Mesmo com alta de casos e carnaval cancelado, hotéis esperam ocupação de até 65%

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Mesmo com casos de covid-19 em alta e cancelamento dos tradicionais desfiles de blocos de rua e escolas de samba, hotéis do Estado do Rio de Janeiro esperam até 65% de ocupação durante o carnaval, segundo expectativa do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Rio de Janeiro (Hotéis Rio). Em 2020, as reservas eram de mais de 90% nesse período, mas o novo coronavírus ainda não era uma ameaça. Segundo entidades que representam o setor, a taxa de ocupação em destinos turísticos de outros Estados deve variar de 40% a 55% este ano.

Hotéis estão adotando protocolos sanitários mais rígidos para reduzir o risco de transmissão do novo coronavírus. Mas, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih Nacional), o cancelamento não apenas das festividades, como do feriado de carnaval, tem impacto nas reservas. A Abih-SP prevê uma taxa de ocupação menor do que a registrada no ano passado na capital paulista, de 65%, embora não dê uma estimativa fechada.

Ricardo Andres Roman Jr, presidente da Abih-SP, espera que outros municípios paulistas atraiam turistas de "última hora". "Todo evento grande, quando é cancelado, impacta na hotelaria. No entanto, no caso do carnaval, os bancos não vão abrir, por exemplo. Se a temperatura ajudar e o Estado de São Paulo não voltar para a fase vermelha, nossa previsão é de que a ocupação fique em torno de 50% em cidades turísticas como Baixada Santista, litoral norte, Campos do Jordão e Socorro", diz. No ano passado, essa taxa ficou entre 75% e 95% em hotéis do litoral e interior de São Paulo.

Alexandre Yalis, proprietário do Hotel Ilhas do Caribe, na Enseada, Guarujá, afirma que apesar das tarifas estarem 40% mais baratas do que em 2020, o movimento está fraco. No ano passado, a taxa de ocupação era de 70% nesse período. "A diária estava em torno de R$ 900 e venda mínima de três noites. Agora, oferecemos até uma diária, de R$ 600, mas não vendemos nem 30%", afirma. Ele não descarta, contudo, a possibilidade de mudança no cenário: "Depois da pandemia, a maioria das reservas está sendo feita no último instante. Vamos ver".

A Rede Windsor Hotéis, no Rio, aposta em uma boa taxa de ocupação no carnaval. Sem dar números de reservas, espera ter resultados semelhantes aos de feriados recentes. "A taxa de ocupação ainda é menor do que nos anos anteriores, quando recebíamos muitos estrangeiros atrás dos desfiles das escolas de samba e de outras atrações. Em compensação, estamos notando grande procura de turistas domésticos, especialmente os mineiros, que nos feriados passados chegaram a representar mais de 60% da nossa ocupação", diz Vitor Almeida, gerente de marketing da rede de hotéis, que oferece diária promocional para o período entre 13 e 16 de fevereiro.

No Nordeste, o cenário não é muito diferente: mesmo com queda na ocupação de hotéis em Olinda, que não terá neste ano os desfiles dos bonecos gigantes, e Recife, também conhecido pelo carnaval de rua, o setor espera em torno de 50% e 55% de ocupação, respectivamente. No ano passado, essa taxa ficou em 95%, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Pernambuco (Abih-PE). Localizado no bairro Boa Viagem, na capital de Pernambuco, o Park Hotel estima ocupação de 70%, com tarifa no valor de R$ 200. Em 2020, a ocupação foi de 95% no mesmo período, e a diária custava R$ 425.

O Ceará espera atingir uma ocupação de 40%, frente aos 70% registrados no mesmo período do ano passado. No Rio Grande do Norte, a ocupação está em 55% na alta temporada, número que deve ser mantido para o carnaval, segundo pesquisa realizada pela ABIH Nacional sobre as expectativas para a época festiva do ano. Santa Catarina espera que as reservas caiam pela metade. "Um fator que influencia esse resultado é a diminuição de turistas vindos da Argentina", afirma a Abih Nacional.

