Aeronaves que fazem voos turísticos no Rio assinam termo para não voar perto do Cristo Redentor

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Nove empresas que fazem o serviço de voos panorâmicos no Rio de Janeiro não poderão sobrevoar perto do Cristo Redentor por pelo menos um ano. Na segunda-feira, 26, as operadoras que fazem o transporte aéreo turístico na capital fluminense assinaram, junto com o Ministério Público Federal, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assumindo o compromisso de seguir novas regras de voos. O objetivo da proposta é amenizar o ruído das aeronaves que vinham sendo alvo de queixas por parte de moradores. "O TAC tem como objetivo principal atenuar o ruído causado pelas aeronaves que realizam voos turísticos na cidade. Em virtude do acordo, as empresas comprometeram-se a adotar uma série de normas para minimizar o impacto sonoro nas áreas afetadas", informa o MPF.

Entre as medidas estabelecidas estão a manutenção de alturas mínimas de voo, distâncias específicas a serem respeitadas da orla e de monumentos, como o Cristo Redentor, além da obediência às rotas de voo predeterminadas.

O acordo foi celebrado no âmbito de um inquérito civil instaurado em abril de 2023. Desde então, a sociedade civil, o poder público e as operadoras dos serviços se reuniram em audiência pública e em outras reuniões, virtuais e presenciais, para viabilizar o acordo entre as partes.

Representantes do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), das Força Aérea Brasileira, e Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) também participaram dos encontros.

Ficou decidido que o acordo terá vigência de um ano. Neste período será avaliada a eficácia das novas regras em relação a redução do ruído. Bairros do Joá, Jardim Botânico, Lagoa, Humaitá e Urca são os mais afetados por concentrarem a maioria dos sobrevoos e serão monitorados nesta nova proposta.

"Ao término do prazo, será realizada uma análise detalhada para verificar a efetividade das ações adotadas", informou o Ministério Público Federal.

Entre alguns exemplos práticos, o TAC determina que as empresas mantenham a aeronave afastada do Cristo Redentor entre 600 metros e 800 metros, a partir das altitude de 2.000 pés (cerca de 610 metros); e as proíbem de realizar voos pairados sobre o Cristo e também sobre cabeça do Morro do Pão do Açúcar.

Veja as principais determinações do acordo:

- Manter o afastamento mínimo de 600 metros em todo o trajeto da Rota Especial de Helicópteros Praia (REH Praia);

- Manter a altitude mínima de 1.200 pés, entre as posições Praça do Ó e Praia do Arpoador;

- Manter a altitude mínima de 1.200 pés, entre as posições Praia do Arpoador e Praia do Leme;

- Promover subidas ao Cristo Redentor apenas pela REH;

- Manter afastamento entre 600m e 800m do monumento do Cristo Redentor, a partir das altitude de 2.000 pés;

- Abster-se de realizar voos pairados no Monumento do Cristo Redentor;

- Abster-se de promoverem sobrevoos na cabeça do Morro do Pão de Açúcar.

As empresas que fazem parte do acordo também se comprometeram a criar, dentro de 60 dias, uma associação entre as prestadores de serviço de voos panorâmicos e turísticos do Rio para regulamentar e a fiscalizar as próprias atividades.

Entre outras obrigações previstas no TAC está também o desenvolvimento de um manual de treinamento, no prazo de 180 dias, com objetivo de orientar as empresas a como reduzir o ruído das aeronaves no momento dos voos. No caso do descumprimento das normas definidas, as empresas poderão receber uma multa no valor de R$ 10 mil.

Para Sergio Gardenghi Suiama, procurador da República, o TAC celebrado é um avanço em razão da inexistência de normas ambientais específicas para voos panorâmicos na cidade. "Neste período de um ano, o MPF e os moradores dos bairros afetados poderão avaliar se houve uma redução da poluição sonora causada pelos helicópteros. Caso a melhora seja insuficiente, outras medidas poderão ser adotadas após esse prazo", afirma.

Outras empresas que não assinaram o TAC serão intimadas para que declarem se vão aderir ao acordo e estarão sujeitas a ações civis públicas, informou o MPF.

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A orquídea é uma das plantas queridinhas dos lares brasileiros, por embelezar e alegrar os jardins ou ambientes internos. Ela pertence à família Orchidaceae, que apresenta uma grande variedade de espécies. Estima-se que existam cerca de 50 mil espécies de orquídea - somando as encontradas na natureza e as criadas em laboratório, com cruzamento de espécies. É uma planta típica de regiões tropicais, mas que existe em diversas partes do mundo, o que colabora para tamanha diversidade.

No Brasil, as espécies de orquídea mais encontradas são as dos gêneros Cattleya, Phalaenopsis (orquídea-borboleta), Cymbidium e Dendrobium. A variedade de cores é outra característica marcante entre as milhares de espécies da planta. Além da forma como são encontradas na natureza, é comum que as orquídeas sejam tingidas artificialmente.

A orquídea azul tem uma beleza exótica, mas é geralmente produzida artificialmente: as flores da segunda floração normalmente nascem na cor original da planta, que pode variar entre branco e lilás.

Há, entretanto, uma espécie rara da flor que é naturalmente azul. A orquídea branca carrega o significado de paz e pureza, e pode ser tingida de cores artificiais. As rosas variam entre os exemplares mais próximos do roxo e do vermelho: seu significado está associado ao romantismo.

A cor amarela representa alegria e sucesso; a roxa evoca purificação e espiritualidade. Facilmente encontrada em diversas espécies, ela pode ter tons mais escuros ou claros, e variações com pequenas manchas amarelas e brancas.

