Marina Silva sugere legislação para prever gastos além do teto em casos de emergência climática

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse, nesta quarta-feira, 4, que o Brasil precisa de uma legislação que crie a figura da "emergência climática" para contornar o teto de gastos, diante de catástrofes climáticas como as que aconteceram no Rio Grande do Sul e os incêndios que assolam o País ao longo do mês de agosto.

"É preciso criar um marco regulatório criando a figura da emergência climática, porque, quando é decretado emergência, como agora no Rio Grande do Sul, a gente tem a possibilidade de que isso não conte no teto de gastos", afirmou. "Se tenho que agir preventivamente, tenho que ter cobertura legal para isso."

Em ida à Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal, a ministra apontou um cenário de difícil enfrentamento aos incêndios e disse que o esforço da pasta é para "empatar o jogo". Marina explicou que isso ocorre em razão de um ciclo de poucas chuvas, alto processo de evapotranspiração sem conseguir alcançar a cota de cheia, nem dos rios nem da planície alagada.

"Diria que o esforço que está sendo feito nesse momento é o esforço de empatar o jogo, com essas condições completamente desfavoráveis", afirmou.

Na mesma reunião com senadores nesta quarta-feira, Marina também disse que o Pantanal pode acabar no final deste século se o cenário de mudança climática não for revertido.

"Estamos vivendo sob o novo normal e esse novo normal cria uma situação que exige do poder público velocidade em dar resposta para esses eventos que nem sabemos como irão se desdobrar daqui para frente", afirmou a ministra. "Se continuar esse mesmo fenômeno em relação ao Pantanal, poderemos perder o Pantanal até o final do século."

O Brasil ainda passa por uma seca agravada, com baixos índices de umidade especialmente na área do Pantanal brasileiro, que chegou até aos 8% de umidade relativa do ar neste mês de setembro.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que São Paulo registrou, no final de agosto, o maior número de focos de incêndio (1,8 mil) em um dia desde que o dado começou a ser computado, em 1998.

"No caso da Amazônia, é a maior estiagem nos últimos 40 anos", recordou Marina, que atribuiu ao cenário a uma combinação de fatores naturais e da ação humana. "Entra uma combinação perversa de devastamento, mudança do clima, El Niño, La Niña e atividade criminosa de atear fogo na floresta."

Como mostrou o Estadão, estimativas que chegam ao ministério da Saúde apontam até 60% de aumento nos atendimentos em decorrência da má qualidade do ar. Marina também defendeu penas mais duras para quem comete incêndios "com intenção de queimar". "Existe ação com intenção de queimar e existe incêndio com intenção de queimar. Tem muita gente que acha que o crime compensa e o crime não pode compensar para essas pessoas". Disse.

Sem nomear, Marina apontou que existe cobrança para que se façam investimentos que pioram a situação das queimadas no Brasil. "Ao mesmo tempo somos cobrados que tenha-se medidas de combate ao fogo e, ao mesmo tempo, somos cobrados para que se faça investimentos que são altamente retroalimentadores do fogo. É um paradoxo", disse.

Ao longo desse atual governo, o ministério do Meio Ambiente, de Marina, e o de Minas e Energia, de Alexandre Silveira, estão em conflito sobre a possibilidade de prospectar petróleo na marquem equatorial da foz do Rio Amazonas.

Em maio do ano passado, o Ibama indeferiu a licença pedida pela Petrobras, alegando que, antes, era preciso verificar o cumprimento de alguns requisitos, como a necessidade de estudar a avaliação ambiental de área sedimentar. Em agosto, a Advocacia-Geral da União (AGU) disse não ver impedimento para que a Petrobras faça o trabalho.

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Morreu nesta quarta-feira, 30, o jornalista Luiz Antonio Mello, aos 70 anos. A informação foi publicada pelo jornal A Tribuna, do Rio de Janeiro, em que ele atuava como editor desde 2021. Mello teve uma parada cardíaca enquanto fazia um exame de ressonância, e se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.

Nome importante para o rock nacional, Luiz Antonio Mello (conhecido como LAM) passou por veículos como Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e Última Hora. No entanto, foi na Rádio Fluminense FM que ele esteve à frente do programa Maldita, criado em 1981 e responsável por dar visibilidade a grandes nomes da música, como Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Legião Urbana. A história foi contada no longa-metragem Aumenta que é Rock'n Roll, estrelado por Johnny Massaro e dirigido por Tomás Portella.

