Rota e Promotoria prendem 'Degola' do PCC, que planejava a fuga do chefão Marcola

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A Polícia Militar de São Paulo e o Ministério Público do Estado prenderam na quarta-feira, 11, o líder do PCC Ivan Garcia Arruda, o 'Degola', integrante da ala 'Restrita Tática', que planejava a fuga do chefão da facção Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, da penitenciária federal em Brasília. Segundo a investigação, 'Degola' estava coordenando o recrutamento e preparação de criminosos que ficariam responsáveis pela operação de resgate de Marcola.

A prisão de 'Degola' foi anunciada no Instagram pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), do 1.º Batalhão de Choque da PM paulista. A ação foi aberta para cumprir oito mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Criminal de Sorocaba, no interior do Estado. Os alvos são endereços supostamente ligados a 'Degola'.

Os investigadores apontam que o resgate de Marcola seria realizado para uma estratégia de reorganização da cúpula do PCC, que se intensificou em 2024 em razão de uma disputa de poder entre os principais líderes da facção.

O MP identificou um 'racha' na ala 'Sintonia Final', envolvendo Marcola e outros líderes do PCC, Tiriça, Vida Loca e Andinho.

De acordo com o Ministério Público, a cisão teve início em junho de 2022, quando Marcola (à época na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho) disse que Tiriça seria 'psicopata'. O diálogo foi gravado e usado como prova no julgamento que condenou Tiriça a 31 anos de prisão pelo assassinato brutal de uma psicóloga da penitenciária federal de Catanduvas, interior do Paraná, em maio de 2017.

A 'Sintonia Final' (cúpula do PCC) considerou que Marcola era inocente e determinou a exclusão dos outros três chefões do alto escalão da facção. Tiriça, Vida Loka e Andinho foram considerados "culpados por traição e calúnia".

O racha foi seguido de uma série de assassinatos de integrantes da cúpula do PCC, entre eles Nefo e Ré. Eles foram mortos por aliados próximos de Marcola. Ocupavam cargos importantes na 'Sintonia Restrita', núcleo do qual se deriva a 'Restrita Tática'.

Após a reestruturação da facção, o suposto líder da 'Restrita Tática', conhecido como Serginho Mijão, que está foragido, dividiu o grupo em três, sob a coordenação de 'Degola' e outros dois do PCC. Eles são apontados como responsáveis pelo recrutamento de efetivo com experiência no manejo de armas de grosso calibre para o 'Novo Cangaço' - ações sanguinárias que levam terror a pequenas cidades do interior durante assaltos a empresas de valores e bancos.

Os recrutados eram enviados à Bolívia, onde passavam por treinamento especializado, ministrado por mercenários estrangeiros, envolvendo o uso de armas automáticas e táticas militares avançadas, diz o MP.

Segundo a Promotoria, até há pouco tempo o paradeiro dos integrantes da 'Restrita Tática' era desconhecido. Até que 'Degola' foi localizado em Sorocaba.

A Promotoria rastreou endereços possivelmente usados por 'Degola' para a preparação de ações. Esses endereços foram vasculhados nesta quarta, 11.

Ficha

Os investigadores dizem que 'Degola' "tem vasto histórico criminal" e ganhou destaque no PCC durante ataques em massa da facção em 2006 que tiveram como alvo a polícia e o Ministério Público. Ele participou ativamente de motins em penitenciárias do interior de São Paulo, quando "teria recebido o apelido em razão do método que utilizava para matar seus desafetos".

A ficha corrida atribuída a 'Degola' é extensa. Os promotores dão destaque ao fato de ele ser apontado como um dos autores do "ousado homicídio" do criminoso conhecido como 'Mike Tayson' e de 'Gigante', em 2023.

De acordo com as investigações, o plano de resgate de Marcola teria começado a ser planejado no final do ano passado, após uma reunião com 'Chacal', pessoa de confiança do chefão do PCC.

Em dezembro, 'Degola' teria sido escalado para planejar e executar um atentado contra o promotor Lincoln Gakyia, do Ministério Público estadual.

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Preta Gil usou suas redes sociais nesta segunda-feira, 28, para se declarar ao pai, Gilberto Gil. Os dois se apresentaram juntos no final de semana e cantaram Drão, música escrita em homenagem a Sandra Gadelha, mãe da cantora.

