Quais foram as possíveis causas da queda do avião em Vinhedo? Veja o que dizem especialistas

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O avião da companhia aérea VoePass (antiga Passaredo) que caiu em Vinhedo (SP), no início da tarde desta sexta-feira, 9, matando 61 pessoas, é o maior acidente aéreo do País desde 2007, quando a tragédia com um avião matou 199 pessoas. As causas do acidente ainda serão investigadas e o relatório final pode demorar anos para ser concluído, a depender da integridade dos dados da caixa-preta e dos sistemas de voo. Na visão de especialistas, um fator que pode ter levado à queda é a formação de gelo nas asas da aeronave.

O especialista em aviação e perito criminal do Estado de Goiás, lotado na Seção de Engenharia Forense, Celso Faria de Souza, explica que as aeronaves utilizam um sistema de degelo, que tira o gelo formado nas asas da aeronave e restabelece a plenitude do funcionamento de sistemas de voo, ou então um sistema chamado anti-ice, que impede a formação de gelo, mas é tipicamente usado apenas em aviões grandes e modernos. No caso da aeronave da Voepass, o sistema era de degelo, também conhecido como de-icing.

O avião, que transportava 57 passageiros e quatro tripulantes, saiu da cidade de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto de Guarulhos, em SP. Segundo Celso, o que pode ter ocorrido com a aeronave é a formação de gelo nas asas e nos comandos de modo a afetar as características de voo, resultando numa perda de sustentação que leva a uma perda de altitude de forma não controlada.

A formação de gelo é comum em altitudes elevadas devido à queda da temperatura que ocorre nas camadas mais elevadas da atmosfera. No topo da troposfera, onde viajam os aviões, a temperatura pode chegar a -60°C. Por isso, não é incomum que as aeronaves tenham sistemas para combater ou impedir a formação de gelo.

"Pode ter sido mau funcionamento em voo que impediu o sistema de funcionar adequadamente. A falta de manutenção é algo que, nesse tipo de avião, praticamente inexiste em linhas comerciais", diz ele. "A manutenção em linhas aéreas tem uma regulação absurda. Os pilotos também passam por simuladores com situações complexas, com falhas nos sistemas. Há também os mecânicos com treinamentos cada vez mais complexos e com sistemas que estão cada vez mais supervisionando todo mundo. Isso cria uma barreira que impede que esse tipo de situação ocorra. O sistema é muito seguro."

Felipe Bonsenso, fundador da Associação de Empresas Revendedoras de Aeronaves e do escritório Bonsenso Advogados, destaca a ampla mobilização da indústria aeronáutica após acidentes como o que ocorreu em Vinhedo. "Quando acontece um acidente, isso movimenta toda a indústria da aviação, não só do Brasil, mas do mundo", afirmou.

Segundo o especialista, os órgãos de investigação, como o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), desempenham um papel crucial ao fornecer respostas à sociedade e prevenir futuras ocorrências, baseando-se nos relatórios detalhados que resultam dessas investigações. Acidentes como esse, diz, podem ser causados por coisas tão pequenas como um parafuso, que, durante o voo, causa problemas que levam à queda.

A investigação do acidente em Vinhedo envolverá representantes da empresa de manutenção responsável, do fabricante da aeronave e da autoridade aeronáutica francesa, devido ao fato da aeronave ter sido fabricada na França. "A investigação de acidentes aeronáuticos, o relatório final, pode demorar anos, até cinco anos para sair", comentou, enfatizando a importância de se entender as causas para evitar que situações similares se repitam.

Além disso, a regulamentação e a supervisão da manutenção da aeronave também serão avaliadas. Caso se comprove uma falha no sistema de navegação da aeronave, isso poderá levar a uma revisão das práticas de manutenção. "Será questionado se essa aeronave passou pelas manutenções de maneira correta, se ela estava em dia com a sua aeronavegabilidade", disse Bonsenso.

Uma investigação como essa pode gerar mudanças significativas na forma como as aeronaves são realizadas e verificadas, ou mesmo levar à restrição de uso de um modelo de aeronave específico, como aconteceu com a Boeing. Acidentes com o modelo 737 Max causaram a morte de mais de 300 pessoas, fazendo com que a empresa deixasse no chão toda a frota que tinha desse modelo.

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O Disney+ anunciou nesta segunda-feira, 14, a estreia do documentário Beatles 64, que acompanha a primeira turnê do quarteto de Liverpool nos Estados Unidos. O filme tem produção de Martin Scorsese e direção de David Tedeschi.