Após a passagem pela Fluminense FM, que deixou em 1985 para participar da implantação da Globo FM, trabalhou como consultor de marketing para uma gravadora, foi diretor de TV e produtor musical. Colaborou com vários veículos, entre eles o Estadão, e é autor dos livros Nichteroy, Essa Doida Balzaka (1988), A Onda Maldita (1992), Torpedos de Itaipu (1995), Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo (1996), Jornalismo na Prática (2006) e 5 e 15, Romance Atonal Beta (2006).

A prefeitura de Niterói declarou três dias de luto em homenagem ao jornalista.

"Luiz Antônio Melo era um niteroiense apaixonado por nossa cidade e que tinha uma mente, uma capacidade inventiva e criativa extraordinária. Participou diretamente de um dos momentos mais marcantes da música brasileira e do rock nacional através da rádio fluminense na década de 80. Lembro que ele ficou muito grato e feliz quando apoiamos a realização do filme Aumenta que isso aí é Rock and Roll, baseado no livro de sua autoria. Recentemente, conduzia com maestria as edições do jornal A Tribuna. Niterói, o rock e o jornalismo estão de luto com a sua partida. Mas ele deixou um legado, suas ideias", afirmou o prefeito Rodrigo Neves.

Renata Saldanha, campeã do Big Brother Brasil 25, respondeu a algumas perguntas enviadas por fãs no Instagram na madrugada desta quarta-feira, 30. Ela aproveitou o momento para tranquilizar os admiradores do casal "Reike", formado por ela e Maike na reta final do reality.

"Gente, essa pergunta é campeã! Só para avisar, nós estamos bem, está tudo bem entre nós, para quem tinha dúvidas", começou a bailarina. "É como lidamos com outros relacionamentos na vida. A gente está se conhecendo, estamos nesse momento de entender um pouco tudo isso, que é novidade para ele - e muito para mim também. Então é isso, estamos nos conhecendo", concluiu a campeã.

Maike e Renata se reencontraram em público durante o Prêmio gshow, na última quarta-feira, 23, quando receberam o troféu da categoria "Melhor Conexão" e deram um beijo no palco. Antes da cena, estiveram juntos nos bastidores.

Apesar do clima de intimidade, Renata disse que ainda era cedo para definir qualquer rótulo. "A gente não teve a oportunidade de conversar aqui fora ainda, a gente mal se encontrou. No dia que a gente resolveu ficar, acho que ele ficou uns cinco dias na casa e depois saiu. Então, é muito breve para eu dizer algo", falou ao gshow.

Maike foi eliminado no 15º Paredão do BBB. Poucos dias antes, havia sido advertido pela produção e por Tadeu Schmidt por causa de atitudes abusivas com Renata, como mordida e puxão de cabelo. Nas imagens, a bailarina aparentava desconforto e pedia para que ele parasse. A sequência de ações gerou revolta entre os internautas e pedidos de expulsão nas redes. Do lado de fora da casa, o ex-brother assistiu às cenas e pediu desculpas, dizendo estar envergonhado.

Após cumprir a agenda atribulada no Rio de Janeiro desde o fim do reality, no último dia 22, Renata voltou para Fortaleza nesta quarta junto de Eva, sua dupla no início da competição. Ela foi recebida por uma multidão no aeroporto, e comemorou o retorno para casa.

O cantor Ney Matogrosso compartilhou detalhes de sua relação atual com a mãe, de 103 anos, e contou como a idade avançada tem transformado a relação entre os dois. Durante entrevista coletiva para divulgação da cinebiografia Homem com H, estrelada por Jesuíta Barbosa, o astro explicou que dona Beita de Souza Pereira não pode assistir ao filme, mas garantiu que o apoio que sempre recebeu dela é verdadeiro.

"Agora, com 103 [anos], ela não funciona mais", lamentou o cantor durante o bate-papo, segundo a revista Caras. "Até os 100 ela cuidou do meu sítio, dos nove empregados da fazenda."

Durante entrevistas ao longo da carreira, Ney sempre ressaltou a boa relação com a mãe, um traço que está presente no filme dirigido por Esmir Filho - ela é interpretada na obra por Hermila Guedes. Com o pai, o militar Antônio Matogrosso Pereira, a relação sempre foi difícil, sobretudo na infância e na adolescência.

"Tem dias que ela não me reconhece. Não é sempre", entregou o astro, que costuma ser reservado quanto à família. "Mas tem dias que ela olha para mim e fala: 'Quem é você?'. E eu digo: 'Sou o Ney, mãe'. Mas também não faço drama não."

Homem com H retrata a infância e trajetória de Ney Matogrosso até sua consagração como artista e músico brasileiro. A obra também pincela seu sucesso com o grupo Secos & Molhados e alguns relacionamentos de Ney, com Cazuza e Marco de Maria. O longa estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta, 1º, com sessões antecipadas a partir da quarta, 30.