APqC: soltura de peixe no Rio Piracicaba sem estudo prévio pode causar desequilíbrio

Geral
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A introdução intencional de peixes na bacia do Rio Piracicaba, interior de São Paulo, sem que haja um estudo qualificado sobre as espécies utilizadas e suas características genéticas, pode levar ao desequilíbrio da biodiversidade aquática. O alerta é da Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), que representa pesquisadores científicos de 16 institutos públicos de pesquisa, incluindo o Instituto de Pesca.

"Apesar de ser uma estratégia amplamente utilizada no Brasil e com resultados positivos em algumas regiões, especialmente no Nordeste, a adoção descontrolada e sem o devido monitoramento pode levar a sérias consequências para os ecossistemas aquáticos", disse em comunicado a presidente da APqC, Helena Dutra Lutgens.

Em julho deste ano, resíduos despejados por uma usina sucroenergética no córrego Tijuco Preto, segundo a Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb), provocaram a morte de dezenas de milhares de peixes no Rio Piracicaba, atingindo a comunidade do Tanquã. Um relatório técnico produzido por pesquisadores do Instituto de Pesca mostrou que o desastre ambiental pode ter comprometido a piracema, período de reprodução da maioria das espécies nativas, que na região Neotropical se estende durante o verão, de novembro a fevereiro.

"Apesar de ser uma medida bem-intencionada, a soltura de peixes necessita de estudos, porque ao liberar peixes geneticamente homogeneizados, oriundos de piscicultura, há a possibilidade de se comprometer as variedades genéticas das populações selvagens, levando à perda de características adaptativas essenciais para a sobrevivência no ambiente natural", acrescentou Lutgens.

Segundo a APqC, no Brasil, a estocagem de peixes, repovoamento ou, como é conhecida, a soltura, começou a ganhar relevância com a introdução de espécies não-nativas em reservatórios nas regiões Sudeste e Sul. Tucunarés e corvina, por exemplo, que são espécies não-nativas na bacia do Alto Rio Paraná, tiveram sucesso em colonizar esses ambientes, assim como a exótica tilápia-do-nilo, originária da África, se tornaram localmente abundantes.

"Estudos indicam que muitos desses programas de estocagem não cumpriram o objetivo de aumentar o rendimento da pesca e, em vez disso, levaram à degradação da biodiversidade, com espécies exóticas que acabam prevalecendo ou predando as nativas", explicou. "A estocagem, que deveria ser uma medida compensatória para danos ambientais, muitas vezes é adotada por pressão política, sem uma avaliação rigorosa de seus impactos", acrescentou.

Diante desse cenário, os pesquisadores destacam a necessidade de uma abordagem mais cautelosa e mais investimento em pesquisa para que ações como esta sejam feitas com critérios técnicos.

"Para que a estocagem seja uma estratégia eficaz e sustentável, é essencial que ela seja precedida por uma avaliação detalhada da necessidade dessa ação, bem como de sua viabilidade econômica, social e sobretudo ambiental, porque não adianta querer repovoar um ambiente comprometido sem condições adequadas para o desenvolvimento do ciclo vital das espécies de interesse. O monitoramento contínuo dos resultados é imprescindível, assim como o uso de métodos de marcação para distinguir peixes estocados daqueles resultantes de recrutamento natural", afirmou Lutgens com base em publicação científica realizada sobre o tema.

Em outra categoria

A atriz Paolla Oliveira dará vida a um dos principais personagens do remake de Vale Tudo. Ela será Heleninha Roitman, filha da temida vilã Odete Roitman. Uma artista plástica sensível que enfrenta o alcoolismo. A novela, que está sendo adaptada pela autora Manuela Dias, tem data de estreia prevista para 31 de março na TV Globo.

Em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 11, a atriz revelou que procurou Renata Sorrah, que interpretou Heleninha na versão original, exibida em 1988, para conversar sobre a personagem.

