Primeiro-ministro interino do Líbano defende cessar-fogo imediato

Internacional
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O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, defendeu um cessar-fogo imediato, a implementação plena da resolução das Nações Unidas que pôs fim à última guerra entre Israel e o Hezbollah e o envio de 8.000 soldados libaneses para uma área de proteção ao longo da fronteira com Israel. Mikati falou nesta quinta-feira, 24, numa conferência em Paris em apoio ao Líbano.

O exército libanês manteve-se em grande parte à margem do último conflito entre Israel e o Hezbollah. Mikati afirmou que as forças israelenses atacaram os seus soldados em oito ocasiões, deixando vários mortos e feridos. Israel pediu desculpas por um ataque mortal no domingo.

A Resolução 1701 do Conselho de Segurança, que pôs fim à guerra de 2006, determinou que o Hezbollah e as forças israelenses se retirassem das áreas ao sul do rio Litani, no Líbano, fazendo com que a região fosse controlada pelo exército libanês e por soldados da paz da ONU.

Israel afirma que a resolução nunca foi implementada e que o Hezbollah construiu infraestruturas militares na fronteira. O Líbano acusou Israel de ignorar outras disposições, inclusive violando o seu espaço aéreo.

O exército libanês tem cerca de 80 mil tropas, com cerca de 5 mil destacadas no sul.

Representando o Exército libanês na Conferência de Paris, o general brigadeiro Youssef Haddad disse que o Líbano está trabalhando no recrutamento de 1.500 soldados adicionais para ajudar a implementar a resolução da ONU, informou a Agência Nacional de Notícias estatal.

O Hezbollah possui dezenas de milhares de combatentes. As forças armadas do Líbano não são suficientemente fortes para impor a sua vontade ao grupo militante ou para resistir à invasão terrestre de Israel. Fonte: Associated Press

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A três dias do segundo turno das eleições municipais em São Paulo, o novo levantamento divulgado pelo Datafolha nesta quinta-feira, 24, segue apontando o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) à frente da disputa, com 49% das intenções de voto. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 35% das menções.

Segundo o levantamento, 14% dos eleitores afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto caso o pleito fosse hoje. Outros 2% não sabem em quem votar. Os números aparecem no cenário estimulado, em que os nomes da dupla são apresentados para os entrevistados.

O Datafolha entrevistou 1.204 eleitores de São Paulo entre os dias 22 e 24 de outubro. A margem de erro do levantamento é de três pontos porcentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-07600/2024.

Os últimos resultados do instituto, divulgados há uma semana, apontavam Nunes com 51% das menções, e Boulos com 33%. Comparados com a semana anterior, do dia 10, o atual prefeito havia caído quatro pontos, enquanto o psolista permaneceu com a mesma pontuação. Os brancos e nulos, eram 14% - quatro pontos a mais que na quinta-feira anterior. Entre as duas pesquisas, fortes chuvas na noite de sexta-feira, 11, provocaram um apagão que deixou 3,1 milhões imóveis sem luz na capital paulista e pautou as campanhas.

Agora a diferença entre os dois diminuiu de 18 para 14 pontos porcentuais. Em um cenário somente com os votos válidos, ou seja, descartando brancos, nulos e indecisos, Nunes tem 58% e Boulos, 42% das intenções de voto.

Cenário espontâneo

Na pesquisa espontânea, em que os entrevistados não são informados sobre quem está concorrendo, a diferença entre eles é de 10 pontos porcentuais, com Nunes recebendo 40% das menções, e Boulos, 30%. Nesse cenário, 10% estão indecisos sobre em quem votar, e 12% afirmaram que votam em branco ou anulam o voto.

Os números são praticamente os mesmos do último levantamento, quando o prefeito tinha 41% e Boulos, os mesmos 30%. Indecisos eram 12% e brancos e nulos 10%.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 24, aponta que o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), tem 46% das intenções de voto contra 39% do deputado estadual Bruno Engler (PL), a três dias do segundo turno na capital mineira. Indecisos são 5%, e 10% disseram que votariam em branco, nulo ou em ninguém.

A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Os dados são referentes ao cenário estimulado, quando os nomes dos candidatos são apresentados aos eleitores. Nos votos válidos, cálculo que exclui brancos, nulos e indecisos, Fuad tem 54% contra 46% de Engler.

Ambos os candidatos oscilaram dois pontos percentuais para baixo. No levantamento anterior, divulgado no dia 10 de outubro, Fuad tinha 48% e Engler, 41%. Indecisos eram 4%, enquanto brancos e nulos somavam 8%.

O Datafolha entrevistou 910 pessoas entre os dias 22 e 24 de outubro. O instituto foi contratado pelo jornal Folha de S.Paulo e pela TV Globo. O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo MG-04815/2024.

Fuad manteve os mesmos 35% na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos não são informados aos entrevistados; 1% disse que votará no "atual mandatário". Engler oscilou de 31% para 29% das menções. Há ainda 4% que disseram que votarão "no 55", número do prefeito, mesmo percentual que responderam "no 22", número do deputado estadual. Indecisos recuaram de 19% para 16%, enquanto brancos e nulos saíram de 7% para 8%. Outros nomes foram citados em 3% das respostas.

Engler é mais rejeitado do que Fuad: 47% responderam que não votariam de jeito nenhum no candidato do PL, taxa que cai para 36% no caso do prefeito. A definição de voto, contudo, é semelhante no eleitorado dos dois: 87% dos eleitores de Fuad e 85% dos de Engler dizem estar decididos sobre seus votos. No total, 84% afirmam que a decisão é definitiva e 15% responderam que ainda podem mudar de ideia.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), fez críticas ao senador Sérgio Moro (União Brasil) durante sessão solene da Câmara Legislativa do DF que entregou o título de cidadão honorário de Brasília ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin na segunda-feira, 21.

Ibaneis acusou Moro de exercer a "ditadura do código do Paraná" quando era o juiz responsável pela Operação Lava Jato. Procurado pelo Estadão, o senador disse que não se manifestará sobre o caso.

Ibaneis classificou o tempo em que Moro esteve à frente da Lava Jato como um dos piores períodos da História brasileira, inclusive pior que a ditadura militar e a ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas. O governador do DF disse que Moro humilhava réus e advogados com atitudes "escandalosas e ilegais". O emedebista classificou o senador como "o maior farsante do Judiciário brasileiro".

Zanin, que foi indicado ao Supremo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi o advogado do petista durante a Operação Lava Jato. Ibaneis ressaltou que, em sua visão, Zanin e sua equipe enfrentaram grandes dificuldades durante a defesa de Lula, "inclusive grampo no escritório".

O governador se referiu a uma decisão da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) que condenou a União a pagar uma indenização por danos morais de R$ 50 mil ao advogado Roberto Teixeira, que defendeu Lula, por interceptação do celular dele e do telefone do escritório em 2016.

Ibaneis disse que, durante a Lava Jato, os ministros do STF estavam ludibriados, mas que, por meio do trabalho de Zanin, a verdade veio à tona e o Supremo "descortinou a farsa".