República Tcheca: arqueólogos encontram armas e joias enterradas há mais de 3 mil anos

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Arqueólogos na República Tcheca encontraram um estoque de armas e joias enterradas que datam aproximadamente de 1600 a.C. - uma descoberta rara que pode lançar mais luz sobre a vida na Europa Central durante a Idade do Bronze. Os pesquisadores examinavam um sítio na cidade de Budyne nad Ohrí quando encontraram os artefatos de bronze, incluindo machados e peças de joalheria de milhares de anos. As informações são do The Independent.

De acordo com o jornal britânico, o local, a cerca de 40 km da capital Praga, foi descoberto pela primeira vez há um ano, por um arqueólogo que usava detector de metais. Uma série de escavações realizadas desde então revelaram oito braceletes, vários machados, dois pinos e uma ponta de lança, todos datados da Idade do Bronze. Pesquisadores suspeitam que os artefatos faziam parte de uma coleção que foi propositalmente enterrada.

Embora os pesquisadores ainda não tenham certeza do motivo pelo qual os objetos estavam escondidos naquele lugar, eles têm três teorias, aponta o The Independent. "Primeiro, esses tesouros poderiam ser usados como presentes votivos ou presentes para as divindades", disse o arqueólogo Martin Trefný à Rádio Praga Internacional, emissora pública da República Tcheca. A segunda teoria é de que o tesouro provavelmente teria sido enterrado por causa de "algum incidente que aconteceu na aldeia". "A terceira teoria é que poderia ser um poço de armazenamento de algum produtor ou comerciante", disse Trefný.

Segundo o The Independent, os pesquisadores analisaram os artefatos descobertos no ano passado e têm certeza sobre sua idade, mas suspeitam que um dos machados seja muito mais antigo. "É da Idade do Bronze Inicial. Então a idade geral das descobertas é de cerca de 3.500 anos", explicou Trefný. Durante a Idade do Bronze, que durou de 3.300 a.C. a 1.200 a.C., as pessoas na Europa deixaram de fabricar ferramentas de pedra e passaram a usar bronze, uma liga feita pela fusão e mistura do estanho e do cobre.

Por volta de 1.200 a.C., evidências arqueológicas sugerem que a maioria das sociedades da Idade do Bronze entrou em colapso e foi abandonada, provavelmente devido a conflitos, destaca o The Independent. Perto do fim da Idade do Bronze, reinos, impérios, cidades e sociedades inteiras entraram em colapso no período de apenas algumas décadas na Europa, Ásia e África.

As pulseiras descobertas no local eram usadas como ornamentos no antebraço, assim como são hoje, enquanto os alfinetes provavelmente eram usados para prender roupas ou pentear o cabelo das mulheres, disseram os cientistas. "Machados podem ter sido usados como ferramentas ou armas. A última função também se aplica à ponta de lança", disse Trefný.

Os artefatos, segundo os pesquisadores, podem valer "milhões de coroas". Um milhão de coroas tchecas equivale a cerca de R$ 249 mil. "Para nós, o valor histórico e científico é muito maior do que o valor financeiro", disse o arqueólogo, que também afirmou que os artefatos podem ser expostos no Museu Podripské em um futuro próximo.

Em outra categoria

A derrota do Oscar de Melhor Atriz e Melhor Filme por Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui para a americana Mikey Madison e Anora, filme independente dirigido pelo norte-americano Sean Baker, ainda tem abalado os ânimos dos brasileiros e é tema central do carnaval de rua em 2025. Ainda Estou Aqui ganhou na categoria "Filme Internacional".

Nesta terça, 4, os foliões adaptaram a marchinha Aurora, escrita por Mário Lago e Roberto Roberti em 1941, para calibrar o clima de rivalidade. (Veja o vídeo abaixo)

"Se você fosse sincera, ô ô ô ô, Anora. Devolvia o nosso Oscar, ô ô ô ô, agora", canta um grupo de pessoas em um bloco de rua não identificado. O vídeo viralizou nas redes sociais.

Na adaptação, é pedido que Anora entregue os prêmios aos brasileiros. Boa parte do público ficou revoltada com a escolha da Academia pelo filme independente e pela jovem atriz Mikey Madison, de 25 anos.

A torcida do Brasil era para que, principalmente, Fernanda Torres levasse o título de "Melhor Atriz" na maior premiação do cinema. A própria atriz se pronunciou dizendo que o resultado foi justo e pedindo para que fãs não enviem mensagens de ódio a Mikey Madsona.

A vitória do filme Ainda Estou Aqui no Oscar 2025 foi um momento de grande emoção para Ana Lúcia Paiva. Presente na cerimônia em Los Angeles, Nalu revelou que usou um colar que pertenceu à sua mãe, Eunice Paiva, durante o anúncio da categoria de Melhor Filme Internacional, vencida pelo longa brasileiro.

"Na hora do anúncio, eu estava com a mão no peito, porque estava com o colar da minha mãe antes e não consegui tirar, porque deu um nó. Então pensei: 'Vou ficar com esse colar, porque mamãe não quer me deixar, quer ir comigo para o Oscar'", contou Nalu ao Gshow. No momento da vitória, ela segurou o colar, beijou a pedra e chorou de emoção.

Filha de Eunice e Rubens Paiva, Nalu Paiva ainda destacou a importância do discurso do diretor Walter Salles, que homenageou sua mãe ao receber o prêmio. "Foi um momento maior do que eu, que representa nossa história. Walter, meu amigo de sempre, homenageando minha mãe na frente do mundo, isso é muito lindo", celebrou.

O escritor e poeta brasileiro Affonso Romano de Sant'Anna morreu na manhã desta terça-feira, 4, aos 87 anos. O autor, que morava no Rio de Janeiro, foi diagnosticado com Alzheimer em 2017.

O escritor, que estava acamado havia quatro anos, era casado com a também escritora Marina Colasanti. Ela morreu em janeiro deste ano, também aos 87 anos. Affonso deixa uma filha, a atriz e cineasta Alessandra Colasanti, além de um neto.

Nascido em Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, o autor escreveu mais de 60 livros ao longo de seis décadas de carreira. Entre suas obras de destaque, estão os três volumes de poesias e crônicas reunidas - além de Como Andar no Labirinto (2012), Tempo de Delicadeza (2007) e Intervalo Amoroso (1998).

Affonso também teve forte atuação na academia, atuando como professor e dirigindo o departamento de Letras da PUC-Rio entre 1973 a 1976. Também lecionou no exterior, em faculdades dos Estados Unidos, Alemanha, Portugal e França.

Na área da educação, presidiu a Biblioteca Nacional durante a década de 1990, sendo um dos responsáveis pelo Programa Nacional de Incentivo à Leitura, que está ativo até hoje.

Na imprensa, atuou como cronista do Jornal do Brasil, de O Globo, Estado de Minas e Correio Braziliense. Também foi crítico literário.

O velório do escritor será realizado nesta quarta-feira, 5, das 11h às 14h. O evento ocorre na Capela Histórica do Cemitério da Penitência, na cidade do Rio de Janeiro.