SP tem alta de homicídios, latrocínios e estupros; roubos e furtos caem na cidade

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Os homicídios tiveram aumento significativo na cidade de São Paulo em agosto deste ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 30, pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Foram 48 ocorrências no oitavo mês do ano ante 30 no mesmo recorte do ano passado, ou um aumento de 60%.

Os latrocínios (roubo seguido de morte) também quase dobraram na cidade de São Paulo em agosto deste ano. Foram cinco crimes desta natureza contra três no mesmo período de 2023, o que significa um aumento porcentual da ordem de 66%.

Nesse contexto de piora dos índices, a violência contra a mulher também se destaca: o número de estupros saltou de 56 para 72 no mesmo recorte.

Por outro lado, roubos e furtos apresentaram queda em agosto:

- Roubos em geral foram de 10.706 para 8.757; queda de 18%;

- Roubos de veículos foram 1.131 para 967; queda de 14,5%;

- Furtos passaram de 21.429 para 20.215; queda de 5%;

- Os furtos de veículos praticamente se mantiveram no mesmo patamar, passando de 3.624 para 3.699 (aumento de 1%).

A Secretaria de Segurança Pública, em seu site, não comentou os índices de criminalidade da capital e destacou a queda das métricas nas cidades do interior.

"O mês de agosto registrou queda em praticamente todos os índices criminais nas cidades do interior de São Paulo, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os homicídios, roubos e furtos destacam-se no comparativo, uma vez que tiveram os principais declínios", informou o órgão.

Casos de latrocínio vêm causando comoção na cidade

Dos 28 latrocínios cometidos na capital de São Paulo até o mês de agosto, uma das vítimas foi Leonardo Rodrigues Nunes. O jovem de 24 anos tinha marcado um encontro por um aplicativo de relacionamento. Ao chegar ao local, foi surpreendido por dois ladrões em uma moto na rua Rolando, no Sacomã, na zona sul, no dia 12 de junho.

De acordo com o boletim de ocorrência, ele brigou com um deles, que atirou. Seu celular, documentos e cartão foram roubados. Leonardo foi levado ao Hospital Estadual do Ipiranga, onde morreu.

Embora ainda não tenha sido contabilizado nas estatísticas anuais da Secretaria de Segurança Pública, que vão até agosto, outro caso emblemático foi a morte do delegado de classe especial Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, que morreu após ser baleado no peito durante uma tentativa de assalto no fim da manhã de sábado, 21, na Vila Romana, zona oeste da cidade de São Paulo.

Enquanto caminhava com a esposa, Ana Paula Soares, que também é policial, Mauro reagiu ao ser abordado por dois bandidos numa moto, segundo relatos de testemunhas. Soares integrava o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e vinha de uma tradicional família de policiais de São Paulo. Quatro suspeitos foram presos.

Estado de São Paulo registra queda dos índices

O cenário de aumento dos índices de crimes graves, como homicídios e latrocínios, verificado na capital de São Paulo não se repete no Estado de forma geral.

O mês de agosto registrou queda em praticamente todos os índices criminais nas cidades do interior, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os homicídios, roubos e furtos tiveram os principais declínios.

Os roubos em geral, que incluem de carga e banco, caíram 23,8%, passando dos 3.431 registros no ano passado para 2.614 no mês passado.

Os furtos caíram 6,6%. No mês passado, foram 19.530 registros no interior paulista, contra 20.903 em igual período de 2023.

A queda nos casos de homicídios intencionais é de 15,4% no oitavo mês do ano, com 115 registros.

A SSP informa ainda que foram apreendidas 17,8 toneladas de entorpecentes, aumento de 11,7% em relação ao mesmo período do ano passado e que foram apreendidas 708 armas de fogo ilegais, recuperados 1.622 veículos furtados ou roubados e 11.012 presos ou apreendidos, sendo a maioria (5.740) em flagrante.

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Chico Rubens Paiva, neto de Eunice e Rubens Paiva, compartilhou os bastidores da vitória histórica de Ainda Estou Aqui neste domingo, 2, durante a cerimônia do Oscar. O longa de Walter Salles venceu na categoria de Melhor Filme Internacional e faturou o primeiro Oscar da história do Brasil.

Em sua conta no Instagram, o executivo postou uma sequência de fotos que mostra Fernanda Torres, Walter Salles e demais membros da equipe do longa celebrando a conquista. A imagem de destaque, no entanto, mostra o neto ao lado de sua tia, Nalu Paiva. No longa, a filha de Eunice e Rubens foi interpretada por Bárbara Luz.

"A última sequência de uma noite incrível. E não poderia ser diferente: nós, em família", escreveu. Chico é filho de Vera Paiva - interpretada por Valentina Herszage no filme - e o neto mais velho de Eunice e Rubens.

Ainda na rede social, ele também postou um vídeo do momento em que a vitória de Ainda Estou Aqui foi anunciada no Dolby Theatre. "Viva a democracia, viva o cinema brasileiro!", escreveu.