A produção tem estreia prevista para o dia 29 de novembro na plataforma de streaming. O documentário tem registros feitos pelos cineastas Albert e David Maysles e vai focar na apresentação dos Beatles no programa apresentado por Ed Sullivan, em fevereiro de 1964. O apresentador é conhecido por seu apelo popular.

A apresentação foi transmitida pela TV e quebrou recordes de audiência na época, já que foi vista por mais de 73 milhões de pessoas, que pararam na frente da televisão para assistir aos meninos de Liverpool cantarem sucessos como All My Loving e I Want to Hold Your Hand.

A nova produção teve as imagens remasterizadas pela produtora de Peter Jackson, que usou a mesma tecnologia dos lançamentos Let It Be e Get Back, que foram dirigidos pelo diretor de O Senhor dos Anéis.

Os registros terão resolução 4K e áudio "de-mixado" pela inteligência artificial MAL. Além disso, o documentário terá entrevistas com Paul McCartney, Ringo Starr e fãs norte-americanos.

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João Vicente de Castro participou do podcast De Frente com Blogueirinha nesta segunda-feira, 14, e expôs um desentendimento entre Kéfera Buchmann e Vera Fischer. A briga ocorreu em uma festa da novela Espelho da Vida, que foi exibida na Globo em 2018.

O ator contou que, depois, o ocorrido virou uma piada entre o elenco. "Vera é uma mulher de uma carreira muito extensa, uma mulher que já passou por muita coisa na vida e, às vezes, ela estava lá tomando os drinks dela, falando besteira e a gente respeitava. Vamos que vamos, é a Vera Fischer", começou.

Ele explicou que em um momento da celebração, Kéfera achou que a atriz tinha bebido muito e tirou o copo da mão de Vera. "Ela, doida e com uma autoestima de quem tem muito seguidor, fez assim: 'Vera, está bom'".

Em seguida, Vera se irritou e jogou sua bolsa na influenciadora. "Lógico que não bateu nela, mas foi tipo: 'Você está louca? Tenho 60 anos de Rede Globo'. Depois, teve a frase que deu origem ao grupo da novela, que é 'perdi minha bolsa'. A Vera levantou e falou: 'Cadê a minha bolsa? Acho que perdi minha bolsa'. Ela saiu com essa frase, a gente ria muito dessa história", finalizou.

João Vicente disse que, eventualmente, até as duas envolvidas no desentendimento riam do ocorrido. Em Espelho da Vida, Kéfera viveu Mariane, uma famosa atriz de TV que já havia namorado com Alain, personagem do ator. Vera interpretou Carmo, uma atriz afastada da televisão.

Na tarde desta terça-feira, 15, a influenciadora digital se pronunciou sobre o assunto. "Eu adoro a Vera e sei que ela me adora também [...] Eu nem tenho essa autoestima toda, não me acho por conta de seguidor, mas é uma opinião dele, não sei porque ele acha isso. Não foi nada disso do que ele contou. O que de fato existe é um grupo de WhatsApp chamado 'Cadê a minha bolsa?'. Não teve bolsada, ela nunca tacou bolsa em mim", explicou.

Na segunda-feira, 15, Olivia Rodrigo assustou os fãs ao cair do palco durante um show em Melbourne, Austrália, como parte da turnê do álbum GUTS.

Enquanto corria de um lado para o outro, a cantora norte-americana não percebeu um desnível e acabou caindo em um buraco.

Vídeos do momento rapidamente viralizaram nas redes sociais, onde é possível ouvir a plateia prendendo a respiração ao presenciar o acidente. No entanto, Olivia mostrou que estava bem, saindo rapidamente do buraco e tranquilizando o público com bom humor. "Isso foi engraçado. Às vezes só tem um buraco no palco", brincou a artista, rindo da situação.

Confira aqui

Olivia Rodrigo trará a GUTS World Tour ao Brasil em março de 2025, com uma apresentação no primeiro dia do Lollapalooza, em São Paulo.

A rainha do Detran

Com três Grammys e 37,8 milhões de seguidores no Instagram, a cantora filipino-americana conquistou o posto de rockstar queridinha da Geração Z com os álbuns Sour e Guts.

O apelido de "Rainha do Detran" surgiu no X, antigo Twitter, quando a compositora lançou seu primeiro sucesso Driver's License, carteira de motorista em tradução livre. Na música, ela conta com tristeza que, mesmo habilitada, não está tão feliz, pois queria celebrar com seu ex-namorado.