor, com um mínimo de 2,1 mil horas, das quais 300 horas poderão ser usadas como articulação entre a base curricular do ensino médio e a formação técnica profissional. Possibilitando, no total, cursos técnicos com até 1,2 mil horas.

Quais são as disciplinas obrigatórias?

As disciplinas obrigatórias continuarão as mesmas:

- Português;

- Inglês;

- Artes;

- Educação física;

- Matemática;

- Biologia;

- Física;

- Química;

- Filosofia;

- Geografia;

- História;

- Sociologia.

Durante a tramitação do texto no Senado, o Espanhol foi incluído como disciplina obrigatória, mas esse ponto foi derrubado pela Câmara.

Como funcionarão os itinerários formativos?

A carga horária para aulas dos itinerários formativos vai diminuir de 1,2 mil para 600 (considerando os três anos do ensino médio), exceto quando há a formação técnica. Os alunos terão de escolher uma de quatro áreas para aprofundar os estudos ou formação técnica/profissionalizante:

- Linguagens e suas tecnologias;

- Matemática e suas tecnologias;

- Ciências da natureza e suas tecnologias;

- Ciências humanas e sociais aplicadas.

Todas as escolas de ensino médio serão obrigadas a oferecer pelo menos dois itinerários formativos.

E o ensino técnico, quais são as regras?

A formação profissional poderá ter de 900 a 1,2 mil horas de curso técnico/profissionalizante, mais 2,1 mil horas de disciplinas básicas obrigatórias, sendo que 300 destas horas podem ser utilizadas para disciplinas técnicas que dialoguem com as básicas. Assim, serão mantidas as três mil horas totais de carga horária para os três anos de ensino médio.

Hoje, os cursos técnicos já funcionavam com mínimo de 1,8 mil horas de disciplinas básicas (número de horas mínimo na reformulação, considerando as 300 horas que podem ser compartilhadas) e 1,2 horas de curso técnico.

Quando a nova regra começa a valer? E em que séries?

Todas as regras começam a valer a partir de 2025, para os alunos da primeira série do ensino médio. Em 2026, as regras começam a valer também para a segunda série e, em 2027, para a terceira. Secretários estaduais da Educação vinham reclamando da demora do Legislativo para aprovar as mudanças, uma vez que as definições têm impacto no planejamento do próximo ano letivo.

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Duas semanas depois de relançar o primeiro Superman nos cinemas, a Warner Bros. dá sequência às suas homenagens a Christopher Reeve (1952-2004) com Super/Man: A História de Christopher Reeve. O documentário de Ian Bonhôte e Peter Ettedgui, que revê a trajetória do ator nas telonas e depois do fatídico acidente que o deixou tetraplégico em 1995, conta com relatos de familiares e amigos do ator, que lembram sua paixão pelo trabalho e sua luta para recuperar os movimentos do corpo.

Apresentando esses dois momentos da vida do astro de forma paralela, mas bem costurada, os cineastas desenvolvem um conto sobre um homem admirável, ainda que falho, que nunca desistiu de ser o símbolo de esperança que viveu em seus dias de capa e collant.

Não é por acaso que Super/Man entre em cartaz logo após o relançamento do primeiro filme sobre o herói, estrelado por Reeve. A Warner obviamente entende o peso da nostalgia e o quanto a ligação emocional com o documentário depende da figura mística que o ator se tornou após sua aparição como o Homem de Aço. Ainda que o longa traga muitas imagens do tempo do ator à frente do herói, a memória fresca do filme de 1978 traz um peso ainda maior para os desafios vividos por Reeve após o acidente.

O documentário depende dessa imagem indestrutível que Reeve criou vivendo o personagem entre 1978 e 1987 para reforçar o choque do acidente, mas isso não quer dizer que aqueles alheios à primeira grande franquia cinematográfica da DC Comics não sentirão a carga emocional do filme.

Com o uso de um acervo riquíssimo de entrevistas e depoimentos do ator antes e depois do acidente, Bonhôte e Ettedgui criam uma ligação próxima entre ele e a plateia, tornando algumas lágrimas quase inevitáveis quando o filme narra seus dias finais.

Embora se trate de uma homenagem clara a Reeve e sua dedicação ao trabalho como ator e ativista dos direitos de pessoas com deficiência (PCD), Super/Man não tenta pintar o ator como o semideus que interpretava nas telonas. Em diversos momentos, o público é lembrado de suas tentativas malsucedidas de ser levado a sério por Hollywood. Frustrações com a carreira são evocadas, expondo a fragilidade do artista diante das críticas negativas.

Traumas de Reeve em relação à família também são explorados. Super/Man lembra o relacionamento pouco caloroso entre o ator e o pai, Franklin Reeve, e como ele próprio se tornou um pai relativamente ausente e competitivo para seus três filhos antes do acidente. Matthew Reeve, o filho mais velho, lembra que, um dia após nascer, seu pai deixou a namorada, Gae Exton, no hospital e viajou para esquiar com amigos. Esse retrato vai de encontro à imagem pública do ator, mas o aproxima do espectador de forma cativante.

