Lei Maria da Penha faz 18 anos: 'Homem que bate em mulher não é macho, é covarde', diz Barroso

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, começou a sessão da Corte nesta quarta-feira, 7, dia em que a Lei Maria da Penha completa 18 anos, reforçando a importância da medida para o combate à violência doméstica contra as mulheres. O ministro ainda definiu o crime, junto com a violência sexual, como "chagas" que o País precisa enfrentar.

"Homem que bate em mulher não é macho, é covarde. Homem que pratica violência sexual não é um vitorioso, é um fracassado que não foi capaz de conquistá-la. E bater em criança deseduca, ou, na verdade, educa para uma cultura de violência que nós igualmente precisamos enfrentar", disse Barroso.

O ministro ainda pediu desculpas à Maria da Penha, "em nome do Estado brasileiro", pela omissão em protegê-la do agressor que a deixou paraplégica.

Antes de emprestar seu nome à lei que confere maior proteção às mulheres vítimas de violência doméstica, Maria da Penha sofreu duas tentativas de homicídio do então marido. Ela sobreviveu às agressões, mas com sequelas: ficou paraplégica e hoje precisa de uma cadeira de rodas para se deslocar.

Na busca por justiça, Maria da Penha levou o caso para a Comissão Internacional de Direitos Humanos, que decidiu que o Brasil havia violado seus direitos fundamentais ao não protegê-la e punir o seu agressor. "E uma das orientações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos foi uma revisão da legislação brasileira, feito com a Lei Maria da Penha", lembrou o presidente do STF.

Entre as medidas, a lei determina que mulheres em situação de violência doméstica tenham a integridade física e psicológica preservadas. A Justiça pode determinar, por exemplo, que o agressor seja afastado do lar ou do local de convivência da vítima; tenha a posse de armas suspensa; e seja impedido de se aproximar da ofendida ou de seus familiares e amigos.

Os números indicam, porém, que a violência doméstica e intrafamiliar preenche a maior parcela dos tipos de agressões que atingem as mulheres.

De acordo com dados do Atlas da Violência, divulgado em junho deste ano, as agressões em casa ou provocadas por parentes representam dois terços (65,2%) de todas as notificações do tipo que foram registradas ao longo de 2022. Ao todo, foram 144.285 casos.

Conforme dados divulgados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, e apresentados pelo Estadão no último mês, 1.487 mulheres foram vítimas de feminicídio no País em 2023, um aumento de 0,8% em comparação com 2022. Deste total, 64% das vítimas foram mortas em casa.

Além disso, o Brasil registrou 1 estupro a cada 6 minutos no ano passado. Ao todo, foram mais de 83,9 mil vítimas deste tipo de crime no País, 6,5% a mais que em 2022 - este tipo de ocorrência cresceu 91,5% na comparação com 2011.

Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que, em 2023, o Fundo Nacional de Segurança Pública repassou aos Estados R$ 107 milhões para ações de enfrentamento à violência contra a mulher. Neste ano, foram R$ 108 milhões; e que, desde o início do ano passado, o ministério tem intensificado a parceria com Estados e o DF para ações de combate à violência contra a mulher.

"Fica o registro que nós, do STF e do Poder Judiciário, em geral, estamos vigilantes com relação à violência doméstica e à violência sexual contra mulheres, que são chagas brasileiras que precisamos superar", completou Barroso, no discurso, afirmando também que o Supremo e Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vão lançar, "em breve", uma ampla campanha contra a violência doméstica.

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A orquídea é uma das plantas queridinhas dos lares brasileiros, por embelezar e alegrar os jardins ou ambientes internos. Ela pertence à família Orchidaceae, que apresenta uma grande variedade de espécies. Estima-se que existam cerca de 50 mil espécies de orquídea - somando as encontradas na natureza e as criadas em laboratório, com cruzamento de espécies. É uma planta típica de regiões tropicais, mas que existe em diversas partes do mundo, o que colabora para tamanha diversidade.

No Brasil, as espécies de orquídea mais encontradas são as dos gêneros Cattleya, Phalaenopsis (orquídea-borboleta), Cymbidium e Dendrobium. A variedade de cores é outra característica marcante entre as milhares de espécies da planta. Além da forma como são encontradas na natureza, é comum que as orquídeas sejam tingidas artificialmente.

A orquídea azul tem uma beleza exótica, mas é geralmente produzida artificialmente: as flores da segunda floração normalmente nascem na cor original da planta, que pode variar entre branco e lilás.

Há, entretanto, uma espécie rara da flor que é naturalmente azul. A orquídea branca carrega o significado de paz e pureza, e pode ser tingida de cores artificiais. As rosas variam entre os exemplares mais próximos do roxo e do vermelho: seu significado está associado ao romantismo.

A cor amarela representa alegria e sucesso; a roxa evoca purificação e espiritualidade. Facilmente encontrada em diversas espécies, ela pode ter tons mais escuros ou claros, e variações com pequenas manchas amarelas e brancas.

VIDA LONGA

A orquídea, ao contrário do pensamento comum, pode ter vida longa. Tudo depende de que ela receba os cuidados apropriados quanto à iluminação e temperatura, tipo de vaso, frequência das regas e manutenção das raízes.

As orquídeas são típicas de florestas tropicais e se adaptam melhor em locais iluminados indiretamente. O ideal é deixar a planta próxima a uma janela com incidência solar pela manhã ou final da tarde.

