Incêndios em SP: governo anuncia pacote de medidas para atender produtores afetados

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A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do governo de São Paulo deve anunciar neste domingo, 25, uma série de medidas para socorrer os produtores atingidos pelos incêndios florestais que espalham pelo Estado. Até a tarde deste sábado, 41 cidades estiveram sob alerta máximo de perigo de fogo durante o final de semana.

Por conta da situação, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decretou situação de emergência, por 180 dias, nas áreas dos municípios mais atingidos pelos incêndios. As queimadas são reflexo do tempo seco, da baixa umidade do ar e das ondas de calor que atingem o País na última semana. Só em agosto, foram mais de 3,1 mil focos de incêndios detectados, um recorde para o período.

Conforme a gestão estadual, o auxílio será feito em quatro frentes. Os produtores poderão ter acesso a R$ 50 mil de Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), com juro zero, para custeio de medidas emergenciais, como despesas de manutenção e recuperação da produção.

Outra ajuda prevista é a emissão de um termo emergencial que impossibilita que órgãos fiscalizadores multem os produtores. O governo define a medida como "garantia de segurança jurídica".

"A posse do documento evitará penalidades indevidas aos produtores que tiveram suas propriedades atingidas", disse a gestão Tarcísio de Freitas, sem informar até quando o termo será válido. Para obter o documento, o produtor deve buscar a Casa da Agricultura do município onde mora.

O governo também pretende incluir as casas e propriedades rurais atingidas nos programas habitacionais paulistas, com o objetivo de recuperar essas moradias. A ação é uma parceria da Secretaria de Agricultura e Abastecimento com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).

Além disso, a gestão estadual também promete uma parceria com empresas privadas de nutrição animal e de insumos agropecuários para que os produtores afetados tenham descontos em produtos e itens necessários para a reconstrução da lavoura.

Fogo afeta o Estado

Os incêndios florestais têm castigado o interior paulista há dias. A situação se agravou na última sexta, 23, quando o Estado registrou 1.886 focos de queimadas - mais dos que os 1.666 registrados durante todo o ano passado. Dois funcionários de uma usina em Urupês, região metropolitana de São José do Rio Preto, morreram enquanto combatiam as chamas.

Ao todo, 25 cidades do interior do Estado estão com focos ativos de incêndio, e 41 estão com alerta máximo de queimadas, segundo último balanço do governo paulista, divulgado às 18h. A lista de municípios é feita com base no monitoramento do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Defesa Civil.

O combate às chamas têm envolvido Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Força Aérea Brasileira, que recebem o apoio de equipes da Fundação Florestal, do setor canavieiro e de empresas de construção contratadas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER) - mais de 7,3 mil pessoas, entre profissionais e voluntários, estão mobilizados, segundo o governo.

Cidades atingidas

25 municípios com focos ativos de incêndio

- Monte Alegre do Sul

- Alumínio

- Pontal

- Sertãozinho

- Santo Antônio da Alegria

- Nova Granada

- Iacanga

- Pompeia

- Boa Esperança do Sul

- Salmourão

- Lucélia

- Poloni

- Dourado

- Itápolis

- Presidente Epitácio

- Bebedouro

- Ibitinga

- Tabatinga

- Brodowski

- Luís Antônio

- Pedregulho

- Tambaú

- Urupês

- Turiúba

- Arealva

41 cidades em alerta máximo para incêndio

- Santo Antônio do Aracanguá

- Piracicaba

- Monte Azul Paulista

- Torrinha

- Taquarituba

- Coronel Macedo

- Ubarana

- Pitangueiras

- Sabino

- Jaú

- Pirapora do Bom Jesus

- Itirapina

- Bernardino de Campos

- São Simão

- Bananal

- São Luís do Paraitinga

- Monte Alegre do Sul

- Alumínio

- Pontal

- Sertãozinho

- Santo Antônio da Alegria

- Nova Granada

- Iacanga

- Pompeia

- Boa Esperança do Sul

- Salmourão

- Lucélia

- Poloni

- Dourado

- Itápolis

- Presidente Epitácio

- Bebedouro

- Ibitinga

- Tabatinga

- Brodowski

- Luís Antônio

- Pedregulho

- Tambaú

- Urupês

- Turiúba

- Arealva

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O ex-Beatle Ringo Starr afirmou que só seguirá fazendo música sob uma condição: estar em uma banda. Em entrevista ao jornal The Times, publicada no último domingo, 12, o baterista explicou sua decisão.