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Novo filme da A24, Coração de Lutador - The Smashing Machine ganhou seu primeiro trailer nesta terça-feira, 29. A prévia mostra um irreconhecível Dwayne "The Rock" Johnson na pele de Mark Kerr, um dos maiores lutadores da história do MMA, que enfrenta grandes adversários no octógono ao mesmo tempo em que lida com problemas pessoais e com a fama.

Além de Johnson, o filme conta ainda com Emily Blunt, que interpreta a esposa de Kerr, Dawn Staples. Roberto "Cyborg" Abreu, Ryan Bader e Igor Vovchanchyn, todos atletas do MMA, completam o elenco.

O filme tem direção de Benny Safdie, um dos diretores de Joias Brutas, que assina o roteiro ao lado de Kerr.

Coração de Lutador - The Smashing Machine estreia no Brasil em outubro.

Clique aqui para assistir ao trailer

O cantor Orlando Morais criticou uma suposta falta de destaque a Glória Pires durante o especial de 60 anos da Globo, que ocorreu nesta segunda-feira, 28. Em uma publicação no Instagram, Orlando disse considerar que a emissora foi "injusta" com a trajetória da atriz, que é sua esposa.

O Estadão entrou em contato com a Rede Globo para um posicionamento da emissora sobre a declaração, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Glória encerrou seu contrato de exclusividade com a Globo após 54 anos no ano passado. "Participei dessa parceria linda. Sei que você não vai gostar do post. Não falo aqui como seu amor, como seu marido. Falo como brasileiro", escreveu Orlando.

A atriz apareceu durante uma reunião como vilãs clássicas das telenovelas. Ela interpretou a gêmea má Raquel, de Mulheres de Areia, de 1993. Também houve uma rápida menção a Maria de Fátima, de Vale Tudo, agora vivida pela atriz Bella Campos, atualmente no ar.

Na última quinta-feira, 24, ela comentou, em uma declaração enviada ao Estadão, sobre a sensação de se ver caracterizada novamente como a vilã. "Foi estranhíssimo, esteticamente falando, mas um exercício delicioso de resgatar dentro de mim algo feito há 30 anos", disse.

O último papel de Glória na emissora foi também uma vilã: Irene, de Terra e Paixão. Apesar de ter encerrado seu contrato de exclusividade, a atriz ainda pode ser contratada por obra.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a cobrança de uma dívida de R$ 1,6 milhão atribuída à apresentadora Ana Hickmann em uma ação movida pelo Banco Sofisa. A decisão considera a possibilidade de sua assinatura ter sido falsificada em contratos firmados com a instituição.

O valor é referente a contratos em nome da empresa Hickmann Moda Fashion, um dos negócios que a apresentadora mantinha com o ex-marido, Alexandre Correa. Em 2023, o banco acionou judicialmente Ana, Alexandre e a empresa, solicitando inclusive a pré-penhora de bens dos três como forma de garantir o pagamento, caso eles não fossem localizados para responder à ação.

Ana afirma ter sido vítima de falsificação de assinaturas em contratos bancários e, em outras ocasiões, chegou a declarar que essas irregularidades teriam sido cometidas por Alexandre. Agora, a Justiça suspendeu a execução da dívida após acolher o argumento da defesa da apresentadora de que sua assinatura pode ter sido falsificada.

O Estadão teve acesso ao processo que corre na 8ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, onde a Justiça suspendeu a execução da dívida de R$ 1,6 milhão movida pelo Banco Sofisa. Em nota, a defesa de Ana Hickmann afirmou que a decisão foi tomada "diante dos indícios de falsificação das assinaturas presentes no contrato". A equipe jurídica acrescentou ainda que outras ações - movidas por Safra, Valecred e Banco do Brasil - também estão suspensas pelas mesmas razões.

Segundo a nota, "perícias grafotécnicas judiciais já comprovaram que assinaturas atribuídas a Ana Hickmann em contratos com o Banco do Brasil e Itaú são falsas. Além disso, o Bradesco decidiu não seguir com uma cobrança contra a apresentadora após reconhecer a falsidade da assinatura".

O Estadão também entrou em contato com a equipe de Alexandre Correa, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações de todas as partes envolvidas.