Zelensky quer permissão de aliados para atacar tropas norte-coreanas na Rússia

Internacional
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu que seus aliados parem de "observar" e adotem medidas antes que as tropas norte-coreanas enviadas à Rússia cheguem ao front.

Zelensky levantou a possibilidade de um ataque preventivo da Ucrânia em campos onde as tropas norte-coreanas estão sendo treinadas, e disse que Kiev sabe a localização delas. Mas ele destacou que seu país não pode fazer isso sem a permissão de aliados para usar armas de longo alcance de fabricação ocidental para atingir alvos bem no interior da Rússia.

"Mas em vez disso a América está assistindo, a Grã-Bretanha está assistindo, a Alemanha está assistindo. Todo mundo está apenas esperando que o exército norte-coreano comece a atacar os ucranianos também", disse Zelensky em uma postagem na sexta-feira, 1º, à noite no aplicativo de mensagens Telegram.

O governo dos Estados Unidos informou na quinta-feira, 31, que cerca de 8 mil soldados norte-coreanos estão agora na região russa de Kursk, perto da fronteira com a Ucrânia, e se preparam para ajudar o Kremlin contra as tropas ucranianas nos próximos dias.

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O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) criticou nesta segunda-feira a falta de mobilização de lideranças de direita em defesa de anistia a seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar e foi condenado por golpe de Estado.

"Jair Messias Bolsonaro, o principal líder político do país, segue preso ilegalmente, torturado diariamente, enquanto nenhum integrante da chamada 'união da direita' se manifesta com uma única palavra ou ação jurídica e política diante da destruição completa da democracia brasileira", escreveu nesta segunda-feira, 6, em seu perfil no X (antigo Twitter).

A expressão "união da direita" remete a declarações recentes do senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, que defendeu maior união entre os partidos conservadores para evitar derrota eleitoral em 2026.

"Já está passando de todos os limites a falta de bom senso na direita, digo aqui a centro-direita, a própria direita e seu extremo. Ou nos unificamos ou vamos jogar fora uma eleição ganha outra vez", escreveu o senador.

Carlos e o irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), têm demonstrado insatisfação com o recuo da oposição na pressão pela anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro que beneficiaria o ex-presidente.

Na última quinta-feira, 2, Carlos cobrou "firmeza e coerência". "Chega desse papo de 'eu darei indulto se for eleito' para enganar inocentes", afirmou.

As críticas são dirigidas a figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Os três já declararam que perdoariam Bolsonaro caso chegassem à Presidência em 2026.

O relator do projeto de anistia na Câmara, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), já disse que a "anistia ampla, geral e irrestrita" defendida por bolsonaristas está descartada em seu parecer, que se limitará à dosimetria, ou seja, na redução das penas fixadas.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), elogiou a Justiça Eleitoral nesta segunda-feira, 6, após ser agraciado com o Colar do Mérito Eleitoral Paulista, homenagem concedida pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). A Justiça Eleitoral é criticada pelos bolsonaristas por ter tornado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em duas ocasiões.

"Uma premiação, uma comenda, é como se fosse uma nota promissória. A gente sai daqui mais devedor. Eu saio daqui no dia de hoje mais devedor da Justiça Eleitoral, em especial da Justiça Eleitoral de São Paulo", disse o governador em seu discurso de agradecimento.

Ele afirmou ainda que por causa do trabalho do órgão eleitoral tem "certeza" que as eleições vão transcorrer com tranquilidade e disse que se hoje tem condições de exercer o mandato é porque a Justiça Eleitoral "garantiu isso". "Nós vamos pagar nossa nota promissória, fazendo com que o Estado de São Paulo sempre apoie a Justiça Eleitoral", concluiu Tarcísio.

Segundo o TRE-SP, o objetivo do colar recebido por Tarcísio é homenagear juízes e autoridades "por seus méritos e relevantes serviços prestados à vivência democrática e ao processo eleitoral do Estado".

O chefe do Executivo paulista já havia elogiado a Justiça Eleitoral no início do ano, quando afirmou que ela era "garantidora da democracia", o que lhe rendeu críticas de apoiadores do ex-presidente.

Mais recentemente, Tarcísio mudou de postura e passou a criticar o Judiciário como um todo. Em agosto, às vésperas do início do julgamento de Bolsonaro pela trama golpista, o governador disse que "infelizmente, hoje eu não posso falar que confio na Justiça". Dias depois, na manifestação bolsonarista de 7 de Setembro, chamou o ministro Alexandre de Moraes de "ditador" e afirmou que não aceitaria mais a ditadura de "um poder sobre o outro".

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a conversa telefônica entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na manhã desta segunda-feira, 6, transcorreu em "clima leve e natural".

"O ânimo dos dois estava muito bom. Clima franco e leve. Não foi telefonema difícil, mas fácil. Parecia haver dos dois lados boa vontade. Durou mais ou menos 30 minutos", relatou Haddad, em entrevista à TV Record.

O titular da Fazenda foi um dos auxiliares do mandatário brasileiro acompanhando a reunião, que contou ainda com o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. O ex-chanceler e atual assessor especial Celso Amorim também acompanhou a conversa.

"Temos as melhores expectativas justamente pela falta de fundamento de uma medida dessa natureza. As coisas vão transcorrer com naturalidade", completou Haddad.

Segundo o ministro, a ligação teve uma menção ao aniversário de Lula, no dia 27 de outubro. Cada presidente apresentou três representantes de governo para dar prosseguimento às negociações.

Haddad ainda informou que vai viajar aos EUA na próxima semana para participar de reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e, em paralelo, se reunir com representantes do governo americano para tratar do tema do tarifaço.

Esses trechos da entrevista do ministro foram divulgadas no site R7 no fim da tarde desta segunda, pouco depois da gravação. A Record News vai transmitir a íntegra da entrevista a partir das 22h30 de hoje. Antes, a emissora mostra trechos às 19h.