Por fim, o neto de Eunice ainda publicou uma série de vídeos que mostram os bastidores após a premiação. Nela, podemos ver Adrien Brody andando com seu Oscar, Fernanda Torres conversando com Mikey Madison e Walter Salles tirando uma foto com Gints Zilbalodis.

Adrien Brody entrou para a história do Oscar mais uma vez, mas não foi apenas por sua atuação. Na cerimônia de 2025, realizada no último domingo, 2, o ator bateu o recorde do discurso mais longo já feito em um agradecimento na premiação, com um total de cinco minutos e 40 segundos. O título pertencia a Greer Garson, que, em 1943, falou por cinco minutos e 30 segundos ao vencer por Rosa da Esperança.

Brody conquistou a estatueta de Melhor Ator por sua interpretação do arquiteto húngaro-judeu László Tóth em O Brutalista. Ao subir ao palco do Dolby Theatre, em Los Angeles (EUA), ele não se preocupou com o tempo regulamentar de 45 segundos e aproveitou a ocasião para abordar temas como antissemitismo, racismo e a fragilidade da carreira artística.

"Estou aqui, mais uma vez, para representar os traumas persistentes, as repercussões da guerra, da opressão sistêmica, do antissemitismo, do racismo e da exclusão. Oro por um mundo mais saudável, feliz e inclusivo", afirmou durante o discurso.

O ator ainda relembrou sua primeira vitória no Oscar, em 2003, quando levou o prêmio por O Pianista e teve sua fala interrompida pela música de encerramento. Desta vez, ao ouvir os primeiros acordes que indicavam o fim do tempo, reagiu rapidamente: "Desliguem a música! Eu já fiz isso antes. Não é meu primeiro rodeio, mas serei breve".

Ao final de sua fala, Brody agradeceu pelo reconhecimento e deixou uma mensagem de união e esperança. "Vamos lutar pelo que é certo, continuar sorrindo, amando uns aos outros e reconstruindo juntos. Obrigado".

O carnaval de Salvador foi palco de um desentendimento entre Daniela Mercury e Tony Salles na madrugada desta terça-feira, 4, no circuito Dodô (Barra-Ondina). A cantora reclamou publicamente da proximidade do trio elétrico do cantor, que interferiu na qualidade do som de sua apresentação.

A situação aconteceu por volta da 1h, quando Daniela interrompeu a música Maimbê Dandá e encarou o trio de Tony Salles antes de se manifestar. "Muito feio encostar na gente assim, viu? Carnaval não pode ser assim não, viu Tony? Respeite que não sou moleque, rapaz. Ficou feio, viu bicho", reclamou a cantora.

O marido de Scheila Carvalho, por sua vez, respondeu sem citar o nome da artista. Ele explicou que seu trio precisou acelerar o percurso por causa de atrasos na programação.

"A gente está um pouco corrido hoje. Eu peço mil desculpas a vocês, porque atrasou muito a saída lá e vocês precisam de uma explicação. O percurso é para ser feito dentro de um tempo e as pessoas, às vezes, acabam segurando o percurso e atrasa", disse ao público.

O cantor também criticou a retenção dos trios ao longo do circuito e mencionou que ainda tinha um show para realizar em um camarote na mesma noite. "O trio precisa andar. Foi feito para andar. A gente precisa se respeitar, não é porque sou uma banda de pagode, que sou periférico, suburbano, que é para me desrespeitar", afirmou.

O Estadão procurou a assessoria de Tony Salles, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação. Já a equipe de Daniela Mercury informou que o posicionamento da cantora está no depoimento escrito por sua esposa, Malu Verçosa. Leia na íntegra:

"Sou da época do encontro de trios, da festa da música no Carnaval de Salvador, da magia da percussão e da nossa cultura. Mas a cena que vi no desfile dessa segunda no circuito Barra Ondina foi de desrespeito, principalmente com o público, mas também com a minha artista. O cantor Tony Salles chegou atrasadíssimo no Farol da Barra e o fiscal nos pediu para passar na frente já que estávamos prontos. Passou o artista Guga Meira e em seguida Daniela, tamanho o atraso dele. Aliás é assim que tem que ser para o carnaval não parar e não atrasar o desfile. Registre-se que seguimos o fluxo do desfile respeitando a distância do trio da nossa frente. O trio do cantor Tony Salles veio colado no nosso trio a partir do Cristo da Barra até Ondina, atrapalhando o desfile ao ponto de fazer Daniela parar de cantar em alguns momentos. Ao ponto da Band noticiar isso (que vergonha). E ele justifica dizendo que estava atrasado pro show no camarote. Chegasse no horário então. Quem tem compromisso, não atrasa. Coisa feia. E sabe o que é pior? Encerramos o desfile e ele, que estava atrasado, ainda ficou mais meia hora cantando. Respeite a rainha, Tony Salles."