Turquia: grupo curdo reivindica autoria de atentado em companhia aeroespacial e de defesa

Internacional
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Um grupo militante curdo reivindicou nesta sexta-feira, 25, a responsabilidade por um ataque à sede de uma importante empresa de defesa em Ancara, na Turquia, que matou pelo menos cinco pessoas. Um comunicado da ala militar do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) afirmou que o ataque de quarta-feira nas instalações da empresa aeroespacial e de defesa Tusas foi realizado por dois membros de seu chamado "Batalhão Imortal" em resposta aos "massacres" e outras ações da Turquia nas regiões curdas.

Um homem e uma mulher invadiram as instalações da Tusas nos arredores de Ancara, detonando explosivos e abrindo fogo. Quatro funcionários da Tusas foram mortos no local. Os agressores chegaram ao local em um táxi, que tomaram à força após matar seu motorista. Eles também foram mortos em um confronto subsequente com as forças de segurança, e mais de 20 pessoas ficaram feridas no ataque.

A Turquia atribuiu o ataque ao PKK e imediatamente lançou uma série de ataques aéreos em locais e instalações suspeitas de serem usadas pelo grupo militante no norte do Iraque ou por seus afiliados no norte da Síria.

O ataque à Tusas ocorreu em um momento de indícios crescentes de uma possível nova tentativa de diálogo para acabar com o conflito de mais de quatro décadas entre o PKK e o exército turco. No início da semana, o líder do partido nacionalista de extrema direita da Turquia, aliado do presidente Recep Tayyip Erdogan, levantou a possibilidade de que Abdullah Ocalan, o líder preso do PKK, pudesse ser libertado sob condicional se renunciasse à violência e dissolvesse sua organização.

Ocalan, que cumpre uma sentença de prisão perpétua em uma ilha-prisão perto de Istambul, disse em uma mensagem transmitida por seu sobrinho na quinta-feira que estava pronto para trabalhar pela paz.

Agenda Política

A ala militar do PKK, o Centro de Defesa do Povo, afirmou, no entanto, que o ataque não estava relacionado com a "agenda política" mais recente, insistindo que ele havia sido planejado há muito tempo. O grupo disse que a Tusas foi escolhida como alvo porque as armas produzidas lá "mataram milhares de civis, incluindo crianças e mulheres, no Curdistão".

A Tusas projeta, fabrica e monta aeronaves civis e militares, veículos aéreos não tripulados e outros sistemas da indústria de defesa e espaciais. Seus sistemas de defesa são considerados fundamentais para que a Turquia obtenha vantagem em sua luta contra os militantes curdos.

Intensos bombardeios

Na sexta-feira, um oficial de segurança iraquiano disse que aviões turcos intensificaram seus bombardeios a alvos pertencentes ao PKK e outras forças leais na região de Sinjar, no norte do Iraque. Os intensos bombardeios visaram túneis, sedes e pontos militares do Partido dos Trabalhadores e das Unidades de Proteção de Sinjar dentro da área montanhosa de Sinjar. Um oficial local e um oficial de segurança disseram que os bombardeios mataram cinco yazidis. Os oficiais falaram sob condição de anonimato, de acordo com os regulamentos.

As Forças Democráticas Sírias, lideradas pelos curdos, disseram na quinta-feira que aviões e drones turcos atacaram padarias, uma estação de energia, instalações de petróleo e postos de controle da polícia local. Pelo menos 12 civis foram mortos e outros 25 ficaram feridos. O comunicado do Centro de Defesa do Povo afirmou que não houve baixas entre os combatentes do PKK nos ataques aéreos.

Enquanto isso, a polícia em Istambul deteve pelo menos 35 pessoas suspeitas de ligações com o PKK, informou a agência estatal Anadolu. O PKK luta pela autonomia no sudeste da Turquia em um conflito que matou dezenas de milhares de pessoas desde a década de 1980. Ele é considerado um grupo terrorista pela Turquia e por seus aliados ocidentais.

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Declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva consideradas misóginas contribuíram para a queda na popularidade do petista entre mulheres nas últimas pesquisas da Genial/Quaest e do Datafolha. A conclusão é da consultoria Gobuzz, que levantou 80.809 comentários em redes sociais da Meta e no X.

Entre as frases que repercutiram negativamente em perfis de mulheres na internet, os destaques são quando diz que é um amante da democracia, "porque, na maioria das vezes, os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres".

Outro comentário de Lula bastante criticado foi quando ele falou do aumento dos casos de agressão doméstica. Em evento público, ele disse que "depois de jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem".

O governo Lula deu um novo passo para tentar emplacar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública no Congresso: incorporou ao texto a previsão de que as guardas municipais atuem no policiamento ostensivo e comunitário, de modo a efetuar prisões em flagrante, por exemplo.

"Nossa intenção é fortalecer o sistema de segurança pública como um todo, garantindo que as guardas tenham seu papel formalizado na Constituição sem comprometer a autonomia dos entes federados", disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ao divulgar a versão renovada da PEC, na última quarta-feira.