VIDA LONGA

A orquídea, ao contrário do pensamento comum, pode ter vida longa. Tudo depende de que ela receba os cuidados apropriados quanto à iluminação e temperatura, tipo de vaso, frequência das regas e manutenção das raízes.

As orquídeas são típicas de florestas tropicais e se adaptam melhor em locais iluminados indiretamente. O ideal é deixar a planta próxima a uma janela com incidência solar pela manhã ou final da tarde.

Os melhores vasos são de barro, fibra ou plástico. A planta deve ser regada toda vez que o substrato estiver seco, nunca quando úmido. É importante não irrigar demais para evitar apodrecimento das raízes. Além disso, a rega deve ser feita pela manhã. O ideal é manter a planta em ambientes frescos e ventilados.

Para que as orquídeas não morram rapidamente, é importante cortar hastes secas em suas bases, deixando apenas dois centímetros delas. Caso a planta esteja com as raízes brancas ou cinzentas, não está bem hidratada. Nesse caso, coloque a orquídea em uma bacia de água por dois minutos e depois retire, permitindo que a água escorra.

É normal que as flores da orquídea caiam? Esta é uma dúvida bastante comum. O ciclo de desenvolvimento da orquídea, após a floração, passa pela queda das flores, que murcham e caem da haste. O processo é natural e pode ser resolvido com facilidade.

REPLANTE

Para saber se sua orquídea precisa ser replantada, atente-se a sinais como a decomposição do substrato e a falta de espaço no vaso. É possível que o replante seja feito em outro vaso ou em uma árvore.

No caso de árvores, escolha uma com boa sombra. Retire-a do vaso com cuidado e solte o substrato das raízes, ajeitando-as contra o tronco da árvore. Se precisar, coloque o vaso embaixo da água corrente por alguns minutos para que as raízes se desprendam. Deixe a planta levemente inclinada. Amarre a orquídea à árvore com um barbante. Não exagere na força: isso pode espremer as raízes ou impedir a entrada de ar.

Se preferir replantar em outro vaso em vez de uma árvore, o processo é parecido. Remova todo o substrato antigo, faça a poda das raízes mortas e substitua pelo novo substrato.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ator Selton Mello, que interpreta o ex-deputado Rubens Paiva, pai do escritor Marcelo Rubens Paiva, no filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, estava bastante emocionado na primeira coletiva do filme no Brasil. O longa, escolhido pelo País para disputar o Oscar, estreia dia 7 de novembro.

O encontro com a imprensa ocorreu na tarde desta sexta-feira, 18, em São Paulo. Ao falar sobre seu personagem, Selton chorou ao lembrar que, assim como Eunice Paiva, personagem central do filme, sua mãe, Selva Melo, também morreu com Alzheimer, em julho deste ano.

"Foi tão bonito com a Nanda (Fernanda Torres, que interpreta Eunice, mulher de Rubens Paiva). O filme parte de uma viagem pessoal do Waltinho (o diretor Walter Salles) para se transformar em uma viagem pessoal de todos nós do elenco", disse, sem conter as lágrimas.

Selton também falou sobre o composição do personagem. Ele teve que engordar 20 quilos para poder interpretar Rubens Paiva.

"Foi difícil perder depois. Eu tenho 51 anos", disse. "Mas o personagem precisava disso para ser um pai (Rubens e Eunice tiveram 4 filhos). Mas isso (ganhar peso) é apenas uma parte do filme. Ele, na verdade, é meu reencontro com Fernanda, Walter e com o Marcelo, eu sou da geração que foi impactada pelo Feliz Ano Velho (livro de Marcelo Rubens Paiva)", disse o ator.

Ainda Estou Aqui é baseado no livro homônimo escrito por Marcelo Rubens Paiva e conta a história da advogada Eunice Paiva, que teve sua vida transformada quando seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, foi torturado e morto pela ditadura militar brasileira.

Além de Fernanda Torres e Selton Mello, o filme tem Fernanda Montenegro no elenco.

O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro Ainda Estou Aqui, que deu origem ao filme de Walter Salles, apontou, durante coletiva de imprensa em São Paulo, os motivos do longa estar sendo premiado e mobilizado a crítica mundo afora - o filme foi premiado nos festivais de cinema de Veneza e Vancouver, entre outros prêmios.

Para ele, o longa que conta a história de sua família, sobretudo de sua mãe, a advogada Eunice Paiva, foi ao encontro do anseio do público, não só no Brasil, mas também no exterior. O filme faz parte da programação da 48ª Mostra de Cinema de São Paulo.

"As pessoas estavam com saudade de assistir a um drama humano. Estão cansadas da 'marverização' do cinema. Não à toa o filme do Coringa está indo mal de bilheteria", disse Paiva.

"Até o Joaquim Phoenix falou no ouvido da Lady Gaga que o filme é horrível", complementou. Phoenix interpreta o personagem-título em Coringa: Delírio a Dois, enquanto Gaga vive Lee Quinzel, a Arlequina.

O escritor ressaltou que há muitos bons filmes sendo feitos por cineastas argentinos, uruguaios, franceses, iranianos e brasileiros.

"Viajei com o elenco e, quando voltei, as pessoas falaram comigo na rua. O filme está chegando no popular. Eu fico feliz que a Eunice Paiva está proporcionando isso para o Brasil e para o mundo."

Paiva também comentou sobre o fato de Ainda Estou Aqui ser a produção brasileira indicada para disputar o Oscar 2025. "A disputa agora é Lady Gaga versus Fernanda Torres", brincou.

Ainda Estou Aqui, um filme original Globoplay, chega ao circuito comercial em 7 de novembro. Veja o trailer aqui.