Lula libera recursos contra incêndios, mas não chega a acordo sobre endurecimento de penas

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta terça-feira, 17, uma medida provisória com crédito extraordinário de R$ 514 milhões para as medidas de enfrentamento aos incêndios no País.

"Hoje, o presidente (Lula) assina uma medida provisória do crédito extraordinário, utilizando as condições dadas pelo ministro Flávio Dino, de R$ 514 milhões, distribuídos em várias áreas do governo, prioritariamente na área ambiental de combate aos incêndios", afirmou Rui Costa.

O ministro disse, ainda, que "um novo crédito deve ser feito a partir do diagnóstico das reuniões que faremos nos próximos dias".

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu a crise climática causada pelas queimadas em todo País e determinou uma série de medidas a serem adotadas pelo governo federal para conter a devastação em biomas como a Amazônia e o Cerrado. O ministro autorizou, por exemplo, a abertura de crédito extraordinário, fora do arcabouço fiscal, para fazer frente à devastação.

Segundo o ministro da Casa Civil, Lula deve se reunir com governadores de todo o País na quinta-feira, 19, para discutir medidas de enfrentamento aos incêndios e sobre as mudanças climáticas no Brasil.

Rui Costa afirmou também que Lula deve assinar ainda nesta semana uma medida provisória para que o BNDES faça uma análise mais rápida do Fundo Amazônia. "Faremos flexibilização da legislação, e vamos mandar uma medida provisória para o Congresso, buscando, assim como fizemos em outro momento, facilitar que BNDES possa fazer análise mais rápida do Fundo Amazônia", disse o ministro, reforçando que "queremos simplificar o rito em casos especiais".

O ministro disse ainda que o governo deve publicar nos próximos dias uma revisão dos valores das sanções administrativas. "Os valores não são atualizados desde 2017 e estão muito longe do teto permitido pela lei, estão muito baixos, serão atualizados proporcional ao tamanho do estrago", declarou.

Endurecimento de penas

O relato de Rui Costa foi em reunião nesta terça-feira, 17, com o presidente Lula e presidentes dos Três Poderes para discutir as medidas de enfrentamento aos incêndios na qual não houve acordo com Congresso e Judiciário sobre mais medidas ou endurecimento de penas.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, por exemplo, defendeu uma rediscussão sobre as penas aplicadas em casos de crimes ambientais, no âmbito do Legislativo. "Como as penas são muito pequenas, elas acabam não tendo o efeito dissuasório necessário. Portanto, eu acho que nós temos que colocar essa questão na mesa, a gravidade dessa situação", afirmou.

Barroso acrescentou: "Em relação aos incêndios criminosos, eu acho que nós precisamos criar uma vedação para a regularização fundiária de áreas que foram objeto de queimadas, para ter certeza de que não foram queimadas para depois conseguir a regularização".

Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), porém, chamou de "populismo legislativo" iniciativas que buscam endurecimento de penas contra pessoas que causam incêndios criminosos. Pacheco disse que em "situações de crise como essa, é natural que haja muito voluntarismo em busca de soluções que aparentemente sejam milagrosas".

"Um aumento excessivo de penas, inclusão desses crimes como crimes hediondos. Temos de conter e buscar um equilíbrio na formatação de leis sob pena de descambarmos para um populismo legislativo que não solucionará o problema e acabará afetando a justiça penal brasileira com medidas desproporcionais", declarou Pacheco.

Apesar de chamar essas sugestões de "populismo legislativo", Pacheco disse que é possível discutir "um aprimoramento legislativo na lei, eventualmente até no Código Penal" nesse sentido "em 48h ou 72h".

O senador disse que "o problema nesse instante não é legislativo, nem de uma fragilidade de cominação de penas, porque tipos penais há, penas cominadas há, e o que se identifica nesses incêndios é que para além dos incêndios há organização criminosa, que é um tipo autônomo e de pena muito severa, capaz até de evitar a notícia dada de que alguém foi preso ateando fogo em uma lavoura e tenha sido solto porque a lei não permite".

O presidente do Senado declarou que os esforços do governo, com ajuda do Legislativo, devem ser no sentido de contenção do fogo e apuração de responsabilidades. "Há uma compreensão do Congresso de que estamos diante de um problema de consequências climáticas e de saúde, mas temos uma causa criminosa. É muito evidente que, diante desse contexto, a quantidade de focos, há, sim, uma orquestração mais ou menos organizada que busca esse objetivo de incendiar o Brasil. Todos os esforços imediatos do governo federal e com a colaboração do Legislativo devem ser no sentido da contenção do fogo e da apuração de responsabilidade em quantos inquéritos forem necessários para identificar e punir essas pessoas", afirmou.

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Thais Carla falou sobre seu processo de emagrecimento pela primeira vez em entrevista à revista Marie Claire. A influenciadora digital é conhecida por combater a gordofobia e desde de novembro do ano passado, decidiu adotar um novo estilo de vida a partir da reeducação alimentar.

Ela já perdeu cerca de 30 quilos e alguns de seus seguidores a questionaram, já que ela sempre falou sobre diversidade corporal.

Thais afirmou que a decisão de emagrecer foi uma escolha sua. "Eu tenho uma família que me aceita como sou. Não precisava mudar, mas quis. Quis ter uma vida diferente, brincar com as minhas filhas, voltar a dançar", disse à revista.