Demanda antiga de prefeitos, o papel das corporações como polícia municipal foi reconhecido em decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte determinou que as guardas podem agir regularmente na segurança urbana, desde que não realizem atividades de investigação criminal. Sua atuação deve ser limitada a cada município e está sujeita à fiscalização do Ministério Público.

Apesar da reformulação, a cúpula do governo avalia que a PEC não deve ser aprovada no Congresso e já encara a apresentação do texto quase como um gesto ao eleitorado preocupado com a violência urbana. Está na lista de prioridades do Executivo em 2025, mas enfrenta forte resistência de governadores e outras lideranças políticas antes mesmo do envio ao Legislativo.

POPULARIDADE

O governo decidiu elaborar uma proposta para a segurança depois de constatar que problemas na área estavam causando danos à popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se de um dos temas favoritos das forças políticas de direita, opositoras ao petista, e um campo no qual a esquerda tem dificuldades históricas para disputar o eleitorado. Por isso, ao menos enviar ao Congresso a PEC da Segurança pode ser relevante para a disputa da opinião pública.

O texto partiu de Lewandowski. A ideia inicial era transformar a Polícia Rodoviária Federal em uma polícia ostensiva com alcance maior do que as rodovias administradas pelo governo federal e aumentar a responsabilidade da União sobre a segurança pública. Diversos governadores afirmaram que a proposta interferiria na administração de órgãos de segurança estaduais.

Foram meses de discussão com os governadores até o ministro apresentar a versão anterior da PEC, em 15 de janeiro. Lewandowski já manifestou a intenção de aprová-la ainda no primeiro semestre, mas ela nem sequer foi remetida ao Legislativo: está atualmente na Casa Civil. Rui Costa, titular da pasta, afirmou que pretende remeter a proposta ao Congresso após o carnaval.

"Todos nós sabemos que 2026 é um ano político, é um ano em que dificilmente se pode aprofundar discussões dessa natureza. O ideal seria, ao nosso ver, que isso fosse enviado no primeiro semestre. Porque aí podemos ter uma discussão mais aprofundada, considerando todas as paixões políticas que envolvem esse tema", afirmou o ministro em janeiro.

Lula tem ressaltado a responsabilidade do Congresso na aprovação da PEC e tentado afastar a ideia de que ela retira atribuições dos Estados. "A gente não quer ocupar o lugar do governador. A gente quer contribuir com o governo federal não apenas passando dinheiro", afirmou o presidente na última quinta-feira. "A gente quer contribuir com forças efetivas para a gente poder enfrentar o crime organizado."

No dia 20, referindo-se à resistência dos governadores à proposta, o petista disse que não fará mais decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para atender aos Estados, pois são caros e pouco eficazes, citando como exemplo o caso do Rio de Janeiro. Segundo ele, a GLO do Rio "gastou mais de R$ 2 bilhões e não resolveu quase nada".

PRF

Um dos pivôs da polêmica com os governadores em torno da PEC, a Polícia Rodoviária Federal suspendeu os acordos de cooperação técnica com a Polícia Federal e os Ministérios Públicos estaduais para combater o crime organizado.

Segundo a corporação, a medida atende a uma portaria do Ministério da Justiça para evitar insegurança jurídica e questionamentos acerca das ações conjuntas. A iniciativa foi alvo de protestos do Ministério Público de São Paulo.

De acordo com o texto da portaria, a corporação não pode exercer competências exclusivas das polícias judiciárias, como investigar crimes. Para o diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, a aprovação da PEC da Segurança Pública seria a melhor forma de sanar questionamentos acerca das atribuições da corporação e fortalecer sua atuação. (Colaborou Raisa Toledo)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou, neste sábado, 1º, que a capital paulista tem o maior, melhor e mais seguro carnaval do País. Em tom de brincadeira, fez uma provocação ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que ironizou: 'vocês contam ou eu conto? Fofo ele, né...."

Nunes esteve na central do Smart Sampa, programa de vigilância da cidade, e comemorou ações das forças de segurança e o baixo índice de ocorrências graves apesar das grande circulação de foliões em São Paulo.

"Tá lotado, é muita gente. O maior carnaval do Brasil, né? Queria mandar um abraço para o meu amigo Eduardo Paes, parabenizar pelo segundo maior carnaval do Brasil. Tá aqui o maior e melhor carnaval do Brasil", disse, antes de completar: "Maior e mais seguro".

Nas redes sociais, Eduardo Paes ironizou o paulista e mencionou prefeitos de cidades célebres pelas festas carnavalescas populares: João Campos (PSB), do Recife, Bruno Reis (União), de Salvador, e João Henrique Caldas (PL), de Maceió.

Com a chegada do carnaval, políticos se mobilizam para aproveitar o feriado prolongado, seja para descanso, folia ou compromissos oficiais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi a Montevidéu, no Uruguai, para a posse do novo presidente do país. Após o compromisso, deve ficar em Brasília.

Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado, passará o carnaval na casa de veraneio da família, na praia de Mambucaba, em Angra dos Reis, litoral do Rio de Janeiro.