No Amazonas, pacientes pedem na Justiça transferência para outros Estados

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Duas sentenças seguidas de um juiz de Itacoatiara, cidade vizinha a Manaus, determinaram o bloqueio de R$ 500 mil dos cofres do Estado. O motivo é o descumprimento da decisão de transferir imediatamente pacientes de covid-19 para a capital ou para outros Estados. Segundo o magistrado, 16 pessoas naquele município corriam o risco de morrer se não fossem transferidas. Nas últimas semanas, o Amazonas tem vivido o colapso do seu sistema de saúde, com falta de leitos e insuficiência de oxigênio hospitalar. A alternativa para muitas famílias é buscar nos tribunais vagas em outros Estados, mas nem sempre a Justiça resolve o problema.

"Onze destas (pessoas hospitalizadas) precisam de leito de UTI, conforme sistema Sister. Os outros cinco precisam de transferência urgente para não precisarem de UTI, pois não há mais leitos em Itacoatiara. O Estado do Amazonas foi devidamente intimado para cumprimento da decisão e, até o momento, não se manifestou e não cumpriu o determinado", diz trecho da decisão do juiz Saulo Goes Pinto, da 1ª Vara da Comarca de Itacoatiara. Durante a semana, entre esta e a decisão anterior, quatro pacientes morreram à espera de transferência.

UTIs lotadas em Manaus

Embora a maior parte dos casos de covid no Amazonas seja no interior, como mostram todos os boletins do governo estadual, os números mostram que a prioridade na transferência dos pacientes tem sido os da capital. Dos 479 pacientes de Covid enviados para tratamento em outros Estados até essa quinta-feira, 4, apenas 39 são do interior. E saíram de apenas três municípios: Tabatinga, Parintins e Iranduba. Dos 273.862 casos confirmados no Amazonas até quarta, 123.670 são de Manaus (45,16%) e 150.192 do interior do Estado (54,84%). A reportagem pediu à assessoria do governo do Estado explicação sobre essa predominância de Manaus nas transferências, mas não obteve resposta.

Na tentativa de conseguir atendimento adequado, muitos tentam alternativas por conta própria. A funcionária pública Carla Marques e seu marido estavam com os primeiros sintomas de covid quando estourou a crise da falta de oxigênio nos hospitais da capital, no dia 15. "Consultamos o médico para viajarmos em segurança e fomos para Salvador. Meu marido ficou no oxigênio por dias, mas só estamos vivos porque fomos rápidos e saímos daqui", disse Carla, que pagou as próprias passagens e estadia, mas o plano de saúde cobriu a internação hospitalar dela e do marido por mais de dez dias.

"Se não fosse a Defensoria, meu tio, Mario Uchôa, estaria morto. Imploramos por sua transferência nas redes sociais, na prefeitura, e ele foi transferido ontem (quinta) para Manaus", contou Mayse Garcia, que mora em Parintins. Mayse fez um apelo emocionado em rede social no dia 3 de fevereiro. "O mais triste é que há outras pessoas morrendo todo dia, entubados em leitos que nem são UTI."

A pedido do Estadão, a Defensoria Pública do Amazonas fez levantamento das solicitações para transporte de pacientes desde 15 de janeiro, o dia da crise da falta de oxigênio. Foram 13 ações civis públicas (ACPs), solicitando a transferência de mais de 20 doentes e em que, segundo estimativas, pelo menos metade já morreu esperando ou durante o voo. Na quinta, três embarcaram em Coari, no interior, e morreram na aeronave, durante a viagem, segundo fonte da prefeitura.

UTI

No polo de Coari, foram sete ações civis públicas para a remoção de pacientes. Cinco foram cumpridas e duas aguardam cumprimento. No polo do Médio Solimões, com sede em Tefé, foram três ações. Pelo menos três pacientes morreram antes da concessão da liminar. Já no polo de Maués, uma ação não foi cumprida por causa da morte do paciente. No polo do Médio Amazonas, apenas uma ação foi cumprida e era referente a uma criança, que não era paciente da covid-19.

Em outra categoria

Um novo documentário produzido pelo diretor Martin Scorsese apresentará uma conversa inédita com o falecido papa Francisco sobre o esforço apoiado pelo pontífice para oferecer educação por meio do cinema, anunciaram os produtores do filme nesta quarta-feira, 30.

Chamado Aldeas - A New Story, o documentário está "enraizado na crença do papa na sagrada natureza da criatividade", disse um comunicado dos cineastas. Não foi anunciada uma data de lançamento.

Segundo eles, a conversa inédita com Scorsese foi a "última entrevista aprofundada do papa para o cinema".

Antes de morrer, Francisco chamou o documentário de "um projeto extremamente poético e muito construtivo porque vai às raízes do que é a vida humana, a sociabilidade humana, os conflitos humanos... a essência da jornada de uma vida", disseram os cineastas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

A prefeitura de Niterói declarou três dias de luto em homenagem ao jornalista.

"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

Renata Saldanha, campeã do Big Brother Brasil 25, respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs no Instagram na madrugada desta quarta-feira, 30. Ela aproveitou o momento para tranquilizar os admiradores do casal "Reike", formado por ela e Maike na reta final do reality.

"Gente, essa pergunta é campeã! Só para avisar, nós estamos bem, está tudo bem entre nós, para quem tinha dúvidas", começou a bailarina. "É como lidamos com outros relacionamentos na vida. A gente está se conhecendo, estamos nesse momento de entender um pouco tudo isso, que é novidade para ele - e muito para mim também. Então é isso, estamos nos conhecendo", concluiu a campeã.

Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

Maike foi eliminado no 15º Paredão do BBB. Poucos dias antes, havia sido advertido pela produção e por Tadeu Schmidt por causa de atitudes abusivas com Renata, como mordida e puxão de cabelo. Nas imagens, a bailarina aparentava desconforto e pedia para que ele parasse. A sequência de ações gerou revolta entre os internautas e pedidos de expulsão nas redes. Do lado de fora da casa, o ex-brother assistiu às cenas e pediu desculpas, dizendo estar envergonhado.

Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.