A influenciadora digital tem duas filhas: Maria Clara, de sete anos, e Eva, de quatro. Ela também comentou que agora sente prazer na alimentação.

Para Thais, um dos marcos dessa mudança de vida foi o convite para dançar na divulgação de uma música de Ivete Sangalo, Energia de Gostosa.

"Percebi que meu corpo precisa estar em movimento. Sempre fui ativa, mas agora entendo que minha fala tem peso. Eu achava que não fazia parte desse mundo fitness, mas vejo que ele pode me abraçar também."

Meghan Markle se emocionou ao falar sobre os filhos, príncipe Archie e princesa Lilibet, nesta segunda-feira, 28. Em um bate-papo com Jamie Kern Lima, fundadora da IT Cosmetics, a duquesa de Sussex compartilhou alguns momentos em família e revelou que escreve e-mails diários para os filhos, como uma espécie de cápsula do tempo.

A ex-atriz contou que criou endereços de e-mail para Archie e Lilibet e que, todas as noites, antes de dormir, envia mensagens com fotos, boletins escolares e registros do cotidiano. "Achei uma maneira especial de guardar essas lembranças para eles. Um dia, quando tiverem 16 ou 18 anos, vou entregar tudo para que vejam o quanto foram amados", afirmou, emocionada.

A duquesa também falou sobre como encara a maternidade e se emocionou ao dizer que quer ser "boa nisso". A intenção é que os filhos, ao crescerem, possam sentir que "ninguém nunca amou tanto alguém como nossa mãe nos amou".

Meghan ressaltou ainda que o gesto de criar os e-mails é uma forma de mostrar que vê, acolhe e cuida dos filhos de maneira profunda, reforçando que não se trata de grandes demonstrações, mas de pequenos atos de amor que marcarão a vida deles.

Ela também falou sobre o apoio do marido, príncipe Harry, especialmente na criação de sua empresa, a As Ever. Em tom descontraído, descreveu Harry como "muito, muito bonito" e brincou que o casamento segue forte: "Vamos ficar juntos para sempre".

Meghan comparou a trajetória do casal a um jogo de videogame: "É como no Super Mario Bros., em que você enfrenta os dragões para salvar a princesa. Harry faz tudo o que pode para proteger a nossa família".

Ela ainda comentou sobre o início do relacionamento com Harry, dizendo que, poucos meses depois de começarem a namorar, enfrentaram situações difíceis juntos. "Agora, sete anos depois, conseguimos aproveitar nossa relação de uma nova forma. Parece uma segunda lua de mel", concluiu.

O príncipe Harry e Meghan Markle deixaram suas responsabilidades como membros da monarquia do Reino Unido, em 2020. Desde então, o casal vive nos Estados Unidos.

Três anos depois de seu lançamento, Top Gun: Maverick se tornou motivo de um processo legal contra a Paramount, estúdio responsável pela produção. Shaun Gray, primo do roteirista Eric Singer, afirma nos autos que trabalhou em 12 cenas de ação do filme, mas que não foi compensado por seu trabalho.

Assistente de roteiro não-creditado de Singer em filmes como Only the Brave, que, assim como Top Gun: Maverick, foi dirigido por Joseph Kosinski, e Trama Internacional, Gray trabalha principalmente como artista de efeitos visuais, mas diz ter desenvolvido o roteiro do blockbuster estrelado por Tom Cruise ao longo de cinco meses com o primo e Kosinski. Ele afirma ainda ter documentado suas colaborações em documentos "meticulosos e datados".

"Essa ação busca justiça para Gray, um roteirista talentoso manipulado e explorado pelos poderosos de Hollywood, e exige a responsabilização dos réus que tiveram lucro extraordinário ao se apossar do trabalho criativo de Gray", diz o processo.

Esta não é a primeira vez que a franquia Top Gun é alvo de litígio. Em 2022, o mesmo advogado que representa Gray, Marc Toberoff, abriu processo contra a Paramount em nome da família do jornalista Ehud Yonay, cujo artigo publicado em 1983 foi usado de base para o primeiro filme estrelado por Cruise e Val Kilmer. O processo foi dispensado pela corte em 2024.

"Esse processo, assim como o previamente aberto pelo Sr. Toberoff em uma tentativa de se beneficiar do sucesso de Top Gun: Maverick, não tem mérito", disse um porta-voz da Paramount em um comunicado à imprensa. "Estamos confiantes de que a corte rejeitará essas alegações."

Consultor em Top Gun: Maverick, J.J. "Yank" Cummings, piloto veterano da marinha estadunidense, confirmou o envolvimento de Gray no processo de escrita do roteiro em uma entrevista publicada em 2022 pela GQ. "Nos primeiros dias, éramos eu, Eric e Shaun", disse Cummings à época. "Passamos cinco dias em um quarto de hotel em San Diego repassando o roteiro linha por linha. Cerca de um mês depois, Eric, Shaun e eu ficamos cinco dias no escritório de Eric em Santa Monica e [Kosinski] passou por lá nos dois últimos dias para revisar nosso trabalho."

Além de fazer US$ 1,49 bilhão nas bilheterias mundiais, Top Gun: Maverick foi indicado a seis categorias do Oscar, incluindo Melhor Roteiro Adaptado.