Projeto capacita pesquisadores negros e indígenas com foco na economia verde

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Capacitar cientistas e pesquisadores negros e indígenas na busca de soluções para suas próprias comunidades é um dos principais objetivos do Projeto Mukengi, iniciativa do Instituto Mancala, com apoio do Instituto Serrapilheira.

O edital vai selecionar 20 pesquisadores, com cursos de mestrado ou doutorado em andamento ou concluído, nas áreas de exatas, ciências da vida ou da saúde. Neste ano, o tema é a economia verde, modelo que busca melhoria de indicadores sociais, eficiência no uso de recursos naturais com práticas de consumo consciente e baixa emissão de carbono.

Mukengi (lê-se: muquêngui) se refere à palavra "pesquisador" em Kimbundu, língua falada na região noroeste da Angola. O programa está dividido em duas etapas. A primeira envolve encontros virtuais entre outubro e novembro sobre ciência, energias renováveis e inovação social. A segunda parte abrange atividades de pesquisa e visitas a campo durante dois meses.

Os selecionados receberão uma bolsa mensal de R$ 700. Uma proposta de pesquisa na área de transição energética, a ser desenvolvida em equipe, na região Nordeste, será escolhida pelos curadores após os encontros da fase inicial. O edital vai oferecer R$ 10 mil para esta fase.

O Nordeste foi escolhido em função do processo histórico de exclusão social, econômica e científica a que foi submetida, de acordo com os pesquisadores. "Formar pessoas negras e indígenas é fundamental para resolver os problemas que elas próprias enfrentam", afirma Leonardo Souza, coordenador do projeto.

A transição para uma economia de baixo carbono no Nordeste enfrenta desafios devido à falta de oportunidades para a formação de profissionais especializados. Esse desafio é ainda mais acentuado nas comunidades negras, quilombolas, indígenas e periféricas, que têm dificuldade de acesso aos benefícios da energia limpa e à participação nas discussões sobre desenvolvimento sustentável.

O horizonte é a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, prevista para ocorrer em novembro do ano que vem, em Belém (PA). "Queremos aproveitar a COP30 para que a voz dos cientistas negros e negras, indígenas e quilombolas, fale por si", diz Souza.

Entidades buscam mais diversidade na ciência

Rosani Matoso, presidente do Instituto Mancala, explica que a entidade atua na formação de pesquisadores e pesquisadoras negros e indígenas, oferecendo conteúdo científico e discussões raciais e sociais, além de realizar a pesquisa aplicada em si nas próprias comunidades dos pesquisadores.

"Nosso foco é a formação e a pesquisa aplicada nas comunidades, dando protagonismo aos pesquisadores e à comunidade. Pensamos juntos sobre soluções tecnológicas que resolvam problemas e demandas do nosso povo", diz.

É uma ação em prol da diversidade na ciência, como explica Michel Chagas, gestor de Ciência do Instituto Serrapilheira, instituição privada sem fins lucrativos que promove a ciência no Brasil.

"A diversidade traz novos olhares para o ambiente de pesquisa, ajuda na formulação de novas perguntas e, como alguns estudos têm demonstrado, conduz a maior criatividade e inovações científicas", afirma.

"A população brasileira é composta por 56% de pessoas pretas e pardas, e não podemos naturalizar que mais da metade da população permaneça sub-representada na comunidade científica", completa.

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O comediante Fabio Porchat e sua namorada, a também humorista Priscila Castello Branco, posaram nus para uma foto durante uma viagem nesta segunda-feira, 3. No Instagram do apresentador, o casal compartilhou o momento em uma praia paradisíaca.

"Nossa fantasia do carnaval: Adão e Eva no Paraíso!", escreveu Porchat. Na publicação os dois aparecem pelados, mas as regiões genitais de ambos estão cobertas por conchas brancas.

Na mesma publicação, Porchat também aproveitou para celebrar a vitória brasileira no Oscar. "O Oscar é nosso!", escreveu, ilustrando a comemoração com uma foto sua nadando na praia.

Neste domingo, 2, o Brasil conquistou o primeiro Oscar de sua história. O longa Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, faturou o prêmio de Melhor Filme Internacional. A obra ainda concorria nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz, mas acabou sendo preterida por Anora.

O longa Anora foi o grande vencedor do Oscar 2025, faturando cinco estatuetas na noite deste domingo, 2 - Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Diretor, Melhor Edição e Melhor Roteiro Original.

Na trama, A jovem stripper Anora (Mikey Madison) conhece o filho de um oligarca russo e engata um improvável romance. Após um casamento impulsivo em Los Angeles (EUA), a família de Ivan Zakharov (Mark Eydelshteyn) retorna para os Estados Unidos com um único objetivo - anular a união entre o casal.

O filme de Sean Baker, que escreveu, dirigiu e editou a obra, é um conto de fadas às avessas. O longa, que também ganhou a Palma de Ouro em Cannes, subverte a história da Cinderela para falar sobre as falhas do Sonho Americano.

A produção está em cartaz nos cinemas brasileiros desde 23 de janeiro deste ano e, após as vitórias no Oscar, deve permanecer por mais algumas semanas. Ainda não há uma data prevista para a chegada do filme aos serviços de streaming.

Bruna Marquezine surpreendeu os brasileiros ao marcar presença no Oscar 2025, na noite de domingo, 2. A atriz, que estrelou Besouro Azul, revelou em entrevista à TNT e Max que foi convidada diretamente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, organizadora da cerimônia.

O Brasil teve um momento histórico na premiação com Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, que levou o prêmio de Melhor Filme Internacional, trazendo o primeiro Oscar brasileiro.

Nesta segunda-feira, 3, Bruna compartilhou fotos da noite especial e celebrou o reconhecimento do cinema brasileiro. "Sorriam! Nós vamos sorrir!", escreveu a atriz, fazendo menção a uma fala marcante de Eunice Paiva no filme.

Marquezine ainda destacou a emoção de estar no evento e ver o Brasil conquistar seu primeiro Oscar. "Estar cercada por pessoas que me inspiram profundamente e ver meu País, nossa cultura, nossas histórias e artistas receberem o reconhecimento que merecem encheu meu coração de gratidão, amor e esperança", declarou.

Além de agradecer à Academia pelo convite, a atriz também fez um elogio especial à estilista Donatella Versace e à equipe da grife, responsáveis por seu vestido para a ocasião. "Obrigada por fazerem meu vestido dos sonhos. A peça mais linda que já usei."

Bruna ainda parabenizou a equipe do filme, incluindo Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello, reforçando o orgulho pela conquista brasileira. "A vida presta!", concluiu a atriz em sua publicação, repetindo frase dita por Fernanda Torres.