Israel diz que mira o braço financeiro do Hezbollah e anuncia ataques iminentes em Beirute

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O exército de Israel disse que vai mirar o braço financeiro do Hezbollah, sediado no Líbano, e que planeja atacar um "grande número de alvos" nas próximas horas na capital, Beirute, e em outros lugares.

O porta-voz militar israelense, contra-almirante Daniel Hagari, disse que serão emitidos avisos de evacuação para pessoas em partes de Beirute, e que "qualquer um que estiver perto dos locais usados para financiar a atividade terrorista do Hezbollah deve ficar longe deles imediatamente".

Os ataques terão como alvo Al-Qard al-Hassan, disse um alto funcionário da inteligência israelense. A organização sem fins lucrativos, que sofreu sanções dos Estados Unidos e da Arábia Saudita, fornece serviços financeiros inclusive para libaneses comuns.

Como unidade do Hezbolla, Al-Qard al-Hassan, é usada para pagar agentes do grupo militante apoiado pelo Irã e ajudar a comprar armas, acrescentou o alto funcionário da inteligência israelense, falando sob condição de anonimato, de acordo com os regulamentos do exército.

Em outra frente, ataques israelenses a várias casas no norte da Faixa de Gaza deixaram, na noite deste sábado para domingo, pelo menos 87 pessoas mortas ou desaparecidas, segundo o Ministério da Saúde local. Fonte: Associated Press

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O estado de saúde do prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio (Podemos), vítima de um atentado na tarde da sexta-feira, 18, está estável, de acordo com o boletim médico divulgado neste domingo, 20. Aprígio está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O hospital diz que ele está consciente e respira sem a ajuda de aparelhos.

Ele deu entrada no hospital na própria sexta-feira, após ferimento na região da clavícula esquerda.

O prefeito está sob cuidado dos médicos Fernando Morita (cardiologista), Alex Celullare (cirurgião cardiovascular), Leonardo Goulart (neurologista) e Miguel Cendoroglo Neto (diretor médico do hospital).

Aprígio sofreu um atentado na BR-116 e foi baleado no ombro.

"O incidente ocorreu enquanto o prefeito realizava uma visita aos bairros atingidos pelas fortes chuvas da semana passada. No caminho para uma coletiva de imprensa na nova sede da prefeitura, o veículo oficial foi alvo de tiros", diz trecho da nota divulgada pela Prefeitura de Taboão.

Após o atentado, o prefeito Aprígio foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Akira Tada, em Taboão da Serra, onde recebeu os primeiros socorros.

Posteriormente, ele foi transferido para o Hospital Israelita Albert Einstein.

Aprígio disputa a reeleição no segundo turno em Taboão da Serra contra o candidato Engenheiro Daniel (União).

No primeiro turno, Daniel recebeu 48,98% dos votos válidos e quase se elegeu. O prefeito do Podemos ficou em segundo, com 25,93% dos votos.

O bilionário Elon Musk disse no sábado, 19, que concederá US$ 1 milhão por dia até a eleição para uma pessoa selecionada aleatoriamente e que tiver assinado a petição do America PAC, seu comitê de ação política, prometendo defender o direito à liberdade de expressão e ao direito de portar armas.

Musk fundou o America PAC para registrar eleitores em Estados indecisos e persuadi-los a votar no republicano Donald Trump. A ação espalhafatosa do fundador da Tesla e da SpaceX demarca um território desconhecido na política americana.

O bilionário fez o anúncio num comício em Harrisburg, Pensilvânia, onde entregou o primeiro cheque a um dos espectadores. "Um dos desafios que enfrentamos é como podemos fazer com que as pessoas saibam sobre esta petição", disse. "Esta notícia eu acho que vai realmente voar", completou.

A conta do America PAC no X publicou que a oferta está disponível para eleitores registrados na Pensilvânia que assinarem a petição. O grupo já havia divulgado uma oferta de US$ 100 para os eleitores do Estado que assinarem a petição e US$ 47 para eleitores de outros Estados decisivos, incluindo Michigan e Wisconsin. O documento diz: "ao assinar abaixo, prometo meu apoio à Primeira e Segunda Emendas".

Musk investiu US$ 75 milhões no America PAC nos últimos três meses até setembro, de acordo com registros federais.

Antes do novo anúncio de US$ 1 milhão, os especialistas em legislação eleitoral estavam divididos sobre se a oferta de recompensas pela assinatura da petição - aberta apenas aos eleitores registrados - era contra a lei, por fornecer um incentivo. Um advogado de Musk não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o assunto na noite de sábado.

É crime federal, punível com pena de prisão, pagar pessoas com a intenção de induzi-las ou recompensá-las a votar ou a se registrar. A proibição abrange não apenas despesas monetárias, mas também qualquer coisa de valor monetário, como "bebidas alcoólicas, chances de loteria e benefícios sociais", diz um manual de crimes eleitorais do Departamento de Justiça. Fonte: Dow Jones Newswires

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a defender a regulamentação das plataformas digitais para combater a disseminação de notícias falsas e de discursos de ódio. Há ações em tramitação no STF sobre o assunto, mas os processos estão engavetados. Por enquanto, os ministros decidiram aguardar o Congresso, que não conseguiu consenso para avançar um projeto de lei sobre o tema, após o fracasso do PL das Fake News.

"Nós temos uma questão ética e jurídica muito delicada que é traçar a linha própria entre a liberdade de expressão legítima e necessária para a vida democrática e, por outro lado, impedir que o mundo despenque em um abismo de incivilidade, mentiras, ofensas e ódio", disse Barroso em palestra na noite da sexta-feira, 18, na Faculdade de Direito de Santo André, na Grande São Paulo.

O presidente do STF também afirmou que a lógica de funcionamento das plataformas digitais impulsiona as fake news e os discursos extremistas.

"As plataformas digitais atraíram a publicidade porque têm mais visualizações, mais engajamento. E, triste como seja para a condição humana, a agressividade, a grosseria, a ofensa, a mentira e a teoria conspiratória trazem muito mais engajamento do que a fala moderada e racional", criticou o ministro. "Portanto, existe um incentivo perverso. Se você disseminar o ódio, você tem mais visualizações. É por isso que, em alguma medida, é preciso regular."

Barroso reconheceu, no entanto, que o processo de regulamentação não é simples porque precisa equilibrar o direito à liberdade de expressão: "Não é uma regulação fácil, porque você não quer impedir as pessoas de manifestarem. Nem sempre é singela a determinação do que é aceitável ou não."

O STF tem entrado em rota de colisão com gigantes da tecnologia. Antes de banir temporariamente o X (antigo Twitter), o tribunal já havia pressionado o Telegram por ignorar notificações judiciais. O Supremo também mandou investigar representantes do Google e do Telegram por campanhas contra o PL das Fake News.

Para os ministros, se querem operar em território nacional, as big techs precisam se enquadrar à legislação brasileira. Integrantes do STF reconhecem, no entanto, que a demora do Congresso em regulamentar o tema coloca o tribunal em uma situação indesejável.

Recentemente, os ministros decidiram que as plataformas não podem recorrer judicialmente para tentar reverter bloqueios a perfis nas redes sociais, o que desagradou representantes dessas empresas. A Primeira Turma do STF considerou que, como não são partes nos processos, as redes sociais só podem executar as ordens de suspensão das contas. Dessa forma, cabe aos donos dos perfis contestar as decisões na Justiça.