Atualmente, o cantor está em sua turnê de despedida, chamada de Tempo Rei. Os dois dividiram palco no Allianz Parque, em São Paulo.

"No palco, de mãos dadas com meu pai, cantando Drão, foi impossível não me emocionar. Drão fala sobre o amor que permanece, mesmo depois das grandes transformações da vida", escreveu Preta.

A artista ainda disse que o momento viverá para sempre em sua memória. "Cantar essa música com você, pai, foi sentir na pele tudo o que vivemos: o amor, a música e a história que carregamos juntos."

Ela finalizou o texto agradecendo ao pai pelos ensinamentos sobre o amor e afirmou que a música dos dois é a maneira mais bonita de eternizar isso.

Lady Gaga desembarcou no Brasil na madrugada desta terça-feira, 29, para iniciar os preparativos do show que fará no sábado, 3, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Até então, Gaga só tinha visitado o País uma única vez, em 2012 - e foi o suficiente para ir embora com uma tatuagem nova.

A artista nutre carinho especial pelos little monsters brasileiros e, naquela ocasião, resolveu marcar na pele a palavra "Rio". Gaga recebeu um desenho de fãs durante a passagem pela capital fluminense e decidiu tatuá-lo na nuca, com a letra I estilizada em formato de cruz, em referência ao Cristo Redentor.

O responsável pelo traço foi o tatuador Daniel Tucci, que tinha um estúdio entre Copacabana e Ipanema. "Era um domingo, eu estava almoçando com o meu filho, à época com 4 anos, e a produção dela me ligou e disse: 'É hoje, vamos nessa!', contou Tucci em entrevista ao g1.

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Em uma postagem no Facebook, a estrela explicou que "a fonte foi criada a partir das assinaturas de três fãs, todos de bairros e idades diferentes" do Rio. "Representa como a música nos une", escreveu.

Naquele ano, Gaga fez três shows da turnê Born This Way Ball no Brasil, no Rio, em São Paulo e em Porto Alegre. Em 2017, ela retornaria ao País para participar do Rock in Rio, mas precisou cancelar de última hora por questões de saúde. A cantora sofre de fibromialgia e enfrentava dores intensas.

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A escritora alemã Alexandra Fröhlich, de 58 anos, foi encontrada sem vida na casa flutuante em que morava em Hamburgo, na Alemanha. Segundo informações da polícia local, o corpo foi descoberto na última terça-feira, 22, por um dos filhos da autora. Até o momento, não há informações sobre suspeitos; a polícia investiga o caso.

"De acordo com as informações atuais, um membro da família encontrou a mulher de 58 anos sem vida na sua casa flutuante e alertou os bombeiros, que conseguiram confirmar sua morte", diz um comunicado da polícia de Hamburgo. Agora, os investigadores estão em busca de possíveis suspeitos e qualquer testemunha que possa fornecer informações relevantes.

Autora de romances e jornalista

Considerada uma das romancistas de maior sucesso dos últimos anos na Alemanha, Fröhlich começou a carreira como jornalista na Ucrânia, onde fundou uma revista feminina na capital, Kiev, e começou a ficar conhecida. Mais tarde, já na Alemanha, trabalhou como escritora e repórter freelancer para algumas publicações voltadas para o público feminino.

Em 2012, Alexandra publicou seu livro de estreia, Minha Sogra Russa e outras Catástrofes (em tradução livre). A obra é inspirada em suas próprias experiências com a sogra e vendeu mais de 50 mil cópias, figurando na lista dos mais vendidos da revista semanal Der Spiegel.

Nos anos seguintes, ela lançou mais três livros: Viajando com Russos (2014), sequência de seu primeiro romance, As Pessoas Sempre Morrem (2016) e Esqueletos no Armário (2019). Lançadas em outras países como França, Rússia e Inglaterra, nenhuma das obras tem edição lançada em português - as traduções dos títulos são livres.

A imprensa alemã descreve o texto de Fröhlich como bem-humorado e ao mesmo tempo profundo, mesclando temas como romance policial e suspense psicológico dentro da ficção. Ela deixa três filhos.