CFM cria novas regras para regulamentar relação entre médicos e indústria farmacêutica

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) apresentou nesta quarta-feira, 28, novas regras para regulamentar os vínculos entre médicos e indústrias farmacêuticas, de insumos da área da saúde e de equipamentos médicos.

Entre as principais mudanças estão o cadastro obrigatório do vínculo em um sistema virtual dos conselhos regionais (CRM-virtual) e a necessidade de declarar conflito de interesse em entrevistas à imprensa e qualquer outra manifestação pública para não médicos.

"Para a sociedade, é importante o que a gente está pedindo. Nas aparições públicas, o médico não era obrigado a fazer declaração de conflito de interesse", disse Emmanuel Fortes Cavalcanti, 3º vice-presidente e diretor de fiscalização do CFM durante coletiva de imprensa.

A resolução também reforça a necessidade da declaração de conflito de interesse em eventos médicos, debates e exposições em que os profissionais estejam envolvidos, regra já comumente adotada.

As normas valem para todos os médicos - tanto os que trabalham na saúde pública quanto na suplementar. Membros da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e de conselhos deliberativos similares, como Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outros também devem declarar seus vínculos e conflitos de interesse.

A Resolução 2.386/2024 foi aprovada em 21 de agosto pelo plenário do CFM e será encaminhada nesta quarta para o Diário Oficial da União, onde deve ser publicada até sexta-feira, 30. Segundo o CFM, todos os médicos receberão comunicado para estarem cientes da nova resolução. As normas passam a valer 180 após a publicação, ou seja, a partir de março de 2025.

Tipos de vínculo

Para o CFM, a nova resolução busca promover a transparência nas relações entre médicos e indústrias da saúde, sem interferência na autonomia dos profissionais e na assistência dos pacientes.

"O médico não é proibido de nada, mas é fundamental que todos saibam (se há) algum possível conflito de interesse", afirmou Rafael Câmara, relator da resolução. Para ele, os benefícios provenientes dos vínculos com a indústria podem interferir na conduta médica, ainda que inconscientemente.

Na resolução, o CFM considera que há vínculo entre médico e indústria quando o profissional é palestrante em algum evento de farmacêutica ou produtora de equipamentos de saúde, quando faz divulgação de algum insumo mediante pagamento e quando participa de pesquisa de medicamentos ou materiais daquela empresa. Também estão inclusos os vínculos de contrato formal para ocupação na indústria e prestação de serviço ocasional.

Atualmente, o Código de Ética Médica já preconiza que o trabalho médico não pode ser exercido como comércio, nem explorado com objetivo de lucro. O documento afirma que o médico não pode renunciar sua liberdade profissional e, por isso, deve evitar imposições que prejudiquem a eficácia de seu trabalho.

Além disso, a Resolução CFM nº1595/00 veda a "vinculação da prescrição médica ao recebimento de vantagens materiais oferecidas por laboratórios ou empresas de equipamentos de uso na área médica".

Fiscalização

No CRM-virtual, os médicos deverão indicar o nome da empresa com a qual mantêm uma relação formal de prestação de serviços e também devem notificar o conselho quando o vínculo for encerrado.

Para Cavalcanti, o registro servirá como base para a fiscalização, que contará também com o monitoramento dos CRMs. O médico informou que, em conjunto, os conselhos estarão alertas em eventos médicos e às declarações de profissionais. Ele destacou também a importância da imprensa no processo de fiscalização.

Caso alguma infração à resolução seja confirmada, os profissionais estarão sujeitos a punições, com possibilidade até mesmo de ter o registro médico cassado.

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Vera Viel falou ao programa Domingo Espetacular, da TV Record, neste domingo, 20, sobre a descoberta de um tumor e quais os próximos passos do tratamento. A apresentadora e modelo, mulher de Rodrigo Faro, passou por uma cirurgia no dia 11 para a retirada de um tumor maligno na coxa e teve alta do hospital na terça-feira, 16.

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Na segunda etapa do tratamento, que será iniciada no mês que vem, Vera contou que fará sessões de radioterapia para prevenção.