"Eu só quero estar em uma banda. Não quero estar sozinho. Não tem como subir no palco e tocar 'Yesterday' apenas com a bateria", declarou.

Starr, que fez história ao lado de Paul McCartney, John Lennon e George Harrison nos anos 60, lançou em 10 de janeiro seu novo álbum, Look Up, que traz influências do country. É seu primeiro trabalho desde 2019.

Beatles e reencontro com McCartney

Sobre seu papel nos Beatles, Starr reconheceu suas limitações vocais, mas destacou o apoio de seus colegas. "Eu sempre quis ser outra pessoa, como Jerry Lee. Quero dizer, consigo segurar uma melodia, desde que seja no meu tom. Deu certo com os Beatles porque John e Paul eram grandes compositores", afirmou.

Ele também relembrou algumas das canções que marcaram sua trajetória, como With a Little Help from My Friends e Yellow Submarine. "Essas músicas ainda são gigantescas, e eu continuo tocando-as nas turnês. Eles escreveram muitas canções incríveis para mim."

Em dezembro, Starr reencontrou Paul McCartney no palco, durante uma apresentação no O2 Arena, em Londres. Os dois tocaram clássicos como Helter Skelter e Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Esse foi o primeiro show em que se reuniram desde julho de 2019.

Ainda Estou Aqui entrou em cartaz em mais de 200 salas de cinema na França com o título Je Suis Toujours Là nesta semana. Com a exibição, o longa passou a receber resenhas de veículos franceses. E um dos mais tradicionais jornais do país, o Le Monde, fez uma crítica negativa do filme.

O crítico Jacques Mandelbaum dedicou uma página da edição do tradicional jornal francês para sua crítica. Para ele, a atuação de Fernanda Torres é "um tanto monocórdica."

Mandelbaum não gostou da "concentração melodramática" em Eunice Paiva, que fez o filme "passar com um traço leve demais pela compreensão do mecanismo totalitário".

O autor da crítica ainda comparou o trabalho de Fernanda Torres com o de Sônia Braga em Aquarius, alegando que as duas personagens beiram uma representação religiosa demais do sofrimento. O jornal avaliou o filme com uma estrela, em uma escala que vai até quatro.

Outros veículos franceses, porém, foram mais elogiosos a Ainda Estou Aqui. O jornal Liberátion disse que "Walter Salles narra com força e emoção o luto impossível que atingiu os Paiva". O Le Figaro classificou o filme como "uma cativante e poderosa narrativa histórica".

A revista especializada em cinema Première, por sua vez, o definiu como "uma obra dilacerante". Outra publicação tradicional, a Cahiers du Cinemà, o chamou de "um filme realizado com sutileza, que reafirma a necessidade da transmissão".

Emilia Pérez, representante francês ao Oscar 2025, é o principal rival de Ainda Estou Aqui na premiação. Os indicados ao Oscar serão revelados no próximo dia 23.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

Neil Gaiman negou as acusações de abuso sexual das quais é alvo. O autor de Sandman usou seu blog pessoal para rebater os relatos apresentados pela New York Magazine na última segunda-feira, 13. A reportagem da revista apresenta denúncias de oito mulheres.

"(São) descrições de coisas que aconteceram ao lado de coisas que definitivamente não aconteceram. Estou longe de ser uma pessoa perfeita, mas nunca me envolvi em atividade sexual não consensual com ninguém. Nunca", começou.

O britânico ainda justificou seu silêncio e ressaltou que sempre tentou ser uma pessoa reservada. "Fiquei quieto até agora, tanto por respeito às pessoas que estavam compartilhando suas histórias quanto por um desejo de não chamar ainda mais atenção para muita desinformação [...] Sentia que as mídias sociais eram o lugar errado para falar sobre assuntos importantes."

Gaiman afirmou que já foi uma pessoa "descuidada" com os sentimentos das outras, mas que nunca abusou de ninguém sexualmente e que todas as relações que teve foram consensuais.

"Algumas das histórias horríveis que estão sendo contadas agora simplesmente nunca aconteceram, enquanto outras foram tão distorcidas do que realmente aconteceu que não têm relação com a realidade. Estou preparado para assumir a responsabilidade por quaisquer erros que cometi. Não estou disposto a virar as costas para a verdade, e não posso aceitar ser descrito como alguém que não sou, e não posso e não vou admitir ter feito coisas que não fiz", finalizou.

O autor já havia negado as acusações de abuso sexual quando o podcast Master: as alegações contra Neil Gaiman, da Tortoise, abordou o assunto.