Fipe e Bionexo registraram queda de 0,19% nos preços de medicamentos para hospitais em julho

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Os preços dos medicamentos comprados pelos hospitais recuaram 0,19% no mês de julho, segundo o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), desenvolvido pela Fipe com base em dados de transações realizadas na plataforma Bionexo.

O resultado do último mês contrasta com a alta de 0,16% observada no mês anterior.

Em comparação a outros preços e indicadores da economia brasileira, a inflação ao consumidor, medida pelo IPCA no mês passado foi, de 0,38%, enquanto o IGP-M indicou uma elevação de 0,61% nos preços da economia. Paralelamente, dados do Banco Central mostram uma depreciação da taxa de câmbio de 2,84% no mês.

A queda nos preços foi predominante entre os grupos terapêuticos que compõem o IPM-H, impactando especialmente os medicamentos de maior peso no cálculo do índice.

No acumulado parcial de 2024, o IPM-H registra uma valorização de 3,67%. Durante esse período, quase todos os grupos terapêuticos mostraram aumentos nos preços, com destaque para sistema nervoso, com alta 9,14%, aparelho digestivo e metabolismo, 8,11%; aparelho respiratório, 7,75% e órgãos sensitivos, com aumento de 7,03%.

Finalmente, ao considerar os últimos 12 meses encerrados em julho de 2024, o IPM-H registrou uma elevação nominal de 0,99% nos preços dos medicamentos para hospitais

Neste recorte temporal, o comportamento do IPM-H foi impulsionado por aumentos nos preços de alguns grupos terapêuticos, como aparelho respiratório, 9,15%; órgãos sensitivos, 5,19%; anti-infecciosos gerais para uso sistêmico, 3,56%; agentes antineoplásicos, 3,53%; imunoterápicos, vacinas e antialérgicos, 1,25% e aparelho geniturinário, 0,90%. Em contraste, outros grupos mostraram queda nos preços, incluindo sangue e órgãos hematopoiéticos, 7,66%; aparelho digestivo e metabolismo, 3,07%; sistema musculoesquelético, 2,94%; aparelho cardiovascular, 2,86%; sistema nervoso, 1,39%, entre outros.

"A variação negativa do índice em julho se mostrou compatível com nossas expectativas para o período, abrangendo alguns dos principais grupos terapêuticos do índice, como sistema musculoesquelético e quimioterápicos. A despeito desse resultado, o IPM-H ainda registra uma valorização de 3,67% no ano, explicada pelas quatro altas consecutivas entre março e junho, com destaque para a variação em abril 3,40%. Esses resultados também colaboraram para preservar o índice em terreno positivo na janela temporal de 12 meses em 0,99%", avalia o economista e pesquisador da Fipe, Bruno Oliva.

Segundo ele, se por um lado é possível que ocorra uma desaceleração dos preços ao longo do segundo semestre, em razão da sazonalidade, por outro lado a depreciação recente da taxa de câmbio pode trazer uma pressão positiva sobre os preços dos medicamentos, em razão dos seus efeitos sobre as importações e custos de transporte.

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O corpo da cantora Nana Caymmi será velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 2, a partir das 8h30. O enterro ocorrerá às 14h, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Uma das principais cantoras do Brasil, Nana morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, depois de ficar nove meses internada na Casa de Saúde São José, no Rio, para tratar uma arritmia cardíaca. De acordo com nota divulgada pelo hospital, a causa da morte de Nana foi a disfunção de múltiplos órgãos.

Ao Estadão, o irmão de Nana, o músico e compositor Danilo Caymmi, afirmou que, além da implantação de um marcapasso para corrigir a arritmia cardíaca, Nana apresentava desconforto respiratório e passava por hemodiálise diariamente. Nana também sofria de um quadro de osteomielite, uma infecção nos ossos, que lhe causava muitas dores. Segundo ele, Nana esteve lúcida por todo o tempo, mas, no dia 30 de abril, entrou em choque séptico.

Filha do compositor Dorival Caymmi, Nana começou a carreira no início dos anos 1960, ao lado do pai. Após se afastar da vida artística para se casar - ela teve três filhos, Stella, Denise e João Gilberto -, Nana retomou a carreira ainda na década de 1960, incentivada pelo irmão Dori Caymmi.

Nos anos 1970 e 1980, gravou os principais compositores da música brasileira, como Milton Nascimento, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Sueli Costa, Ivan Lins, João Donato e Dona Ivone Lara.