Ao jornalista Roberto Cabrini, Vera confidenciou que se pergunta por que tudo aconteceu justamente às vésperas de seu aniversário. Ela completou 49 anos no dia 12 e acredita que "Deus escolheu esse dia e queria mostrar para mim que eu iria renascer, ter uma nova vida".

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"Sempre me preocupei com as minhas pernas, de ter pernas bonitas, e eu tive um tumor na coxa. Hoje não me importo de ter duas cicatrizes aqui, porque quero mostrar para as pessoas", disse ela, emocionada. "Não tem significado nenhum você ser bonita, linda, maravilhosa e posar de biquíni com um corpo escultural. Depois do que eu passei... Eu preciso tanto das minhas pernas para cuidar das minhas filhas, para caminhar. Eu mudei muito", concluiu.

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Na sexta-feira, 18, Geoff Payne, pai do ex-One Direction, chegou à cidade argentina. Segundo a CNN, as autoridades permitiram que ele visitasse o corpo do filho no necrotério.

Ele também foi ao hotel CasaSur, onde Liam esteve hospedado - e de onde caiu do terceiro andar - mas não foi liberado para visitar o quarto devido às investigações. Ele pôde ver um quarto parecido, em outro andar.

Geoff ainda protagonizou uma cena comovente ao visitar um altar improvisado, montado por fãs, em frente ao hotel. Em silêncio, admirou as fotografias, flores, cartas e velas. Ele agradeceu aos fãs presentes pelo apoio.

A autópsia do corpo apontou que Payne, 31 anos, morreu em decorrência dos ferimentos múltiplos sofridos na queda do terceiro andar.

De acordo com o relatório oficial, os traumas na cabeça já foram o suficiente para levar o cantor à morte. Os testes toxicológicos ainda estão pendentes.

As autoridades locais continuam investigando a morte para reconstituir as últimas horas de Payne.

Outros hóspedes ouvidos pela imprensa britânica e pela polícia argentina relataram a presença de um "homem agressivo que pode estar sob efeito de drogas e álcool" no hotel.

O cantor Lucas Lucco usou seu perfil no Instagram para desabafar após ter sido vítima de um crime em Amsterdã, na Holanda, onde está para participar de uma corrida. Ele publicou imagens do vidro de seu carro quebrado e lamentou a perda de seu passaporte e de outros itens pessoais.

No Instagram, ele explicou a questão em stories: "Vim parar na delegacia. Depois o povo fala que é no Brasil que o povo rouba, assalta.... Estava fazendo compras, deixei o carro estacionado, alguém quebrou o vidro e pegou minha mochila, meus passaportes, fone, tudo... Só que o fone tá se movendo."

E prosseguiu: "O cara acho que não sabe que o fone está dentro da mochila. Aí agora vou com a polícia procurar o cara. Nossa Senhora, se eu 'pego' esse cara, dou tanta porrada nele. Cambada de Filhos da p***."

Pouco depois, Lucas Lucco voltou para atualizar os fãs sobre a situação: "Estou com a cara vermelha de tanto andar no frio. A polícia não fez p*** nenhuma. Me levou lá, me colocou na van. Colocamos a localização do airpod, mas tinha 20 minutos que não estava lá, já, porque não é em tempo real."

O artista ainda fez um balanço de suas perdas: "Resumindo: mochilinha da Gucci, Rolex submariner, meu airpod [fone de ouvido] minha plaquinhazinha da corrida, vontade de chorar, na moral. Um prejuizo de 100 [mil reais], no mínimo."

Por fim, Lucas Lucco relatou que teria que voltar à delegacia para fazer o equivalente a um boletim de ocorrências para que pudesse buscar um passaporte de emergência junto à embaixada brasileira na Holanda.

"Eu tava maluco para encontrar esse cara. Com polícia, sem polícia, eu ia soltar uma voadora na cabeça. Meu Deus do céu, que raiva! Nunca achei que isso ia acontecer aqui. Nunca fui assaltado, roubado no Brasil. Nunca quebraram o vidro do meu carro, nada", encerrou Lucco.