"Eu tive a oportunidade de falar com a Renata. Não esperava. Ela foi tão gentil. Me recebeu, e a gentileza dela me impulsionou mais ainda", disse Paolla. "Fui muito abençoada por poder encontrar com essa mulher e ver de perto quão grandiosa e intensa ela é", complementou.

Para Paolla, trata-se de uma nova personagem, e não uma mera repetição do trabalho feito por Renata Sorrah no passado. "Temos a oportunidade de transformar o que já era grandioso em algo tão poderoso e novo. Essa é a intenção", afirmou Paolla.

A atriz disse ainda que a Heleninha de 1998 e a de 2025 se aproximam pela intensidade, uma característica da personagem. "Existe um fundamento de personalidade (da Heleninha) que ultrapassou esses 30 anos, chegou aqui e que agora será revisitado", diz.

"É por isso que Vale Tudo persiste e será tão boa, porque algumas coisas se mantêm atuais, interessantes e intensas", finalizou a atriz.

A nova versão de Vale Tudo terá no elenco nomes como Taís Araújo (Raquel Acioly), Débora Bloch (Odete Roitman), Bella Campos (Maria de Fátima), Cauã Reymond (César Ribeiro), Renato Góes (Ivan Meireles), Humberto Carrão (Afonso Roitman) e Malu Galli (Celina).

Bastante ativo nas redes sociais, o padre Júlio Lancelotti aprovou o filme Conclave, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. O sacerdote publicou uma imagem em seu perfil no Instagram com uma citação do longa, e elogiou: "Belo texto num belo filme!"

O trecho em questão é uma fala do Cardeal Thomas Lawrence, interpretado por Ralph Fiennes, e diz: "A certeza é a inimiga mortal da tolerância. A nossa fé é viva precisamente porque ela anda de mãos dadas com a dúvida. Se houvesse apenas certeza e nenhuma dúvida, não haveria mistério e, portanto, nenhuma necessidade de fé."

O que é o filme 'conclave'?

Inspirado no livro homônimo de Robert Harris (Conclave, publicado pela Alfaguara), o filme mostra o que acontece a portas fechadas no Vaticano durante um Conclave após a morte inesperada do antigo Sumo Pontífice.

Na trama, o Cardeal Lawrence (Fiennes), braço direito do antigo Papa, se vê a contragosto com a missão de liderar a nova eleição, e precisa equilibrar o próprio luto com a preocupação com a integridade do processo e as indagações sobre sua própria fé. Aos poucos, ele percebe que está no meio de uma teia de segredos perigosos que podem abalar todo o alicerce da igreja católica. O longa segue em cartaz nos cinemas brasileiros.

Gretchen usou as redes sociais para se pronunciar sobre as críticas que recebe por conta de sua aparência. Ela afirmou que chegou a bloquear um usuário que a criticava constantemente.

"Teve uma que falou assim: 'Pela idade que ela tem. até que ela está bem. Mas eu sou sua fã, te amo'. Me ama coisa nenhuma! Morre de inveja de mim. Morre de inveja de estar com quase 70 anos - porque eu vou fazer 66 este ano - e estar bem do jeito que eu estou: ter as pernas que eu tenho, ter a barriguinha batida que eu tenho", disse em uma live no Instagram.

Em seguida, ela rebateu o comentário de uma seguidora que falou sobre o seu abdômen. "Teve uma que teve a cara de pau de dizer que eu sou barriguda."

Ela atribuiu as críticas à frustação sexual e disse: "Não tem um companheiro? Vai fazer uma terapia tântrica. Você vai ter orgasmo, vai ficar com uma pele linda. Às vezes isso é falta de orgasmo!"

Gretchen finalizou o discurso aconselhando as internautas a fazerem reposição hormonal. "Quer ficar igual a mim? Vai treinar, faz reposição hormonal. Toda mulher é bonita desde o dia que ela nasce. É de dentro que sai a beleza da mulher."