Em 1998, conheceu a consagração popular ao ter o bolero Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, incluído como tema de abertura da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo.

Nana gravou discos regularmente até 2020, quando lançou seu último trabalho, o álbum Nana, Tom, Vinicius, só com canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.

A cantora Nana Caymmi, que morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, fez aniversário no último dia 29 de abril. Internada desde julho de 2024, Nana recebeu uma mensagem da também cantora Maria Bethânia, de quem era amiga.

Bethânia escreveu: "Nana, quero que receba um abraço muito demorado, cheio de tanto carinho e admiração que tenho por você. Querida, precisamos de você e da sua voz. Queremos você perto e cheia de suas alegrias, dons e águas do mar na sua voz mais linda que há. Amor para você, hoje, seu aniversário, e sempre. Rezo à Nossa Senhora para você vencer esse tempo tão duro e difícil. Peço por sua voz e por sua saúde. Te amo. Sua irmã, Maria Bethânia".

Nana e Bethânia tinham uma longa relação de amizade e gravaram juntas no álbum Brasileirinho, de Bethânia, lançado em 2003. Bethânia afirmou mais de uma vez que Nana era a maior cantora do Brasil.

De acordo com informações divulgadas pela Casa de Saúde São José, onde Nana estava internada há nove meses para tratar de problemas cardíacos, a cantora morreu às 19h10 desta quinta-feira, em decorrência da disfunção de múltiplos órgãos.

Morreu nesta quinta-feira, 1° de maio, Nana Caymmi, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos. A morte foi confirmada pelo irmão da artista, o também músico e compositor Danilo Caymmi. Ela estava internada havia nove meses em uma clínica no Rio de Janeiro.

"Eu comunico o falecimento da minha irmã, Nana Caymmi. Estamos, lógico, na família, todos muito chocados e tristes, mas ela também passou nove meses sofrendo em um hospital", disse Danilo Caymmi.

"O Brasil perde uma grande cantora, uma das maiores intérpretes que o Brasil já viu, de sentimento, de tudo. Nós estamos, realmente, todos muito tristes, mas ela terminou nove meses de sofrimento intenso dentro de uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital", acrescentou o irmão, em um vídeo publicado no Instagram.

Nas redes, amigos e admiradores também prestaram homenagens à cantora.

"Uma perda imensa para a música do Brasil", escreveu o músico João Bosco, com quem Nana dividiu palcos e microfones. Bosco também teve canções interpretadas por Nana Caymmi, como Quando o Amor Acontece.

O cantor Djavan disse que o País perde uma de suas maiores cantoras e ele, particularmente, uma amiga. "Descanse em paz, Nana querida. Vamos sentir muito sua falta, sua voz continuará a tocar nossos corações."

Alcione também diz que perdeu uma amiga e que a intérprete, filha de Dorival Caymmi, tinha "a voz". "Quem poderá esquecer de Nana Caymmi?"

"Longe, longe ouço essa voz que o tempo não vai levar! Nana das maiores, das maiores das maiores", postou a cantora Monica Salmaso, que já tinha prestado uma homenagem para Nana na última terça, quando a artista completou 84 anos. "Voz de catedral", descreveu Monica na ocasião.

O escritor, roteirista e dramaturgo Walcyr Carrasco disse que, nesta quinta, a música brasileira deve ficar em silêncio em respeito à partida da artista. "Que sua voz siga ecoando onde houver saudade. Meus sentimentos à família, amigos e admiradores!"

A deputada federal e ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (PSOL-SP) disse que Nana Caymmi tinha umas das vozes "mais marcantes da música popular brasileira" e que a cantora deixa um "legado extraordinário" para o Brasil por meio de interpretações "únicas e carregadas de emoção". "Que sua arte siga viva, e que ela descanse em paz", disse a parlamentar.

A artista Eliana Pittman diz que se despede com tristeza de Nana Caymmi, a quem descreveu com uma das uma "das maiores vozes" que o Brasil já teve, e elogiou a cantora pela irreverência e forte personalidade.

"Nana nunca se curvou a convenções: cantava o que queria, do jeito que queria - e por isso, marcou gerações", disse Eliana, que também fez elogios qualidade técnica da intérprete. "Sua voz grave, seu timbre inconfundível e sua forma tão particular de existir na música deixam um vazio irreparável".

O Grupo MPB4 postou: "Siga em paz, querida Nana Caymmi! Nosso mais fraterno abraço para os amigos Dori Caymmi, Danilo Caymmi (irmãos de Nana Caymmi) e toda a família".