Motorista de Porsche que atropelou e matou motociclista tem pedido de liberdade negado

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Igor Ferreira Sauceda, empresário de 27 anos que atropelou e matou o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos, na Avenida Interlagos em 29 de julho, teve seu pedido de revogação da prisão preventiva negado pela Justiça de São Paulo nesta terça-feira, 27. Ele deve permanecer preso até o julgamento do caso, pelo qual foi indiciado pelo Ministério Público por homicídio doloso, quando há intenção ou assume-se o risco de matar.

Em sua decisão, a juíza Isabel Bergalli Rodriguez afirmou que não houve, até então, mudanças nos fatos apurados desde o ato de decreto da prisão preventiva que pudessem abrir brecha para uma revogação da prisão preventiva. Sauceda foi preso preventivamente sob o argumento de que representa "risco à ordem pública", em decorrência de notícias relativas ao seu comportamento agressivo. Imagens de câmera de segurança o mostram perseguindo o motoboy até o momento da colisão.

"Ressalto que, por ora, constam dos autos notícias que o acusado teria comportamento agressivo e ameaçador e que teria, inclusive, utilizado o mesmo automóvel envolvido nos presentes fatos para intimidar pessoas de sua convivência. Há, assim, indicação de risco à ordem pública e à instrução processual caso o acusado seja colocado em liberdade", escreveu a magistrada.

Em oportunidades anteriores, a defesa de Sauceda já havia negado intenção de provocar o acidente. "O Igor estava voltando do seu trabalho com a namorada. O Igor não havia ingerido qualquer bebida alcoólica, qualquer entorpecente, e infelizmente aconteceu esta fatalidade", disse o advogado Carlos Bobadilla no fim do mês passado.

A TV Globo mostrou, em reportagem veiculada no Fantástico em 4 de agosto, vídeos que mostram Sauceda perseguindo, com o mesmo Porsche amarelo que atropelou Figueiredo, uma família que seria ex-sócia da família do empresário. As imagens foram anexadas ao processo.

Na decisão da audiência de custódia do empresário, por manutenção da prisão preventiva decretada ainda na delegacia no dia do crime, a juíza Vivian Brenner de Oliveira afirmou que Sauceda "usou o carro como arma", agindo em um ataque de fúria contra o motoboy por ele ter quebrado o retrovisor do seu carro, como relatou uma testemunha.

Como mostrou o Estadão, a perícia que analisa o caso deve utilizar reprodução 3D, junto à análise das câmeras de segurança, para indicar se Sauceda teria tentado virar o volante do carro para não colidir com o motoboy, como o empresário alega, ou não.

Com a repercussão deste e de outros casos de morte no trânsito envolvendo carros da marca Porsche - um no Tatuapé, na zona leste da capital, em março deste ano e o outro em Teresópolis, no Rio de Janeiro, em 1º de agosto - a representante da marca no Brasil se manifestou.

A Porsche Brasil disse, em nota à imprensa, que "reafirma seu comprometimento com a segurança nas vias públicas e o respeito às normas estabelecidas no Código Nacional de Trânsito". "Investimos extensivamente em programas de treinamento de condução como forma de ampliar a segurança no uso dos automóveis. Oferecemos também um amplo portfólio de oportunidades para utilização dos veículos em ambientes seguros e controlados."

Relembre o caso

De acordo com a investigação da Polícia Civil de São Paulo, Igor Ferreira Sauceda voltava do trabalho com a namorada, Marielle Aparecida de Oliveira Campos, em seu automóvel, uma Porsche, por volta das 1h30 da madrugada, quando teve um desentendimento no trânsito com o motociclista Pedro Kaique Ventura Figueiredo, na Avenida Interlagos, na zona sul. Figueiredo voltava da casa da irmã e estava de folga no dia.

Sauceda diz, em seu depoimento, que o motociclista colidiu com ele lateralmente e quebrou o seu retrovisor esquerdo. O empresário perseguiu Pedro Kaique e o atropelou. Em seguida, bateu em um poste.

O motociclista foi socorrido com vida e levado a um hospital no Grajaú, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A namorada do empresário teve ferimentos nas mãos.

Câmeras de segurança gravaram a perseguição. Não há registro do momento em que Pedro Kaique teria colidido lateralmente, quebrando o retrovisor do Porsche, mas uma testemunha teria confirmado o conflito. As investigações continuam em andamento.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".