Os melhores vasos são de barro, fibra ou plástico. A planta deve ser regada toda vez que o substrato estiver seco, nunca quando úmido. É importante não irrigar demais para evitar apodrecimento das raízes. Além disso, a rega deve ser feita pela manhã. O ideal é manter a planta em ambientes frescos e ventilados.

Para que as orquídeas não morram rapidamente, é importante cortar hastes secas em suas bases, deixando apenas dois centímetros delas. Caso a planta esteja com as raízes brancas ou cinzentas, não está bem hidratada. Nesse caso, coloque a orquídea em uma bacia de água por dois minutos e depois retire, permitindo que a água escorra.

É normal que as flores da orquídea caiam? Esta é uma dúvida bastante comum. O ciclo de desenvolvimento da orquídea, após a floração, passa pela queda das flores, que murcham e caem da haste. O processo é natural e pode ser resolvido com facilidade.

REPLANTE

Para saber se sua orquídea precisa ser replantada, atente-se a sinais como a decomposição do substrato e a falta de espaço no vaso. É possível que o replante seja feito em outro vaso ou em uma árvore.

No caso de árvores, escolha uma com boa sombra. Retire-a do vaso com cuidado e solte o substrato das raízes, ajeitando-as contra o tronco da árvore. Se precisar, coloque o vaso embaixo da água corrente por alguns minutos para que as raízes se desprendam. Deixe a planta levemente inclinada. Amarre a orquídea à árvore com um barbante. Não exagere na força: isso pode espremer as raízes ou impedir a entrada de ar.

Se preferir replantar em outro vaso em vez de uma árvore, o processo é parecido. Remova todo o substrato antigo, faça a poda das raízes mortas e substitua pelo novo substrato.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ator Selton Mello, que interpreta o ex-deputado Rubens Paiva, pai do escritor Marcelo Rubens Paiva, no filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, estava bastante emocionado na primeira coletiva do filme no Brasil. O longa, escolhido pelo País para disputar o Oscar, estreia dia 7 de novembro.

O encontro com a imprensa ocorreu na tarde desta sexta-feira, 18, em São Paulo. Ao falar sobre seu personagem, Selton chorou ao lembrar que, assim como Eunice Paiva, personagem central do filme, sua mãe, Selva Melo, também morreu com Alzheimer, em julho deste ano.

"Foi tão bonito com a Nanda (Fernanda Torres, que interpreta Eunice, mulher de Rubens Paiva). O filme parte de uma viagem pessoal do Waltinho (o diretor Walter Salles) para se transformar em uma viagem pessoal de todos nós do elenco", disse, sem conter as lágrimas.

Selton também falou sobre o composição do personagem. Ele teve que engordar 20 quilos para poder interpretar Rubens Paiva.

"Foi difícil perder depois. Eu tenho 51 anos", disse. "Mas o personagem precisava disso para ser um pai (Rubens e Eunice tiveram 4 filhos). Mas isso (ganhar peso) é apenas uma parte do filme. Ele, na verdade, é meu reencontro com Fernanda, Walter e com o Marcelo, eu sou da geração que foi impactada pelo Feliz Ano Velho (livro de Marcelo Rubens Paiva)", disse o ator.

Ainda Estou Aqui é baseado no livro homônimo escrito por Marcelo Rubens Paiva e conta a história da advogada Eunice Paiva, que teve sua vida transformada quando seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, foi torturado e morto pela ditadura militar brasileira.

Além de Fernanda Torres e Selton Mello, o filme tem Fernanda Montenegro no elenco.

O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro Ainda Estou Aqui, que deu origem ao filme de Walter Salles, apontou, durante coletiva de imprensa em São Paulo, os motivos do longa estar sendo premiado e mobilizado a crítica mundo afora - o filme foi premiado nos festivais de cinema de Veneza e Vancouver, entre outros prêmios.

Para ele, o longa que conta a história de sua família, sobretudo de sua mãe, a advogada Eunice Paiva, foi ao encontro do anseio do público, não só no Brasil, mas também no exterior. O filme faz parte da programação da 48ª Mostra de Cinema de São Paulo.

"As pessoas estavam com saudade de assistir a um drama humano. Estão cansadas da 'marverização' do cinema. Não à toa o filme do Coringa está indo mal de bilheteria", disse Paiva.

"Até o Joaquim Phoenix falou no ouvido da Lady Gaga que o filme é horrível", complementou. Phoenix interpreta o personagem-título em Coringa: Delírio a Dois, enquanto Gaga vive Lee Quinzel, a Arlequina.

O escritor ressaltou que há muitos bons filmes sendo feitos por cineastas argentinos, uruguaios, franceses, iranianos e brasileiros.

"Viajei com o elenco e, quando voltei, as pessoas falaram comigo na rua. O filme está chegando no popular. Eu fico feliz que a Eunice Paiva está proporcionando isso para o Brasil e para o mundo."

Paiva também comentou sobre o fato de Ainda Estou Aqui ser a produção brasileira indicada para disputar o Oscar 2025. "A disputa agora é Lady Gaga versus Fernanda Torres", brincou.

Ainda Estou Aqui, um filme original Globoplay, chega ao circuito comercial em 7 de novembro. Veja o trailer aqui.