VISÃO UNILATERAL

Infelizmente, Super/Man apresenta essas polêmicas de forma rápida e superficial. Assim como já ocorreu com outro documentário da DC, Superpowered: The DC Story, o filme tem uma visão particularmente unilateral do ator, reconhecendo seus erros ao mesmo tempo que os releva e os esconde por trás de momentos emotivos. Assim, Bonhôte e Ettedgui contam uma história parcial e incompleta de Reeve.

A vida de ativismo político do ator pré-acidente também é preterida por suas ações nos anos finais de sua vida. Envolvido em causas como direitos igualitários e dos animais, esse lado apaixonado é usado apenas como escada para seus dias de militância pelas causas PCD. Embora o astro tenha, de fato, avançado a conversa sobre deficiência física, relevar suas manifestações anteriores a 1995 empobrece a figura política de Reeve, limitando-a a um único tópico.

Super/Man não ignora as figuras mais importantes na vida do ator. Dana Reeve e Robin Williams, por exemplo, aparecem como figuras coadjuvantes, mas importantes para ele, com ambos sempre ao lado de Reeve nos momentos de glória ou de desespero. A presença de Williams, em particular, ajuda a mostrar um lado mais humano do astro e traça um paralelo inevitável entre as lutas particulares dos dois amigos.

A escolha dos entrevistados também tem seu apelo. Com nomes como Glenn Close, Whoopi Goldberg e Jeff Daniels, Super/Man reforça o carisma de Reeve e enfatiza a paixão que ele despertava nas pessoas à sua volta.

CONEXÕES

O longa lembra constantemente das vidas tocadas pelo ator e as conexões que criou em um ativismo que o conectou até mesmo a figuras políticas como o casal Bill e Hillary Clinton. Aqui, Reeve deixa de ser uma personalidade do passado para se tornar um personagem extremamente presente, cujas ações ainda influenciam aqueles que o conheciam e admiravam.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Liam Payne foi ao show de Niall Horan, ex-colega de One Direction na Argentina. O reencontro ocorreu no início de outubro, em Buenos Aires, cidade onde o cantor de 31 anos foi encontrado morto nesta quarta-feira, 16.

Os dois se encontraram nos bastidores da The Show Live On Tour, turnê de Horan que passou por São Paulo e Rio de Janeiro no final de setembro antes de chegar à capital argentina. Payne chegou a compartilhar registros do show e uma foto ao lado do amigo. "Reunidos", escreveu ele, no Snapchat.

Os dois se encontraram nos bastidores da The Show Live On Tour, turnê de Horan que passou por São Paulo e Rio de Janeiro no final de setembro antes de chegar à capital argentina. Payne chegou a compartilhar registros do show e uma foto ao lado do amigo. "Reunidos", escreveu ele, no Snapchat.

O cantor foi encontrado morto no hotel Casa Sur, onde teria caído do terceiro andar do hotel, em Palermo. A polícia argentina confirmou a morte.

De acordo com o La Nación, as autoridades foram chamadas ao local para conter um "homem agressivo" que poderia estar sob "a influência de drogas ou álcool".

Payne nasceu em 1993 em Wolverhampton, cidade no interior da Inglaterra, e ganhou fama com a One Direction, banda inglesa formada no reality musical The X Factor. Após a separação da banda, seguiu carreira solo.

Morreu nesta quarta-feira, 16, aos 31 anos, o cantor Liam Payne, ex-integrante da banda One Direction. A morte foi noticiada pelos jornais argentinos La Nación e Clarín. Ele foi encontrado morto no hotel Casa Sur, onde teria caído do terceiro andar do hotel, em Palermo. A polícia argentina confirmou a morte.

O cantor começou sua carreira em 2010, época em que esteve pela segunda vez no reality show The X Factor e se uniu aos outros quatro integrantes do One Direction. Antes, ele já havia participado da atração com apenas 14 anos, mas não havia sido aprovado pelos jurados - Simon Cowell, um deles, pediu para que o garoto "voltasse em dois anos".

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Na primeira vez, Liam cantou Fly Me To The Moon, canção de Frank Sinatra. Na segunda, escolheu Cry Me a River, música de Ella Fitzgerald, e foi aplaudido de pé. "Eu nunca esperei, nem nos meus maiores sonhos, o que aconteceu e ter aquela reação. Isso é tão incrível", disse depois de ter sido aprovado no X Factor.

No dia 23 de julho de 2010, o One Direction foi formado com garotos aprovados no programa e com idades entre 16 e 19 anos. A partir de então, o grupo quebrou recordes e se tornou o primeiro a emplacar quatro discos em primeiro lugar no ranking oficial da indústria musical nos Estados Unidos.

Liam compôs algumas das músicas da banda, como grande parte do álbum Four, de 2014, incluindo o single Steal My Girl. Ele também recebeu créditos na produção do quinto álbum de estúdio da banda e o último como quarteto, Made In The A.M., de 2015, segundo o The Guardian.

Em 2015, Zayn anunciou que sairia do grupo, o que deu início aos rumores da separação. Em janeiro do ano seguinte, após o lançamento de Made In The A.M., o One Direction disse que tomaria um "descanso" indefinido.