Conselho de ministério de Lula propõe turbinar indulto para enxugar superlotação de presídios

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Após amargar pesado revés no Congresso Nacional, que derrubou veto do Planalto e barrou a 'saidinha', o governo Lula propõe, por meio do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, o plano nacional de política criminal e penitenciária para o triênio 2024-2027, em que defende um maior indulto para presos a fim de diminuir o número da população carcerária no Brasil. O trecho com a sugestão é vista como algo a ser elaborado a curto prazo "como medida compensatória para reduzir o quadro generalizado de excesso de execução".

O documento cita ainda necessidade de monitoramento das estatísticas referentes às audiências de custódia e da efetiva atuação da Defensoria Pública no referido ato, monitoramento dos índices de aplicação dos mecanismos de justiça penal consensual, a possibilidade de realização do acordo de não persecução penal (ANPP) em momento subsequente à realização da audiência de custódia.

Há sugestão também de medidas de antecipação de liberdade, com ou sem monitoramento eletrônico, à exemplo daquelas preconizadas no julgamento RE 641.320 do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiram a saída antecipada de sentenciado no regime com falta de vagas, a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta de vagas e o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que progride ao regime aberto.

O corpo técnico cita também ser necessário aumento emergencial do quadro de pessoal da administração penitenciária nas unidades mais críticas ou sua reorganização excepcional enquanto durar a superlotação, ampliação dos canais de comunicação entre presos e administração prisional e maior transparência nos dados de presos com a criação de um Banco Nacional de Dados Penitenciários (BNDP).

De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), no segundo semestre de 2023, o Brasil registrava 650.822 presos em regime fechado e 201.188 em prisão domiciliar. Os dados foram divulgados em março deste ano.

A médio prazo, o plano nacional de política criminal e penitenciária cita mais uma vez o ANPP para os crimes praticados sem violência ou grave ameaça, desde que o criminoso seja réu primário. No entanto, mesmo que o crime ocorrer sob ameaça ou grave ameaça, o documento prevê, ao menos, análise de substituição da pena em regime fechado por penas alternativas.

Como diretrizes a longo prazo para a resolução do problema da superlotação, os técnicos avaliam ser necessário interlocução com o Congresso Nacional "para análise e revisão da legislação penal, processual penal, da lei de execução penal e da lei de drogas". O foco principal da avaliação junto aos parlamentares foca, por exemplo, em ampliação de mecanismo de justiça restaurativa e negociada. Há também citação de uma necessária melhora na duração do trâmite processual.

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O ator Selton Mello, que interpreta o ex-deputado Rubens Paiva, pai do escritor Marcelo Rubens Paiva, no filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, estava bastante emocionado na primeira coletiva do filme no Brasil. O longa, escolhido pelo País para disputar o Oscar, estreia dia 7 de novembro.

O encontro com a imprensa ocorreu na tarde desta sexta-feira, 18, em São Paulo. Ao falar sobre seu personagem, Selton chorou ao lembrar que, assim como Eunice Paiva, personagem central do filme, sua mãe, Selva Melo, também morreu com Alzheimer, em julho deste ano.

"Foi tão bonito com a Nanda (Fernanda Torres, que interpreta Eunice, mulher de Rubens Paiva). O filme parte de uma viagem pessoal do Waltinho (o diretor Walter Salles) para se transformar em uma viagem pessoal de todos nós do elenco", disse, sem conter as lágrimas.

Selton também falou sobre o composição do personagem. Ele teve que engordar 20 quilos para poder interpretar Rubens Paiva.

"Foi difícil perder depois. Eu tenho 51 anos", disse. "Mas o personagem precisava disso para ser um pai (Rubens e Eunice tiveram 4 filhos). Mas isso (ganhar peso) é apenas uma parte do filme. Ele, na verdade, é meu reencontro com Fernanda, Walter e com o Marcelo, eu sou da geração que foi impactada pelo Feliz Ano Velho (livro de Marcelo Rubens Paiva)", disse o ator.

Ainda Estou Aqui é baseado no livro homônimo escrito por Marcelo Rubens Paiva e conta a história da advogada Eunice Paiva, que teve sua vida transformada quando seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, foi torturado e morto pela ditadura militar brasileira.

Além de Fernanda Torres e Selton Mello, o filme tem Fernanda Montenegro no elenco.

O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro Ainda Estou Aqui, que deu origem ao filme de Walter Salles, apontou, durante coletiva de imprensa em São Paulo, os motivos do longa estar sendo premiado e mobilizado a crítica mundo afora - o filme foi premiado nos festivais de cinema de Veneza e Vancouver, entre outros prêmios.

Para ele, o longa que conta a história de sua família, sobretudo de sua mãe, a advogada Eunice Paiva, foi ao encontro do anseio do público, não só no Brasil, mas também no exterior. O filme faz parte da programação da 48ª Mostra de Cinema de São Paulo.

"As pessoas estavam com saudade de assistir a um drama humano. Estão cansadas da 'marverização' do cinema. Não à toa o filme do Coringa está indo mal de bilheteria", disse Paiva.

"Até o Joaquim Phoenix falou no ouvido da Lady Gaga que o filme é horrível", complementou. Phoenix interpreta o personagem-título em Coringa: Delírio a Dois, enquanto Gaga vive Lee Quinzel, a Arlequina.

O escritor ressaltou que há muitos bons filmes sendo feitos por cineastas argentinos, uruguaios, franceses, iranianos e brasileiros.

"Viajei com o elenco e, quando voltei, as pessoas falaram comigo na rua. O filme está chegando no popular. Eu fico feliz que a Eunice Paiva está proporcionando isso para o Brasil e para o mundo."

Paiva também comentou sobre o fato de Ainda Estou Aqui ser a produção brasileira indicada para disputar o Oscar 2025. "A disputa agora é Lady Gaga versus Fernanda Torres", brincou.

Ainda Estou Aqui, um filme original Globoplay, chega ao circuito comercial em 7 de novembro. Veja o trailer aqui.

Maya Massafera publicou um vídeo em suas redes sociais, nesta quinta-feira, 17, em que revela o rosto do seu novo affair. No vlog, ela compartilhou alguns momentos ao lado do amado, que não teve o nome divulgado.

No vídeo, apelidado de Reality da Maya, a influenciadora afirma que eles, por enquanto, são só amigos. Mas, em determinado momento, pergunta se o affair está saindo com outras pessoas.

"Eu estava falando de você. Eu quero saber uma coisa. Você não me deixou olhar teu telefone direito. Você está saindo com alguém?", perguntou. O "ficante" da influencer garantiu que não. Ela questionou: "Se eu sair com outra pessoa, você vai ficar chateado? Se eu quiser beijar outra pessoa hoje, eu posso beijar?". O jovem afirmou que não sentiria ciúmes de Maya.

Em seguida, ela mostrou um jantar romântico do casal, com direito a beijos e apelidos fofos como "amor" e "lindo". Já no dia seguinte, Maya aparece na cama ao lado do homem. Ele pergunta à influenciadora se ela não gostaria de ter um relacionamento aberto, argumento que isso a ajudaria a ter menos ciúmes, afinal, relacionamentos a distância são complicados.

O vídeo terminou com ela dizendo que irá pensar no assunto para os próximos episódios. Assista aqui.